Alterações no acesso ao Zolpidem buscam equilibrar uso do medicamento

0
Acesso ao zolpidem
Potencial de vício gera apreensão em especialistas – Foto: Canva

Durante o ano de 2024 a Anvisa aprovou, em diferentes oportunidades, regulamentações que dificultavam o acesso ao Zolpidem, remédio hipnótico utilizado para o tratamento da insônia. Segundo reportagem do UOL, a venda de 47 milhões de doses do medicamento apenas durante o mês de junho de 2024 gerou preocupação entre os especialistas pelo seu alto potencial de vício.

A popularização da venda e distribuição do fármaco foi iniciada na pandemia, quando as incertezas relacionadas à Covid-19 deixavam as pessoas cada vez mais ansiosas. Desenvolvido para tratar episódios pontuais de perturbação do sono, o remédio é capaz de “apagar” usuários, fazendo com que aqueles que, erroneamente, o utilizavam horas antes de dormir ficassem em um estado de “sonambulismo”.

Acesso ao Zolpidem: regulamentação sofreu duas alterações em 2024

Até maio do ano passado, data da primeira alteração na regulamentação de prescrição do medicamento, o Zolpidem era classificado como tarja vermelha, podendo ser receitado por médicos de diferentes especialidades.

A medida, noticiada pelo Panorama Farmacêutico, determinou a reclassificação do produto como tarja preta. Com a mudança, a prescrição passou a ser feita apenas em receitas B, de cor azul, por profissionais previamente cadastrados, que precisariam justificar sua recomendação.

A segunda mudança ocorreu em junho, quando a Anvisa voltou a reforçar as restrições, extinguindo o adendo 4 da regulamentação anterior, que isentava medicamentos com concentração inferior a 10 g de Zolpidem da necessidade do diferente receituário.

Junto às determinações foi criado um prazo de adaptação para usuários, farmácias, profissionais de saúde e farmacêuticas. As novas regras passaram a valer de forma definitiva apenas no início de dezembro, impossibilitando a constatação de mudanças pelo curto intervalo de tempo.

Grupo Boticário mira ampliação da capacidade produtiva

0
Grupo Boticário
Foto: Divulgação

Entre as estratégias de crescimento do Grupo Boticário para os próximos anos está a construção de uma nova fábrica, em Pouso Alegre (MG), cujos investimentos iniciais somam R$ 1,8 bilhão. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a inauguração da unidade, prevista para 2028, deve elevar em 50% a produção do grupo como um todo.

O objetivo é que a nova planta fabril seja responsável por 24 a 26 linhas de produção de todas as categorias – exceto maquiagem, que segue com produção exclusiva na matriz em São José dos Pinhais (PR).

Grupo Boticário registra faturamento de dois dígitos

O faturamento do Grupo Boticário nos últimos anos foi de duplo dígito, tendência que deve continuar – apesar de uma desaceleração em relação a 2024. Em entrevista ao jornal, vice-presidente de operações da companhia, Sérgio Sampaio, afirmou no mês passado que o volume bruto de mercadoria (GMV) do grupo deve avançar 12% a 15% em 2025.

A holding brasileira acelerou as aquisições nos últimos anos, incluindo o e-commerce Beleza na Web, a marca de maquiagem Vult e a Truss, linha profissional de produtos para cabelos. O grupo também é fundador da marca Quem Disse Berenice e da Eudora.

Atacado farmacêutico supera turbulências e fatura R$ 85 bi

Atacado farmacêutico
Foto: Canva

O atacado farmacêutico em 2024 foi marcado por uma série de pedidos de recuperação judicial, envolvendo tanto distribuidoras regionais como players de grande porte. O fato revela fissuras de um setor que convive com elevada concorrência, aumento de custos operacionais e estreitamento das margens, mas não foi suficiente para tirar o protagonismo do segmento como elo estratégico da cadeia produtiva.

Fontes ouvidas pelo Panorama Farmacêutico também ressaltam a retração na oferta de crédito como outro agravante. Não só o mercado financeiro, como também as indústrias farmacêuticas, vêm fechando as portas para novos financiamentos. Em paralelo, o efeito cascata estende-se ao varejo farmacêutico independente, cuja rotina de alargar os prazos de pagamento compromete o fluxo de caixa das empresas.

Para o atacado farmacêutico, cenário de 2025 inspira cautela

Paralelamente aos problemas, o atacado farmacêutico apresentou um saldo positivo em 2024. Registrou crescimento de 7,4% em vendas nos 12 meses móveis encerrados em setembro, em relação ao mesmo de período de 2023, chegando a R$ 85,1 bilhões.

De acordo com Oscar Yazbek Filho, presidente da Abafarma – Associação dos Distribuidores Farmacêuticos do Brasil, os associados responderam por 69% deste montante, o que correspondeu a R$ 58,7 bilhões. “Hoje, 57% dos negócios do varejo farmacêutico são atendidos pelos distribuidores. Mas, apesar do resultado positivo, o cenário para 2025 inspira cautela, com aumento dos juros e uma esperada redução da taxa de emprego e desaceleração”, acrescenta.

Força da distribuição regional

Já para a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), o engajamento das 160 empresas associadas impulsionou o desenvolvimento do setor, consolidando a força do atacado regional. “Com um market share de 30,01% em unidades e 18,8% em valor (CPP) no mercado, as companhias que integram a entidade atendem 85,4% das farmácias do país, o que representa uma cobertura de 95% dos municípios do Brasil”, afirma o diretor executivo Vinicius Dall’Ovo.

Segundo ele, nos mercados de similares e genéricos combinados, a representatividade da Abradilan é ainda mais expressiva, com 49,3% do mercado em unidades e 45,2% em valor (CPP). Entre os desafios e oportunidades para a distribuição regional em um cenário de constante mudança, uma pesquisa da Abradilan em conjunto com o Instituto Aquila aponta a excelência na gestão, a diversificação de operações e o fortalecimento das parcerias com a indústria e o varejo como ações fundamentais para a adaptação ao novo mercado.

“A profissionalização da gestão, com foco em indicadores-chave e na criação de valor para toda a cadeia, é crucial para o sucesso futuro, assim como a gestão eficiente de finanças, estoques e crédito”, ressalta Dall’Ovo. O executivo também aponta a colaboração entre indústria, distribuição e varejo como fator essencial para superar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado. “Além disso, investir em tecnologia, digitalização, capacitação de equipes e excelência no serviço são fatores críticos para o sucesso”, completa.

Farmácias independentes impulsionam a Rede Integração Farma

Em meio a um momento de incertezas, o volume de vendas da Rede Integração Farma contrariou expectativas. A entidade, que reúne 19 distribuidoras de medicamentos atuantes em 76% dos municípios brasileiros, registrou crescimento de 4,19% no acumulado do ano até outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado.

As vendas da Integração Farma nesse mesmo período dividem-se entre as pequenas redes (1,8%), médias redes (2%), grandes redes (6,4%) e lojas do associativismo (28,5%). Mas a fatia majoritária do volume de negócios é decorrente das farmácias independentes – 61,3%.

“Para os associados foi um ano bem desafiador, com um mercado consumidor ainda restritivo e o aumento da inadimplência, entre outras variáveis. Esse cenário, entretanto, nos força a ser ainda resilientes”, pontua Geraldo Monteiro, diretor executivo da Rede Integração Farma. O grupo projeta encerrar o ano de 2024 com avanço de 5% a 8% no faturamento.

Mercado de especialidades conquista relevância

A venda de medicamentos de especialidades também vem conquistando relevância ao longo dos anos. O mercado institucional totalizou R$ 81 bilhões em vendas nos últimos 12 meses até setembro de 2024, o que equivale a um crescimento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O segmento já representa 37,3% de todo o setor farmacêutico, segundo estudo da IQVIA.

E as distribuidoras de medicamentos de especialidades ganham protagonismo nesse contexto. As vendas por esse canal totalizaram R$ 123 bilhões, com maior crescimento justamente no canal institucional, que registrou R$ 49 bilhões de faturamento no período. Mais de 418 milhões de unidades (62,3%) foram comercializadas por meio da distribuição, contra 253 milhões (37,7%) de vendas diretas. Deste total, 80% tiveram como destino hospitais e clínicas privadas e 20% foram direcionados à rede pública.

Apesar dos bons números, Paulo Maia, presidente executivo da ABRADIMEX, associação que representa 15 empresas com foco no mercado de specialty care, pondera que 2024 foi um ano de dificuldades para a manutenção do negócio. “Além do panorama da recuperação judicial, o período também apresentou um movimento inverso ao dos anos anteriores. O ritmo de aquisições deu lugar à venda de ativos para recompor o equilíbrio financeiro”, explica.

Na avaliação de Maia, um dos maiores entraves está na concessão de prazos de pagamento por parte da indústria. Embora já solucionado, as redes integrantes da associação sofreram por alguns meses tendo que custear a defasagem entre a quitação das compras pelos hospitais, que girava em torno de 75 dias, com o prazo de 42 dias estipulado pelos laboratórios para honrar a fatura. “Essa diferença acabou caindo no colo das distribuidoras, obrigadas a “financiar” essa operação com caixa próprio durante 100 dias, em média”, critica.

As distribuidoras afiliadas à associação movimentam quase 75% da venda de medicamentos de especialidades junto ao mercado institucional. “Elas funcionam como uma extensão da cadeia de vendas para indústrias farmacêuticas, o que aumenta sua capilaridade no mercado hospitalar. Além disso, centralizam o fornecimento de produtos, reduzindo custos logísticos e operacionais das instituições de saúde”, finaliza Maia.

Pedidos em farmácias crescem 78% no iFood

Pedidos em farmácias
Foto: Canva

Um levantamento divulgado pelo aplicativo de entregas iFood revelou que os pedidos em farmácias cresceram 78% na plataforma em 2024. O valor é resultado de uma comparação com o ano anterior, e faz parte da rede de 15 mil PDVs cadastrados em mais de 300 cidades brasileiras.

Responsável atualmente por 30% do valor movimentado pelo principal aplicativo de entregas do país, a categoria de farmácia é recente, tendo sido lançada em 2021.

“Nosso compromisso é oferecer eficiência e economia, transformando a categoria de farmácias em um pilar estratégico de crescimento”, afirmou Murilo Massari, diretor comercial de Marketplace do iFood.

Ainda de acordo com o executivo, a consolidação da compra de itens de saúde e higiene de maneira virtual é um dos principais impulsionadores da categoria, que vê na venda de fraldas infantis sua principal fonte de renda.

Pedidos em farmácias: apostas em delivery têm se tornado tendência

O crescimento desse mercado é visto como uma grande oportunidade de negócio por diferentes marcas do canal farma. A DPSP, por exemplo, já investiu em motos elétricas para as entregas, enquanto a Panvel e o Rappi apostaram nos curtos prazos.

Indiana e Lola Cosméticos inauguram loja instagramável

Indiana e Lola Cosméticos
Evento marca abertura de segunda loja temática em pouco mais de dois meses – Foto: Divulgação

Uma parceria entre Indiana e Lola Cosméticos levou à criação da primeira loja-conceito voltada à produção de conteúdo para as redes sociais na Bahia. Com diversas cores e ativações, a unidade instagramável foi inaugurada no dia 20 de dezembro.

A ideia da nova identidade do PDV é proporcionar uma experiência única com muita inovação, diversão e beleza. O evento de abertura da loja, localizada na Av. dos Navegantes, 260, na região central de Porto Seguro, contou com promoções especiais e distribuição de brindes exclusivos.

A inauguração ainda teve música ao vivo e um show de capoeira, reforçando a temática Lola From Rio, que visa reproduzir um pouco do verão carioca nas terras baianas.

“A parceria com a Lola Cosméticos é uma verdadeira extensão da nossa missão de proporcionar aos clientes não só produtos de qualidade, mas uma experiência única de compra. Unimos a tradição e confiança da Farmácia Indiana com a inovação e o estilo da marca, criando um ambiente exclusivo e repleto de personalidade”, explica Alexandre Mattar, diretor executivo da varejista.

Iniciativa de decoração para loja Indiana e Lola Cosméticos é segunda do ano

No final de outubro o Panorama Farmacêutico noticiou a abertura de uma outra loja da varejista em moldes similares. Na oportunidade a Indiana havia inaugurado uma unidade com a temática Carmed em Governador Valadares (MG), celebrando uma parceria com a farmacêutica Cimed.

Nissei é a mais nova patrocinadora do Santos FC

Patrocinadora do Santos
Valores do acordo não foram divulgados pelo clube – Foto: Divulgação

A rede de farmácias Nissei foi oficializada nesta quinta-feira, dia 2, como a nova patrocinadora do Santos FC. A parceria, válida até o final de 2026, alavanca a arrecadação de marketing do clube e impulsiona a expansão da varejista no estado de São Paulo.

A empresa, que tem mais de 450 lojas, sendo 110 espalhadas por 41 municípios paulistas, estreia com sua marca no próximo dia 15, quarta-feira, quando o alvinegro disputa a primeira rodada do Campeonato Paulista.

“Vamos, cada vez mais, fortalecer nossa presença no estado de São Paulo e essa parceria representa um passo importante na trajetória de crescimento da Nissei na Baixada Santista. É um momento especial, pois estamos agora ao lado de um clube que compartilha dos mesmos valores de dedicação, compromisso e profissionalismo que buscamos oferecer aos nossos clientes”, afirma o CEO da Nissei, Alexandre Maeoka.

O acordo, que não teve valores divulgados pelo clube, prevê a exposição da logomarca da varejista em uma propriedade chamada de “escudetto”, localizada na região central da camisa, entre o escudo do clube e a fornecedora de material esportivo. Confira como ficou a tradicional camisa branca do time da baixada no vídeo abaixo, publicado após a oficialização do acordo:

Além disso, a rede de farmácias será uma das marcas parceiras do clube evidenciadas em ações de hospitalidade, nos uniformes de treino e viagem dos atletas e funcionários, nas placas publicitárias do CT Rei Pelé, em backdrops de entrevistas e na sala de imprensa, no carrinho maca que transporta os jogadores que necessitam de atendimento durante as partidas, estampando também o mascote Baleião.

Além da Nissei, Trustfuel também firmou acordo com Santos

Na última semana o clube anunciou uma parceria com a Trustfuel, unidade de negócios unidade de negócios de suplementação alimentar da farmacêutica brasileira Vitamedic. O acordo, noticiado pelo Panorama Farmacêutico, incorpora produtos da marca às rotinas diárias do elenco profissional e também dos atletas das categorias de base.

“A parceria com uma agremiação tão vitoriosa e icônica como o Santos é uma extensão natural do nosso compromisso com a excelência e a promoção de um estilo de vida saudável”, ressalta o diretor de marketing da farmacêutica, Gustavo Alves.

 Marcelo Teixeira, presidente do Santos, celebrou o acerto do clube com as novas empresas. “Obtivemos o apoio de grandes empresas, numa demonstração de confiança e de credibilidade. Essas parcerias são fundamentais para essa fase de reconstrução e indicam uma grande perspectiva de futuro para todos os envolvidos”, afirmou o executivo.

Antecipação de recebíveis pode agilizar acesso a crédito

Antecipação de recebíveis
Foto: Canva

A antecipação de recebíveis pode representar uma saída estratégica para as farmácias iniciarem o ano com crédito na mão, transformando suas vendas a prazo em liquidez imediata. E um recente levantamento do Serasa Experian indica que as pequenas e médias empresas estão atentas a esse caminho.

Segundo a pesquisa, 38% dos empresários entrevistados elegeram os recebíveis como meio de crédito prioritário – apenas quatro percentuais abaixo do empréstimo convencional e bem acima dos 20% que privilegiam a opção do rotativo do cartão de crédito. Mas quando a análise se limita às companhias que já recorreram pelo menos uma vez à modalidade, a preferência de 38% salta para 52%.

As possibilidades de antecipação contemplam, especialmente, o uso de boletos, duplicatas, NFs e recebíveis de cartão de crédito e débito. “A busca por segurança e agilidade vem levando muitas empresas a adotar essa solução, que permite aos gestores se concentrarem em suas operações principais sem se preocuparem tanto com o fluxo de caixa”, reforça Reinaldo Boesso, especialista financeiro da TMB Educação.

Principais vantagens da antecipação de recebíveis

A antecipação de recebíveis propicia que os empreendedores recebam o pagamento pela venda de produtos e serviços antes do prazo previsto. Trata-se de uma espécie de adiantamento dos recursos que entrarão futuramente no caixa de uma empresa, sem recorrer a empréstimos ou linhas de crédito tradicionalmente mais caras e restritas.

No caso da farmácia, onde clientes solicitam com frequência os pagamentos em várias parcelas, a escolha pela antecipação reduz a dependência de receitas futuras e elimina qualquer incerteza com relação aos pagamentos em aberto, permitindo que as empresas planejem suas despesas e investimentos com maior precisão. “Além disso, a liquidez imediata obtida proporciona um respiro necessário em momentos de necessidade financeira”, aconselha.

O consultor também avalia que a modalidade aprimora as relações comerciais. “Ao garantir um fluxo de caixa estável, as empresas podem cumprir com suas obrigações financeiras de maneira pontual e em melhores condições de negociação, o que fortalece a confiança com a indústria e outros fornecedores”, ressalta.

A antecipação de recebíveis também se torna interessante para empresas que precisam corrigir o fluxo do caixa quando não dispõem de recursos suficientes para cobrir despesas diárias, situação muito comum após o período de gastos com 13º salário no fim do exercício anterior. Ela ajuda ainda a obter capital necessário para continuar expandindo o negócio.

Dicas antes de recorrer a essa opção

Boesso enumera algumas premissas básicas que a empresa deve seguir antes de definir pela antecipação de recebíveis:

  • Análise das taxas envolvidas: as taxas cobradas pelas instituições financeiras podem variar bastante. É essencial comparar as ofertas de diferentes bancos ou empresas de factoring para escolher a mais vantajosa
  • Impacto nos lucros: ao antecipar, a empresa pode perder parte do valor total a ser recebido devido às taxas e juros. É importante calcular se essa perda compensará os benefícios de receber o dinheiro antecipadamente
  • Riscos de dependência: utilizar o recurso de forma recorrente pode mascarar problemas financeiros subjacentes, como dificuldades de geração de receita ou problemas de gestão de fluxo de caixa. A empresa deve usá-la de maneira estratégica e não como uma solução de longo prazo
  • Análise do crédito do cliente: a modalidade geralmente envolve o risco de inadimplência por parte dos consumidores. É importante avaliar a solvência e histórico de pagamento dos clientes cujos recebíveis serão antecipados

Paes confirma distribuição de genérico do Ozempic no RJ

0
genérico do Ozempic
Novo Nordisk conta com proteção da patente até 2026 – Foto: Reprodução – CMRJ/Renan Olaz

Os planos de distribuição de um genérico do Ozempic no RJ foram confirmados na última quarta-feira, dia 1, pelo prefeito reeleito Eduardo Paes, durante cerimônia de posse. A ideia inicial é que a população tenha acesso ao fármaco por meio do programa Clínica da Família. As informações são da CNN Brasil.

A proposta é uma promessa de campanha do político, que chegou a afirmar em entrevista ao jornal Extra que “O Rio vai ser uma cidade que não vai ter mais gordinho, todo mundo vai tomar Ozempic nas clínicas da família”. Paes ainda detalhou sua experiência pessoal com o medicamento, revelando ter perdido 30 quilos durante seu tratamento.

Genérico do Ozempic no RJ: distribuição depende do fim da patente

Embora o projeto já tenha sido confirmado, inclusive com uma publicação no Diário Oficial do município que aborda “a realização de estudos para a introdução da semaglutida como componente no tratamento contra a obesidade nas Clínicas da Família”, sua efetivação depende ainda do fim a perda da patente do Ozempic, prevista para 2026.

Entenda como e quando utilizar o seguro de sucessão empresarial

seguro de sucessão empresarial
Foto: Canva

Você já conhece o seguro de sucessão empresarial? É melhor se preparar para recorrer a esse expediente, necessário quando o fundador ou sócio morre repentinamente e o controle do negócio terá que ser repassado a alguém que não pertence à família do falecido. Embora a passagem do bastão para os filhos seja uma rotina comum no varejo farmacêutico, as estatísticas gerais do universo corporativo são bem diferentes e confirmam a importância desse documento.

Em média, 46% das companhias transferidas para um herdeiro sobrevivem à mudança para a próxima geração, segundo análise da XP Seguros e Previdência. E quanto maior o crescimento da companhia, menor parece ser a disposição para tocar o legado da família. Apenas 15% dos herdeiros dos maiores grupos empresarias do Brasil no século 20 ainda permanecem no mundo dos negócios.

“Esse seguro é uma forma de minimizar os riscos financeiros causados pelo falecimento dos sócios. A beneficiária é a empresa que o contrata e ela paga aos herdeiros o valor correspondente às cotas do sócio falecido”, explica Iolanda Marques, head de benefícios corporativos da Korsa Riscos e Seguros.

As duas principais vantagens são a manutenção dos direitos dos herdeiros e a tranquilidade para os demais sócios continuarem suas atividades sem a interferência dos sucessores legais.

“No que diz respeito à empresa, existem também questões práticas, de ordem administrativa e financeira, que precisam ser resolvidas. Há casos em que os herdeiros não possuem conhecimento para assumirem diretamente as demandas empresariais. Da mesma forma, muitas vezes não é de interesse da família se envolver com os negócios da empresa”, acrescenta Sandro César de Alarcão, diretor executivo da Seguros do Brasil.

Ainda existem casos em que o sócio falecido era quem provia a família e, por isso, sua invalidez ou morte acaba se tornando também um problema financeiro para os herdeiros. “Nesse contexto, um seguro que se encarregue dos trâmites burocráticos para viabilizar a sucessão empresarial é uma opção muito interessante, não só para a família, mas para a empresa como um todo”, considera Alarcão.

Seguro de sucessão empresarial é quitado em dez anos

Via de regra, o seguro de sucessão empresarial tem prazo de dez anos para quitação, sendo que o risco e a idade são congelados no momento da contratação. A precificação leva em consideração o valor da cquta de capital segurado de cada sócio, acrescido da valorização da marca, resultado do exercício e outras variáveis de análise definidas pelos sócios da pessoa jurídica contratante e a data de nascimento de cada sócio.

Na hora da contratação, é preciso levar em consideração o valor real do patrimônio da empresa e o estado de saúde dos sócios, sendo que, em alguns casos, exames podem ser solicitados. “Com base nessas informações, os profissionais especializados devem calcular os valores tanto da mensalidade como da indenização. Prêmio é o valor pago pelo cliente à seguradora pela prestação do serviço. Já a indenização, também chamada de capital segurado, é a quantia paga pela seguradora ao cliente quando é configurado algum dos sinistros previstos na apólice”, diz Alarcão.

Desregulamentações pautam mercado farmacêutico da Argentina em 2024

mercado farmacêutico da Argentina
Foto: Freepik

Uma série de mudanças regulatórias marcou o mercado farmacêutico da Argentina em 2024. Segundo reportagem do Pharmabiz, a administração do presidente Javier Milei começou o ano com o estabelecimento de um mega decreto de necessidade e urgência (DNU) que revogou a Lei 27.113 , que havia criado a Agência Nacional de Laboratórios Públicos (ANLAP).

Criado em 2014, o órgão tinha o objetivo de promover laboratórios públicos de produção. Com a medida, o país deu amplo apoio à produção privada de medicamentos, retirando completamente do radar a sua fabricação pelo setor público.

OTC dominou discussões no mercado farmacêutico da Argentina

Outra questão polêmica foi a decisão do Ministério da Saúde de alterar o status de alguns medicamentos para OTC, o que obrigou a indústria a reconfigurar todas as suas estratégias comerciais e margens de comercialização. A mega mudança começou em maio com os fármacos da família prazol, que atuam na diminuição da quantidade de ácido no estômago.

Em agosto, a medida foi ampliada, estendendo a referida decisão para as vitaminas A e E, a amorolfina (para tratamento de micoses) e o antiviral aciclovir. E em dezembro, os produtos à base de acetilcisteína (expectorante) também se tornaram MIPs.

Outros temas de grande relevância foram a regulamentação da prescrição eletrônica e a desregulamentação da possibilidade de entrega de medicamentos de alto custo diretamente ao paciente pelas farmácias.

Corte de empregos

A chegada de Milei ao poder não foi suficiente para convencer algumas empresas a permanecerem na Argentina. Redução na estrutura e a venda completa das operações marcaram a movimentação da indústria em 2024. A norte-americana Catalent despediu operadores e técnicos porque viu as suas vendas caírem cerca de 30% em um ano.

A grande queda nas vendas no segmento OTC, no qual a Catalent concentrou sua atuação na produção exclusiva de cápsulas moles, teve um grande impacto. Isto ocorreu em paralelo com o seu processo de venda ao grupo dinamarquês Novo Nordisk, que foi concluído nos últimos dias de dezembro.

E uma das multinacionais que se retirou do país foi a P&G, dona de grandes marcas como Gillette, Pampers, Always, Pantene, Head & Shoulders, Oral-B, Vick e Cebion. A companhia transferiu os seus negócios no país para o grupo Newsan.

recessão econômica resultou numa queda acentuada de 8% na venda de medicamentos em unidades. Enquanto isso, o colapso foi maior nos MIPs (15,3%), enquanto os de prescrição apresentaram redução 5,6%.