Compras do SUS têm menos farmacêuticas nacionais

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compras do SUS
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As compras do SUS vêm reduzindo a participação das farmacêuticas brasileiras. A conclusão é de um estudo do Grupo FarmaBrasil, que não esconde a preocupação com essa tendência.

O levantamento compara o fluxo de importação de medicamentos nos anos de 2010 e 2020. De dez anos para cá, a participação de produtos estrangeiros no volume de compras da rede pública saltou de 35,7% para 48,4%. E a situação claramente se agravou a partir da pandemia.

“Essa diminuição está atrelada à pressão por medicamentos de alta complexidade e pelos custos crescentes nas compras governamentais. Em paralelo, convivemos com a ausência de políticas públicas para desenvolver as farmacêuticas brasileiras frente às novas técnicas”, comenta o presidente da entidade, Reginaldo Arcuri.

Como consequência, o dirigente enxerga defasagens crônicas na viabilização de medicamentos avançados com uso de tecnologia nacional. “Por outro lado, percebemos um empenho da indústria brasileira na concepção de medicamentos que utilizam engenharia genética nas células. Os anticorpos monoclonais podem abrir caminho para o tratamento de diversas doenças como o câncer”, ressalta.

O Grupo FarmaBrasil também vê avanços no desenvolvimento de vacinas por RNA mensageiro. Essa inovação possibilitaria a formação de um sistema nacional para produção de imunizantes.

Compras do SUS desperdiçam R$ 1 a cada R$ 3

As compras do SUS não apenas colocam as farmacêuticas brasileiras em segundo plano, como também se revelam ineficientes.

Estudo realizado pela equipe do parlamentar Daniel Soranz (PSD-RJ) mostra que a falta de centralização na compra de medicamentos no país representa prejuízo bilionário para os cofres públicos.

De acordo com o levantamento, dos R$ 21,4 bilhões gastos em compras de medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), R$ 6,5 bilhões – ou seja, quase 1/3 – poderiam ser economizados anualmente, considerando todos os remédios comprados de forma não centralizada.

Isso significa dizer que quase R$ 1 em cada R$ 3 é desperdiçado. Se considerar apenas os medicamentos genéricos, a economia seria de R$ 1,2 bilhão. “São quase 5 mil licitações por ano para comprar o mesmo produto. Isso acaba com o poder de compra do Estado, o que é muito grave, porque torna a compra ineficiente e mais cara”, considera o deputado.

O levantamento mostra que em alguns itens a variação de preço pode chegar a até 20 vezes na compra de medicamentos genéricos. O deputado cita o caso do Atenolol, remédio usado para o controle da hipertensão. Entre as licitações que foram realizadas para a compra do produto, o preço mínimo encontrado foi de R$ 0,03, e o máximo, de R$ 0,74, uma variação de 2.366%. O valor médio, por sua vez, foi de R$ 0,08, e a mediana, de R$ 0,07.

A variação de preço da Dipirona, medicamento usado frequentemente para tratar dores e febre, chega a 1.566%, com mínimo de R$ 0,03 e máximo de R$ 0,49. O preço médio é de R$ 0,15, e a mediana, de R$ 0,13. Para o parlamentar, a variação de preço entre os cerca de 5 mil compradores é muito grande e poderia ser eliminada se o Estado usasse seu poder de compra.

Governo quer insumos nacionais para otimizar compras públicas

A otimização de compras públicas, na visão do governo federal, passa pelo fortalecimento da produção nacional de insumos de saúde. Para isso, o Ministério da Saúde recriou o Geceis,- Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O objetivo é estimular o sistema produtivo de bens e serviços ligados à saúde, como medicamentos, vacinas e equipamentos hospitalares. A meta do governo, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é produzir 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do país em até dez anos.

“Para isso precisaremos da inovação, além de reforçar o campo da regulação. Isso se fará numa visão voltada não só para o país, mas para nosso papel na região e na cooperação para uma saúde global efetiva”, declarou.

Prejuízo da Pague Menos é o primeiro em três anos

prejuízo da Pague Menos
Divulgação: Pague Menos

O prejuízo da Pague Menos no primeiro trimestre é um fato inédito em três anos. Para completar o cenário, a rede anunciou uma redução nada suave no plano de abertura de lojas.

No balanço da companhia apresentado nesta segunda-feira, dia 8, a Pague Menos anunciou prejuízo líquido de R$ 55,3 milhões, bem distante dos R$ 24,4 milhões de lucro dos três primeiros meses do ano passado. E longe também dos R$ 192 milhões de lucratividade da Raia Drogasil.

Em entrevista ao Exame In, Luiz Renato Novais, vice-presidente financeiro e de RI, define o cenário como “mais um efeito pontual do que regra para o restante do ano”. Os fatores que teriam motivado esse prejuízo incluem o aumento das despesas de marketing e custos operacionais associados à aquisição da Extrafarma.

“Consideramos atípico o resultado operacional do trimestre em decorrência de eventos concentrados no período de mais fraca sazonalidade do ano, que tendem a ser compensados nos próximos trimestres. A partir do 2T23 projetamos início de normalização do ciclo de caixa, com redução importante no PME e início de ciclo de desalavancagem financeira, que deve contribuir para reduzir a pressão das despesas financeiras no resultado”, afirmou a companhia durante o balanço.

Prejuízo da Pague Menos pode não ser efeito pontual

O prejuízo da Pague Menos, no entanto, está longe de ser uma onda passageira na visão de especialistas ouvidos pelo Panorama Farmacêutico. E um dos fatores que alimenta esse sentimento é a revisão drástica do plano de inaugurações. A projeção divulgada para este ano seria de 60 novas lojas. Agora, a meta mudou para 20.

Outro fator contraria o “efeito pontual”. O reflexo da falta de medicamentos chegou também à rede de origem cearense. A companhia projetava compras de R$ 180 milhões para reforçar o estoque da Extrafarma em 2022, mas Novais afirma que “não foi isso que a indústria entregou”.

Os fornecedores teriam destinado à Pague Menos somente metade do que a rede demandou para absorver os estoques necessários para absorver os estoques das lojas que a empresa incorporou após a compra da Extrafarma. Mas um detalhe: esse valor de R$ 180 milhões já representou o dobro do que a varejista estimou antes de concluir a aquisição.

Para conter impactos da falta de medicamentos, a Pague Menos vem recorrendo a negociações com a indústria para estender prazos de pagamento. Dos 24 dias acordados no quarto trimestre de 2021, o limite passou para 34 dias nos três últimos meses de 2022.

Mas aparentemente, não só esse desabastecimento motiva esse alongamento. A rede se viu obrigada a aprimorar o controle sobre as despesas após pagar R$ 737,7 milhões pela Extrafarma. A aquisição fez dobrar a alavancagem da dívida, que saltou de R$ 535,5 milhões para R$ 1,1 bilhão em um intervalo de apenas 12 meses.

Cenário da falta de medicamentos no Brasil

Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), referente ao ano passado, revelou que 98% dos PDVs farmacêuticos ainda conviviam com a falta de medicamentos.

O levantamento teve a contribuição de farmacêuticos de 683 estabelecimentos de todos os estados e do Distrito Federal, sendo 68% da iniciativa privada e os 32% restantes da rede pública. Deste total, 671 registraram relatos de falta de medicamentos, especialmente das classes de antimicrobianos – categoria que inclui antivirais – e mucolíticos (expectorantes).

Na análise das motivações para a falta de medicamentos, a escassez no mercado foi apontada por 86,6% dos entrevistados. A alta demanda inesperada recebeu menções de 43,1%, enquanto 38,6% indicaram falhas do fornecedor.

Dos 671 profissionais que relataram desabastecimento, 470 (70%) disseram não conseguir alternativas. Para os demais 201, as opções citadas incluíram substituição, compra direta, manipulação, contato com o prescritor para apresentação das opções disponíveis e orientação ao paciente para retorno ao médico.

Quanto a alternativas possíveis para contornar a situação, 65,9% relataram não haver alguma medida, plano ou protocolo de mudança de procedimento ou de uso racional de medicamentos adotados pela instituição. Já 34,1% afirmaram haver alguma medida, como substituição do medicamento, uso racional, reforço nos pedidos e limite da quantidade por paciente.

Votorantim estreia no setor e compra 5,1% da Hypera

Votorantim estreia no setor e compra 5,1% da Hypera
Crédito: Divulgação Hypera Pharma

A Votorantim, tradicional companhia da família Ermírio de Morais, estreia no setor farmacêutico e anuncia a compra de 5,1% de participação no capital da Hypera Pharma.

O grupo não divulgou o valor do negócio. Mas levando em conta o preço de R$ 37,45 das ações da farmacêutica na última sexta-feira, dia 5, a transação ultrapassou R$ 1,2 bilhão.

Segundo informações do Valor Econômico, a operação é parte de uma estratégia da Votorantim para diversificar seus campos de atuação. Consolidada como líder na produção de cimento no Brasil e entre as dez maiores fabricantes mundiais de alumínio e zinco, a companhia investiu nos últimos anos em segmentos como o financeiro e o de energias renováveis.

Com vendas ao varejo superando a marca de R$ 184 bilhões em 2022, a indústria farmacêutica era um dos alvos mais cobiçados pela empresa. Analistas do mercado entendem que a aposta na Hypera Pharma representava um movimento natural, em função do crescimento acima da média do setor e do modelo multimarcas adotado pela farmacêutica.

A Votorantim assegurou que não planeja alterar a composição acionária atual da farmacêutica, que tem o empresário João Alves de Queiroz Filho como principal acionista, com 21% do controle. Fundada em 2001, a Hypera tem valor de mercado próximo de R$ 24 bilhões e teve receita recorde no ano passado, com faturamento de R$ 7,2 bilhões. Em 2022, rumores apontavam para uma possível fusão com o Grupo NC, controlador da EMS, mas a negociação teria esbarrado no valuation.

Votorantim investirá em uma empresa com alta de dois dígitos

A Votorantim lança suas fichas em uma empresa que teve crescimento de 13,7% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2022. O movimento de R$ 1,69 bilhão representou um avanço três pontos percentuais acima da performance geral da indústria farmacêutica.

As chamadas power brands, definição da IQVIA para as marcas que superaram R$ 100 milhões em vendas nos últimos 12 meses, puxaram o incremento da Hypera Pharma. Presente em 96% das farmácias brasileiras, a companhia dobrou de dez para 20 o volume de produtos blockbusters desde 2018. A relação abrange Buscopan, Dramin, Engov e Vitasay.

A receita líquida da Hypera Pharma também é respaldada pelo ritmo de lançamentos, especialmente no segmento de especialidades. “Somos a quarta maior do país nessa classe de medicamentos, sendo que há quatro anos sequer ocupávamos o top 10”, ressalta o CEO Breno Oliveira.

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 158,1 milhões, montante 28,1% superior ao aporte contabilizado entre janeiro e março do ano passado.

Os resultados da Hypera Pharma vêm respaldando o objetivo do grupo de alcançar a liderança setorial. Segunda colocada no ranking nacional e cada vez mais próxima da EMS, a companhia cresceu acima da média do setor em todas as categorias no ano passado.

Farmácias estão aptas a aplicar 50 testes rápidos

testes rápidos
Divulgação: Canva

A liberação dos testes rápidos em farmácias pela Anvisa abre caminho para o setor consolidar seu posicionamento como hubs de saúde e atenção primária. E as grandes redes já saem na frente.

Esse nicho de farmácias já tem estrutura para aplicar pelo menos 50 testes rápidos nos estabelecimentos. A Abrafarma, com apoio da plataforma Clinicarx, relacionou os exames que já podem ser ministrados. A agência aprovou no último dia 3 a atualização da resolução que substituirá a RDC 302/2005.

Antes dessa decisão da Anvisa, as grandes redes já aplicavam parte desses exames por meio de decisão judicial e amparadas pela Lei 13.021/2014 – legislação que definiu as farmácias como estabelecimentos de saúde.

No entanto, a falta de uma resolução sobre esses serviços estimulava diferentes interpretações das vigilâncias sanitárias municipais no momento de fiscalizar as farmácias, criando empecilhos para a expansão dessa oferta em todo território nacional. Agora, o setor ganha a devida segurança jurídica para ampliar esses serviços.

Porém, no caso de farmácias que ainda não contam com esses exames, o recomendável é esperar o prazo fixado pela Anvisa para 1º de agosto. O prazo é necessário para que esses estabelecimentos estruturem áreas específicas para esse atendimentos e capacitem os farmacêuticos de acordo com os protocolos da resolução.

“As testagens para diagnóstico da Covid-19 revelaram-se fundamentais para direcionar o poder público nas estratégias de contenção do coronavírus e ampliar o acesso da população brasileira a um diagnóstico mais rápido e seguro. Pela capilaridade e pelo preparo dos farmacêuticos, as drogarias têm potencial para transformar a realidade do acesso à saúde e da adesão aos tratamentos no país”, ressalta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Testes rápidos que as farmácias estão aptas a realizar

  • Exame Beta-hCG
  • Exame de Dengue Antígeno NS1
  • Exame de Hemoglobina Glicada A1c
  • Exame PSA Teste Rápido
  • Teste Rápido Covid-19 Antígeno
  • Avaliação de Controle da Asma
  • Check-up Pós Covid Anticorpos Anti-Spike
  • Exame Ácido Úrico Teste Rápido
  • Exame de Chikungunya Teste Rápido
  • Exame de Colesterol Total
  • Exame de Dengue Anticorpos IgG IgM
  • Exame de Glicemia
  • Exame de Glicemia e Pressão Arterial
  • Exame de Hepatite C Teste Rápido
  • Exame de HIV Teste Rápido
  • Exame de Hormônio Luteinizante (LH)
  • Exame de Lactato Teste Rápido
  • Exame de Malária Teste Rápido
  • Exame de Sífilis Teste Rápido
  • Exame de Toxoplasmose
  • Exame de Troponina Cardíaca Teste Rápido
  • Exame de VSR – Vírus Sincicial Respiratório
  • Exame Ferritina – Teste Rápido
  • Exame Mioglobina Teste Rápido
  • Exame Proteína C Reativa Teste Rápido
  • Exame Rubéola Teste Rápido
  • Exame Streptococcus Grupo A Molecular Teste Rápido
  • Exame Streptococcus Grupo A Teste Rápido
  • Exame Vitamina D – Teste Rápido
  • Exame VSR Molecular – Vírus Sincicial Respiratório
  • Exame Zika Vírus Anticorpos
  • Exames do Coração Check-up Completo
  • Medição da Pressão arterial
  • Teste de Glicemia e Perfil Lipídico
  • Teste de Imunidade Covid-19 Anticorpos Anti-Spike
  • Teste de Intolerância Alimentar
  • Teste Rápido Adenovírus
  • Teste Rápido Covid-19 Anticorpos
  • Teste Rápido Covid-19 Antígeno + Anticorpos
  • Teste Rápido Covid-19 Molecular
  • Teste Rápido de Alergia Alimentar
  • Teste Rápido de Dímero-D
  • Teste Rápido Dengue Antígeno e Anticorpos
  • Teste Rápido Febre Amarela
  • Teste Rápido Helicobacter Pylori
  • Teste Rápido Influenza Molecular
  • Teste Rápido Tipo Sanguíneo

Testes rápidos e serviços clínicos podem fortalecer indústria nacional

A regulamentação dos serviços clínicos e dos testes rápidos garante a segurança jurídica necessária para que mais farmácias implementem essa operação, incluindo as associativistas.

“Além disso, os efeitos positivos estendem-se às fabricantes nacionais, que já têm know-how para viabilizar esses exames em larga escala. O Brasil pode se tornar um hub global na produção e comercialização dos testes, favorecido pelas múltiplas experiências no combate a doenças como HIV e o próprio coronavírus”, argumenta Paulo Gomes, vice-presidente de relacionamento com o mercado da consultoria Retail Farma Brasil e consultor da Wama Diagnóstica.

Para  Vinícius Pereira, diretor executivo da Eco Diagnóstica, a aprovação da norma vai ampliar os pontos de testagem fazendo uso da capilaridade das farmácias uma vez que a grande maioria das cidades brasileiras não têm Unidades Básicas de Saúde. “O paciente poderá contar com a orientação do farmacêutico para a realização dos testes com resultados em 30 minutos e com os mesmos equipamentos que existem nos hospitais e laboratórios”, ressalta.

A mesma opinião é compartilhada por Fernando Marinheiro, diretor Comercial e Marketing da MedLevensohn. “Trata-se de um ganho imenso para a população. Afinal são mais de 85 mil farmácias no país e os consumidores terão acesso a essa parte importante que é a prevenção da saúde, que é onde a gente mais precisa intensificar os cuidados.

Preço de medicamentos cai quase 7% no e-commerce

preço de medicamentos
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O preço de medicamentos disponíveis para venda em plataformas de no e-commerce teve queda de 6,99% no mês de abril, em comparação com março de 2023. O levantamento é da consultoria Precifica.

O estudo envolveu os remédios mais procurados pertencentes a nove grupos diferentes e comercializados em seis grandes redes de farmácias com atuação no comércio eletrônico.

Preço de medicamentos cai sobretudo por causa de antigripais

O preço de medicamentos teve como maior impulso os antigripais – 14,36%, seguidos dos analgésicos (11,71%). Na sequência estão os antiparasitas (11,41%), os antidiabéticos (9,50%), os anti-histamínicos (3,20%), os relaxantes musculares (1,33%) e os antissépticos (1,17%). Registraram alta os anticoncepcionais (9,32%) e os anti-hipertensivos (2,51%).

Preço de medicamentos em queda contrasta com mês de março

O recuo registrado em abril diverge do resultado de março, quando houve alta de 2,12%; os vilões, nesse caso, foram justamente os antigripais, cuja elevação havia alcançado 9,78%. Agora esse mesmo grupo de medicamentos registrou o maior peso na diminuição média dos preços. Aliás, o que se observa é uma gangorra, pois em janeiro e fevereiro aconteceram quedas de 2,66% e 5,66%, respectivamente; em março, o percentual voltou a subir e, no quarto mês do ano, caiu novamente.

A redução nos preços dos medicamentos registrada pela Precifica coincide com as medições oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o órgão governamental, a prévia da inflação de abril (IPCA-15) registrou alta de 0,57%, menor do que o percentual de 0,69% do período anterior. No entanto, a composição da prévia do índice oficial aponta para alta de   2,52% no grupo  de produtos farmacêuticos na região metropolitana de São Paulo.

Deve-se considerar que a medição feita pelo IBGE envolve a análise de preços em todas as regiões do país e em outros grupos de medicamentos não monitorados pelo índice da Precifica. Daí a diferença percentual entre o IPCA e o IPM-COM. da gangorra de preços mês a mês, mostram que é preciso atenção e agilidade das farmácias e drogarias na adequação dos preços de venda.

“Como todo varejo, o farmacêutico também trabalha com milhares de itens nas prateleiras. Acompanhar o sobe e desce dos preços para adequar os valores de venda para cada produto não é tarefa simples”, afirma Ricardo Ramos, CEO da Precifica.

Ainda segundo o executivo,  melhor forma de definir precificação e promoções assertivas é com o uso de tecnologia. Soluções de pricing, principalmente aquelas baseadas em inteligência artificial (IA). “São instrumentos capazes de monitorar a concorrência, o comportamento dos consumidores e sugerir preços competitivos para que o varejista não fique atrás da concorrência”, acrescenta.

7 razões para a menstruação atrasada

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menstruação atrasadaA menstruação atrasada sempre traz à mente aquela dúvida se há a possibilidade de uma gravidez. Entretanto ela não é a única razão pela qual o período menstrual pode atrasar. Segundo o portal Parents, os motivos mais comuns incluem problemas de saúde relacionados a hormônios, estresse e perimenopausa.

Então, antes de correr para a farmácia e comprar um teste de gravidez, confira  algumas situações que podem causar um atraso menstrual que não estejam relacionados à gravidez.

Motivos para menstruação atrasada

  1. Métodos anticoncepcionais

O anticoncepcional hormonal pode contribuir para períodos tardios.  Dispositivos intrauterinos (DIUs) também podem causar menstruações irregulares ou “atrasadas”.

  1. Síndrome dos Ovários Policísticos

Pessoas com síndrome dos ovários policísticos podem apresentar períodos tardios. Isso ocorre porque elas geralmente têm folículos adicionais, fazendo com que o ciclo menstrual demore mais.

  1. Estresse

A angústia emocional pode afetar a região do cérebro que controla a glândula pituitária, que regula os hormônios que estimulam os ovários. Como resultado, às vezes o estresse pode causar um atraso na menstruação.

  1. Peso flutuante

Perder ou ganhar peso pode ser outro motivo para menstruações atrasadas. Grave perda de peso e anorexia podem interromper a produção do hipotálamo de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) que regulam os ovários.

  1. Perimenopausa

A perimenopausa, que geralmente começa na faixa dos 40 anos, costuma gerar ciclos menstruais atrasados. Em vez da média de 28 dias entre os períodos, a menstruação pode chegar com 36 ou 48 dias de intervalo.

  1. Tumor pituitário

Embora seja raro e improvável, às vezes um prolactinoma – um tumor hipofisário que secreta quantidades excessivas de prolactina, o hormônio que sinaliza a produção de leite materno – é o responsável por um período tardio.

  1. Diabetes e doenças da tireoide

Outros problemas como o diabetes e doenças da tireoide podem ser os culpados por um período tardio. Hormônios tireoidianos desequilibrados podem fazer com que sua menstruação seja irregular. Além disso, alguns estudos encontraram uma ligação entre diabetes tipo 1 e menopausa precoce. Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque esse tipo de diabetes causa envelhecimento vascular prematuro e, por sua vez, envelhecimento ovariano.

Conheça 4 tipos de mancha na pele

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mancha na pele

As manchas ou hipercromias acontecem quando há produção excessiva de melanina (pigmento que dá cor à pele), o que confere à região afetada uma coloração mais escura que o restante do tom da pele ao redor. “Essa coloração pode ser resultado de fatores externos, como a exposição solar excessiva, traumas na superfície cutânea ou até mesmo a utilização de certos medicamentos e uso de cosméticos inadequados”, explica Isabel Piatti, consultora executiva em Estética e Inovação Cosmética, especialista em Estética e Cosmetologia.

Segundo ela, como fatores internos, por exemplo, estão os de natureza genética, distúrbios endócrinos (hormonais), características raciais ou até mesmo fatores de fundo emocional. “As manchas, inclusive podem ser causadas pela ação de cosméticos (como os que contém parabenos, justamente pela ação estrogênica da substância, assemelhando-se aqui à causa de origem hormonal”, completa a especialista.

 

Com relação ao tipo, elas podem ser melasma (ou cloasma), efélides (ou sardas), hiperpigmentação pós-inflamatória e melanose solar (ou mancha senil).

 

Tipos de mancha na pele

 

Melasma – dermatose caracterizada por manchas escuras ou acastanhadas (e geralmente com padrão bilateral), o melasma afeta principalmente mulheres em idade fértil com peles mais morenas e que residem em países de climas quentes. Pode estar localizado em áreas como a região centro facial, mentoniana, buço, malar e até mesmo em todo o rosto.

 

“Afeta frequentemente mulheres grávidas, pessoas com propensão genética ou que usam anticoncepcionais à base de estrógeno. Essas manchas pigmentadas, em tom castanho, desenvolvem-se e aumentam de intensidade com a exposição solar que é estimulante da formação da melanina”, explica.

 

Segundo a especialista, o melasma classifica-se em epidérmico, quando o depósito de melanina ocorre nas camadas basais e suprabasais da epiderme e, ocasionalmente, entre as células da camada córnea; dérmico, quando atingem a derme superficial e profunda; e misto, quando os dois coexistem no mesmo tecido.

 

Efélides – Manchas castanho-claras que aparecem na infância, após exposição solar. “Com frequente caráter hereditário, aparece em ruivos e pessoas de pele clara”, explica Isabel.

 

Hiperpigmentação pós-inflamatória – ocorre na pele após traumas ou processos inflamatórios como acne, dermatites, picadas de insetos, queimaduras, entre outros. Também é comum esse tipo de pigmentação em pós-procedimentos com lasers ablativos e mais agressivos, explica a especialista. “Costuma ser frequente nos pós-operatórios (cicatrizes) e os fototipos mais altos são os que apresentam maior tendência de serem atingidos”, completa.

 

Melanose solar – Manchas marrons variando de claras a escuras que surgem principalmente no dorso das mãos e antebraços em indivíduos com mais de 40 anos. “Fortemente relacionadas com a exposição solar sem a devida proteção ao longo da vida e com o envelhecimento cronológico, é mais comum em pessoas de pele e olhos claros”, comenta.

 

Tratamentos

 

Isabel explica que quanto mais profunda a localização do pigmento, mais difícil será o tratamento. “Para que o diagnóstico seja o mais preciso possível, é recomendado o uso da Lâmpada de Wood, que permite a visualização desse tipo de lesão e também ajuda a definir em que camada da pele se encontra a hipercromia”, explica.

 

Para tratar as hipercromias o ideal, segundo a especialista, é combinar cosméticos que promovam a renovação celular – peelings, inclusive química (ácidos), com despigmentantes e ativos com finalidade inibidora, como os antioxidantes, sempre aplicados por profissionais especializados ou sob orientação dos mesmos. “Essa sinergia é importante porque, no caso dos ativos de renovação celular expressiva e que provocam descamação, quando você associa o despigmentante, faz com que ele consiga penetrar mais facilmente”, explica.

 

“Já o uso isolado do ácido de renovação celular remove apenas as manchas da camada superficial da pele, sem impedir que o melanócito (célula que produz melanina) continue produzindo pigmento em excesso”, conta.

Grupo Total cresce 10% acima do varejo farma

Grupo Total
Divulgação: Grupo Total

O Grupo Total, uma das 15 redes de drogarias com receita anual acima de R$ 1 bilhão, obteve crescimento de 20,43% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2002.

A performance é quase dez pontos percentuais superior à evolução geral de 10,7% no varejo farmacêutico. O faturamento entre janeiro e março totalizou R$ 385 milhões.

A companhia, que integra o associativismo, também avançou território e já mantém 567 lojas em 292 cidades do interior paulista e Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, atua no Paraná e em Minas Gerais. A rede teve recorde de novas lojas nos três primeiros meses do ano, com 26 aberturas.

O grupo terminou 2022 com R$ 1,41 bilhão de receita e se firmou como a sétima rede com maior número de pontos de venda em todo território nacional. “E temos a meta de somar 100 inaugurações e ultrapassar 650 unidades até o fim do ano”, enfatiza o diretor executivo Samuel Pires.

Fundada em 1996, a companhia mantém as bandeiras Drogaria Total e Drogaria Total Popular, além de uma cooperativa própria. Atende mais de 23 milhões de clientes – média de 63 mil por dia.

Grupo Total pega carona no avanço do associativismo

O Grupo Total ancora seu projeto de expansão no modelo de associativismo, pelo qual prospecta farmácias independentes interessadas em converter bandeira e se associar à rede. As empresas afiliadas passam a ter respaldo total em áreas como compliance e expansão comercial, além de se integrarem a uma central de compras única, o que facilita as negociações com atacadistas de medicamentos e indústrias farmacêuticas.

A companhia também disponibiliza um conjunto de ferramentas para profissionalizar as operações da drogaria e posicioná-la como referência em saúde, bem-estar e conveniência na sua área geográfica. “A vantagem é que o proprietário da farmácia permanece à frente da operação. Aproveitamos todo o conhecimento que ele detém da região, agregando inteligência de mercado e uma gestão ainda mais profissional”, argumenta Pires.

Como diagnosticar a icterícia neonatal e como é feito o tratamento?

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icterícia neonatal

Muito frequente, a icterícia neonatal é uma condição que afeta 60% dos recém-nascidos a termo e 80% dos neonatos prematuros. Se não tratada, ela pode evoluir para problemas mais graves, como a encefalopatia bilirrubínica, também conhecida como EBA.

Para entender mais dessa doença tão comum, vem com a gente se informar sobre o assunto.

Icterícia neonatal e manifestação clínica da hiperbilirrubinemia

Estranhou esse palavrão relacionado à icterícia neonatal? Não é pra menos. A condição é exatamente a manifestação clínica desse quadro. A hiperbilirrubinemia é quando a concentração sérica de bilirrubina indireta é maior do que 1,5 mg/dL.

Outro quadro que pode causar a hiperbilirrubinemia e, por consequência, a icterícia neonatal, é quando a concentração de bilirrubina direta supera os 1,5 mg/dL, sendo ela mais do que 10% da bilirrubina total.

Agora que você entendeu que essa doença está diretamente ligada aos níveis de bilirrubina, chegou a hora de entender o que é esse pigmento.

Bilirrubina vem das hemácias

Resultado da destruição fisiológica de hemácias senescentes, a bilirrubina é um pigmento amarelo. Só que ela não surge diretamente após a destruição dessas hemácias.

Inicialmente, a destruição em questão libera o radical heme. Esse radical, quando em contato com a enzima heme oxigenasse, se decompõem e se torna a biliverdina, um pigmento intermediário.

A biliverdina passará por uma transformação e se tornará biliverdina redutase, uma enzina, e será responsável por criar a bilirrubina não conjugada. A versão não conjugada é a que conhecemos também como indireta.

Por ser lipossolúvel, ou seja, que se diluiu em gordura, ela precisa ser levada pelo plasma sanguíneo através da albumina e se tornará hidrossolúvel, ou seja, que se dilui em água, apenas quando chegar no fígado.

Essa versão indireta, quando conjugada com o ácido glicuronico, se torna a versão conjugada ou direta.

Uma vez nessa fase, é possível excretá-la junto às fezes.

Icterícia neonatal tem mais de um tipo

São basicamente quatro os tipos de icterícia neonatal existentes: a fisiológica, a colestática, a do leite materno e a do aleitamento.

O tipo mais comum é o causado pela hiperbilirrubinemia indireta, seguido pela direta. Nesses casos, o processo é fisiológico e não causa nenhum mal ao bebê. Mas é necessário acompanhar com cuidado os casos para analisar a possibilidade das causas serem outras.

Vamos conhecer mais sobre os tipos.

Icterícia fisiológica

Durante a adaptação do recém-nascido a bilirrubina, ele pode apresentar um quadro de icterícia neonatal fisiológica. Esse público é mais propenso a esses quadros pois as hemácias se degradam mais rapidamente nessa fase da vida.

Exatamente por causa dessa degradação mais acelerada, os níveis de bilirrubina indireta liberados na corrente sanguínea do bebe chegam a ser duas ou até mesmo três vezes maiores.

Usualmente, esse tipo de icterícia surge depois de um dia (24 horas) de vida. Caso o quadro seja identificado antes desse período, é necessário atenção, pois pode ser um caso não fisiológico.

A duração da condição pode variar entre bebês nascidos a termo ou prematuros.

Os que nasceram a termo costumam apresentar a icterícia neonatal em seu auge por volta do terceiro ou quarto dia, sendo que, até o sétimo, a situação começa a voltar à normalidade.

Prematuros podem apresentar quadros mais longos, de até 30 dias e com pico entre o quarto e o sétimo.

Icterícia colestática

Caso a icterícia surja após o 14 º dia de vida do recém-nascido, pode ser um quadro de icterícia neonatal colestática. Ela se dá quando há colestase por atresia de vias biliares.

Essa é uma doença fibro-obliterativa progressiva e idiopática da árvore biliar extra-hepática, que se apresenta com obstrução biliar exclusivamente no período neonatal.

Para diagnosticar esse tipo de icterícia, será necessário analisar a urina e fezes do bebê. Isso porque, são sintomas comuns da icterícia colestática fezes esbranquiçadas, acinzentadas (acolia) ou amareladas (hipocolia fecal). Já a urina pode aparentar escurecimento (colúria).

A bilirrubina é a responsável pela coloração das “necessidades”. Ou seja, qualquer interferência em seu ciclo natural pode causar alterações nesse aspecto.

Icterícia do leite materno (H3)

Apesar do leite materno ser tão vital para a saúde dos bebês, ele também pode causar a icterícia neonatal. Isso porque ácidos graxos e enzimas presentes no organismo da mãe podem passar para o bebê durante o aleitamento.

O quadro surge na primeira semana de vida e seu diagnóstico é feito por exclusão. Mesmo após o diagnóstico, não é indicado que a mãe cesse o aleitamento materno.

Icterícia do aleitamento

Apesar dos nomes semelhantes, esses dois tipos de icterícia neonatal são sim diferentes. Esse tipo em questão acomete apenas recém-nascidos prematuros e entre às 35ª e 36ª semana de vida.

Como esses bebês apresentam mais dificuldade para mamar, eles costumam perder peso e, por consequência, sofrer um aumento na circulação entero-hepática.

Quais as possíveis causas?

Doenças congênitas e hepáticas, além da já citada destruição de células, podem estar por trás da icterícia neonatal. Outra possível causa já citada é o leite materno. Agentes infecciosos também são possíveis causadores.

Como é feito o diagnóstico?

Os recém-nascidos acometidos pela icterícia neonatal costumam apresentar um tom de pele mais amarelada. Apesar de esse ser um sintoma muito característico da doença, ele só se apresenta com níveis bastante elevados de bilirrubina total.

Para diagnosticar casos em que há um desequilíbrio, mas não tão intenso, o médico pode optar por uma dosagem sérica da BT. Outro exame possível é a medida da bilirrubina transcutânea.

Caso não haja como realizar nenhum desses exames, o profissional da saúde pode usar a análise visual das Zonas de Krammer. Como a coloração amarela da doença avança a partir da cabeça, analisando até onde ela se apresenta, é possível ter uma ideia dos níveis de bilirrubina.

É extremamente necessário acompanhar o avanço da icterícia neonatal para evitar sua evolução para uma encefalopatia bilirrubínica.

Encefalopatia bilirrubínica

Quando os gânglios da base acabam atingidos pela BI, surge a encefalopatia bilirrubínica. Clinicamente, essa doença pode ser dividida em fase aguda e fase crônica.

Letargia caracteriza a fase aguda

Dentre as principais características que o paciente com encefalopatia bilirrubínica em fase aguda costumam apresentar estão:

  • Debilidade na sucção
  • Hipotônia
  • Letargia

Quando o tratamento não é realizado da maneira correta, o paciente pode apresentar outros sintomas, como choro agudo e intenso, hipertermia (não confunda com febre), e hipertonia (rigidez anormal dos músculos).

Essa tensão se concentra nas regiões do pescoço e tronco.

Se ainda assim o tratamento não for ministrado, além da possibilidade de evolução para a fase crônica, há também chance de desenvolver apneia e convulsões, entrar em coma e há, inclusive, risco de morte.

Sobreviventes evoluirão para a fase crônica

Se o paciente sobreviver a fase aguda da doença, ele irá desenvolver a versão crônica dela. Suas principais características são:

  • Displasia dentária
  • Neuropatia auditiva
  • Paralisia cerebral atetoide grave
  • Paresia vertical do olhar

Tratamento evita a encefalopatia bilirrubínica

A icterícia neonatal, quando tratada, evita a evolução para a encefalopatia bilirrubínica. Com base nos resultados do exame, o pediatra irá determinar a melhor forma de abordar o problema.

A fototerapia é o tratamento mais comum. Casos mais graves podem precisar também de exsanguineotransfusão ou cirurgias.

Galderma renova direção LATAM

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Galderma

A Galderma anunciou duas mudanças na diretoria para a América Latina. Daniele Amaral é a nova diretora de acesso, respaldada por 19 anos de experiência e atuação em multinacionais como Amgen, Boehringer Ingelheim, Eli Lilly e Janssen.

“A Galderma é uma companhia reconhecida no mercado de cuidados com a pele e fazer parte desse time é muito gratificante. Tenho certeza de que, juntos, conquistaremos resultados surpreendentes”, destaca.

Galderma

Até então diretor financeiro para o Brasil, Alberto D’Angelo passa a se responsabilizar por todo o mercado latino-americano. Desde 2022 na companhia, tem passagens pela Ferring e pela Roche.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico