Farmácias independentes podem dar um importante passo rumo à transformação digital com a nova plataforma da Napp Solutions em parceria com o Google. Mais de 8 mil estabelecimentos do setor já se cadastraram e o segmento foi escolhido como piloto para o projeto.
A ferramenta concebida para pequenas e médias empresas foi lançada oficialmente nesta quinta-feira, dia 18. As companhias que se cadastrarem poderão não só criar seu primeiro site, como também ter acesso a um conjunto de produtos do Google para atrair mais clientes com a ajuda da publicidade online.
A nova plataforma permite o acesso a sete produtos do Google. Com ela, o empreendedor poderá criar campanhas de publicidade e de promoção de seu estoque em lojas físicas, além de acessar insights e tendências de mercado gerados a partir de ações no Google ADS. Também é possível interagir com clientes a partir do uso do Business Messages e consultar conteúdos educacionais exclusivos do Google.
Ao se cadastrar, cada farmácia também poderá criar um site próprio disponibilizado pela Napp onde poderá promover seus serviços e produtos.
As abas permitem fácil navegação, com as informações mais importantes do dia para o lojista, resumo das avaliações, mensagens e interações, manutenção de perfis no Google, com atualização de informações comerciais no perfil da empresa e gerenciamento de produtos no Merchant Center. O Painel de Mercado da Napp é outra funcionalidade relevante, por incluir a comparação de preços de produtos com concorrentes da região.
“As pequenas e médias empresas precisam ter ferramentas simples e eficientes para se beneficiar da economia digital e empresas como a Napp são parceiros importantes do Google para que nossos produtos cheguem a todos os empreendedores brasileiros”, afirma Newton Neto, diretor de parcerias do Google para a América Latina.
“Essa parceria com o Google, que é uma referência em tecnologia, é fundamental para que a Napp possa ser cada vez mais útil às pequenas e médias empresas brasileiras”, diz Bruno Zenatte, CEO da Napp Solutions.
Farmácias independentes são as primeiras a testar plataforma
As farmácias independentes foram as primeiras a testar a plataforma após a identificação do potencial de digitalização e o uso de novas tecnologias no setor. Segundo levantamento realizado em 2022 pelo Instituto Axxus, que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, 92% das farmácias independentes não utilizam qualquer plataforma de marketplace e 86% delas realizam levantamento manual do registro de medicamentos.
A atropina é um fármaco usado como antídoto em casos de intoxicação por inseticidas, no combate à incontinência urinária e no tratamento de distúrbios oftalmológicos, respiratórios e cardiovasculares. Exclusivamente manipulada em hospitais, faz parte do atendimento de emergência dos serviços de saúde e integra o grupo de alcaloides dentre os quais também estão cafeína, cocaína, nicotina, efedrina e coniina.
De origem vegetal, os alcaloides, nas plantas, ajudam a afastar insetos e animais. Sintetizados em laboratório, a principal aplicação é em medicamentos. Por causarem dependência física e psíquica, esses compostos levam ao vício e só devem ser usados sob orientação médica.
Funções terapêuticas da atropina
A atropina atua sobre vários órgãos e sistemas. Como medicamento pré-anestésico, inibe as secreções do nariz, boca, faringe e brônquios. O ressecamento das mucosas dessas vias respiratórias permite que intervenções cirúrgicas que exijam intubação sejam bem-sucedidas. Procedimentos oftalmológicos também requerem o uso da atropina, na forma de colírio, para dilatar as pupilas (midríase) e permitir o exame de fundo de olho. Ela age inibindo a ação do músculo que contrai a pupila (miose).
No sistema nervoso autônomo, o efeito do atropina está relacionado ao nervo vago, que tem origem no cérebro e se ramifica (por meio de fibras sensoriais e motoras) para outros órgãos, transmitindo ‘’mensagens” ao longo do corpo. O nervo controla funções corporais tais como pressão, frequência cardíaca, respiração, digestão, excreção de urina, sensações na pele e no músculo e até o humor.
Estímulos ao nervo vago provenientes de fatores como ansiedade, medo, dor, alteração de temperatura levam à síncope vasovagal, em que a pessoa sente tontura e pode até desmaiar. Esses episódios são um reflexo do nervo que, ao responder, provoca a queda dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, afetando o bombeamento de sangue para o corpo. A atropina é administrada para restabelecer o ritmo cardíaco.
Ainda na área neurológica, a atropina tem efeito sedativo de longa duração. O tratamento do mal de parkinson foi um dos pioneiros no uso da atropina, que ajuda a aliviar os tremores provocados pela doença.
Ataque cardíaco
Em casos de infarto agudo do miocárdio, a atropina é considerada o tratamento inicial. Nesses pacientes, o excesso de tônus vagal – quando o corpo reage para preservar o fluxo de sangue – provoca a bradicardia, ou seja, os batimentos cardíacos caem a menos de 60 por minuto. Com efeito imediato, a atropina pode ser administrada logo após o colapso ou até oito horas depois do infarto se a frequência cardíaca estiver muito lenta.
Na intoxicação por inseticidas – ingeridos, inalados ou absorvidos pela pele – a atropina age como antídoto sobre os efeitos do veneno: dificuldade de respiração, frequência cardíaca anormal, vômito, diarreia, incontinência urinária, dor abdominal, tosse, salivação, sudorese, olhos lacrimejantes e visão turva.
Em distúrbios gastrointestinais, a atropina auxilia no tratamento de úlcera péptica (ferida no revestimento do estômago ou duodeno por ácido gástrico) e das cólicas renal e da uretra. É antiespasmódico da musculatura uterina, controla a incontinência urinária, tem ação sobre a motilidade (transporte de líquidos e sólidos) do estômago e do intestino e é coadjuvante no preparo de radiografias dos órgãos do abdômen.
Precauções
Os riscos e benefícios do uso e doses do medicamento devem ser avaliados pelo médico antes da aplicação. Entre os efeitos colaterais que podem ocorrer estão retenção urinária, estenose pilórica (quadro em que a ligação entre estômago e intestino fica mais espessa, ocasionando bloqueio abdominal), náusea e cólica estomacal, taquicardia, muco nas vias aéreas, boca seca e sede excessiva, visão turva, tontura, calor repentino e rubor da pele.
A atropina é contra indicada para grávidas, mães que estejam amamentando, idosos, pacientes com asma, glaucoma, hipertensão, isquemia do miocárdio, úlcera gástrica, pessoas com doenças pulmonares crônicas e obstrutivas do intestino e miastenia (fraqueza muscular).
A nova fábrica da Biolab na cidade de Pouso Alegre (MG) terá ampliação de investimentos. A farmacêutica brasileira informou que o aporte de R$ 500 milhões inicialmente previsto passa a ser de R$ 1 bilhão.
As informações são do Valor Econômico. A duplicação dos investimentos absorveria os impactos da inflação. “Além do aumento de custos com infraestrutura, com aço e cimento, os equipamentos ficaram mais caros”, relata o presidente Cleiton de Castro Marques.
A planta foi anunciada pelo laboratório em 2017 e já está com a construção finalizada. Porém, a Biolab prevê para o segundo semestre de 2024 o início da produção de medicamentos, que deve girar em torno de 200 milhões de unidades por ano. A fábrica apresenta 80 mil m² de área total e deve gerar 1 mil empregos diretos.
Nova fábrica da Biolab acompanha movimento de expansão internacional
Enquanto a nova fábrica da Biolab atenderá ao aquecimento da demanda no mercado interno, a farmacêutica segue trilhando caminhos rumo ao Exterior.
Após a aquisição do laboratório canadense Exzell Pharma, no ano passado, a Biolab obteve em fevereiro o registro do antiemético Vonau Flash (ondansetrona) na Arábia Saudita. Com isso, a companhia abre caminho para vender o medicamento nos 22 países da Liga Árabe sob a marca Mundell.
O laboratório já exportava o Vonau para Equador e Colômbia e fornecia outro produto, o Encrise (vasopressina), usado no tratamento do choque séptico, à Arábia Saudita. O próximo passo é levar o Encrise para países da América Central, México (onde a distribuição deve ser feita pela Eurofarma) e Canadá.
O mercado norte-americano é outro alvo. Sem considerar a Exzell Pharma, a atuação da Biolab no mercado internacional ainda é tímida, representando cerca de 1% em 2022. A estratégia é usar a capacidade industrial no Brasil para atender aos demais mercados, principalmente os Estados Unidos. Para avançar internacionalmente, a farmacêutica planeja investir em produtos menos complexos, mas com algum grau de inovação.
A recuperação judicial da Drogaria Santa Marta acaba de sair do papel. O juiz Ailton Ferreira dos Santos Junior, da 5ª Vara de Aparecida de Goiânia (GO), atendeu ao pedido ingressado pela rede em março deste ano.
Uma das 20 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional até 2021, a Santa Marta viu o faturamento despencar mais de três vezes em quatro anos. No mesmo mês de março, a drogaria fechou 18 unidades em Brasília (DF) e Goiânia (GO), o que levou à demissão de 350 funcionários e colaboradores. Encerrou dessa forma as operações no Distrito Federal e passou a ter apenas 45 PDVs em Goiás, mantendo 540 postos de trabalho.
O processo tem a assessoria da Dux Administração Judicial. Como parte do cronograma aprovado na Justiça, a consultoria divulgou a primeira relação de credores, com quem a rede teria dívidas calculadas em R$ 92,6 milhões. São 1.198 credores ao todo, dos quais 815 envolvem passivos trabalhistas.
Recuperação judicial: entenda os caminhos até esse processo
No documento em que oficializa o pedido de recuperação judicial, a empresa atribui o momento atual às turbulências que enfrentou a partir da deflagração da pandemia. Esse contexto incluiu a interrupção de cadeias produtivas e de logística, além da contração dos financiamentos bancários.
As crises envolvendo outras redes do varejo farmacêutico regional, como a Bifarma e a Poupafarma, teriam também estimulado as distribuidoras de medicamentos a colocar o pé no freio e cortar a oferta de crédito. Consequentemente, a empresa passou a conviver com o desabastecimento de lojas.
Como resultado, o faturamento de R$ 500,6 milhões em 2019 caiu gradativamente até 2021. A Santa Marta figurava na lista das 250 maiores varejistas do país e era a 18ª maior empresa do varejo farmacêutico nacional. Mas no ano passado a receita entrou em queda livre, chegando a míseros R$ 155,9 milhões. Detalhe: a receita projetada para 2022 era de R$ 245 milhões.
A Santa Marta vem sendo alvo de denúncias trabalhistas desde o ano passado e, inclusive, teria deixado de depositar o FGTS dos trabalhadores há mais de dez meses.
O endividamento líquido mais que dobrou no período, subindo de R$ 16,22 milhões para R$ 36,31 milhões. São quatro anos consecutivos com prejuízo operacional.
A companhia ainda teve acatado o pedido de tutela antecipada, expediente que impede o corte de contratos e serviços básicos, incluindo água, luz, telefonia, internet e software. Entre os fornecedores estão grandes provedores como Linx e Totvs.
Recuperação judicial não é a primeira crise da Santa Marta
A crise que culminou na recuperação judicial não é necessariamente um tema novo na trajetória da Santa Marta, que iniciou operações em 1974. Em 2010, a rede acionou a Lei de Falências em vigor na época, ao sentir os impactos da crise do subprime a partir do estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos.
Com 100 lojas naquele ano, a rede teve de desfazer de uma série de PDVs para quitar as dívidas. O processo só teve um fim em 2014, quando a Santa Marta mantinha somente 64 unidades.
O Certificado de Boas Práticas de Armazenagem e Distribuição, concedido pela Anvisa, passa a chancelar as operações logísticas da Andreani. Com essa conquista, a empresa de bandeira argentina avançar mais um passo na meta de ganhar corpo junto à indústria farmacêutica e de produtos de saúde.
Com validade de quatro anos, a certificação é exclusiva para companhias que atestam sua excelência no processo de armazenagem e distribuição de medicamentos e de insumos farmacêuticos e hospitalares.
Há mais de 20 anos em atuação no Brasil, a Andreani presta serviço para grandes laboratórios como Abbott, Johnson & Johnson, Novartis e Apsen, a partir de sua planta em Embu das Artes (SP). Contribui ainda para viabilizar o acesso a vacinas, por meio de contrato com o Instituto Butantan.
“Foram necessários três dias de auditoria para avaliação dos processos. A certificação fortalece a segurança e amplia nossa visibilidade no mercado, comprovando que a Andreani garante todos os requisitos regulatórios necessários para os clientes da indústria farmacêutica que buscam otimizar sua gestão logística”, avalia Cristiane Ribeiro Hatakeyama , gerente de garantia de qualidade.
Certificado de Boas Práticas aferiu avanços em sistemas e tecnologia
O Certificado de Boas Práticas teve como fator determinante os robustos investimentos recentes da operadora em tecnologia e sistemas de gestão. A Andreani já destinou R$ 10,5 milhões nos últimos dois anos a iniciativas como a atualização de softwares e informatização plena dos processos por cliente, além da formação de um time de auditores internos para aferir o cumprimento das legislações vigentes e manutenção das certificações ISO.
A operadora também desenvolveu uma estrutura climatizada com câmaras frias e antecâmaras integradas, que configuraram o centro de distribuição para a distribuição de medicamentos nas mais variadas condições de temperatura. “As grandes farmacêuticas vêm trabalhando para priorizar medicamentos de prescrição e de maior valor agregado, o que ampliou a demanda por medicamentos termossensíveis”, contextualiza o gerente comercial Ramon Peres.
Outro recente investimento foi a implantação de colar-pallets que possibilitam dobrar a capacidade logística no transporte rodoviário, ao garantir o empilhamento das mercadorias. “Uma carreta que transportava 28 pallets na horizontal passou a transportar 56. Com isso verticalizamos a distribuição e reduzimos a ociosidade da frota”, explica Peres.
Já ouviu falar em spirulina? É uma cianobactéria que popularmente é conhecida como microalga. Ela se desenvolve em águas alcalinas e é considerada uma potente fonte nutricional, pois é rica em proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes.
O cheiro e a aparência não são das mais agradáveis, mas vale incluir na rotina e aproveitar os inúmeros benefícios que ela oferece para a saúde. É um forte aliada na perda de peso, redução da pressão arterial, auxilia no tratamento da anemia, diabetes e rinite alérgica.
A alga tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e anticâncer. Normalmente é encontrada na forma de suplementos alimentares, nas apresentações de cápsulas, comprimidos ou em pó. O superalimento tem uma lata dosagem de proteína, cerca de 70%. Sendo assim, é uma excelente alternativa para veganos, vegetarianos e pessoas com restrições alimentares.
Está em processo de emagrecimento e quer uma força extra? A spirulina pode te ajudar na redução da gordura corporal. Por se tornar de um suplemento pouco calórico e auxiliar na saciedade, o ingrediente promove uma faxina no organismo e atua no funcionamento do metabolismo, dando aquela acelerada.
Outra vantagem dela, é a sua propriedade antioxidante que protege o corpo dos danos causados pelos radicais livres, prevenindo o corpo de processos inflamatórios. Tem efeitos positivos na redução do colesterol ruim e triglicérides. Ela tem uma alta concentração de ferro e colabora para o tratamento da anemia, além de contribuir na melhoria do sistema imunológico e contra o envelhecimento.
Como tomar spirulina
A Spirulina pode ser encontrada na forma de cápsulas, comprimidos ou pó. Não existe uma dosagem recomendada, a quantidade varia de acordo com o objetivo e necessidade de cada pessoa. O ideal é buscar a orientação de um profissional, para indicar a melhor forma de consumo dessa alga.
Efeitos colaterais
Esse superalimento é considerado seguro e raramente provoca efeitos colaterais se utilizado nas porções adequadas. Porém, algumas pessoas podem apresentar sintomas como náuseas, dores de cabeça, diarreia e vômito. A spirulina pode até causar reações alérgicas, quando consumidas em alta dosagem.
A GSK anuncia Allan Ribeiro como novo diretor para a área de specialty care. O executivo já liderou diversas áreas terapêuticas, como de doenças raras, imunologia, oncologia, oftalmologia e respiratória.
“Estou muito animado com este novo desafio e inspirado em poder contribuir com o propósito de unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças, impactar a saúde global, e por fim ajudar muitas pessoas”, declara.
Acumula passagens por grandes farmacêuticas como Galderma, Mantecorp, Stiefel, Alcon e Novartis. Graduado em marketing e publicidade pela Unip, tem MBA em gestão de negócios pela FIA.
O movimento de clientes nas farmácias teve alta de 25% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado caminha na contramão do varejo em geral, que registrou queda no fluxo pelo segundo mês consecutivo, com recuo de 8%.
Os índices são resultados de uma pesquisa da HiPartners a partir dos dados fornecidos pelas plataformas FX Data Intelligence, F360° e Harmo. Os dados são chancelados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela 4Intelligence.
O segmento “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” contabiilizou aumento em todos os indicadores no mesmo período. Além de receber mais clientes, apresentou incremento de 15% no volume de cupons de vendas emitidos e 22% em faturamento.
Embora com ligeira queda no fluxo de pessoas nas lojas físicas no mês de abril, o volume de vendas de todas as atividades varejistas cresceu, assim como o tíquete médio.
“O aumento da digitalização e da omnicanalidade, com a experiência de compra unificada, já sinaliza um indício dessa tendência, a se confirmar: menos fluxo nas lojas porém com aumento de vendas”, contextualiza Ricardo Fioravanti CEO da FX Data Intelligence.
Clientes nas farmácias movimentam mercado de MIPs
O fluxo de clientes nas farmácias contribui para impulsionar o mercado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), com venda fora do balcão. A receita dessa categoria cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões.
É o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe de medicamentos, que acompanha o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.
Os medicamentos isentos de prescrição respondem por 15% do volume de negócios, resultante das 1,42 bilhão de unidades comercializadas no período.
“O brasileiro incorporou o consumo desses produtos à sua rotina, estimulado pelo fortalecimento das farmácias como hubs de atenção primária e pela ascensão do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, observa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.
Medicamento indicado para o tratamento de infecções por parasitas, a ivermectina ganhou os holofotes quando foi cogitada como um tratamento para a Covid-19, o que posteriormente acabou se provando ineficaz. A melhor forma de saber quais as doenças podem ser tratadas pelo medicamento é lendo a bula da ivermectina.
Para que o ivermectina é indicado?
O medicamento é comumente utilizado para o tratamento de infecções por parasitas, como:
Strongyloides stercoralis: causador da estrongiloidíase intestinal
Onchocerca volvulus: causador da oncocercose
Wuchereria bancrofti: causador da filariose
Ascaris lumbricoides: causador da ascaridíase
Sarcoptes scabiei: causador da escabiose
Pediculus humanus capitis: causador da pediculose
Vale destaque que, nos casos de oncocercose, o remédio não consegue eliminar os parasitas adultos, pois eles se alocam em nódulos subcutâneos que, em sua maioria, não são palpáveis.
Nesses quadros, o paciente pode precisar realizar um procedimento cirúrgico para retirar esses microrganismos, uma vez que eles produzem microfilárias.
Segundo a bula da ivermectina, alérgicos não devem fazer uso do tratamento
Dentre as contraindicações do fármaco está seu consumo por pacientes alérgicos ao princípio ativo ou a qualquer outro componente da fórmula.
Aqueles que convivem com afecções do sistema nervoso central que possam afetar a barreira hematoencefálica, como a meningite, também devem evitar a ivermectina, devido a seus efeitos nos receptores gabaérgicos do cérebro.
Crianças com menos de cinco anos, ou que pesem menos de 15 quilos também não devem utilizar o medicamento.
Como é a posologia?
Na hora de tomar o remédio, sempre o acompanhe com água. No geral, de acordo com estudos, a dose varia entre 150 e 200 mcg/kg, administrada por via oral e em uma única vez.
Doenças como ascaridíase, escabiose, estrongiloidíase, filariose e pediculose costumam ser tratadas com 200 mcg do fármaco por quilo de peso corporal do paciente. Confira a tabela:
Peso
Dose
15 a 24 kg
½ comprimido
25 a 35 kg
1 comprimido
36 a 50 kg
1 ½ comprimido
51 a 65 kg
2 comprimidos
66 a 79 kg
2 ½ comprimidos
Mais de 80 kg
Cálculo de 200 mcg/kg
A dose para o tratamento da oncocercose demanda uma carga menor para o tratamento. Casos de distribuição em massa, como programas de tratamento internacional, precisam ser repetidos a cada 12 meses, e no tratamento individual, a cada três meses.
Peso
Dose
15 a 25 kg
½ comprimido
26 a 44 kg
1 comprimido
45 a 64 kg
1 ½ comprimido
65 a 84 kg
2 comprimidos
Mais de 85 kg
Cálculo de 150 mcg/kg
Quais as possíveis reações adversas e os efeitos colaterais?
Em geral, as reações adversas ao tratamento são leves e transitórias. Os efeitos colaterais são raros e, dentre elas, as mais comuns são anorexia, astenia (perda ou diminuição da força física), constipação diarreia, dor abdominal, náusea e vômitos.
Fora as já citadas, outras reações ficam divididas da seguinte maneira.
Relacionadas ao Sistema Nervoso Central (H3)
Sonolência
Tontura
Tremor
Vertigem
Reações epidérmicas
Erupções
Prurido
Urticária
Oncorcose possui efeitos colaterais próprios
A morte das microfilárias devido ao tratamento com Ivermectina provoca sintomas conhecidos como Mazzotti. São eles:
Artralgia (dor em uma articulação)
Aumento e sensibilidade nos nódulos linfáticos, principalmente axilares, cervical e inguinal
Dor abdominal
Edema
Erupções
Febre
Prurido
Sinovite (processo inflamatório da membrana sinovial)
Urticária
Apesar de possuir baixa incidência, efeitos colaterais oftalmológicos também acontecem e podem ser, inclusive, causados pela própria doença.
Conjuntivite
Coriorretinite (processo inflamatório que atinge a úvea e suas estruturas)
Coroidite (inflamação da coróide)
Limbite (inflamação que compromete a esclera e pode causar glaucoma e catarata)
Queratite (infecção na córnea)
Sensação de anormalidade nos olhos
Uveíte anterior (inflamação da íris e dos corpos ciliares)
Na maioria dos casos, não é necessário o tratamento com corticosteroides e são raros os quadros de agravamento e de perda da visão.
Gerais
Outros efeitos colaterais que também já foram registrados após o uso do medicamento são:
Cefaleia
Edema facial e periférico
Mialgia
Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial quando o paciente está de pé)
Taquicardia
Esses sintomas ocorrem em menos de 1% dos pacientes.
O que acontece se eu tomar uma dose maior do que o indicado?
Em casos de superdose acidental, procure um hospital imediatamente. Por lá, poderão realizar atitudes de emergência, como indução de vômitos e/ou lavagem gástrica. A ingestão de laxantes também é uma possibilidade.
Casos mais graves de intoxicação podem demandar a administração parenteral de fluidos e eletrólitos, além de hipertensores, caso haja hipotensão. Assistência respiratória também pode ser indicada.
Posso fazer o tratamento enquanto tomo outro remédio?
Apesar de não haver registros de interação medicamentosa com a ivermectina, indica-se a cautela em seu uso por pacientes que utilizam remédios que deprimem o sistema nervoso central.
Cuidado adicionais
Pacientes que sofrem com oncodermatite podem sofrer com o agravamento do quadro após o uso do fármaco.
Para comprovar a ausência dos parasitas causadores de doenças como a ascaridíase e a estrongiloidíase, o paciente terá que se submeter a repetidos exames de fezes.
Grávidas e lactantes
Mulheres grávidas não devem fazer uso da ivermectina sem orientação de um profissional da saúde pois não foram realizados estudos adequados e bem controlados sobre o tema.
Já quanto as mães que estão em fase de amamentação, o tratamento deve ser postergado, desde que o risco não seja maior do que o de ingerir a medicação. O princípio ativo é sim excretado em baixas concentrações o leite materno.
O que fazer para não precisar tomar ivermectina?
Como, a essa altura do texto, você já entendeu e muito bem que a ivermectina é um antiparasitário, você já deve estar se perguntando então o que fazer para se manter longe desses parasitas.
Confira algumas dicas:
Lavar as mãos após usar o banheiro e mantê-lo sempre limpo
Não andar sem calçado
Manter as unhas limpas e cortadas
Beber água fervida ou filtrada
Cozinhar e lavar bem os alimentos
Manter a caixa d’água fechada
Dedetizar os ambientes
Lavar as mãos antes das refeições
Lavar os utensílios domésticos
Higienizar objetos de uso pessoal e roupas do paciente com água fervente
Não compartilhar objetos de uso pessoal
Não ter contato direto com paciente durante o tratamento
Fazer baterias de exame sempre que um caso foi identificado um caso na família
A infecção urinária é uma condição comum, caracterizada por um desequilíbrio da microbiota da região genital. Essas bactérias geralmente se multiplicam e causam sintomas desagradáveis, como ardência ao urinar e aumento da frequência urinária.
Vários fatores são determinantes para a proliferação desses microorganismos, como a falta de uma boa higiene íntima, segurar a urina, beber pouca água ou histórico de cálculo renal. Pacientes com o sistema imunológico enfraquecido, como aqueles em tratamento de câncer ou portadores de HIV/Aids, também estão suscetíveis às infecções urinárias.
Diagnóstico da infecção urinária:
Para um diagnóstico mais preciso de infecção urinária, o médico deve levar em consideração os sintomas, histórico e exames clínicos. Porém, os testes laboratoriais mais comuns são:
Exame de urina: consiste na coleta de uma amostra de urina, seguida de análise para detectar a presença de bactérias e sinais de infecção;
Urocultura: é o exame que identifica a presença de bactérias no trato urinário;
Exames de imagem: em casos mais graves de infecção urinária, podem ser solicitados ultrassonografia ou tomografia computadorizada para uma avaliação mais detalhada.
Sintomas de infecção urinária
Os sintomas de infecção urinária podem variar de pessoa para pessoa, mas os sinais desconfortáveis geralmente incluem:
Dor ou ardência ao urinar;
Aumento da frequência urinária;
Dificuldade em segurar a urina, mesmo quando a bexiga não está muito cheia;
Urina turva ou com odor forte;
Presença de sangue na urina;
Dor na região pélvica ou abdominal inferior;
Fadiga, febre, cansaço ou sensação de mal-estar.
Tratamento da infecção urinária
Geralmente, o tratamento da infecção urinária envolve o uso de antibióticos para ajudar a eliminar as bactérias do organismo. O protocolo de tratamento, incluindo a duração do medicamento e as dosagens, depende da avaliação clínica feita pelo médico. Somente o médico pode prescrever essas orientações. Além disso, existem outros procedimentos que auxiliam no alívio dos sintomas e na recuperação, como aumentar a ingestão de líquidos, evitar segurar a urina e manter uma boa higiene íntima.