Anvisa autoriza novo medicamento da Biomm contra o câncer

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medicamento da Biomm contra o câncer
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Em comunicado publicado na última segunda-feira, dia 21, a Anvisa confirmou a aprovação do registro do anticorpo Bevyx, novo medicamento da Biomm contra o câncer. As informações são do Valor Econômico.

A substância monoclonal tem como princípio ativo o bevacizumbe, anticorpo comum no tratamento de diversos tipos de tumores, como o colerretal, de pulmão, mama, rins, ovário, tuba uterina, peritoneal e colo de útero.

O próximo passo rumo à regularização do tratamento é uma autorização de preço do produto expedida pela Câmara de Regulamentação de Mercado de Medicamentos (CMED)

Medicamento da Biomm contra o câncer integra plano de expansão

A busca pela aprovação do tratamento é apenas um dos investimentos da farmacêutica na expansão de seu portfólio. Apenas nesse ano de 2024 o Panorama Farmacêutico noticiou a entrada da farmacêutica no mercado de insulinas, com a inauguração de uma fábrica em Minas Gerais e a confirmação de parcerias para a produção nacional de um genérico do Ozempic.

Fusão com a EMS é rejeitada pela Hypera Pharma

fusão com a EMS
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A Hypera Pharma acaba de rejeitar a proposta de fusão com a EMS. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da farmacêutica e anunciada por meio de fato relevante e de um comunicado contundente com a assinatura do fundador João Alves de Queiroz Filho, o Júnior.

A proposta envolvia a compra de 20% das ações por meio de uma oferta pública de aquisição (OPA). No negócio, a EMS pagaria R$ 30 por cada ação, o que representa um prêmio de 39% em relação à cotação atual dos papéis. Além disso, 60% a 70% do controle da Hypera ficaria nas mãos da atual concorrente.

O veto à proposta teve unanimidade no conselho da farmacêutica, após avaliação em conjunto com assessorias externas. Segundo a empresa, a decisão considerou os seguintes aspectos:

(a) o portfólio de produtos da EMS, substancialmente focado em medicamentos genéricos, não está alinhado com os segmentos que a Companhia avalia como estratégicos;

(b) a Companhia e a EMS têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas, sendo a Hypera uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, e a EMS uma empresa familiar de capital fechado; e

(c) a avaliação atribuída à Companhia na Proposta subestima significativamente o valor da Hypera.

Proposta de fusão com a EMS ganhou severas críticas públicas e nos bastidores

No comunicado, inclusive, a proposta de fusão com a EMS mereceu uma crítica contumaz. A Hypera lamentou que ela tenha sido enviada ao mesmo tempo em que divulgada pela imprensa e ainda com o pregão em curso.

“Por fim, a Companhia reforça que a administração segue focada na execução da estratégia de otimização de capital de giro divulgada ao mercado em 18 de outubro de 2024, com enorme potencial de geração de valor para seus acionistas de longo prazo”.

Nos bastidores, a indignação teria sido ainda maior. Segundo apuração do Brazil Journal, Júnior considerou a oferta “absolutamente hostil”. Fontes do setor afirmam que o empresário e o presidente da EMS, Carlos Sanchez, teriam mantido conversas superficiais sobre uma possível fusão há cerca de dois anos. Nesse mesmo período, a Hypera também conversava a respeito do tema com Aché e Eurofarma. “O Sanchez e o BTG estão sendo super agressivos”, disse uma das fontes.

Embora a fusão criasse uma gigante da indústria farmacêutica, com market share de 17%, executivos ligados ao setor entendem que faria mais sentido uma transação com Aché ou Eurofarma. Isso porque esses dois laboratórios dispõem de um portfólio mais completo de medicamentos de prescrição, com maior valor agregado e mais sinergias. No caso da EMS, pesaria contra o fato de ela ter uma operação fundamentada em genéricos – de menor valor da cadeia.

Nova proposta pode surgir?

Uma nova proposta pode surgir? De acordo com o Brazil Journal, existe um sinal de que a EMS poderia tentar submeter a proposta diretamente à assembleia de acionistas. Há dois dias, a Hypera iniciou um roadshow com acionistas para apresentar mais detalhes sobre a proposta. Os próximos capítulos prometem.

Patentes da indústria farmacêutica geram 62 ações na Justiça

PATENTES DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICAPatentes, indústria farmacêutica, medicamentos, genéricos
Foto: Canva

As patentes da indústria farmacêutica vêm aquecendo os tribunais brasileiros. Já chega a 62 o número de ações que contestam a exclusividade de medicamentos, envolvendo fabricantes de genéricos e de remédios de referência. Figuram nessa lista de contestações fármacos como o Saxenda, concorrente do Ozempic em tratamentos para perda de peso; e o Stelara, para doenças autoimunes.

De acordo com reportagem especial de O Estado de S. Paulo, as indústrias detentoras das fórmulas originais trabalham para manter a extensão do prazo de patente para além dos 20 anos previstos em lei, o que esbarra em um entendimento diferente do STF. Em 2021, o órgão declarou inconstitucional o parágrafo único do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial (LPI).

Esse texto foi aprovado em 1996 e abria brecha para a extensão dessas proteções, ao estabelecer a exclusividade comercial de 20 anos para medicamentos resultantes de inovação radical e 15 para os de inovação incremental. O artigo 40, porém, instituiu a vigência mínima de dez e sete anos, respectivamente, a partir da data da concessão. Na prática, se o registro fosse oficializado somente 20 anos após a farmacêutica ter dado entrada no pedido, ela teria mais cinco anos de patente garantida, totalizando 30 anos.

“Existe, nos Estados Unidos, um instituto jurídico que permite às empresas pedirem um ajuste da receita com patentes expiradas, se ocorrem atrasos na regulação. Mas, nesse caso, as empresas pedem uma recompensa monetária, não em tempo adicional. É uma aberração jurídica utilizar esse recurso para pedir mais tempo de patente no Brasil”, questionou na reportagem a vice-presidente do Grupo FarmaBrasil, Adriana Diaféria. A entidade representa 12 laboratórios de capital nacional, de olho nas versões genéricas desses medicamentos.

Já as multinacionais contestaram a decisão do STF por entenderem que ela comprometeu a previsibilidade dos negócios. Por essa razão, defendem a preservação das patentes de medicamentos de referência cuja exclusividade vigorava dentro do tempo extra previsto. “Em diversos outros países (como Chile, Coreia do Sul, Estados Unidos, México e Colômbia), a concessão da recomposição do prazo dá direito à exclusividade temporária de patentes, quando este tenha sofrido comprovado atraso injustificado por parte da Administração (no caso brasileiro, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI)”, declarou a Interfarma em nota oficial.

Balanço das ações sobre patentes da indústria farmacêutica

Das 62 ações sobre patentes da indústria farmacêutica, 19 já foram favoráveis às fabricantes de genéricos e biossimilares, pelo menos em primeira instância. A interpretação do STF sustentou essas decisões. Um exemplo ocorreu no início de outubro, quando o Tribunal Regional Federal (TRF1) declarou como extinta a proteção de mercado ao Stelara, da Johnson & Johnson. A companhia norte-americana vem pleiteando há três anos a manutenção da patente, mas preferiu não se posicionar sobre o assunto.

Na visão da advogada Renata Rothbarth, sócia para as áreas de ciências da vida e saúde do escritório Machado Meyer Advogados, a decisão do STF dá espaço para diferentes interpretações. “Em vez de o Brasil tratar de resolver o problema de atrasos do INPI, a decisão foi a forma que a Justiça encontrou de “dar um jeitinho” na questão. “Mas não podemos querer dar soluções simples para problemas complexos”, ressalta.

Em resposta, o INPI destacou que “vem realizando uma série de ações nos últimos anos para acelerar os procedimentos e decidir pedidos de patentes em prazos compatíveis com a média internacional”. De acordo com o instituto, o prazo médio atual entre o protocolo inicial do pedido de patente no INPI e sua decisão é de 4,6 anos – bem inferior ao período de 9,3 anos em 2014. O objetivo é chegar ao prazo de dois anos até 2026, conforme definido no Planejamento Estratégico do INPI para o período 2023-2026.

Custo das patentes

O Grupo FarmaBrasil estima em R$ 7,6 bilhões os custos para o consumidor e em R$ 1,1 bilhão as despesas do SUS no caso de manutenção dessas 62 patentes. Os números são resultantes de um estudo elaborado em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Já a Interfarma alega que, “por anos, os processos de análise levaram mais de 10 anos para serem concluídos e há prejuízos aos titulares por essa insegurança”. Segundo levantamento da Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, o prazo médio de exame de patentes biofarmacêuticas no Brasil, no período entre janeiro de 2020 e setembro de 2023, foi de 9,5 anos.

Produção do Estado de São Paulo

Johnson & Johnson 
Stelara: imunossupressor
Simponi: anti-inflamatório
• Pfizer Ireland Pharmaceutica
Enbrel: anti-inflamatório
Torgena: antibacteriano
• Janssen Pharmaceutica
Prezista: antiretroviral
• Wyeth
Nerlyn, primeiro e segundo registro: antineoplásico 
• Kudos Pharmaceuticals
Lynparza: antineoplásico
• Amgen Research
Blincyto: antineoplásico
• Actelion Pharmaceuticals
Opsumit: anti-hipertensivo
• Bristol-Myers Squibb
Eliquis: antitrombótico
• Genmab
Kesimpta: esclerose múltipla
• AstraZeneca
Forxiga, Qtern e Xigduo XR: todos antidiabete
Cediranibe: câncer
• Astellas Pharma
Myrbetric: incontinência urinária
• Bayer Healthcare
Nexavar: câncer
Stivarga: câncer
• Boehringer Ingelheim Pharma
Ofev: antineoplásico
• Nippon Shinyakuco
Uptravi: antirreumático
• Chiesi Farmaceutici
Fostair: antiasmático
• Vifor
Ferinject: antianêmico

• Merck Sharp & Dohme
Januvia: hipoglicemiante (dois registros)
• Regeneron Pharmaceuti-cals
Eylia: deficiência visual
• Novo Nordisk
Victoza: antidiabete
Tresiba: anti-diabete
Saxenda: metabolismo
Ozempic: antidiabete e para controle do peso
Rybelsus: antidiabete
• Celgene
Revlimid: imunosupressor
• Takeda Pharmaceutical
Venvanse: TDAH
• Abbvie Bahamas
Navitoclax: antineoplásico

• H. Lundbeck
Brintellix: antidepressivo
• Otsuka Pharmaceutical
Rexulti: anti-depressivo
• Warner-Lambert Company
Ibrance: antineoplásico

• Astellas Pharma, Univer-sity of California
Xtandi: antineoplásico
• Ares Trading
Mavenclad: esclerose multi-pla (subsidiária da Merck Soro no Uruguai)
• Pharmacia & Upjohn Company
Sutent: antineoplásico

• Les Laboratoires Servier
Valdoxan: antidepressão
Tibsovo: câncer
Vorasidenibe: câncer
Procoralan: coração
• Merck Serono
Mavenclad: esclerose múltipla
• Pfizer Products
Xeljanz: imunossupressor
• Hypera, FAES Farma
Alektos: antialérgico
• Bioartic
Lecanemabe: Alzheimer
• Genzyme Corporation, Uni-versity of Michigan
Cerdelga Eliglustat: moduladores do metabolismo
• Novartis
Galvus e Galvus MET: antidia bete
Entresto: antitrombótico
Tasigna: antineoplásico
Revolade: anti-hemorrágico
• Adverio Pharma
Adempas: hipertensão pulmonar
• Gilead Sciences
Vemlidy: anti-infecção
• E. R. Squibb & Sons, Ono
Pharmaceutical
Opdivo: câncer
• Agouron
Pharmaceuticals
Inlyta: antineoplásico
• Eli Lilly
Trulicity: antidiabete
• EUSA Pharma
1 Sylvant: imunosupressor
•The Scipps Research Institute
Vyndaqel: tratamento de ami-loidose
• Du pont Nutrition
Produto nutricional

Reprodução: O Estado de S. Paulo

Parceria entre Indiana e Cimed cria farmácia instagramável

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Indiana e Cimed
Foto: Divulgação

Uma parceria entre a Farmácia Indiana e Cimed levou à inauguração de uma loja-conceito personalizada na cidade de Governador Valadares, a primeira do gênero no estado de Minas Gerais. Formulado por meio de um collab com a Carmed, marca de hidratantes labiais do grupo farmacêutico, o novo espaço promete oferecer uma experiência única aos clientes e fãs da linha.

A unidade foi projetada para impactar o maior número de pessoas possível, com uma fachada chamativa, espaços “instagramáveis” e uma localização estratégica, no centro da cidade. Na Avenida Brasil, 3.630, a loja de design moderno oferece experiência imersivas em saúde, bem-estar e inovação.

Parceria entre Indiana e Cimed mira aproximação com o público

A união das empresas tem como principal objetivo aproximar a relação das marcas com seus clientes, com medidas como roletas de distribuição de brindes, customização de chaveiros Carmed, descontos especiais, sorteios e cenários fotográficos para as redes sociais.

“O lançamento desta loja reforça o compromisso da Farmácia Indiana com a inovação, sem abrir mão da qualidade e do atendimento próximo que sempre foram nossas marcas registradas”, afirma o diretor executivo Alexandre Mattar Netto

Ações da Hypera sobem 7% após proposta de fusão da EMS

Ações da Hypera
Foto: Freepick

As ações da Hypera (HYPE3) na bolsa fecharam a terça-feira, dia 22, com um aumento de 7,45%.  Os papéis foram impulsionados após a oficialização de uma proposta de fusão por parte da EMS, noticiada pelo Panorama Farmacêutico. As informações são do portal Seu Dinheiro.

A criação de uma nova gigante da saúde foi bem recebida pelo mercado. Nas contas do Itaú BBA, a potencial nova companhia, resultante da fusão, teria um valor patrimonial combinado de R$ 47,5 bilhões, com a Hypera detendo uma participação de 40% e a EMS detendo uma participação de 60% antes da potencial oferta pública de aquisição (OPA).

Ações da Hypera vivem ano delicado

O bom resultado registrado na tarde de ontem, no entanto, não foi o suficiente para reverter o quadro de redução no valor de suas ações apresentado pela companhia nesse ano.

Desde janeiro a HYPE3 já registrou uma redução acumulada de 19%, queda impulsionada principalmente pela má reação do mercado a primeira série de medidas apresentada, na última segunda-feira, dia 21, pela empresa para reverter o quadro financeiro da farmacêutica.

Na oportunidade a Hypera anunciou um plano de otimização de capital e interrupção das projeções financeiras que foi mal avaliado por investidores e instituições como o Itaú BBA, que rebaixou sua recomendação para as ações de “compra” para “neutro”, ao fechamento do mercado na segunda feira as ações da companhia tinham caído aproximadamente 17% na bolsa de valores brasileira.

GSK tem novo gerente geral

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GSK, Patrick Eckert
Foto: Acervo Pessoal

A GSK, multinacional farmacêutica de origem britânica, passa a ter Patrick Eckert como gerente geral para o Brasil. O executivo assume o cargo após quase dois anos na Genentech, onde atuava como líder nas áreas de ciclo da vida e terapias celulares.

Graduado pela Universidade de Administração de Lausanne, na Suíça, o executivo construiu sua carreira com passagens pelo Brasil e Estados Unidos, além de outros países da América Latina, Europa e Oriente Médio. Acumula 25 anos de experiência no canal farma.

Contato: patrick.d.eckert@gsk.com

Sindusfarma pede revogação da RDC 660

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Revogação da RDC 660
Foto: Freepik gerado com IA

A revogação da RDC 660 de 2022, que define os critérios e os procedimentos para a importação de produtos derivados de cannabis para uso medicinal, entrou no radar do Sindusfarma. As informações são do Sechat.

Alegando que a norma não atende de maneira adequada aos critérios de segurança e qualidade, previsto pela própria Anvisa, o sindicato enviou um ofício a agência solicitando a revogação do texto. Na visão da entidade, diretrizes importantes sobre o controle de qualidade não são previstas na legislação atual.

O objetivo da associação é garantir a qualidade dos produtos à base de cannabis importados, assim como é previsto pela RDC 327, que regulamenta os itens fabricados nacionalmente. Apesar dos pontos levantados pelo Sindusfarma, não há um consenso no setor.

Possível revogação da RDC 660 divide opiniões 

Enquanto o Sindusfarma pede mais rigor da Anvisa na importação de produtos à base de cannabis para uso medicinal, há quem defenda que a resolução cumpriu seu papel. É a opinião de Fernando Franco, gerente de marketing e sócio da Ease Labs. “A RDC 660 cumpriu seu papel. Hoje, diversos produtos estão disponíveis em farmácias em todos os estados do país, a preços acessíveis”, argumenta.

Entidades como a Associação Pan-americana de Medicina Canabinoide (APMC) e a Associação Médica Brasileira de Endocanabinologia (Ambcann) também são contrárias a revogação. Em carta enviada a Anvisa, as entidades apontam que “essa norma garante um acesso inclusivo e democrático às terapias canabinoides”.

Número de autorizações para importação de canabidiol cresceu 

Alvo da polêmica, as importações de cannabis medicinal estão em alta. Segundo dados da Anvisa divulgados no último mês de agosto, desde 2015, já foram emitidas 366,6 mil autorizações para a compra de canabidiol (CBD) importado e de outros compostos derivados da erva para tratamento médico.

Sistema propõe controle de inventário sem fechar loja

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CONTROLE DE INVENTÁRIOPense Farma, Procfit, orientação empresarial
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O controle de inventário é um passo importantíssimo para garantir a saúde da operação da sua farmácia. Mas colocar essa atividade em prática torna-se uma tarefa cada vez mais desafiadora conforme a empresa ganha escala e capilaridade. O aumento no número de lojas, no mix e até mesmo a construção de um centro de distribuição (CD) impõem um novo olhar para a importância da tecnologia.

Foi o que fez a Pense Farma, rede de farmácias que mantém 37 PDVs espalhados por dez cidades da Região Metropolitana de São Paulo, com apoio técnico da Procfit. “Compramos uma rede de menor porte em 2007 e esse foi o motor para nosso crescimento. Em menos de uma década, já entendíamos que precisávamos de um sistema mais robusto”, conta a diretora administrativa Dayara Davino.

Controle de inventário é facilitado com o uso de sistema 

Segundo Dayara, em 2015, quando a Pense Farma somava 20 lojas, as primeiras dificuldades começaram a surgir. “De maneira geral, começamos a notar que várias operações, inclusive o inventário, já não eram realizadas da melhor forma com o sistema que utilizávamos”, relembra.

O provedor da época indicou a Procfit e, em 2017 começou o processo de
transição. “Independentemente do tamanho da farmácia, é necessário ter essa
política de realização do inventário, principalmente em momentos de
crescimento, pequenos desvios podem gerar grandes consequências”,
comenta Marcos Vinícius Consoli (Gemada), vice-presidente de sistemas e
operações na Procfit.

“Desde que adotamos a plataforma, reduzimos nossas perdas em 27%”, afirma Dayara. Mas uma dor ainda aflige a operação – ter que paralisar as vendas para realizar a contagem.

CD tem que ficar fechado por até dois dias para realização de inventário 

Além de seus PDVs, a Pense Farma administra um centro de distribuição que armazena até 4 mil SKUs. Atualmente, para contabilizar o estoque, a operação precisa ser paralisada. “Só podemos fazer o inventário com a loja fechada, sem vendas. Quando falamos de nosso CD, o problema é ainda maior. Os trabalhos ficam paralisados por até dois dias”, lamenta Dayara.

“Por meio do Inventário Rotativo, com alguns parâmetros previamente determinados, como por exemplo cancelamentos, devoluções e vendas de produtos de alto custo, a ferramenta gera uma lista de produtos a serem contados. Também é possível incluir outros itens, como no caso de assalto”, afirma Gemada.

Ferramenta possibilita controle de inventário durante funcionamento da loja 

Com o Inventário Rotativo, o sistema registra o volume de unidades de determinado produto em estoque, com discriminação por horário específico, e desconsidera as movimentações realizadas posteriormente. Além disso, possibilita que a contagem manual aconteça paralelamente às vendas.

“Assim, conseguimos identificar possíveis falhas operacionais, ajustar as divergências e calcular os prejuízos com muito mais celeridade, permitindo maior acurácia no estoque”, pontua Dayara.

A novidade está em implementação na rede de farmácias, mas a expectativa da gestora é alta. “Esperamos reduzir entre 10% e 20% as perdas por erro operacional”, projeta.

Diretor afirma que Anvisa está tentando acelerar registro de medicamentos

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Registro de medicamentos
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Dar mais celeridade ao registro de medicamentos e tratamentos é uma prioridade da Anvisa. Quem afirma é Daniel Pereira, diretor da agência, em participação em evento promovido pela CNN Brasil.

“Cada vez estamos trabalhando mais próximos do detentor do registro. Muitas vezes, ele não sabe como navegar dentro da agência e prestamos todo esse aconselhamento regulatório desde o início”, comentou. “Nosso objetivo é que todos os pedidos que entrem na agência sejam aprovados da maneira mais célere possível”, completa.

Por outro lado, Pereira aponta que o órgão segue com critérios “muito rigorosos”. “Todos podem ter certeza de que os aprovados pela Anvisa são medicamentos seguros e com eficácia comprovada”, declarou.

Parcerias internacionais podem facilitar registros 

Uma alternativa para acelerar o registro de medicamentos foi a parceria fechada entre a Anvisa e o FDA. Firmado no fim de setembro, o trabalho conjunto prevê a troca de informações confidenciais e não públicas sobre medicamentos regulados em fases de pré e pós mercado.

Oficializado pelo Dr. Robert Califf, comissário da FDA, e Antonio Barra Torres, diretor-presidente da agência brasileira, o acordo foi definido como a consolidação de “uma parceria de confiança que vem sendo construída principalmente nos últimos dez anos”. Assinada em Washington, nos Estados Unidos, a parceria representa um “importante avanço nas relações estabelecidas entre as duas autoridades”, de acordo com a autarquia.

Além de registro de medicamentos, combate a fake news também é prioridade 

Outro foco da agência, segundo Pereira, é combater fake news. Para tal, a Anvisa aposta em seu trabalho regulatório e em uma comunicação transparente com a população.

“Muitas vezes, penalizamos e autuamos veículos e produtos que são colocados sem o registro adequado da Anvisa. É um trabalho diário que a gente faz, inclusive nas redes sociais e market places”, afirma.

“A Anvisa tem se dedicado muito a levar uma melhor informação a população. Temos uma proximidade muito grande com os sistemas estadual e municipal para levar esses conteúdos de forma clara”, completa o diretor.

Confira 5 caminhos para não fechar o ano no vermelho

FECHAR O ANO NO VERMELHOOrientação empresarial, planejamento financeiro, dívidas
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O risco de fechar o ano no vermelho aumenta à medida que cresce o entusiasmo das farmácias por mais compras e investimentos em ações para a Black Friday e a temporada de verão. Com gastos elevados para potencializar os resultados, comumente as empresas esbarram em problemas como o mau planejamento do estoque e estreitamento do fluxo de caixa, em meio a obrigações de fim e início de ano como 13º salário e impostos como IPTU.

Se apoiar no histórico de vendas e adotar táticas para acompanhar os indicadores financeiros em tempo real são as chaves para evitar dissabores. E alguns especialistas trazem conselhos extras para os pequenos e médios empreendedores.

Deixe a casa distante dos gastos corporativos

Sim, o conflito entre finanças pessoais e da empresa ainda é uma realidade, especialmente nesses períodos. “Em clima festivo, o empreendedor pode acabar utilizando recursos do negócio para gastos pessoais com presentes ou festas”, observa Daiane Alves, educadora financeira da fintech Neon.

Investimentos prioritários não são urgentes

Colocando no papel os investimentos prioritários em expansão, sua farmácia poderia diagnosticar com precisão as despesas importantes, mas que não necessariamente são urgentes. “Trave gastos que possam ser feitos no próximo ano, como alguma manutenção e ações de marketing. Priorize a quitação de dívidas correntes e o pagamento de tributos que podem comprometer o funcionamento da empresa no ano seguinte, como ICMS e ISS”, argumenta Fábio Comitre, CEO da consultoria de BPO Efforts.

Elimine gastos extras

Este é o momento para eliminar despesas desnecessárias. Na prática, isso é possível com uma análise cuidadosa de gastos que podem ser deixados de lado após uma revisão. Tarifas bancárias e anuidade de cartões de crédito são alguns exemplos.

Reforce o uso da tecnologia

“Plataformas de gestão financeira colaboram para agilizar atividades como a conciliação automática, a emissão de notas fiscais e o acesso ao crédito e obtenção de mais prazo para pagamentos”, destaca Luis Eduardo Cascão, CEO da consultoria Tino.

Aposte na renegociação de dívidas e prazos

Algumas medidas como renegociação de dívidas de longo prazo, como financiamentos e empréstimos, também são alternativas viáveis. “Não existe uma bala de prata para solucionar o problema financeiro de todas as empresas. Mas sem dúvida, a maneira mais saudável, que não prejudica a sua margem, é estender o seu prazo de recebimento, além de negociar com fornecedores e credores”, avalia Cascão.

O consultor aconselha ainda a organização de cada entrada e saída por categoria, separando fornecedores, colaboradores, despesas administrativas e receitas.