Medicamentos: um guia de como armazenar, consumir e descartar

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Comprar medicamentos é um hábito costumeiro no Brasil. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, existe um estabelecimento de venda de remédios para cada 3.300 habitantes. Com tanta demanda, é importante deixar claros os cuidados necessários quanto ao armazenamento, consumo e descarte desses produtos. (leia mais abaixo)

Como armazenar?

Guardar o medicamento de maneira adequada é essencial para que seu prazo de validade não seja encurtado. Como são produtos químicos, muitos fatores externos podem influenciar na efetividade dos remédios. (leia mais abaixo)

‘A partir do momento em que a gente adquire um medicamento, é muito importante nos atentarmos à forma de armazenamento. Primeiramente, evite lugares úmidos e muito quentes, além de evitar muita luz, para que a medicação não perca sua eficácia’, explica a farmacêutica Simone Nunes de Magalhães.

Confira algumas dicas de armazenamento levantadas pela farmacêutica:

Mantenha a medicação longe do alcance de crianças, de preferência em uma altura considerável;

Cômodos como banheiro e cozinha não são recomendados, devido à temperatura elevada;

Prefira ambientes frescos com temperatura ambiente.

Mantenha longe de produtos de limpeza

Outro cuidado necessário é manter os medicamentos distantes de produtos de limpeza. Simone alerta que, muitas vezes, esses produtos têm uma coloração semelhante à dos remédios. ‘O paciente pode acabar confundindo a medicação com algum objeto e fazer uso desse produto de limpeza, o que pode gerar uma intoxicação’, esclarece.

Quando devem ser guardados na geladeira?

Como já dito, a temperatura é um fator primordial na hora de guardar uma medicação. Os principais remédios que devem ser armazenados na geladeira são aqueles que requerem reconstituição, como as insulinas, os hormônios, o soro fisiológico e alguns antibióticos.

É importante não posicionar os medicamentos anteriormente citados na porta do aparelho. ‘Essa medida é importante para evitar que o ‘abre e fecha’ da geladeira interfira na temperatura dos medicamentos. O ideal é guardá-los numa caixa de isopor’, pondera a farmacêutica.

Como descartá-los?

Além do armazenamento, jogar fora um medicamento também é parte essencial do uso com segurança. Seja um remédio de via oral ou injetável, há a maneira correta de descartá-lo.

Farmácias, pontos de coleta e unidades de saúde realizam a coleta de medicamentos e frascos. No caso de uma medicação vencida, a recomendação é descartar em um saco leitoso, além de jamais jogá-la em pias ou vasos sanitários.

As bulas e caixas podem ser descartadas em lixo reciclável, já que não têm contato direto com a medicação.

Devo partir o medicamento ao meio?

Apesar de costumeiro, partir uma medicação ao meio sem a indicação de um médico não é recomendado. A partir do momento em que o paciente pratica essa divisão, não há como saber se a dose está certa, e ele pode tomar a dosagem errada, seja para menos ou para mais. (leia mais abaixo)

‘A prática de dividir um medicamento no meio não é mencionada por nós farmacêuticos. Muitos fazem por um ‘custo-benefício’. Mas isso está fora de cogitação. A probabilidade de deixar o paciente vulnerável à toxicidade é muito grande’, conclui Simone.

Fonte: Campos 24 Horas

Queda de cabelo: o que é mito e o que é verdade?

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queda de cabeloEstresse, falta de vitaminas, mudanças hormonais. A queda capilar pode estar associada a uma série de fatores. O assunto, aliás, leva homens e mulheres diariamente a consultórios de dermatologistas em busca das causas e de tratamentos para reverter esse cenário. Mas, em meio à pandemia da Covid-19, a queixa tem sido cada vez mais frequente. Surgem, então, muitas dúvidas. Essa queda mais acentuada de fios pós-Covid é normal? O shampoo ou o condicionador que eu uso pode piorar a queda?

Por isso, trouxemos aqui alguns mitos e verdades para esclarecer aquelas dúvidas comuns e desmistificar algumas questões.

A quantidade normal de perda de fios é de 100 a 150 por dia – MITO

A dermatologista Alessandra Anzai diz que esse número, na verdade, é ‘uma aproximação, uma estimativa, mas que para a maioria das pessoas não reflete a realidade. Pessoas que têm muito cabelo podem ter uma queda normal de 100 a 150 fios, mas isso não é uma realidade para a maioria das pessoas. O mais importante é a percepção de um padrão de queda.

A médica ainda alerta que ‘se estão acostumados a ter uma queda diária e esse padrão se alterar, aumentar de volume ou frequência, aí sim temos um sinal de alerta que algo está errado e devemos procurar ajuda de um dermatologista.

Toda queda capilar é hereditária – MITO

Deixamos o esclarecimento com a dermatologista Alessandra Anzai: ‘As principais quedas de cabelo são aquelas secundárias a alguma questão de saúde. Se o paciente tem alguma doença, passa por algum estresse, emagrecimento rápido, falta de vitamina, mudança hormonal, ele pode ter queda de cabelo como consequência do quadro de saúde’, explica a médica.

Sim, há casos em que a hereditariedade é um fator decisivo para a queda e, como consequência, a calvície, que pode ser masculina e feminina. Mas não se deve generalizar. Converse com seu dermatologista para que ela possa chegar a um diagnóstico.

O diagnóstico da queda capilar é feito pelo exame de sangue – MITO

Não que o exame de sangue não contribua, mas, segundo a dermatologista Alessandra, o principal exame é o físico. ‘Precisamos examinar para entender se há algum sinal de alopecia ou se a queda se trata de algo reacional que a gente chama de eflúvio telógeno. Aqui nós tratamos a causa de base. Nas alopecias precisamos chegar ao diagnóstico, identificar o tipo e então iniciar o tratamento específico’.

A médica complementa que, embora em muitos casos os dermatologistas prescrevam o exame de sangue complementar, o principal exame é o físico, além da conversa com o paciente.

Tive Covid, por isso a queda de cabelo – VERDADE

Embora seja verdade, isso não significa que todas as pessoas que enfrentaram a doença terão queda capilar. Há estudos que apontam que até 50% dos infectados se queixam de queda, o que já é muito.

Alessandra esclarece que o coronavírus SARS-CoV-2 libera uma grande quantidade de substâncias inflamatórias na corrente sanguínea que atingem o cabelo. Como resposta, os fios entram numa fase de repouso, parando de crescer porque as citosinas (substâncias inflamatórias) incentivam o cabelo a entrar na fase de ‘poupar energia’. Depois de dois, três meses, o cabelo cai.

‘Foi provado que o vírus da Covid-19 se replica e infecta as células produtoras do fio. Por isso as quedas podem ser mais intensas do que em outras doenças que causam inflamação’, explica a médica.

Shampoo, condicionador e produtos capilares podem fazer o cabelo cair – MITO

Produtos simples não entram no bulbo capilar. Dificilmente o contato rápido provocaria alguma ação no ciclo do cabelo.

Segundo Alessandra, a queda capilar é provocada por mudanças no organismo como um todo ou quando há uma inflamação no couro cabeludo.

‘Se uma química causa muita coceira, vermelhidão, inchaço uma queimadura, aí sim você pode alterar aquele ambiente e provocar queda, mas isso é exceção. Shampoos e condicionadores não vão afetar a queda de cabelo’, esclarece.

‘É comum as pessoas relacionarem a queda ao condicionador. O produto é desenvolvido para desembaraçar o cabelo, o que pode facilitar o desprendimento do fio. Mas aquele fio cairia de qualquer forma’, complementa.

Há escovas progressivas que podem provocar queda capilar – VERDADE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autoriza o uso de uma série de produtos, mas o formol pode provocar malefícios à saúde, como alergias, irritação, queimadura e queda.

Seu cabelo está caindo? Para um diagnóstico mais preciso consulte um dermatologista.

Alinhada ao objetivo de ampliar o acesso à dermatologia através da informação, a Sociedade Brasileira de Dermatologia está participando da campanha #ConfiaNaDermatologia, que visa levar conhecimento dermatológico para mais pessoas e legitimar os dermatologistas como principais responsáveis para cuidados com a pele e cabelos.

Fonte: G1.Globo

PGR defende que STF rejeite pedido de indiciamento de Bolsonaro por fala em que associou vacina contra a Covid com o risco de contrair HIV

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, no Supremo Tribunal Federal, que seja rejeitado o pedido da Polícia Federal para indiciar o presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito que o investiga pela associação falsa entre a vacina da Covid-19 e o risco de contrair HIV.

Para a PGR, não há amparo legal para que a PF faça este tipo de pedido. Além disso, o Ministério Público sustentou, com base em entendimentos da Corte, que os investigadores não têm a atribuição de fazer o indiciamento de autoridade com foro privilegiado.

No parecer, a vice-procuradora Lindôra Araújo argumentou que o indiciamento não tem “em si, valor para atribuição de autoria delitiva”, uma vez que pela Constituição cabe ao MP decidir ou não se denuncia a autoridade à Justiça. Além disso, para essa decisão, a PGR não precisa necessariamente seguir as conclusões da PF.

“Por isso mesmo, o indiciamento, em inquéritos sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, além de não ter nenhuma relevância jurídica, serve exclusivamente a estigmatizar a autoridade detentora de foro por prerrogativa de função, maculando a dignidade do próprio cargo, sem que se a opinio delicti tenha sido formada com oferecimento de denúncia”, escreveu.

Declaração do presidente

Na transmissão de outubro de 2022, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids (doença causada pelo HIV) “muito mais rápido que o previsto”. A afirmação é falsa, e não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.

Na semana seguinte, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, reafirmou que as vacinas usadas no Brasil são seguras, e que nenhuma delas aumenta a “propensão de ter outras doenças”.

“Nenhuma das vacinas está relacionada à geração de outras doenças. Nenhuma delas está relacionada ao aumento da propensão de ter outras doenças, doenças infectocontagiosas por exemplo. Vamos manter a tradição do nosso povo brasileiro de buscar e aderir ao PNI [Programa Nacional de Imunizações]”, afirmou Barra Torres.

Fonte: G1.Globo

Maior impacto do fim do rol taxativo da ANS se dará nos tribunais

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Tornar o rol taxativo da ANS em exemplificativo deve facilitar que clientes de planos de saúde consigam autorização na Justiça para a realização de tratamentos e utilização de medicamentos que ainda não foram incluídos na lista. Segundo especialistas em Direito do Consumidor e Saúde, o Projeto de Lei aprovado pelo Congresso Nacional, simplesmente retoma o cenário anterior à decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que deu jurisprudência para o entendimento de que o rol da ANS seria taxativo.

Simplificando, o Projeto de Lei que deve ser sancionado pelo presidente da república até o dia 26 de setembro, estabelece que o rol da ANS determina a cobertura mínima dos procedimentos que os planos devem atender.

O PL também facilita a vida do consumidor na comprovação da eficácia do tratamento solicitado pelo médico no pedido de cobertura. Volta a ser necessário apenas a prescrição médica e o tratamento se enquadrar em uma dessas condições: ter eficácia comprovada; ter autorização da Anvisa; ter recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS ou de algum órgão de renome internacional.

Quando o STJ abriu jurisprudência e endossou o entendimento da ANS e das operadoras de planos de saúde sobre o caráter taxativo do rol, ficou quase impossível para os pacientes conseguirem a liberação dos tratamentos. Isso porque, era necessário, por exemplo, comprovar que ela já tinha esgotado as possibilidades de procedimentos incluídos no rol da ANS e que não haveria nenhum substituto terapêutico para o problema.

‘As negativas dos planos de saúde sempre existiram, mesmo antes do entendimento do STJ de que o rol deveria ser taxativo. E mesmo com a aprovação do Projeto de Lei, essas negativas vão continuar. Mas, no momento em que o STJ entendeu o rol como taxativo vimos um aumento das negativas por parte das operadores e o desespero dos pacientes que pagam os planos em dia e quando precisam não conseguem ter acesso ao tratamento recomendado’, explicou Victor Toschi, especialista na área de Direito à Saúde do Rosenbaum Advogados.

Matheus Falcão, advogado e pesquisador do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), também acredita que a grande mudança trazida pelo Projeto de Lei aprovado pelo Congresso Nacional será vista nos tribunais e não no momento dos pedidos de cobertura feitos às operadoras, que devem continuar negando procedimentos fora do rol.

‘As operadoras sempre entenderam o rol como taxativo e o paciente sempre precisou recorrer à Justiça como último recurso para reverter a negativa dos planos e conseguir iniciar o tratamento. A decisão do STJ enfraqueceu esse caminho. Com a nova lei, a Justiça volta a ser um caminho para o consumidor fazer valer o seu direito’, constatou o Matheus, que lembrou que um dos princípios do Direito do Consumidor é que a interpretação da lei deve ser sempre a mais benéfica para o consumidor, que é considerado a parte mais vulnerável do processo.

Aumento do valor dos planos: o consumidor vai pagar essa conta?

Os advogados consultados pela Consumidor Moderno afirmaram que o consumidor não deve ter medo das operadoras aumentarem os valores dos planos de saúde por causa da nova lei que torna o rol da ANS exemplificativo. Segundo eles, a mudança na legislação não trará um grande impacto financeiro para as operadoras e tudo voltará a ser como era antes.

‘As operadoras têm um problema enorme de transparência na comprovação de gastos e reajustes. Muitas vezes, quando entramos com processos, elas preferem voltar atrás e manter os valores como estavam, do que ter que se explicar. Da mesma forma, as operadoras não conseguiram comprovar que gastos a mais elas teriam como a aprovação da nova legislação. Não há evidência para esse aumento’, explicou Matheus Falcão, pesquisador e advogado do Idec.

Já Victor Toschi, especialista na área de Direito à Saúde do Rosenbaum Advogados, afirmou que, ao contrário do que dizem, as operadoras de planos de saúde têm lucros bilionários. O advogado enfatizou ainda que o consumidor já convive com um aumento constante dos planos e que isso nada tem a ver com o rol da ANS.

‘Em caso de aumentos abusivos, o consumidor também pode recorrer à Justiça para comprovar a inconstitucionalidade do reajuste feito pelo plano’, enfatizou o Victor.

Processos em andamento

Sobre os processos que já estão tramitando na Justiça, os advogados reforçaram que a partir da sanção da nova lei, é ela que vai reger a interpretação dos tribunais. Os especialistas assegura que não houve decisão legislativa anterior que definisse o caráter taxativo do rol da ANS, apenas um entendimento do STJ, que perde valor caso a proposta aprovada pelo Congresso Nacional seja sancionada pelo presidente.

Os advogados destacaram ainda que o mesmo não vale para os processos já encerrados, já que a lei não é retroativa. Portanto quem já teve a ação tramitada e julgada não se beneficiará do novo entendimento.

Desespero x burocracia

Ainda em entrevista a Consumidor Moderno, Toschi falou sobre o desespero dos pacientes que precisam de tratamentos para se manterem vivos e esbarram na burocracia. Segundo ele, o escritório em que ele trabalha recebe vários casos de pacientes com câncer, esclerose múltipla, por exemplo, e que para essas pessoas o tempo faz toda diferença.

‘A gente tenta rapidamente conseguir uma liminar para que o nosso cliente consiga iniciar o tratamento e com isso consiga viver mais calmo. O que vemos no dia a dia é uma medicina rápida, com avanços constantes, que esbarra em um processo burocrático lento’, conta o especialista.

Victor acredita que a nova lei que consolida o entendimento do rol exemplificativo vai facilitar o trâmite dos processos. O advogado destaca mais uma vantagem da nova legislação:

‘Se sancionada a lei, um remédio aprovado pela Agência Americana receitado por um médico a um paciente poderá ser coberto pelo plano, mesmo que não esteja no rol da ANS e nem registrado na Anvisa. Isso vai possibilitar que novos medicamentos sejam trazidos para o Brasil, como aqueles à base de canabidiol e alguns que já estão sendo usados no exterior no tratamento de doenças como o Alzheimer’, citou o advogado.

Posicionamento ANS

Em nota enviada à Consumidor Moderno, a Agência Nacional de Saúde (ANS) afirmou que se posicionou de forma contrária ao PL 2.033/22, ‘pois a garantia de coberturas não previstas no rol deixa de levar em consideração diversos critérios avaliados durante o processo de incorporação de tecnologias em saúde, tais como: segurança, eficácia, acurácia, efetividade, custo-efetividade e impacto orçamentário, além da disponibilidade de rede prestadora e da aprovação pelos conselhos profissionais quanto ao seu uso’.

No posicionamento, a ANS disse ainda que caso a lei seja sancionada não será feita qualquer alteração no processo de revisão do Rol e que a Agência continuará recebendo e analisando propostas de inclusão de forma contínua. Segundo a nota, atualmente, o processo de revisão do rol, que levava dois anos para ser concluído, é finalizado em um prazo máximo de 9 meses. A ANS destacou que procedimentos relacionados a doenças como o câncer levam entre 4 e 6 meses para serem analisados, sendo que, caso as tecnologias sugeridas já tenham sido incorporadas no SUS, esse prazo para análise e inclusão na lista é reduzido para 2 meses.

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde possui hoje 3.373 itens e pode ser consultado no site da ANS (clique aqui). De acordo com a Agência, em 2022, foram incluídos 9 procedimentos e 20 medicamentos na lista.

Segurança dos tratamentos fora do Rol da ANS

Matheus Falcão, pesquisador do Idec, argumenta que, ao contrário do que tem sido dito pelas operadoras de saúde e pela própria ANS, o fim do rol taxativo não abre espaço para tratamentos inseguros. Segundo ele, além das comprovações exigidas na legislação para que a eficácia dos tratamentos seja comprovada, não é a ANS que determina a segurança dos procedimentos.

‘No caso dos medicamentos, é a Anvisa. E, é bom lembrar, que o procedimento em questão terá sido recomendado por um médico e não escolhido pelo consumidor. Espera-se que o médico, como profissional de saúde competente, indique o caminho mais adequado para o tratamento do paciente. Sem contar que esse médico está subordinado a outros entes reguladores’, exemplificou o advogado do Instituto.

PGR recomenda que Supremo reconheça rol exemplificativo

O Procurador-Geral da República encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal, na última quinta-feira (08/09), para que seja reconhecido o caráter exemplificativo do rol da ANS. No parecer na última quinta-feira (08/09), Augusto Aras afirmou que não cabe à operadora do plano recusar o tratamento indicado pelo profissional de saúde com a justificativa de que o procedimento não consta da lista de cobertura obrigatória.

Fonte: Consumidor Moderno Online

Redes de farmácias redobram aposta no interior de São Paulo

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redes de farmácias

O interior de São Paulo ganha os holofotes das grandes redes de farmácias. Dois players do setor aceleraram na última semana a expansão pela região.

É o caso da Rede Drogal, que chegou à marca de 100 municípios do estado de São Paulo onde mantém operações. A companhia está entre as oito varejistas do setor com mais alcance em municípios do país. Atualmente com 260 unidades, o plano de crescimento prevê a abertura de 40 lojas até o fim do ano, sendo que 27 já foram inauguradas.

As aberturas somam mais de R$ 30 milhões em investimentos, além da geração de 400 novos postos de trabalho.  “Desde 2013 não temos o registro de fechamento de lojas. E até dezembro serão 105 municípios do interior de São Paulo”, destaca o diretor administrativo Marcelo Cançado. Ele informa que o plano de expansão tem como foco a porção Centro-Leste do estado.

DPSP é uma das redes de farmácias de olho na região

A Drogaria São Paulo, que pertence ao Grupo DPSP – também responsável pela Drogarias Pacheco, inaugurou no dia 31 de agosto mais duas lojas no interior paulista, em Indaiatuba e São José dos Campos. O Estado de São Paulo já conta com mais de 770 unidades da rede.

A incursão pelo interior integra um investimento de R$ 450 milhões do grupo, que mira a inauguração de quase 200 lojas em dois anos. A rede busca reduzir a distância para a líder do grande varejo farmacêutico, a Raia Drogasil, e conter a tentativa de aproximação da Pague Menos a partir da compra da Extrafarma.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Eduardo Calderari assume presidência da Interfarma

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Interfarma

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) anunciou a nomeação de Eduardo Calderari como novo presidente-executivo da entidade. O executivo assume o cargo interinamente em substituição à Elizabeth de Carvalhaes, que deixou o cargo no último dia 9 de setembro. Com vasta experiência no setor farmacêutico e passagens por companhias como Roche, Bayer, Astrazeneca, Novo Nordisk e GE Healthcare, Calderari atuava como vice-presidente da entidade.

A decisão acontece seis meses após a mudança no conselho diretor, que emitiu um comunicado para anunciar a saída de Elizabeth. A última vez em que ela esteve à frente de uma ação da Interfarma ocorreu durante a apresentação de uma agenda de inovação com foco nas eleições.

Interfarma busca acelerar a agenda de inovação

A mudança na liderança acontece em um momento que a entidade reestrutura e redireciona suas estratégias e ações, buscando acelerar sua agenda de inovação com a indústria farmacêutica. O conselho diretor afirma que recrutará um executivo para assumir em definitivo a diretoria, podendo ser alguém do mercado ou mesmo um profissional interno.

Em nota, a Interfarma afirma que no período em que Elizabeth esteve como presidente-executiva, observaram-se importantes conquistas incluindo a liderança no desenvolvimento do arcabouço legal para a compra das vacinas para a Covid-19, importantes mudanças nos processos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a aprovação de processos para agilidade de avaliações da ANVISA e a discussão de precificação. Além disso, nesses quatros anos ocorreram relevantes aprimoramentos na governança da Associação, incluindo definições de prioridades e foco estratégico.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Interplayers adquire Clinicarx para ampliar atuação como hub de saúde

hub de saúde

Com a estratégia de fortalecer seu posicionamento como hub de saúde e bem-estar, a Interplayers anuncia a aquisição de 100% da Clinicarx. A operação inclui investimento de R$ 15 milhões e a entrada dos fundadores da startup como acionistas na Interplayers.

A Clinicarx é a plataforma que habilita as farmácias para oferecerem serviços como consultas, procedimentos, check-ups, testes rápidos e vacinas. Além de padronizar o processo de atendimento do paciente por meio de protocolos e software clínico, mantém um laboratório de análises clínicas próprio que faz a garantia de qualidade e liberação de laudos para exames feitos nas farmácias. A solução inclui a jornada completa para o paciente, agendamento online, integração com telemedicina e aplicativos de autocuidado para web e mobile.

Com este movimento, a Interplayers segue sua filosofia de buscar as melhores soluções para fortalecer o portfólio de soluções, que inclui desde a geração de demanda para profissionais da saúde, B2B entre indústria e farmácias ou clínicas e hospitais, trade marketing nos pontos de venda, com fidelização e acesso ao tratamento, bem como serviços especializados ao paciente.

“Desde nosso primeiro contato, percebemos sinergias importantes entre as empresas, tanto em produtos, como nos valores de seus fundadores. As soluções desenvolvidas pela Clinicarx se integram muito bem às diversas soluções da Interplayers. Acredito que juntos, poderemos levar os melhores resultados de saúde aos pacientes e acelerar a transformação das farmácias em hubs de saúde”, explica Cassyano Correr, cofundador e CEO da Clinicarx.

“A Interplayers foi idealizada com a filosofia de catalisar os especialistas de cada segmento para integrar um portfólio de serviços altamente diferenciado e alinhado às demandas e tendências do mercado. Com a concepção do HUB de Negócios na Saúde e Bem-Estar, construímos um ambiente aderente à esta premissa e ainda capaz de suplantar as restrições naturais decorrentes da aproximação de empresas, até então meramente concorrencial” comenta Arnaldo Sá Filho, presidente do Conselho da Interplayers.

Hub de saúde prevê ampliação de serviços farmacêuticos

Com a operação, as empresas preparam lançamentos conjuntos voltados à expansão de serviços farmacêuticos, bem como soluções ao paciente para uma jornada de saúde mais completa e livre de fricção.

“Esse movimento traz para as farmácias um protagonismo jamais vivenciado, valorizando ainda mais seu papel de agente de saúde. Onde houver uma farmácia poderemos trazer mais qualidade de vida para os pacientes e seus cuidadores” completa Arnaldo Sá Filho.

Uma das novidades será o desenvolvimento de serviços personalizados para a indústria farmacêutica. “Uma das maiores dores de todo sistema de saúde é o abandono do tratamento (drop-out), em que os pacientes deixam de utilizar os medicamentos prescritos por seus médicos, deixando de retornar para acompanhamento. Para isso, temos desenvolvido jornadas clínicas personalizadas para a indústria que melhoram a experiência e ajudam a reter o paciente no tratamento por mais tempo”, relata Correr.

Desde seu surgimento, em 2018, a Clinicarx já facilitou a realização de mais de 17 milhões de atendimentos clínicos, com destaque para testes rápidos de Covid-19. Atualmente, atende mais de 10 mil farmácias, entre grandes redes, associativistas, franquias e farmácias independentes com geração de mais de 1 bilhão de reais em faturamento para seus clientes nos últimos 2 anos.

A Interplayers, com 20 de anos no mercado farmacêutico, realiza negócios em 98% das cidades brasileiras e já atendeu mais de 50 milhões de consumidores, superando 150 transações por segundo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Farmácias têm otimismo com experiência de consumo no PDV

Farmácias têm otimismo com experiência de consumo no PDV

Mais da metade dos profissionais de farmácias acredita que a gestão de clientes e a experiência de consumo está em um patamar avançado, embora possa ter melhorias. É o que indicou a última enquete do Panorama Farmacêutico.

Essa é a opinião de 56% dos assinantes do portal. Outros 12% chegam ao ponto de destacar que os PDVs ou redes onde atuam podem servir de exemplo positivo para outros segmentos. Em contrapartida, quase um terço (32%) define a gestão de seus consumidores como ruim ou péssima.

Mas o que pensam os especialistas? Embora avaliem que as farmácias evoluíram nesse quesito ao se posicionarem como hubs de saúde durante a pandemia, consultores entendem que é preciso ir além para interpretar os reais anseios dos clientes e viabilizarem um atendimento realmente personalizado.

Experiência de consumo: coloque-se no lugar do cliente

Para Simone Terra, consultora e professora de pós-graduação em varejo, impactar o shopper no PDV requer um entendimento claro do percurso de compra. “O atendimento é eficiente, mas ainda pouco estimulante para a experimentação”, adverte.

Já Regina Blessa propõe um exercício simples – se colocar no lugar do cliente. “O gestor do PDV deve pensar na sua experiência ao fazer compras em um supermercado, calculando instintivamente o tempo que dedicará a essa tarefa e a rota para encontrar o que precisa”, observa. Um planograma da disposição dos produtos, com distinção bem definida entre balcão e autosserviço, pode ampliar a fidelização e ainda reduzir minutos desperdiçados pela equipe tendo que ajudar o consumidor a encontrar o que procura.

O papel da tecnologia e do farmacêutico

Outro caminho sugerido para aprimorar a gestão do atendimento é explorar as possibilidades de novas tecnologias como o metaverso. “A oportunidade de degustar produtos de beleza no avatar é um dos exemplos de práticas que tornariam a jornada de compra mais fluida”, comenta Miguel Santamaria.

CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto mira exemplos do Exterior para aconselhar o canal farma. O dirigente conduziu, no início de junho, uma missão técnica internacional com empresários do varejo farmacêutico, que teve como destino a cidade norte-americana de Seattle.

“A farmácia deve se posicionar como um estabelecimento realmente amigável e preocupado em servir à população com excelência, processo que passa pela figura do farmacêutico de família. Colocar esse profissional no centro e fazê-lo compreender que os serviços farmacêuticos representarão um novo horizonte para sua carreira é imperativo para os líderes do setor”, admite.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Vendas online crescem 28% e devem atingir R$ 465 bilhões

Vendas online crescem 28% e devem atingir R$ 465 bilhões

As vendas online no Brasil não param de surpreender positivamente. Em 2020, o comércio digital aumentou 34,76% e, no ano passado, teve 28,45% de crescimento. A expectativa é que, em 2022 e nos próximos anos, o ritmo fique em 20% ao ano. Para 2025, o volume deve chegar a impressionantes R$ 465 bilhões e o canal farma ajuda a puxar esse crescimento.

Crescimento das vendas

Essas conclusões fazem parte do estudo divulgado pela plataforma de descontos CupomVálido.com.br, com dados da Statista, sobre as vendas do e-commerce no Brasil. A taxa de crescimento anual de 20% é a maior dentre todos os países, e quase duas vezes acima da média mundial (11,3%).

Apesar do elevado crescimento de vendas online no Brasil, o índice de penetração – porcentagem das pessoas que realizam compras cotidianamente no ambiente virtual – ainda é baixo. Apenas 49% dos consumidores recorreram a compras digitais nos últimos 12 meses. Como comparação, no Reino Unido, país líder neste quesito, o índice de penetração é de 84%.

Em relação aos compradores online, em 2021 o número era de 114 milhões. Em 2022 a projeção é de 123 milhões. E em 2025, o número será de 138 milhões, um crescimento de mais de 12%.

Em relação a valores globais, a China lidera o e-commerce com receita de US$ 2,1 trilhões, seguida pelos Estados Unidos (R$ 1,5 trilhão) e pelo Reino Unido (US$ 292 bilhões).

Canal farma no top 5 das vendas online

Os produtos de farmácia figuram entre as cinco categorias mais procuradas pelos brasileiros por intermédio de vendas online. O smartphone é o canal preferido para efetivar essas compras, seguido pelo notebook e computador. O tablet e a smart TV figuram na quarta e quinta posição.

Segundo a pesquisa, os três principais fatores que os brasileiros consideram como vantagens de comprar online são a entrega diretamente na residência, promoções com preços menores do que nas lojas físicas, e a grande variedade de produtos ofertados.

Fatores de compra

Em contrapartida, os três principais fatores negativos são a dificuldade em realizar troca, a demora no tempo de envio e não ter a possiblidade de contato prévio com o produto.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Crise faz crescer número de banho só com água no Brasil

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banho só com água

Relatório Consumer Insights, da Kantar, revela que a crise econômica e o peso da inflação vem obrigando o brasileiro a fazer escolhas na hora da higiene pessoal para reduzir gastos. Uma delas é a opção de banho só com água, dispensando o uso do sabonete.

Segundo dados do  Painel de Uso de Cuidados Pessoais, que representa um universo de 115 milhões de pessoas de todas as classes sociais e regiões do País, 68% dos brasileiros tomam, em média, dois banhos por dia. No 2º trimestre deste ano, as ocasiões em que o brasileiro não incluiu nenhum produto em um de seus banhos cresceram 9% se comparadas ao mesmo período de 2018. E o preço médio do quilo do sabonete aumentou 42% no mesmo período.

Movimento de banho só com água

Esse movimento de banho só com água teve um pico no segundo trimestre de 2021, durante o isolamento social, quando as ocasiões chegaram a crescer 28% na comparação com o 2º trimestre de 2018. É impulsionado pela classe DE, em sua maioria (53%) mulheres, das quais 75% não são casadas, mas mães que trabalham fora, com filhos de até 15 anos, em lares com 4 ou mais pessoas.

A rotina de cuidados com higiene e beleza voltou a crescer com a retomada das atividades presenciais. No entanto, o estudo registra uma racionalização dos gastos e simplificação da rotina de cuidados pessoais e beleza.

Foram registradas, por exemplo, mais de 2 milhões de novas ocasiões de uso de hidratante com multibenefícios de abril a junho, em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.

Na hora de lavar o cabelo, o consumidor vem simplificando e optando por usar menos produtos por ocasião. A quantidade de itens usados no momento caiu consideravelmente: o uso de 6 produtos retraiu 53,7% e o uso de 5 por banho caiu 11,7%, enquanto a utilização de 2 produtos aumentou 10,9%.

Vale destacar que o volume de xampu comprado caiu 4% entre o 1º e 2º trimestres deste ano, enquanto as ocasiões de uso aumentaram 2%, indicando que as pessoas estão fazendo o produto render mais no banho. As embalagens econômicas dessa categoria (600 ml) registraram alta de 5% no trimestre.

Os itens da rotina de cuidados pessoais que mais se destacaram este ano, entre o 1º e 2º trimestres, foram desodorante (+4%), maquiagem (+2%) e hidratação (+2%). Ocasiões com maior tíquete médio, como arrumar cabelo, e barbear e cortar, sofreram grande retração em ocasiões: -12% e -20% respectivamente.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico