9 patentes de medicamentos que acabam em 2024

9 patentes de medicamentos que acabam em 2024

É tradição em vários lugares do mundo encerrar o ano com uma contagem regressiva. Na indústria farmacêutica não será diferente, mas o que estará no “0” não será o “feliz ano novo”, e sim o fim de patentes de medicamentos.

Segundo levantamento do portal BioSpace, nove remédios verão sua patente vencer em 2024 e players do mercado olham atentamente oportunidades para produzir suas versões genéricas.

2024 marca o fim das seguintes patentes de medicamentos

Venvanse – Takeda

Começamos a lista com o Venvanse, da Takeda. O dimesilato de lisdexanfetamina do laboratório japonês detém duas patentes que se encerram em 2024. A primeira, para uso adulto, vence em fevereiro. Já a segunda, para o uso pediátrico, perderá exclusividade em agosto.

O medicamento é uma anfetamina oral indicada para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O fármaco gerou mais de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,2 bilhões) para os cofres da companhia, o que fez com que laboratórios como Mylan, Sandoz e Teva planejem fabricar sua versão genérica.

Segundo Sean Tu, professor de direito da Universidade de West Virginia, o impacto da perda da patente para a Takeda não deve ser grande, devido ao portfólio mais diversificado mantido pela farmacêutica.

Eraxis – Pfizer

A situação do antifúngico intravenoso Eraxis, da Pfizer, é um pouco mais complexa. A patente original do remédio venceu em 2020, mas uma cláusula de exclusividade para o tratamento de um novo público estendeu esse período para até setembro do próximo ano.

No Brasil, já é possível encontrar alguns genéricos com o princípio ativo, mas, nos Estados Unidos, essa ainda não é a realidade. Com base nessa informação, Tu aponta que, inicialmente, o impacto para o laboratório norte-americano não será tão elevado.

Stelara – Johnson & Johnson

Aplicado no tratamento da doença de Crohn e da psoríase, o Stelara, da Johnson & Johnson, perderá a patente de uma das moléculas presentes em sua composição na segunda quinzena de setembro.

Para aliviar o impacto inicial, o laboratório de Nova Jersey (EUA) fechou um acordo com a Alvotech e com a Teva para que ambas não produzam biossimilares de ustekinumab antes de 2025.

Tal acordo tem um motivo. Apesar de não ser o único motor de vendas da farmacêutica, em 2022 o remédio foi responsável por mais de 10% da receita da companhia. A expectativa já para 2024 é que as vendas do Stelara cairão US$ 2 bilhões com possíveis concorrentes genéricos.

Isentress – Merck

Utilizado no tratamento do HIV, o antirretroviral Isentress, da Merck, arrecadou US$ 633 milhões (R$ 3,1 bilhões) em 2022, mesmo com as vendas em queda com o iminente acirramento da concorrência

Algumas das patentes que protegiam o raltegravir já se encerraram no começo do ano e outras duas vencem no próximo mês de outubro. Um genérico produzido pela Hetero Labs já recebeu, inclusive, uma aprovação provisória.

Zonkinvy – Eiger/Merck

A californiana Eiger Biopharmaceuticals tinha como carro-chefe o Zokinvy, tratamento inédito contra progéria – síndrome rara que causa o envelhecimento acelerado.

O laboratório vendeu o medicamento para a Merck, que faturou US$ 12 milhões (R$ 58,7 milhões) em 2022 e US$ 4,1 milhões (R$ 20 milhões) no primeiro semestre deste ano. A primeira patente que protege o remédio expirou no último mês de outubro e a próxima vence em julho de 2024.

Myrbetriq – Astellas

Apenas em 2022, a Astellas arrecadou US$ 1,35 bilhão (R$ 6,61 bilhão) com o medicamento para incontinência urinária Myrbetriq. Mas o domínio de mercado começou a cair já neste ano.

No último mês de novembro, a primeira patente venceu e as adicionais acabam em maio. A farmacêutica tentou estender a patente na Justiça para até 2030, mas não teve sucesso. Os genéricos de mirabegron já estão muito próximos de se tornar realidade, uma vez que laboratórios como Lupin Labs e Zydus Cadila observam de perto a situação.

Entresto – Novartis

Combinando sacubitril e valsartan, o Entresto, da Novartis, é destinado ao tratamento da insuficiência cardíaca. Suas patentes começaram a expirar no começo do ano e, até o primeiro semestre de 2024, todas terão vencido.

Para piorar a situação da farmacêutica, a Justiça invalidou uma patente adicional que daria mais tempo de exclusividade, adicionando mais um ano de “tranquilidade”. O genérico do combinado está na alça de mira da Mylan. Em paralelo, a Novartis vem buscando acordos com fabricantes para preservar sua “fatia do bolo”.

Otezla – Amgen

Voltado ao tratamento da psoríase, o Otezla, da Amgen, viveu um 2023 difícil, com várias patentes se encerrando em março e uma perda de exclusividade em dezembro. Com tal cenário, vários genéricos de apremilast começaram a receber aprovações provisórias, mas o laboratório conseguiu bloquear as comercializações até 2028.

Victoza e Saxenda – Novo Nordisk

Entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024, as patentes que protegem as injeções recombinantes de liraglutida da Novo Nordisk chegarão ao fim.

Em 2022, tanto o Victoza, quanto o Saxenda, registaram arrecadação bilionária, respectivamente US$ 1,8 bilhão (R$ 8,8 bilhões) e US$ 1,5 bilhão (R$ 7,3 bilhões).

Falando do primeiro, a expectativa é que Mylan, Pfizer, Sandoz e Teva lancem versões genéricas já no primeiro semestre de 2024. Já sobre o segundo, a farmacêutica processou laboratórios que tentaram comercializar versões genéricas em 2022.

A Novo Nordisk não vem esquentando tanto a cabeça com a perda dessas patentes, uma vez que já tem uma nova menina dos olhos, o Ozempic.

A título de comparação, o fármaco faturou US$ 2,9 bilhões (R$ 14,2 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, contra US$ 898 milhões (R$ 4,4 bilhões) das injeções recombinantes somadas.

Rede de farmácias planeja 41 novas lojas em 2024

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Rede de farmácias
Foto: Divulgação

A rede de farmácias Drogal fechará 2023 com um total de 329 novas filiais. A meta para o próximo ano é somar outras 41 lojas ao montante da empresa piracicabana. As informações são do Piranot.

“Nós tínhamos como meta chegar a 325 filiais e estamos encerrando o ano com a marca de 329 farmácias espalhadas pelo interior paulista e, pela primeira vez, fora do estado de São Paulo também”, comemora o diretor de expansão da varejista, Thiago Cançado.

Antes de fechar o ano, a companhia tem mais sete inaugurações agendadas.

Rede de farmácias interestadual 

Um dos pontos altos do ano para a Drogal foi a inauguração de sua primeira farmácia fora de São Paulo. Minas Gerais marca a estreia da rede fora do perímetro paulista.

A cidade escolhida foi Monte Sião, na região sul do estado. Para marcar a inauguração, a empresa promoveu a doação de 5 mil fraldas geriátricas ao município, entregues ao prefeito José Pocai Júnior.

Só a filial de Monte Sião recebeu R$ 1 milhão de investimentos e conta com 15 postos de trabalho, entre atendentes e farmacêuticos.

Calor pode piorar crises de enxaqueca

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enxaqueca

O calor pode ser uma dor de cabeça, literalmente, para os 30 milhões de brasileiros que sofrem com enxaqueca. Isso porque fatores comuns das estações mais quentes, como a desidratação, a claridade e a maior exposição ao sol, podem favorecer as crises da doença.

Beber bastante água e evitar se expor ao sol são maneiras de prevenir as dores, mas não é incomum que, durante a primavera e o verão, aqueles que sofrem com o problema acabem utilizando com mais frequência medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos para lidar com as dores.

O problema é que essas medicações que geralmente compõem o tratamento da doença, quando usadas de maneira contínua, podem causar efeitos colaterais como náuseas, tonturas, fraqueza muscular e até mesmo úlceras no estômago e alterações gastrointestinais.

Cirurgia de enxaqueca é uma alternativa

Uma alternativa para reduzir as crises nas estações quentes sem precisar recorrer aos medicamentos é a cirurgia de enxaqueca, que é uma das formas mais eficientes para reduzir a intensidade, frequência e duração da doença.

“Se bem indicado, o procedimento pode eliminar ou diminuir a necessidade do uso contínuo dessas medicações”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez. Segundo o especialista, a cirurgia de enxaqueca é hoje realizada por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard.

“Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o cirurgião médico, que ressalta que, assim como o uso das medicações, o tratamento deve ser indicado por um especialista.

“A cirurgia para enxaqueca pode ser indicada para qualquer paciente que tenha diagnóstico de migrânea (enxaqueca) feito por um neurologista, e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância a estas medicações; ou ainda em pacientes que desejam realizar o procedimento devido ao grande comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional”, diz o médico.

Pouco invasiva, a cirurgia tem como objetivo descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias (tecido de conexão onde se fixam os músculos).

Esse cenário gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, diz o especialista.

Ao todo, são sete tipos principais da cirurgia para migrânea. Para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face ou couro cabeludo, ou ainda na cavidade nasal.

“Cada cirurgia foi desenvolvida para gerar a menor alteração possível na fisiologia local. Mas em todos estes tipos o princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital, que são irritados pelas estruturas adjacentes ao longo de seu trajeto”, destaca o cirurgião plástico.

Ele ainda explica que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar sob anestesia geral e, em alguns casos, sob anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Impasse com funcionários da São Bento completa 8 anos

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Funcionários da São Bento
Foto: Divulgação

Após pedir recuperação judicial em 2015 e fechar totalmente as portas em 2022, os funcionários da São Bento ainda buscam chegar a um acordo para receber seus direitos. As informações são do Midiamax.

Procurada pela reportagem, uma ex-funcionária relatou que, devido a uma demissão sem justa causa, espera desde 2019 pelo pagamento de R$ 28 mil. “Quando fui demitida, não me pagaram o salário do mês e nenhum acerto trabalhista”, relata.

A profissional em questão entrou com uma ação judicial, cujo processo já foi encerrado. Ela aguarda o pagamento, mas a rede alega não ter fundos para arcar com o compromisso.

Fazendas foram a leilão para pagar funcionários da São Bento 

Um dos capítulos da crise da Drogaria São Bento foi o leilão de fazendas da família Buainain, proprietária do grupo. A ação foi uma exigência do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, situado no Mato Grosso do Sul.

Os imóveis estariam avaliados em R$ 23,6 milhões e a transferência ajudaria a quitar as dívidas, estimadas em R$ 88 milhões até o ano passado.

Segundo o plano de recuperação judicial, as maiores fontes de endividamento estão concentradas em bancos e credores com bens em garantia (R$ 36,9 milhões) e créditos trabalhistas (R$ 11,8 milhões).

O advogado de um ex-funcinário afirmou que, na segunda praça, houve compradores, mas que esse ainda não será o desfecho da história.

“Acredito que ainda teremos uma longa batalha judicial. Não há como prever quando os valores serão liberados, pois ficam suspensos até o julgamento dos recursos, e caso prossiga até o TST, pode demorar vários meses”, analisa.

Rede chegou a ter 80 lojas 

Nos áureos tempos, a Drogaria São Bento atingiu a marca de 80 farmácias, distribuídas em 23 cidades. No ano passado, o montante era de apenas duas, que também já foram fechadas.

Para tentar evitar a falência, a rede entrou com um pedido de recuperação judicial em 2015 quando tinha R$ 75 milhões em dívidas e aproximadamente 2 mil credores.

O que é a anedonia, sintoma pouco falado da depressão?

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anedonia

A anedonia manifesta-se como a perda de interesse e prazer em atividades que antes eram gratificantes, como interações sociais, hobbies e trabalho. Ela é um dos sintomas mais marcantes da depressão, um transtorno de humor grave e complexo, que envolve uma interação de fatores psicológicos, biológicos, genéticos e ambientais.

Trata-se de uma doença mental prevalente em todo o mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas. Infelizmente é a principal causa de suicídio, especialmente entre jovens de 15 a 29 anos, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nem todas as pessoas com depressão apresentam anedonia

Segundo Maria Teresa de Almeida Fernandes, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com depressão apresentam anedonia.

“Além disso, existem diversos fatores que podem desencadear ou contribuir para o desenvolvimento da depressão, como traços de personalidade, altos níveis de estresse, luto, perdas significativas e o abuso de substâncias como drogas e álcool. Doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia, e alterações endócrinas também podem ser fatores de risco”, explica.

Os sintomas da depressão incluem não apenas a anedonia, mas também o isolamento, dificuldades nas interações sociais e profissionais, sentimentos de desvalorização, dificuldades de adaptação a diferentes ambientes e perda de libido. Além disso, a pessoa pode experimentar cansaço, fadiga, dificuldade de concentração, desânimo e falta de energia. Em casos de anedonia, a pessoa não sente tristeza ou dor, mas, em vez disso, uma sensação de vazio e embotamento emocional.

Tratamento

O tratamento da depressão geralmente envolve uma abordagem multifacetada. Inicialmente, é essencial realizar uma avaliação clínica para um diagnóstico diferencial preciso. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos antidepressivos, combinado com psicoterapia. A psicoterapia ajuda os indivíduos a identificarem os gatilhos emocionais da depressão e a desenvolver estratégias para lidar com eles, promovendo mudanças de pensamento e comportamento positivas.

“Buscar ajuda é fundamental para lidar com a depressão. Se você reconhece esses sintomas em si mesmo, não hesite em procurar ajuda profissional. Da mesma forma, se você perceber esses sinais em alguém próximo, ofereça apoio e orientação para que eles também busquem ajuda. A depressão é uma doença tratável, e quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação para os pacientes”, finaliza a psicóloga.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Danos dos dispositivos eletrônicos para a visão

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visão

O uso frequente do computador tornou-se uma parte indispensável da rotina para muitas pessoas. Embora seja extremamente útil, os dispositivos eletrônicos podem ocasionar sérios danos à visão, além de outros problemas que afetam o bem-estar geral.

O que pode causar danos à visão?

Em primeiro lugar, é crucial observar que a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, como computadores, celulares, iPads, televisões e monitores de videogame, pode ser prejudicial à saúde ocular. Embora seja benéfica para a melhoria da visibilidade, a exposição prolongada a essa luz pode resultar em danos significativos.

Além disso, o brilho excessivo, letras pequenas ou a ausência de iluminação adequada durante as atividades diárias podem prejudicar a visão.

Como evitar possíveis danos à visão?

Existem diversas maneiras de prevenir problemas de visão relacionados ao uso de dispositivos eletrônicos. Uma delas é evitar exposição prolongada à luz, fazendo pausas regulares. Controlar o brilho das telas e manter uma distância apropriada do rosto também são práticas recomendadas.

Manter a postura e a posição corretas é essencial, pois isso evita dores de cabeça e fadiga ocular. Utilizar uma cadeira confortável e ajustável para que a altura dos olhos esteja alinhada com o monitor do computador é um exemplo prático.

Ademais, é recomendável utilizar fontes de letra maiores para prevenir a fadiga visual. Descansar os olhos periodicamente e fazer pausas regulares durante a utilização do dispositivo são medidas importantes.

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como computadores, pode ter impactos negativos na visão. Portanto, é crucial adotar medidas preventivas, como o uso de óculos de proteção, controle do brilho, manutenção de uma postura adequada, utilização de fontes de letra apropriadas e a prática de pausas regulares, a fim de preservar a saúde visual.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Ondas de calor afetam a saúde humana, de plantas e animais

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ondas de calor

O corpo humano tem um limite para aguentar as ondas de calor, podendo sofrer consequências como estresse, insuficiência cardíaca e lesão renal aguda por desidratação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a temperatura elevada tem relação direta com o aumento de mortes. Ela responde por 7% das internações do Sistema Único de Saúde (SUS).

As ondas de calor provocam um aumento de mediadores inflamatórios no organismo humano, afetando, principalmente, os extremos de idade, gestantes, obesos e pessoas com doenças crônicas, agravando as doenças alérgicas, prioritariamente as alergias respiratórias, como asma e rinite, e de pele, como dermatite atópica.

“Ao contrário de outros eventos climáticos extremos, como tornados e enchentes, o calor passa a sensação de ser menos agressivo ou mais tolerável pelas pessoas. É essa falsa percepção que faz com que ondas de calor sejam extremamente perigosas para a saúde humana”, explica Raphael Coelho Figueredo, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Ondas de calor aumentam risco de mortalidade cardiovascular

Segundo o especialista, há um aumento no risco de mortalidade cardiovascular e respiratória em dias de ondas de calor em comparação com dias quando a temperatura está mais amena. Há risco também de causar estresse térmico significativo em todos os organismos vivos como em plantas, afetando a fotossíntese, a respiração, o crescimento, o desenvolvimento e a reprodução.

As ondas de calor também afetam os animais, levando a alterações fisiológicas e comportamentais, como redução da ingestão calórica, aumento da ingestão de água e diminuição da reprodução e do crescimento.

“Cinco mecanismos fisiológicos podem ser deflagrados pela temperatura elevada: isquemia, citotoxicidade, inflamação, coagulação intravascular disseminada e rabdomiólise”, alerta Figueiredo.

Acima de 39°C, 40°C, enzimas fundamentais para o metabolismo sofrem uma queda abrupta na velocidade das reações químicas necessárias à vida. O corpo começa a parar de quebrar proteínas e açúcares para obter nutrientes e energia.

Como o organismo controla a temperatura?

O especialista conta que o ser humano controla sua temperatura de duas formas. A primeira é por meio dos vasos sanguíneos que se dilatam para levar mais sangue até a pele, para que o calor possa ser irradiado para fora do corpo. O segundo é por meio do suor, que refresca a pele por evaporação. O calor pode impactar gravemente sete órgãos: cérebro, coração, intestinos, fígado, rins, pulmões e pâncreas.

O corpo também perde muito líquido na tentativa de se aliviar pelo suor, o que leva à desidratação e torna o sangue viscoso, afetando os rins e o coração, que são mais exigidos. A desidratação também causa vasoconstrição, que eleva o risco de trombose e de acidente vascular cerebral.

“O calor extremo mergulha o corpo no caos. Compreender os efeitos dos eventos extremos na saúde é uma questão central para o desenvolvimento de políticas climáticas focadas na saúde da população”, finaliza Figueiredo.

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Farmacêutica nacional injetará R$ 150 mi em startups

 

Farmacêutica nacional
Foto: Divulgação

A farmacêutica nacional Eurofarma fará um novo aporte em startups. A companhia irá investir R$ 150 milhões, mirando principalmente aquelas empresas mais estabelecidas. As informações são do NeoFeed.

O aporte será o terceiro do gênero realizado pelo laboratório. Os planos são viabilizar entre dez e 12 investimentos, sendo metade deles com valores de até R$ 5 milhões e destinados a rodadas seed.

Do montante total, R$ 50 milhões serão destinados para follow on e o restante será empregado em rounds série A, com investimentos de R$ 15 milhões. De acordo com a reportagem, o fundo deve ser lançado no primeiro trimestre de 2024, mas os aportes devem virar realidade apenas no segundo semestre.

Farmacêutica nacional mira startups de saúde feminina, oncologia e SNC 

Terapias digitais focadas em tratamentos oncológicos, para doenças do Sistema Nervoso Central (SNC) e destinadas a saúde feminina estão na alça de mira da Eurofarma.

Apesar de fontes apontarem essa tese, ela pode ser modificada, pois ainda se encontra em fase de análise.

Eurofarma avança com terceirização de medicamentos 

Enquanto segue investindo em startups, a Eurofarma também fortalece a sua divisão de terceirização de medicamentos, que já exibe capacidade para produzir mais de 400 milhões de unidades por ano.

A unidade de negócios vem ganhando relevância na agenda de internacionalização da indústria farmacêutica brasileira, sendo vista pelo alto escalão como uma área rentável e de amplo potencial de lucratividade.

O foco principal está na América Latina, onde a farmacêutica conta com fábricas na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Guatemala.

Esses complexos somam-se às três plantas baseadas em municípios de São Paulo, na capital, em Itapevi e Ribeirão Preto.

Entenda os impactos da cannabis para doenças crônicas

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Entenda os impactos da cannabis para doenças crônicas

Os impactos da cannabis para doenças crônicas podem ajudar a reverter estatísticas alarmantes, oferecendo aos pacientes opções complementares de tratamento de enfermidades. Segundo a OMS, esses distúrbios fazem 41 milhões de vítimas por ano, em todo o mundo.

Qualidade de vida a pacientes crônicos

“A cannabis auxilia de forma adjuvante nos tratamentos, em conjunto com outros medicamentos. “Ela modula a percepção de dor, ajuda a regular os neurotransmissores, como serotonina e dopamina, e melhora a parte imunológica”, comenta o médico especialista Ciro Cunha Couto Junior.

Doenças crônicas para as quais a cannabis sativa traz benefícios

Diabetes – o sistema endocanabinoide do organismo atua no metabolismo da glicose, melhora a capacidade da insulina de regular o açúcar e acelera a cicatrização de feridas diabéticas

Hipertensão arterial – os canabinoides ajudam a baixar a pressão por meio dos efeitos vasodilatadores. Relaxam os vasos sanguíneos e permitem que o sangue flua mais facilmente

O canabidiol tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que atuam na proteção dos neurônios nessa doença. Além disso, age também no tecido muscular pela ação relaxante. O tratamento é feito de forma auxiliar e não suspende o uso de outros medicamentos e a terapia convencional

Doença renal crônica – a perda progressiva e irreversível da função dos rins pode levar à necessidade de hemodiálise frequente, procedimento que causa náuseas e vômitos. O extrato da cannabis ajuda a amenizar esses efeitos

Estresse crônico – fator de risco para a hipertensão, pode evoluir para depressão e ansiedade. Nesse caso, o canabidiol vem sendo usado como complemento às terapias já utilizadas pelos pacientes

AVC –  a espasticidade é uma sequela motora decorrente do AVC, caracterizada por tensão e rigidez muscular involuntárias. O CDB pode ajudar a tratar a espasticidade que causa dor crônica e limita os movimentos

Saiba os medicamentos que têm interação com cannabis!

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Saiba os medicamentos que têm interação com cannabis!

Mais de 100 substâncias em medicamentos que têm interação com a cannabis foram identificadas em recente estudo de pesquisadores da faculdade de Medicina Penn State, no estado da Pensilvânia (EUA).

A relação abarca drogas variadas, de remédios para o coração, passando por anticonvulsivos e antidepressivos, antibióticos e antifúngicos até anticoagulantes.

As interações mais significativas envolvendo a cannabis estão relacionadas à família de enzimas P450 (CYP), responsável pelo metabolismo da maioria dos medicamentos. “Por isso a importância em regular as doses dos outros remédios ao prescrever cannabis medicinal”, relata o farmacologista Francisco Silveira Guimarães, do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

A seguir, alguns exemplos de categorias de medicamentos e os efeitos da interação com a cannabis

Varfarina – o anticoagulante é um dos principais que podem ter o efeito prejudicado pelo uso concomitante com o CBD. Esse composto da cannabis medicinal inibe a ação da CYP450, também responsável por metabolizar a varfarina. O medicamento pode permanecer por mais tempo no corpo, levando a hematomas ou sangramentos

Clozaban – usado para tratar convulsões associadas à síndrome de Lennox Gastaut em adultos e crianças. O CBD aumenta a ação e também os efeitos colaterais (sedativo) desse benzodiazepínico. Mesmo assim, o CBD é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para tratar ataques epilépticos

Valproato – também é um anticonvulsivante para tratamento de epilepsia, transtorno bipolar e dor de cabeça. O CBD com o valproato aumenta os níveis enzimáticos no fígado, causando disfunção hepática. O principal efeito pode ser a alta transaminase, enzimas intracelulares em quantidades elevadas que indicam destruição celular

Fluoxetina (Prozac), sertralina, paroxetina, citalopram – os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) são uma classe de medicamentos usados como antidepressivos. A interação com a cannabis pode causar irritação, agitação e nervosismo, segundo o Departamento de Saúde dos EUA. Como atualmente não há muita informação disponível, os pacientes devem consultar o médico antes de fazer uso conjunto

Antidepressivos tricíclicos (ATCs) – amitriptilina, imipramina, dothiepin – a combinação da cannabis medicinal com esses medicamentos pode resultar em hipertensão, taquicardia e ainda alterações de humor, inquietação, confusão e alucinações

Clonazepam, lorazepam, zolpidem – chamados de depressores do SNC, essas drogas reduzem a estimulação ao diminuir os níveis de neurotransmissão no Sistema Nervoso Central. O resultado é uma redução da atividade cerebral que promove o relaxamento muscular e uma sensação de calma. A cannabis pode amplificar o efeito sonolento

Medicamentos contra câncer – é sabido que o CDB pode mediar a resistência a múltiplas drogas (MDR) no câncer. Mas a extensão total das interações do canabidiol ainda não é conhecida. Por isso, algumas formas de CBD podem interagir com enzimas responsáveis pelo transporte do medicamento. Assim, a coadministração do CBD não é recomendada nessas situações

Diltiazem – indicado para o tratamento de pressão alta, angina e coronariopatias, pode ser afetado pelo uso do THC, outro composto da cannabis medicinal com efeitos psicoativos

Teofilina – é um broncodilatador que ajuda a aumentar o fluxo de ar para os pulmões. A cannabis pode reduzir os níveis de teofilina