Compras por PIX já estão em 93% dos varejistas

compras por PIX
Divulgação: Canva

As compras por PIX já são realidade em 93% das varejistas atuantes no país. É o que apontou a quarta edição do estudo sobre o panorama dos meios de pagamento, de autoria da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest.

O levantamento ouviu os mais importantes segmentos do varejo nacional, incluindo o varejo farmacêutico, em uma amostra composta em sua maioria por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 631 consumidores, dos quais 91% compram online e 28% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.

Segundo a pesquisa, 57% das empresas entrevistadas fizeram alguma mudança em sua estratégia de meios de pagamento nos últimos 12 meses para lidar com os efeitos da Covid-19.

Carteiras digitais, implantação de novos meios de pagamento como o PIX em lojas físicas e lojas online são as principais respostas do varejo para um consumidor cada vez mais digitalizado. “O uso mais intenso de meios de pagamento digitais é positivo para a economia, pois aumenta a formalização do mercado e torna mais fácil alcançar toda a população”, analisa Eduardo Terra, presidente da SVBC.

Para ele, carteiras digitais e pagamentos via app estão presentes no varejo e merecem atenção dos varejistas. “É preciso estar atento a tecnologias de realidade virtual, automação e inteligência artificial. Uma vez que os consumidores vêm aceitando essas mudanças com facilidade”, afirma.

Compras por PIX integradas ao e-commerce

As compras por PIX têm a preferência de 33% dos consumidores que efetivam transações online por telefone celular, enquanto 85% das empresas varejistas oferecem a solução como forma de pagamento no seu e-commerce (em 2021 eram 55%).

Já em compras online via computador/ notebook, o cartão de crédito parcelado é a preferência para 42% dos consumidores, e 85% das empresas varejistas oferecem o meio de pagamento no e-commerce, sendo que 100% oferecem cartão de crédito à vista como forma de compra.

A pandemia também provocou uma aceleração no uso de meios alternativos, como o cashback, hoje utilizado por 54% dos consumidores (em 2018 eram 17%). Cupons de descontos e programas de fidelidade também cresceram em relação às edições anteriores do estudo (para 58% e 36%, respectivamente). Apenas 15% dos entrevistados dizem não usar nenhum desses meios de pagamento.

“Existe uma grande oportunidade para o varejo se fazer mais presente na vida dos clientes, oferecendo conveniência e vantagens financeiras como forma de criar um relacionamento mais sólido com seus consumidores”, comenta Terra.

O estudo mostra que o tipo de pagamento utilizado pelos clientes varia conforme o tipo de compra e produto: nas lojas físicas, normalmente bens duráveis são pagos com cartão de crédito parcelado, enquanto para as compras de consumo imediato o pagamento é realizado com cartão de crédito à vista, seguido por cartão de débito.

“A relevância do meio de pagamento é muito mais cultural do que tecnológica, e a sua evolução depende do comportamento dos consumidores e de sua aceitação de meios de pagamento mais convenientes, integrados ao smartphone ou a wearables”, explica.

Foi abordado também o tema criptomoedas, que ainda é uma incógnita no varejo brasileiro. O estudo mostrou que essa pauta torna-se cada vez mais relevante, pois 33% dos consumidores afirmam possuir ou já terem possuído criptomoedas. Deste total, 25% afirmam já terem feito compras com criptomoedas. Além disso, 23% dos consumidores certamente utilizariam criptomoedas para compras online. Porém, varejistas ainda não nutrem interesse por esse meio de pagamento, já que apenas 7% pretendem oferecer nos próximos 12 meses.

O que causa muco nas fezes?

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muco nas fezes

O muco nas fezes, de forma ocasional e visível quando você se limpa ou no vaso sanitário, geralmente não é motivo de preocupação.

O cólon produz naturalmente muco para manter seu revestimento interno úmido e lubrificado. Mas se você notar um aumento na presença ou se o muco for acompanhado de outros sintomas como diarreia, dor abdominal ou sangue nas fezes, pode ser um sinal de um problema mais sério.

Muco nas fezes é normal? 

O muco pode se defender contra bactérias, enzimas digestivas e ácidos e outras toxinas para manter um ambiente estável no intestino. É também um lubrificante natural que ajuda no movimento dos alimentos pelos intestinos. Embora pequenas quantidades de muco nas fezes sejam normais, grandes quantidades podem indicar uma infecção ou outra condição subjacente.

Sinais e sintomas

O muco nas fezes pode acompanhar outros sintomas que afetam o trato digestivo, incluindo:

  • Dor abdominal ou cólicas
  • Inchaço, distensão ou inchaço abdominal
  • Fezes anormalmente malcheirosas
  • Fezes com sangue
  • Alterações na cor ou consistência das fezes
  • Diarreia
  • Incontinência fecal
  • Náusea
  • Movimentos intestinais dolorosos
  • Necessidade urgente de evacuar

Causas do muco nas fezes

Uma variedade de condições pode causar quantidades anormais de muco nas fezes, que incluem:

Infecção Intestinal 

As infecções podem ocorrer como resultado de uma bactéria, vírus ou parasita invadindo o sistema do corpo.

Câncer colorretal 

Os sintomas do câncer de cólon, ou câncer colorretal, podem não se tornar óbvios até que o câncer comece a se espalhar. É um câncer de crescimento lento, e é por isso que os exames de colonoscopia são tão importantes.

Síndrome do Intestino Irritável

A doença geralmente causa excesso de muco esbranquiçado no trato gastrointestinal.

Doença de Crohn 

A doença de Crohn é uma condição de longo prazo que causa inflamação no trato digestivo (ou seja, a via digestiva, que vai da boca ao ânus). A camada de muco no trato digestivo é mais espessa , de modo que o corpo secreta o excesso de muco nas fezes.

Colite Ulcerosa

Ocorre devido a uma reação hiperativa do sistema imunológico. Pode inflamar-se às vezes e ser inativo em outros momentos. Durante um surto, a membrana mucosa do intestino grosso fica inflamada e desenvolve úlceras, que podem sangrar e produzir pus e muco.

Infecções bacterianas 

As infecções bacterianas podem causar inflamação e irritação nos intestinos, levando ao aumento da produção de muco. Alguns tipos de infecções bacterianas que comumente afetam os intestinos incluem:

  • Infecção por Salmonella (intoxicação alimentar)
  • infecção por Shigella
  • Infecção por E. coli (por exemplo, diarreia do viajante)

Abscesso ou fístula anal

Fístulas anais são túneis infectados entre a pele e o ânus. Eles podem se formar após um abscesso. Às vezes, eles podem fazer com que o muco com cheiro ruim seja drenado da área anal.

Fibrose cística

A fibrose cística afeta as células que produzem muco, suor e sucos digestivos.

Esses fluidos secretados são normalmente finos e escorregadios. Em vez de agir como lubrificantes, as secreções obstruem tubos, dutos e passagens. Essa condição pode causar a presença de excesso de muco nas fezes.

Problemas de má absorção 

Problemas de má absorção ocorrem quando seu intestino não consegue absorver certos nutrientes adequadamente.

Condições relacionadas à má absorção incluem intolerância à lactose (e outras intolerâncias a carboidratos) e doença celíaca.

Infecções gastrointestinais

Infecções gastrointestinais como gastroenterite é a inflamação do trato gastrointestinal desencadeada por rotavírus ou norovírus. A gastroenterite causada por vírus geralmente cura rapidamente. As pessoas com infecções gastrointestinais devem beber líquidos e manter-se hidratadas o tempo todo, pois causa muco nas fezes, náusea, diarreia e sensação de mal-estar.

Lucro da Coty dobra com impulso do Brasil

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lucro da Coty
Foto: Divulgação Coty

O lucro da Coty totalizou US$ 108,4 milhões em escala global no primeiro trimestre deste ano. O resultado é o dobro do valor obtido no mesmo período de 2022. E o Brasil foi um dos principais motores desse desempenho. As informações são do Valor Econômico.

Com faturamento de US$ 1,28 bilhão entre janeiro e março, a fabricante cresceu 8,6% na comparação com o 1º trimestre de 2022. Mas o aumento foi de 13% considerando apenas as Américas. E o Brasil foi um dos países apontados como tendências positivas para 2023.

Lucro da Coty ganha peso com marcas premium

O segmento de marcas premium ganhou destaque. O incremento dessa categoria foi de 10%. Após os resultados acima das expectativas, a Coty prevê agora incremento de 9% a 10% no ano fiscal. As projeções são bem superiores aos 8% estimados inicialmente.

Fabricante vê Brasil como hub de consumo

O Brasil, aliás, ganhou relevância na estratégia de expansão da marca. No último mês de abril, por exemplo, a Coty ampliou seu portfólio de perfumes importados no país, incluindo rótulos como Adidas e Gabriela Sabatini.

O objetivo é entrar no mercado de perfumes mais populares, com preços de R$ 80 a R$ 249, abrindo concorrência com Natura e O Boticário.

A expectativa é de que os produtos estejam disponíveis nas próximas semanas em pelo menos 5 mil pontos de venda, número que pode chegar a 15 mil considerando a atual rede de distribuição da Coty.

“Vamos manter o Brasil como um hub de consumo e exportação de produtos e massa e transformar o mercado mexicano em uma base para as marcas de luxo, com marcas como Gucci, Burberry e Kylie Skin, de Kylie Jenner”, afirmou Nicolas Fischer, head na América Latina da Coty.

Atualmente, cerca de 70% dos lares brasileiros dispõem de produtos da Coty, segundo estimativas de consultorias. A fábrica brasileira é a maior do grupo no mundo.

Em entrevista ao jornal El Universal, do México, Fischer disse que, com uma população de 120 milhões de habitantes – bem menos que os 217 milhões do Brasil – o México representa um mercado 30% maior para os perfumes de luxo. “Isso se deve à sofisticação do mercado e à forma de vender nas lojas de departamento. O Brasil é nossa base para o consumo de produtos de massa e o México é o centro de excelência para produtos de maior valor”, explicou.

Startup mira farmácias de bairro com R$ 5,5 milhões

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farmácias de bairro
Miriam Retz e Renato Tano, sócios da startup. Divulgação: Covalenty

As farmácias de bairro representam o principal alvo da startup Covalenty, que acaba de atrair um aporte de R$ 5,5 milhões em uma rodada pré-seed.

Segundo informações do Pipeline, do Valor Econômico, a captação dos recursos foi conduzida pela Iporanga Ventures e atraiu os fundos Domo Invest, 1616 Ventures e Aimorés Investimentos, além de investidores-anjo.

A plataforma digital propõe auxiliar o pequeno e médio varejo na conexão com distribuidoras e fabricantes. E a pulverização que caracteriza o mercado farmacêutico, com 54 mil PDVs independentes, torna o setor uma das prioridades da Covalenty.

“As farmácias menores ainda têm um processo ainda bastante analógico para fazer o pedido, pesquisar preços e montar o estoque. Nosso objetivo é usar a tecnologia para conectar de forma mais eficiente as duas pontas desse mercado, gerar valor e trazer competitividade para o varejo menor frente às grandes concorrentes”, ressalta a cofundadora e CEO Miriam Retz.

Farmácias de bairro poderão agilizar pedidos de produtos

Por meio da plataforma, as farmácias podem comparar preços aplicados pelas distribuidoras e agilizar a emissão de pedidos por via eletrônica. Com apenas quatro meses de atuação, a startup já soma 50 clientes do segmento e prevê 300 lojas ainda este ano. Para sustentar esse crescimento, a meta é dobrar a equipe com foco nos especialistas de tecnologia e da área comercial. Outro plano é atrair indústrias farmacêuticas e de bens de consumo.

A Covalenty também planeja ampliar o rol de funcionalidades, o que inclui uma ferramenta de controle de estoque com sugestões de mix direcionadas para cada perfil de farmácia. A oferta de produtos e serviços financeiros também está no radar e essa solução, em particular, foi uma das que mais despertou atenção dos investidores.

“A oportunidade aqui não é só comercial, tem um caminho lógico de vir a intermediar a jornada financeira. Isso é uma tendência: quando se tem uma relação tão importante, próxima e frequente com o cliente é possível passar a estender crédito com uma percepção melhor de risco”, observa Leonardo Teixeira, sócio da Iporanga Ventures.

Solução foca em digitalização das farmácias de bairro

A startup busca suprir uma das principais lacunas na gestão das farmácias de bairro.  E números de uma pesquisa sobre transformação digital no setor revelam um fosso entre os PDVs independentes e as redes do varejo farmacêutico.

Levantamento do Instituto Axxus, que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, ouviu 420 proprietários de pequenas farmácias e trouxe conclusões impressionantes.

O uso de canais online para adotar programas de fidelidade, por exemplo, inexiste em 99% dos estabelecimentos. Já 83% dos gestores do PDV sequer utilizam as redes sociais como canais de propaganda.

“A situação é ainda mais crítica entre empreendedores das regiões Norte e Nordeste. E as justificativas para não investir em inovação digital passam por restrições orçamentárias e mais dificuldades para rentabilizar as vendas”, relata Rodnei Domingues, responsável pelo estudo.

As farmácias independentes também convivem com barreiras para definir uma política padronizada de descontos. Em 99% das lojas, esses benefícios são definidos e concedidos aos clientes pelos atendentes ou por um superior. Em apenas 1% dos casos, eles são parametrizados pelo sistema.

Farmácias de bairro têm delivery caseiro

Outro indicador relevante aponta que 92% das farmácias independentes não utilizam qualquer plataforma de marketplace. Por outro lado, com relação às modalidades de entrega, 92% afirmaram prestar esse serviço com entregador próprio. As captações de pedidos se dão prioritariamente por telefone (96%).

Sem integração com distribuidoras

A pesquisa também constatou que 86% das farmácias independentes ainda registram manualmente os produtos esgotados. Além disso, em 95% dos PDVs, o sistema não está conectado com as distribuidoras. “A falta de integração eletrônica com o atacado culmina em uma compra baseada apenas em relacionamento e persuasão do que em aspectos técnicos”, ressalta.

Quase a totalidade (99%) das lojas não utiliza sistemas de cotação para auxiliar na decisão da melhor compra. Já 97% dos gestores afirmaram que o módulo financeiro não está integrado ao ERP. “Esse é o ponto mais crítico, pois inviabiliza qualquer análise mais profunda do desempenho da loja”, pontua.

Consolidação de mercado freia inovação nas farmácias

Consolidação de mercado freia inovação nas farmácias

A inovação nas farmácias pode encontrar uma ameaça na consolidação de mercado liderada pelas grandes redes. É o que sinaliza uma pesquisa do Ibevar. Especialista do instituto acredita que esse movimento não apenas freia o avanço do varejo independente, como também dificulta o surgimento de novos entrantes no setor, fechando o campo para soluções disruptivas.

O estudo A vitalidade no Varejo avaliou o mercado varejista brasileiro em 91 setores, considerando os dados financeiros das empresas, os níveis de satisfação dos clientes,  o volume de vendas e a evolução percentual do setor em relação aos anos anteriores.

“Optamos por acompanhar como principal fator da análise de vitalidade do setor o saldo anual acumulado entre a abertura e fechamento de novas empresas, uma vez que ele pode indicar o crescimento ou declínio dos segmentos observados”, afirma o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni.

Segundo ele, é uma forma de medir a competitividade do mercado e a capacidade de atrair novos negócios. Outra medida menos canônica que pode ser adotada é taxa de falência de lojas, um indicador da estabilidade do varejo.

Os 91 setores foram classificados em cinco grupos, considerando o potencial das empresas:

  • Grupo 1 – Crescimento
  • Grupo 2 – Resilientes instáveis
  • Grupo 3 – Instáveis e não promissores
  • Grupo 4 – Índice baixo de vitalidade
  • Grupo 5 – Absolutamente não promissores

Inovação nas farmácias convive com índice baixo de vitalidade

A inovação nas farmácias convive com um índice baixo de vitalidade. “Obviamente, o varejo farmacêutico vem ganhando protagonismo e rentabilidade. E redes como Raia Drogasil e Farmácias Pague Menos vêm se movimentando para abrir mais unidades e se conectar com startups. Mas o resultado tende a ser ganho de escala para as grandes, mas sensível redução de espaço para a concorrência e uma maior acomodação setorial”, contextualiza Felisoni.

O executivo ressalta que o termo baixa vitalidade não se refere às empresas e suas gestões, e sim ao fato de o setor não absorver novas operações com a mesma intensidade que outros segmentos. “Trata-se de uma dificuldade em função da própria competição, uma vez que a expansão das grandes redes ocupa um espaço geoeconômico bastante amplo, sinalizando uma dificuldade de inserção de novos players”, explica.

Conveniência pode compensar freio na inovação

A inovação nas farmácias, porém, pode ser atenuada pela venda de produtos de bomboniere. Isso porque o estudo enquadrou as lojas de conveniência no Grupo 1, que relaciona os setores do varejo em franco crescimento. De acordo com um relatório recente da Euromonitor, o número de lojas do gênero em todo o mundo aumentou mais de 20% nos últimos cinco anos, sendo o Brasil um dos mercados de crescimento mais acelerado.

Apesar de ser um CNAE diferente, as farmácias em função de sua capilaridade podem incorporar itens de conveniência em seu sortimento e aproveitar esse segmento em ascensão. “O importante é o estabelecimento planejar o quanto da loja ele pode disponibilizar para a acomodação desses produtos”, finaliza.

Novo medicamento contra diabetes ganha aval da Anvisa

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medicamento contra diabetes
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Um novo medicamento contra diabetes tipo 2 recebeu a aprovação da Anvisa. O Jardiance® Duo (empagliflozina + cloridrato de metformina) foi desenvolvido a partir de uma parceria entre as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly.

O novo medicamento é uma combinação fixa de empagliflozina e metformina, em adição a dieta e exercício físico. Destina-se a pacientes cuja glicemia não foi adequadamente controlada com metformina ou empagliflozina isoladamente ou em combinação com outros medicamentos redutores de glicose, quando o tratamento com ambos os remédios for apropriado ou quando os pacientes já utilizam os fármacos de forma separada .

“Jardiance® Duo chega para completar o portfólio da Boehringer Ingelheim de medicamentos focados no sistema cardio-renal-metabólico. Com isso, reforçamos nosso compromisso de levar novas e modernas opções terapêuticas para os vários tipos de paciente.“, ressalta Dra. Thais Mello, diretora médica da Boehringer Ingelheim.

A empagliflozina é um inibidor de cotransportador sódio-glicose 2 que demonstrou redução de 38% no risco de mortalidade cardiovascular e de 35% em mortalidade por todas as causas em pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular aterosclerótica. Em análise posterior, demonstrou também redução no risco de início ou piora da nefropatia em 39% com empagliflozina.

Já a metformina é amplamente recomendada nas diretrizes para o tratamento de pessoas com diabetes tipo 2 desde o diagnóstico inicial. “Além de todos os benefícios, é preciso destacar que com essa nova opção terapêutica proporcionamos uma maior aderência ao tratamento e, claro, uma posologia ainda mais adequada”, afirma a Dra. Fernanda Pimentel, diretora médica da Eli Lilly do Brasil.

Medicamento contra diabetes tipo 2: previsão de vendas

Disponível nas doses de 5mg/850mg, 12,5/850 e 12,5/1000 de empagliflozina/metformina, Jardiance®Duo segue para aprovação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e posterior importação. A previsão é que esteja disponível nas farmácias e drogarias de todo o país nos próximos meses.

Radiografia do diabetes tipo 2

  • É o tipo mais comum da doença, responsável pela grande maioria (cerca de 90%) dos casos de diabetes em todo o mundo.
  • Está frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento. É caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas
  • Diabetes e glicemia elevada estão associados a uma duplicação do risco de doenças cardiovasculares
  • Pacientes com diabetes tipo 2 têm a incidência de doença cardiovascular e de acidente vascular isquêmico aumentada em duas a quatro vezes, e a mortalidade aumentada em 1,5 a 3,6 vezes

Prescrição de receitas inspira campanha do CFF

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A prescrição de receitas inspirou a concepção da campanha Uma Letra Ilegível pode ser Fatal. De autoria do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a ação tem o objetivo conscientizar os profissionais da saúde e a população sobre a importância da escrita legível na hora de indicar os medicamentos.

A campanha repete o roteiro bem-sucedido da ação promovida em 2016. “Mas essa edição da campanha surge em um momento em que a prescrição de medicamentos vem sendo cada vez mais digitalizada. Entretanto, farmacêuticos de todo o Brasil ainda recebem, diariamente, prescrições ilegíveis nos balcões das farmácias”, adverte o presidente do CFF, Walter Jorge João.

Ao longo deste mês de maio, o CFF planeja veicular novas informações e alertas, incluindo notícias sobre automedicação e autocuidado, para estimular a conscientização sobre o tema. A legibilidade das receitas é obrigatória desde 1973 e consta da Lei Federal nº 5.991.

Prescrição de receitas: Brasil na contramão?

A prescrição de receitas com problemas de escrita poderia ser uma realidade superada no Brasil com modelos digitais. Mas uma proposta na Câmara dos Deputados suspende a obrigatoriedade de receituário eletrônico no Farmácia Popular, que havia sido decidida pelo governo federal.

Segundo a autora da proposta, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a nova regra, determinada por um dos artigos da Portaria 3.677/22, do Ministério da Saúde, vai dificultar o acesso da população aos serviços do Programa Farmácia Popular, principalmente da parcela mais vulnerável atendida pela rede pública que não está informatizada.

“O acesso a medicamentos essenciais à manutenção da saúde dos beneficiários do programa não pode estar condicionado a um tipo de prescrição inacessível para muitos”, disse Jandira.

Pela portaria ministerial, a regra passa a valer no prazo de 180 dias a partir da publicação, ocorrida em setembro, período que o governo afirma ser necessário para adaptar os sistemas para a emissão das receitas eletrônicas.

Eucerin lança olhar para o Sul

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Eucerin

A escolhida para a gerência regional da Eucerin é Katia Martinicorena, que conduzirá o projeto de expansão da fabricante de higiene e beleza na Região Sul. Ela tem 15 anos de experiência na indústria farmacêutica, dos quais 12 dedicados à área de gestão e desenvolvimento de pessoas.

Ela tem passagens por grandes empresas do setor como Bristol-Myers-Squibb, Galderma, GSK, Merck e MSD. Formada em administração de empresas, é pós-graduada em gestão empresarial pela Fundação Getulio Vargas e em liderança estratégica de negócios e pessoas pela ESPM.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Encontro de Negócios da Abrafad atrai 39 indústrias

Encontro de Negócios da Abrafad
Divulgação: Abrafad

O Encontro de Negócios da Abrafad mobiliza 56 empresas a partir desta quarta-feira, dia 13. E a segunda edição do evento ganhou agenda extra com a incorporação de mais um dia à programação. A rodada acontecerá também no dia 14 (quinta-feira) no espaço Imensitá, em São Paulo.

Do total de companhias participantes, 39 representam a indústrias farmacêutica. As outras 17 são as redes que integram a associação. Somadas, elas computaram R$ 5 bilhões de faturamento no ano passado.

Segundo Nilson Ribeiro, diretor executivo da Abrafad, foi lançado no final do ano passado com o objetivo de ampliar o relacionamento entre as redes associadas, presentes em 20 Estados do país, com distribuidores e a indústria. Mais do que networking, a ideia é que ele possa gerar negócios a curto e médio prazos.

“Não pensamos em números, mas na qualidade do encontro. O objetivo é que o varejo e a indústria possam discutir projetos de trade e estabelecer metas de resultados para o segundo semestre”, reforça.

Encontro de Negócios da Abrafad: conheça a dinâmica

 Em dois dias do Encontro de Negócios, em horários definidos, fornecedores inscritos terão de 20 a 40 minutos em cada mesa com uma rede associada com atendimento exclusivo e personalizado. Nas 17 mesas estão gestores e equipe comercial das redes associativistas para traçar, por exemplo, estratégias de vendas, ações no PDV e programas de acompanhamento.

“É um momento ímpar para a geração de negócios. Por isso o evento desperta a procura pela indústria e distribuidores e temos um planejamento totalmente coberto com a participação de todas as associadas”, revela o diretor da Abrafad.

Uma terceira edição do Encontro de Negócios ocorrerá em novembro, também em dois dias.

Compras do SUS têm menos farmacêuticas nacionais

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compras do SUS
Divulgação: Canva

As compras do SUS vêm reduzindo a participação das farmacêuticas brasileiras. A conclusão é de um estudo do Grupo FarmaBrasil, que não esconde a preocupação com essa tendência.

O levantamento compara o fluxo de importação de medicamentos nos anos de 2010 e 2020. De dez anos para cá, a participação de produtos estrangeiros no volume de compras da rede pública saltou de 35,7% para 48,4%. E a situação claramente se agravou a partir da pandemia.

“Essa diminuição está atrelada à pressão por medicamentos de alta complexidade e pelos custos crescentes nas compras governamentais. Em paralelo, convivemos com a ausência de políticas públicas para desenvolver as farmacêuticas brasileiras frente às novas técnicas”, comenta o presidente da entidade, Reginaldo Arcuri.

Como consequência, o dirigente enxerga defasagens crônicas na viabilização de medicamentos avançados com uso de tecnologia nacional. “Por outro lado, percebemos um empenho da indústria brasileira na concepção de medicamentos que utilizam engenharia genética nas células. Os anticorpos monoclonais podem abrir caminho para o tratamento de diversas doenças como o câncer”, ressalta.

O Grupo FarmaBrasil também vê avanços no desenvolvimento de vacinas por RNA mensageiro. Essa inovação possibilitaria a formação de um sistema nacional para produção de imunizantes.

Compras do SUS desperdiçam R$ 1 a cada R$ 3

As compras do SUS não apenas colocam as farmacêuticas brasileiras em segundo plano, como também se revelam ineficientes.

Estudo realizado pela equipe do parlamentar Daniel Soranz (PSD-RJ) mostra que a falta de centralização na compra de medicamentos no país representa prejuízo bilionário para os cofres públicos.

De acordo com o levantamento, dos R$ 21,4 bilhões gastos em compras de medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), R$ 6,5 bilhões – ou seja, quase 1/3 – poderiam ser economizados anualmente, considerando todos os remédios comprados de forma não centralizada.

Isso significa dizer que quase R$ 1 em cada R$ 3 é desperdiçado. Se considerar apenas os medicamentos genéricos, a economia seria de R$ 1,2 bilhão. “São quase 5 mil licitações por ano para comprar o mesmo produto. Isso acaba com o poder de compra do Estado, o que é muito grave, porque torna a compra ineficiente e mais cara”, considera o deputado.

O levantamento mostra que em alguns itens a variação de preço pode chegar a até 20 vezes na compra de medicamentos genéricos. O deputado cita o caso do Atenolol, remédio usado para o controle da hipertensão. Entre as licitações que foram realizadas para a compra do produto, o preço mínimo encontrado foi de R$ 0,03, e o máximo, de R$ 0,74, uma variação de 2.366%. O valor médio, por sua vez, foi de R$ 0,08, e a mediana, de R$ 0,07.

A variação de preço da Dipirona, medicamento usado frequentemente para tratar dores e febre, chega a 1.566%, com mínimo de R$ 0,03 e máximo de R$ 0,49. O preço médio é de R$ 0,15, e a mediana, de R$ 0,13. Para o parlamentar, a variação de preço entre os cerca de 5 mil compradores é muito grande e poderia ser eliminada se o Estado usasse seu poder de compra.

Governo quer insumos nacionais para otimizar compras públicas

A otimização de compras públicas, na visão do governo federal, passa pelo fortalecimento da produção nacional de insumos de saúde. Para isso, o Ministério da Saúde recriou o Geceis,- Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O objetivo é estimular o sistema produtivo de bens e serviços ligados à saúde, como medicamentos, vacinas e equipamentos hospitalares. A meta do governo, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é produzir 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do país em até dez anos.

“Para isso precisaremos da inovação, além de reforçar o campo da regulação. Isso se fará numa visão voltada não só para o país, mas para nosso papel na região e na cooperação para uma saúde global efetiva”, declarou.