Indústria de cosméticos pode crescer R$ 35 bi com IA

indústria de cosméticos

A indústria de cosméticos pode movimentar R$ 35 bilhões a mais com uso de recursos de inteligência artificial (IA). É o que aponta um estudo da startup Cogtive, que desenvolve software para melhoria dos processos produtivos na manufatura.

O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de cosméticos em todo o mundo, de acordo com o Panorama Setorial 2023 da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). No entanto, há um potencial subaproveitado entre os fabricantes do setor.

Indústria de cosméticos tem uma capacidade oculta

Esse potencial desperdiçado se refere ao que o estudo denomina de capacidade oculta. “Importante pontuar que não estamos falando de capacidade ociosa, que é aquela medida a partir da capacidade instalada e seu efetivo uso. Estamos falando de uma capacidade que o setor industrial desconhece, mas que está lá para ser explorada, com recursos de inteligência artificial e internet das coisas (IoT) que softwares de gestão fabril proporcionam. Não se trata de diferencial, é imperioso”, assinala o CEO da Cogtive, Reginaldo Ribeiro.

O estudo da Cogtive foi elaborado a partir de artigo da consultoria norte-americana McKinsey & Company, acerca do conceito de capacidade oculta e de como identificá-lo. O levantamento traz também a capacidade oculta da indústria brasileira como um todo, que seria da ordem de R$ 500 bilhões anuais.

“Para um país como o Brasil, que assiste a um processo de desindustrialização gradativo, há décadas, identificar esse potencial é fundamental para recuperarmos o papel da indústria na economia”, acrescenta Ribeiro.

O executivo ressalta que, conforme mostra o estudo, se esses R$ 500 bi de capacidade oculta fossem identificados e aproveitados, o montante se reverteria em um acréscimo de 5,6% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “A reindustrialização do Brasil passa, sem dúvidas, por investimentos tecnológicos rumo à indústria 4.0”, constata Ribeiro.

Tenho alergia à camisinha. E agora?

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Alergia à camisinha

Ter alergia à camisinha pode ser um problema e tanto para a rotina sexual. Na maioria das vezes, a reação alérgica é causada por uma das muitas substâncias existentes no preservativo, que é geralmente o látex. Também pode ser uma consequência de componentes do lubrificante da camisinha, que contém espermicidas – estes, os responsáveis por eliminar os espermatozoides e proporcionar sabor, cheiro e cor.

É possível identificar a ocorrência de alergia à camisinha simplesmente por sintomas como vermelhidão, inchaço e, principalmente, pela coceira nas partes íntimas. Pode também estar associada a espirros e tosse, se manifestando em cerca de 12 a 36 horas após a incidência com o látex ou o causador em questão. Se perceber algo do tipo, é necessário consultar um ginecologista, alergologista ou urologista que realizarão o diagnóstico. Na maioria das vezes, o tratamento se passa pelo uso de camisinhas de outros materiais ou remédios como antialérgicos, anti-inflamatórios ou corticoides. Veja abaixo os principais sintomas de alergia à camisinha.

6 principais sintomas de alergia à camisinha

  • Vermelhidão na pele;
  • Inchaço e coceira da parte íntima;
  • Descamação na virilha;
  • Olhos lacrimejando;
  • Garganta arranhando;
  • Espirros constantes.

Em casos extremos de alergia aos componentes da camisinha, a tosse, a falta de ar e a sensação de fechamento da garganta são os sintomas mais presentes. Nesses momentos, é mais do que necessário ir atras de um atendimento médico o quanto antes para o melhor tratamento. Há casos em que a hipersensibilidade à camisinha surge após um bom tempo, apenas depois de utilizar o preservativo diversas vezes, então é necessário ficar atento a isso também.

As membranas da mucosa da vagina ajudam para que os sintomas de alergia à camisinha sejam mais comuns em mulheres. Isso porque elas facilitam a ingressão das proteínas do látex no corpo, o que causa inchaço e coceira na região vaginal. As primeiras impressões desses sintomas devem ser comunicadas o quanto antes para um ginecologista ou urologista, já que eles podem também indicar outros problemas de saúde, como infecções sexualmente transmissíveis.

Alternativas quando se tem alergia ao látex

  • Camisinha de poliuterano, feita com material plástico fino ao invés do látex, e também garante a segurança contra a gravidez ou infecções sexualmente transmissíveis;
  • Camisinha feminina, que também é fabricada com um plástico sem látex, diminuindo o risco de contrariedades;
  • Camisinha de poliisopreno, produzida com material semelhante a borracha sintética, mas assim como as outras não tem as proteínas do látex. São seguras na proteção de doenças e gravidez, e não causam alergia;
  • Camisinha de pele de carneiro, esta que não tem látex, porém tem pequenos orifícios que podem possibilitar a passagem de doenças, não sendo tão segura.

Em casos de alergia em específico aos produtos do aromatizante ou do lubrificante da camisinha, é possível escolher preservativos com lubrificante à base de água e sem corantes. Se o excesso de irritação ou inchaço for anormal, o médico indicará, provavelmente, o uso de antialérgicos, anti-inflamatórios ou corticoides para o melhor tratamento possível da alergia.

Diagnóstico de alergia à camisinha

Consulte um ginecologista, urologista ou alergologista para realizar o diagnóstico correto de alergia à camisinha. Ele avaliará os sintomas e a incidência da reação alérgica na pele, além de solicitar exames que comprovem a existência ou não da alergia. Esses testes indicam qual produto exato da camisinha que causa o problema, podendo ser o látex (mais comum), lubrificante ou outras substâncias de cor, cheiro e outras sensações.

Dentre as indicações, o médico poderá recomendar o exame de sangue, que identifica, em específico, as proteínas produzidas pelo organismo enquanto na presença de látex, como por exemplo a dosagem de IgE sérica específica contra o látex. Também há o patch test, que é um teste de contato identificador de alergia ao látex, e o prick test, que atua na verificação de sinal de reação alérgica através da aplicação de substâncias determinadas na pele.

Libbs lança 3º programa de inovação aberta

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inovação aberta

O programa de inovação aberta da Libbs chega à terceira edição, com inscrições válidas até 23 de junho. Por meio da iniciativa, intitulada Linna, a farmacêutica busca startups, scale ups ou pequenas empresas com soluções inovadoras para os desafios internos da companhia.

Enquanto nas duas primeiras edições o programa focou em iniciativas que buscavam melhorias e eficiência do negócio principal da Libbs, o Linna 2023 investe fichas em parceiros que proporcionem não apenas eficiência e aumento de produtividade, mas também a incorporação de novos conhecimentos em toda a cadeia. Há também mais flexibilidade para uma maior duração dos pilotos, pois algumas soluções podem exigir mais tempo de implementação e obtenção de resultados.

“O Linna teve uma evolução significativa desde sua primeira edição. Ele nos proporcionou a oportunidade de trabalhar com diversos parceiros e encontrar várias soluções alternativas. Nossa abertura ao aprendizado ao longo da nossa história está no cerne da nossa cultura”, afirma Anna Guembes, diretora de Inovação e Desenvolvimento do Negócio da Libbs.

O Linna 2023 traz um pensamento mais amplo sobre inovação e pretende transformar a realidade de todos os envolvidos no ecossistema do negócio. “Continuamos abertos a startups de diversos setores, incluindo healthtechs. Mas nosso foco agora é inovar impactando positivamente outros atores, como pacientes e parceiros estratégicos”, prevê a diretora.

A área de desenvolvimento de medicamentos, por exemplo, traz a temática de inovação na fabricação de comprimidos de desintegração instantânea. Segundo Débora de Souza Gonçalves, especialista de Desenvolvimento Galênico, a expectativa é que as soluções tragam inovação para o desenvolvimento de medicamentos e conhecimento para os times. “Novos produtos devem ser lançados com um processo produtivo robusto e detecção precoce de possíveis desvios que impactem na produtividade. Buscamos apoio para a disseminação do conhecimento e soluções tecnológicas que hoje não temos expertise”, explica.

Com uma visão inteira focada no paciente, o público final também está contemplado nos desafios, como o da área de vendas, que busca mapear os estoques dos pontos de venda em tempo real. “É inovador disponibilizar o produto no lugar certo para o paciente. Com uma nova solução, podemos melhorar a distribuição”, diz Wilson Jorge de Assis Junior, gerente regional de vendas da Libbs.

Inovação aberta da Libbs mira em quatro eixos

 A inovação aberta da Libbs está focada em quatro eixos nesta terceira edição do programa.

  1. Como melhorar a gestão de estoque de produtos Libbs nas farmácias: a Libbs busca soluções que possam fornecer informações em tempo real sobre o estoque de seus produtos em cada ponto de venda. A falta de visibilidade dessas informações pode resultar em rupturas no abastecimento e impactar negativamente o tratamento dos pacientes. A solução procurada deve integrar todas as cadeias de suprimentos disponíveis e ser acessada em tempo real pelos colaboradores da empresa.
  2. Como melhorar a adesão ao tratamento e o conforto de nossos pacientes por meio de medicamentos que dissolvem rapidamente na boca: para assegurar o bem-estar dos pacientes, a empresa busca soluções que possibilitem a produção de medicamentos de rápida dissolução na boca, oferecendo maior conforto durante o tratamento. O objetivo é desenvolver produtos que se solubilizem completamente e instantaneamente em menos de 10 segundo. Para isso, a empresa busca parceiros que ofereçam tecnologias de processo simples que possam ser integradas à linha de produção.
  3. Como adaptar a produção para sempre garantir a disponibilidade de medicamentos para quem precisa: o desafio é encontrar soluções inovadoras que permitam avaliar cenários presentes e futuros de produção e materiais, alinhados às variações de demanda do mercado. O objetivo é adaptar a produção da empresa de forma ágil, flexível e eficiente, garantindo a disponibilidade contínua dos medicamentos aos pacientes. São bem-vindas a exploração de novas abordagens, tecnologias e ideias que impulsionem a excelência operacional e a satisfação dos clientes.
  4. Como integrar informações do ciclo de vida dos produtos na indústria farmacêutica para facilitar consulta de dados e tomada de decisões: o desafio procura soluções para integrar os dados do ciclo de vida dos produtos da indústria farmacêutica em uma plataforma única. O objetivo é trazer agilidade e eficiência, permitindo consultas rápidas e assertivas em caso de desvios, evitando erros e otimizando o tempo necessário para tomar decisões. Aqui, a busca é por startups que possam auxiliar na compilação de informações relevantes, desde a técnica de fabricação até os resultados analíticos dos materiais.

Após as inscrições, a companhia promoverá uma triagem dos projetos até 21 de julho. O pitch day se estenderá de 24 de julho a 4 de agosto.

Edições anteriores da inovação aberta da Libbs

Nas duas primeiras edições do Linna, a abordagem adotada teve o intuito de iniciar o programa de forma gradual e obter os primeiros resultados, já visando a futura expansão do programa à medida que o valor gerado se tornasse evidente. Com isso, o principal resultado foi o ajuste de processos para equilibrar a agilidade necessária para a inovação aberta com as necessidades da indústria farmacêutica, contribuindo para uma esteira de inovação mais robusta que gera valor para a Libbs e seus parceiros. No total, nos anos de 2021 e 2022, foram mapeadas e inscritas 349 startups e oito foram selecionadas para continuarem o trabalho colaborativo com a Libbs.

Muita atenção com alergia a camarão

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Alergia a camarão

A alergia a camarão é uma das mais incidentes entre os seres humanos, podendo ser leve ou até levar à morte. Ela é identificada através de sintomas, que geralmente surgem de maneira rápida e agressiva logo após o consumo ou a inalação do cheiro do camarão.

Pode variar entre sintomas como vermelhidões na pele, coceira, inchaço na garganta e no rosto – olhos e boca. É comum que as pessoas alérgicas a camarão também carreguem mais problemas com outros frutos do mar. Por conta disso, é necessário sempre observar reações após ter contato com mariscos, lagostas e ostras, por exemplo. Sabemos que a alergia a camarão pode ser grave, causando até falta de ar e sendo fatal.

Sendo assim, é primordial que o alérgico não coma camarão de forma alguma, e em alguns casos mais severos, ande com uma caneta injetora de epinefrina no bolso. Esse equipamento é utilizado nas maiores emergências de incidência dessa alergia, e pode salvar vidas. Confira na matéria de hoje os principais sintomas, o que fazer, como confirmar o diagnóstico e muito mais sobre a alergia a camarão.

Como saber se tenho alergia a camarão?

Surgindo em poucos minutos logo após o consumo ou inalação do cheiro, os sintomas de alergia a camarão podem variar entre leves ou até fatais. Por exemplo, pode causar uma reação exagerada no sistema imunológico, se expandindo a sintomas como a anafilaxia – quadro grave, que fecha as vias respiratórias e pode levar a óbito. Confira as evidências principais e mais comuns da alergia a camarão:

  • Vermelhidão em algumas partes do corpo;
  • Coceira;
  • Inchaço no rosto – principalmente nos lábios, olhos, língua e garganta;
  • Diarreia;
  • Dor no abdômen;
  • Queda da pressão, tonturas ou desmaios;
  • Náuseas e vômitos.

Alergia a camarão ou ao conservante usado neles?

Com a descrição acima, você pode imaginar que o pequeno camarão seja um inimigo tremendo da humanidade. E pode sim. Porém, em boa parte das vezes, não são os crustáceos que causam isso, mas sim um conservante utilizado em alimentos congelados, denominado metabissulfito de sódio, bastante comum nos camarões. Desta forma, os sintomas não surgem quando se ingere o animal fresco.

A gravidade dos sintomas nesse caso depende mais da quantia que foi consumida do conservante. Observe sempre na lista de ingredientes na parte de trás da embalagem, se no rótulo constar o metabissulfito de sódio, fique esperto para evitar maiores complicações que talvez nem são da ciência do alérgico.

Como diagnosticar que tenho alergia a camarão?

O teste cutâneo, recomendado pelo médico, pode ser a principal prova para diagnosticar a alergia a camarão. Neste caso, será aplicada à pele da pessoa que suspeita de alergia uma pequena quantidade da proteína presente no camarão, de forma que seja possível verificar a existência ou não de reações alérgicas.

O exame de sangue também é super recomendado por especialistas, já que consegue apontar a existência ou não de células de defesa contra o animal. Ademais, o mais comum a se realizar é observar os sintomas: se ao comer um camarão você tiver alguns dos sintomas citados, provavelmente a alergia existe sim. Se não, a preocupação não deve ser a mesma.

O que fazer para cuidar?

Por se tratar de uma alergia com potencial fatal, é necessário ter muito cuidado ao notar a incidência contra camarão. Já que há a possibilidade de asfixia por conta do inchaço da glote na garganta, as chances de a pessoa ficar sem oxigênio são altas, precisando da maior atenção possível logo nos primeiros minutos.

Passo a passo para cuidar da alergia a camarão:

  1. Disque 192 e chame imediatamente uma ambulância ao local da incidência;
  2. Deite a pessoa no chão, de barriga para cima, e a vire de lado caso comece a vomitar, evitando sufocamento;
  3. Afrouxe as roupas da pessoa, ainda mais se ela estiver de gravata, cinto ou peças que apertam e sufocam;
  4. Realize massagem cardíaca se necessário até que a ambulância chegue.

Como dito no início da matéria, as pessoas que tem alergia a camarão já sabem da possibilidade da piora, e geralmente carregam para todo lugar uma injeção de epinefrina em forma de caneta. Se a pessoa tiver a injeção consigo, aplique o mais rápido possível em sua coxa ou braço, assim terá a respiração melhorada.

Para realizar os primeiros socorros é necessário ter ciência do que está fazendo. Na alergia a camarão não é diferente, especialmente para pessoas que convivem com o alimento, por exemplo, em restaurantes de frutos do mar. Pode acontecer de alguém comer sem saber e passar mal, então tenha sempre atenção no que fazer.

E quando a alergia a camarão for leve?

No caso de sintomas mais fracos como vermelhidão pelo corpo ou rosto inchado, o antialérgico pode ser a melhor opção. O indicado pelos médicos varia basicamente entre a cetirizina e a desloratadina, que freiam os avanços dos sintomas e isolam a dificuldade para respirar.

Para tomar o comprimido, o coloque abaixo da língua de maneira que seja mais facilmente absorvido e tenha os efeitos esperados o mais rápido possível. Se o gosto tiver muito ruim, deixe absorver no início e tome água para descer junto após.

Autocuidado em farmácias terá congresso inédito

autocuidado em farmácias

O autocuidado em farmácias inspirou a criação de um evento inédito. A ACESSA (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde), antiga ABIMIP, e a Associação Latino-Americana de Autocuidado Responsável (ILAR) fecharam os detalhes para a realização do 1º Congresso Latino-Americano de Autocuidado.

O evento acontecerá em São Paulo nos dias 8 e 9 de novembro e terá a colaboração da Global Self-Care Federation (GSCF), principal federação mundial do segmento de MIPs, com sede na Suíça e que congrega associações, fabricantes e distribuidoras. A entidade internacional, inclusive, promoverá em paralelo sua conferência regional.

O 1º Congresso Latino-Americano de Autocuidado terá como tema “Fazer do Autocuidado um movimento de saúde” e o objetivo é gerar um espaço de discussão para colaborar com o avanço na adoção dessa prática.

A programação abordará as principais tendências globais e regionais e a relevância da construção de sistemas de saúde mais resilientes, políticas públicas e regulação, acesso a produtos de autocuidado, empoderamento e letramento em saúde, entre outros.

Autocuidado em farmácias: setor quer resolução global e dia nacional

O autocuidado também é pauta de um movimento para criar uma resolução global sobre o assunto. Já no Brasil, o setor farmacêutico se mobiliza para acelerar a aprovação do Projeto de Lei 3099/2019, que institui no calendário oficial da saúde o Dia Nacional do Autocuidado. De autoria do deputado federal Juninho do Pneu (União-RJ), a proposta aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara.

A data já é celebrada em outros países no dia 24 de julho. “Acreditamos que a oficialização ajudará a promover a conscientização sobre a importância e os benefícios do autocuidado para a população brasileira, 24h por dia, sete dias por semana”, comenta Rodrigo Garcia, presidente da Acessa.

MIPs em supermercados podem colocar autocuidado em risco

O advento do autocuidado, porém, pode sofrer um revés caso vingue a proposta que autoriza supermercados e estabelecimentos similares a vender medicamentos isentos de prescrição.

PL 1774/19, de autoria do parlamentar Glaustin da Fokus (PSC-GO), aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. A proposta permite a comercialização dessa classe de medicamentos não apenas em supermercados, como também em estabelecimentos similares.

Até quitandas estariam habilitadas para a venda, sem nenhuma previsão de uma farmácia dentro do estabelecimento ou da presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor. Em duas ocasiões no ano passado, a Câmara analisou o regime de urgência para avaliar o projeto ainda em 2022. Mas mesmo sob intensa pressão do setor supermercadista, a tentativa fracassou e o pedido não recebeu o apoio necessário.

E o movimento pelos MIPs em supermercados estendeu-se agora para o Senado Federal. Efraim Filho (União Brasil-PB) apresentou o PL 2158/2023 para autorizar a dispensação dos MIPs nesses estabelecimentos, com a prerrogativa da presença de um farmacêutico. A matéria está em tramitação na Comissão de Assuntos Sociais, cujo presidente, o senador Humberto Costa (PT-PE) avocou a relatoria da proposta.

Venda de MIPs em alta reforça tendência do autocuidado

venda de MIPs movimenta valores recordes e mais uma vez posiciona a categoria como a mais promissora nas farmácias brasileiras. A receita do segmento cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões.

É o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe de medicamentos, que acompanha o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.

Os medicamentos isentos de prescrição respondem por 15% do volume de negócios, resultante das 1,42 bilhão de unidades comercializadas no período.

“O brasileiro incorporou o consumo desses produtos à sua rotina, estimulado pelo fortalecimento das farmácias como hubs de atenção primária e pela ascensão do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, observa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.

Disputa por patente pode custar R$ 7 bi ao consumidor

Disputa por patente

Se a atual disputa por patente levar à extensão de seus prazos, os pacientes podem ter que desembolsar R$ 7 bilhões a mais.

É o que aponta um estudo do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encomendado pelo Grupo FarmaBrasil. As informações são do Valor Econômico.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou a extensão de patentes por atraso em sua concessão. Agora, a indústria tenta uma nova investida na justiça.

Mas diferentemente da regra derrubada pelo STF, a pedida atual da indústria pode tornar as patentes ainda mais extensas. Na proposta anterior, o registro seria de quatro anos. Na atual, o máximo pode superar os 12 anos.

Disputa por patente se baseia em visões do Exterior

A disputa por patente envolve argumentos baseados em institutos internacionais. Esses mesmos institutos foram citados por ministros do STF contrários à extensão, mas a base de entendimento usada por eles foi a Lei de Propriedade Industrial.

Com essa nova investida, na prática, as patentes teriam uma vigência média de 27 anos. Para o poder público, o impacto pode chegar a até R$ 1,1 bilhão. Mas é no mercado privado que ele será mais sentido.

A estimativa é que nesse setor a extensão pelas ações judiciais possa custar até R$ 7,6 bilhões. A principal causa de tamanha diferença é o volume maior de compra e também valores mais elevados, segundo especialista.

Pedidos de extensão de patente devem se tornar mais comuns

Quando a pesquisa começou, 39 ações transitavam na justiça. Atualmente, esse número saltou para 47. Essa maior disputa por patente deve aquecer ainda mais, é o que afirma o advogado do FarmaBrasil, Guilherme Toshihiro.

Segundo o especialista, o total de pedidos pode atingir os 2 mil, caso a tendência de crescimento se mantenha.

Extensão de patente divide o setor

Se o FarmaBrasil aponta que o acesso a medicamentos pode ficar mais caro para o consumidor com a extensão de patentes, a Interfarma defende que só a proteção intelectual adequada possibilita a descoberta de medicamentos inovadores.

“Sem inovação, não teremos novos medicamentos. E, sem novos medicamentos não se tem genéricos”, comenta o presidente-executivo da entidade, Renato Porto.

A disputa por patente divide, inclusive, as farmacêuticas. A briga judicial pelo mercado de inibidores da proteína PCSK9, anticorpos monoclonais indicados para o tratamento de colesterol alto, expõem uma cisma no setor.

Em meio a essa batalha jurídica, farmacêuticas não diretamente envolvidas observam de perto e manifestam seu apoio para ambos os casos.

Clamed amplia energia renovável nas farmácias

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Energia Renovável nas farmácias

A energia renovável nas farmácias ganha prioridade na Clamed. Uma das sete maiores redes do varejo farmacêutico nacional anuncia a ampliação do uso desse recurso em suas filiais.

O projeto, iniciado em 2018, já contempla 472 lojas das marcas Drogaria Catarinense e Preço Popular, o que corresponde a 78% da rede. Ao longo de 2023, as filiais, principalmente as instaladas no Mato Grosso do Sul, passarão a ser abastecidas por energias provenientes de fontes renováveis.

“Estamos comprometidos com o meio ambiente e com as comunidades onde estamos inseridos. Ampliar a utilização de energia renovável é uma forma de nos tornarmos ainda mais sustentáveis”, afirma Kathyanni Santos, gerente jurídica, de riscos, compliance e regulatório.

Energia renovável nas farmácias à base de luz solar

A energia renovável nas farmácias da Clamed provem especialmente da luz solar e do biogás. Uma boa parte é produzida por um parceiro na Usina Solar Fotovoltaica (UFV) Encantada.

Construída exclusivamente para atender à rede, a UFV Encantada ocupa uma área de aproximadamente 20 mil m² em São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina. Inclusive, a operação no estado de origem da Clamed é 100% abastecida com energia limpa.

Com a utilização dessa energia, a empresa evita anualmente a emissão de 234 toneladas de CO² na atmosfera. Isto equivale ao plantio 22 mil árvores no período.

Rede faturou R$ 3 bilhões

A Clamed atingiu um faturamento em 2022 da ordem de R$ 3 bilhões, representando um crescimento de 15,8% em relação a 2021. No ano passado, a companhia investiu mais de R$ 50 milhões em revitalização, construção e transferência de lojas. Foram inauguradas 75 unidades físicas no período.

“Em 2022, a Clamed comemorou excelentes resultados em todas as frentes de atuação, com crescimento sólido, fruto de investimentos relevantes e do esforço incansável da nossa equipe em buscar sempre o melhor para os nossos clientes”, avalia Andrey Bornschein, diretor de inovação da empresa.

Varejo reage contra veto a CPF nas farmácias

Varejo reage contra veto a CPF nas farmácias
Foto: Canva

A solicitação de CPF nas farmácias voltou às manchetes após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) emitir uma nota técnica contrária a essa prática. O texto, com embasamento considerado frágil, gerou uma reação contundente do varejo farmacêutico.

O parecer do órgão chega a colocar em xeque a transparência das farmácias, mesmo sem nenhuma comprovação. A ANPD questionou o compartilhamento de dados com prestadores de serviços e demais parceiros comerciais e a segurança das informações por parte das varejistas, de acordo com o que regre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O documento foi enviado para as principais entidades representativas do setor, incluindo ABCFarma, Abrafad, Abrafarma e Febrafar. Na visão da Abrafarma, que reúne as 30 maiores redes de farmácias do país, a nota técnica traz inconsistências e demonstra desconhecimento, por parte da ANPD, das complexidades das operações envolvendo uso de dados no setor farmacêutico.

Para o CEO da entidade, Sergio Mena Barreto, dados de clientes são utilizados em praticamente todos os setores da economia. “Em qualquer transação comercial ou de serviços, identificar corretamente o usuário é mandatório nos dias de hoje, e não é diferente no setor. Conhecer o hábito de consumo resulta em melhor planejamento de produção na indústria farmacêutica, na redução de ruptura, no planejamento correto de aquisição de estoques e na disponibilização de benefícios que reduzam os níveis de abandono do tratamento, que no Brasil beiram 54%”, ressalta o executivo.

CPF nas farmácias visa a cumprir obrigações regulatórias

O pedido de CPF nas farmácias também abrange questões regulatórias. Ao contrário de outros setores do comércio, o varejo farmacêutico tem obrigações legais para formalizar a venda de determinados tipos de medicamentos, como aqueles de controle especial. “As informações do CPF têm que ser inseridas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa”, afirma Francisco Celso Rodrigues, diretor-executivo da Abrafarma para a área de coordenação técnica e de comitês.

Segundo ele, a identificação de compradores também é um requisito legal para atender às exigências do programa Aqui Tem Farmácia Popular e da Nota Fiscal Paulista, em operações de convênios com empresas para desconto em folha de pagamento, em programas da indústria farmacêutica para medicamentos de uso continuo (PBM) e em cartões-fidelidade.

“Em algumas situações, as redes de farmácias atuam somente como operadores e não na qualidade de controladores dos dados, como é o caso dos PBMs e alguns convênios com empresas. Os dados nunca são repassados a terceiros e as análises de tendências de mercado são realizadas sempre de forma anonimizada”, ressalta Rodrigues.

Outro ponto que causou estranheza é que a nota técnica usa como referência, entre outros argumentos, uma ação civil pública iniciada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e uma investigação preliminar iniciada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra a Drogaria Araujo.

“O documento foi redigido em 2021, mas tornou-se público somente agora, em 12 de maio, e não menciona que a investigação foi arquivada a pedido do  próprio Ministério Público e homologada pelo Conselho do órgão. Isso ocorreu porque nenhuma violação às regras de proteção de dados foi encontrada. Inclusive o promotor afirmou que vedar a utilização do CPF na farmácia seria um prejuízo ao próprio consumidor”, ressalta o diretor da Abrafarma.

O executivo também reafirma que as informações decorrentes das transações são tratadas de forma absolutamente correta pelos associados, não havendo notícias de vazamentos ou uso indevido como crê o senso comum.

Nota técnica distanciou ANPD do setor

Já para a advogada Patricia Peck Pinheiro, membro do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD), órgão consultivo da ANPD, a LGPD é uma legislação de proteção/orientação e não de proibição. “Trata-se de uma lei muito nova ainda e que carece de campanhas educativas para o consumidor e de políticas públicas, linhas de créditos e incentivos fiscais para sua implementação a fim de ajudar o mercado a ficar em conformidade”, ressalta.

Segundo Patricia, a ANPD precisa aprimorar o seu próprio conhecimento sobre todo o ecossistema da saúde. “O órgão ainda tem uma visão parcial do varejo e do uso do CPF, sem considerar os outros elos da cadeia da saúde, que trabalha com dados sensíveis, entre eles o prontuário do paciente”, explica. “E nesse ponto entram os consultórios, clínicas, laboratórios, hospitais. Como esses estabelecimentos estão em termos de conformidade? Dentro de todo esse ecossistema, a farmácia é a que está mais avançada dentro do programa de privacidade de proteção de dados quando comparada ao ambiente das clínicas de saúde”, acrescenta.

Apesar de a ANPD pregar uma fiscalização participativa e próxima do mercado, a publicação na nota técnica acabou surtindo efeito negativo no segmento farmacêutico. “Por ser multisetorial e lidar com muitos segmentos econômicos, a melhor estratégia é a aproximação junto às entidades de cada nicho, por meio de parcerias, a fim de entender as suas peculiaridades. No varejo farma acabou havendo um distanciamento”, finaliza Patricia.

Entenda o que diz a nota técnica da ANPD

Desde 2020, a ANPD vem monitorando o tratamento de dados pessoais em farmácias E após denúncias de titulares, determinou a realização de estudos exploratórios sobre o tema pela Coordenação-Geral de Tecnologia e Pesquisa (CGTP).

As principais constatações do estudo mostram que algumas práticas de tratamento de dados pessoais ainda não estavam em completa conformidade com a legislação. Isso inclui o tratamento de dados pessoais para finalidades diferentes daquelas indicadas aos titulares e indícios de coleta excessiva de dados pessoais, incluindo dados pessoais sensíveis, sem informações claras sobre como esses dados são tratados.

Outra questão identificada foi a falta de transparência em relação ao compartilhamento com prestadores de serviços, entre os quais os responsáveis pelos programas de fidelização. O estudo concluiu ainda que há baixa maturidade dos agentes de tratamento do setor de varejo farmacêutico no que se refere à proteção da privacidade e dos dados pessoais, o que tem prejudicado o direito à informação dos titulares.

Depois de receber denúncias de titulares de dados e de investigações jornalísticas sobre o tema, o Conselho Diretor da ANPD determinou, em 3 de maio de 2023, a instauração de procedimento fiscalizatório pela Coordenação-Geral de Fiscalização (CGF), em cooperação com a Secretaria Nacional do Consumidor.

Pesquisa: as farmacêuticas mais inclusivas

Farmacêuticas mais inclusivas

O Instituto Mais Diversidade realizou mais uma edição da pesquisa “Melhores Empresas para Pessoas LGBTQIA+ Trabalharem” e elencou as duas farmacêuticas mais inclusivas nesse quesito.

No setor farmacêutico, a MSD e a Novo Nordisk foram as duas organizações reconhecidas. Para a classificação, o levantamento levou em consideração quatro pilares: Políticas e Benefícios Inclusivos; Apoio a uma Cultura Inclusiva e Melhores Práticas Baseadas em Dados; Esforços de Treinamento Interno e de Prestação de Contas e Compromissos Públicos.

Das 91 empresas que preencheram a pesquisa, 57 atingiram a pontuação máxima.

“Enche-nos de orgulho ver que o número de empresas certificadas aumentou substancialmente de uma edição para outra, bem como, os indicadores que refletem que os espaços de trabalho estão se tornando locais mais inclusivos”, afirma João Torres, presidente executivo do instituto.

Farmacêuticas mais inclusivas não são as únicas fazendo a diferença

Se as indústrias mais inclusivas são lembradas, o varejo também se movimenta para ser um espaço de respeito a diversidade. O CRF-SP realizou um treinamento para farmacêuticos sobre o tema.

Em janeiro, como parte das comemorações do Dia Nacional do Farmacêutico, o conselho regional realizou o XXIII Encontro Paulista de Farmacêuticos, que teve como tema a diversidade e inclusão.

O evento contou com depoimentos de pessoas que já passaram por situações de preconceito ou constrangedoras em estabelecimentos de saúde como negros, público LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.

Líderes da Saúde premia ABRADIMEX e associados

Líderes da Saúde

A décima edição do prêmio Líderes da Saúde aconteceu na última terça-feira, dia 30. A ABRADIMEX e suas associadas Grupo Elfa e Viveo estiveram entre as homenageadas.

A iniciativa do Healthcare Platform homenageia a indústria, entidades setoriais, prestadores de serviço, entre outros players da cadeia de saúde. As empresas e entidades premiadas são escolhidas por meio de votação popular e também por pesquisa de mercado conduzida pelo conselho editorial do grupo.

No total, foram 72 ganhadores eleitos Líderes da Saúde, entre fabricantes de materiais, de equipamentos, de tecnologia, de infraestrutura, operadoras, distribuidores, etc.

“Com alegria homenageamos os destaques da saúde, motivando boas práticas, conectando pessoas e criando elos”, comentou o presidente do Grupo Mídia, Edmilson Jr. Caparelli. A premiação abrangeu 24 categorias.

Líderes da Saúde premia associação com avanço consistente

As distribuidoras de medicamentos associadas à ABRADIMEX, premiada pelo Líderes da Saúde, totalizaram R$ 26 bilhões de receita em 2022 e registraram um consistente avanço de 14,7% sobre o ano interior.

As 17 companhias que integram o grupo respondem por 72,7% do market share nesse segmento, mesmo somando apenas 5% do volume armazenado nos centros de distribuição.

Os indicadores reforçam o crescente protagonismo das distribuidoras de medicamentos no acesso a remédios de especialidades e alta complexidade.