Setor amplia pressão contra alta de impostos sobre medicamentos

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Setor amplia pressão contra alta de impostos sobre medicamentos

Reação contundente. As principais entidades do setor farmacêutico ampliaram a pressão sobre os governos estaduais para evitar uma alta de impostos sobre medicamentos.

Para compensar o corte de tributos sobre combustíveis e energia, decretado no ano passado, 12 estados publicaram leis ou decretos que elevam em 1% a 3% a alíquota do ICMS sobre os remédios. Essas decisões podem gerar uma escalada no preço de medicamentos em 2023. Estimativas do setor apontam que os aumentos podem chegar a impressionantes 6,86%, somados ao reajuste anual que entra em vigor no próximo mês de abril.

As medidas envolvem os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. A mudança mais chamativa deve acontecer em Sergipe, cujo ICMS saltará de 18% para 22%. Já Piauí e Roraima resolveram elevar o tributo em três pontos percentuais.

ESTADO ICMS atual (%) ICMS novo (%) INÍCIO
Acre 17 19 1/4/23
Alagoas 18 19 1/4/23
Amazonas 18 20 29/3/23
Bahia 18 19 22/3/22
Maranhão 18 20 1/4/23
Pará 18 19 16/3/23
Paraná 18 19 13/3/23
Piauí 18 21 8/3/23
R.G. do Norte 18 20 1/4/23
Roraima 17 20 30/3/23
Sergipe 18 22 20/3/23
Tocantins 18 20 1/4/23

 

Posição das entidades por menos impostos sobre medicamentos

A luta contra mais impostos sobre medicamentos ganhou a adesão de associações como o Sindusfarma, que enviou ofício às 12 secretarias estaduais da Fazenda reivindicando a revogação das novas alíquotas. “É um grande absurdo que remédios, já tão onerados pela altíssima carga tributária do Brasil, que é recorde no mundo, sofram mais esse impacto no início de novos governos estaduais”, critica o presidente executivo Nelson Mussolini.

Já a Alanac e a PróGenéricos enviaram um comunicado conjunto ao subsecretário da Receita de São Paulo, Luiz Marcio de Souza, no qual também pedem a suspensão do aumento de impostos. As entidades argumentam que o estado superestimou os valores dos insumos para a base de cálculo do ICMS e exigem acesso aos critérios e dados utilizados.

“A gasolina ganhou status de bem essencial, enquanto persiste o ônus sobre medicamentos. Essa é uma miopia inacreditável. A população já convive com uma das maiores cargas tributárias do mundo, em torno de 36%, o que compromete sobretudo o orçamento das famílias mais pobres”, aponta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, que também mobilizou os secretários da Fazenda dos 12 estados e o Confaz para reverter a medida.

“É inconcebível ver esse cenário enquanto lanchas, diamantes, helicópteros e cavalos puro-sangue têm praticamente zero de alíquota. Como resultado, pacientes são obrigados a abandonar seus tratamentos por falta de recursos e, no fim das contas, o custo retorna para os cofres públicos por meio de agravos e hospitalizações evitáveis”, argumenta Barreto.

O dirigente utiliza o exemplo do Paraná para endossar os efeitos positivos da redução de impostos. Em 2010, o estado diminuiu de 18% para 12% a alíquota do ICMS sobre todos os medicamentos. “Além da queda no preço final ao consumidor, a arrecadação do governo subiu 132%”, lembra.

Arrecadação dos estados pode aumentar mais de 20%

Uma análise do consultor Jiovanni Coelho revela o efeito cascata dos impostos sobre medicamentos, que tem início na indústria farmacêutica. “Na prática, o preço de fábrica nos laboratórios terá uma alta que oscilará de 1,23% a 6,86%. Já o incremento na arrecadação dos estados irá variar de 3,8% a 21,1%”, destaca.

O especialista, inclusive, estima que o aumento médio no valor dos remédios irá variar de 4,54% a 5,35% neste ano. “E alta deve ser linear e não por nível de produtos, o que reforça a necessidade de planejamento por parte da indústria e da farmácia”, adverte.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

SleepUp lança Hub do Sono para farmacêuticos

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Hub do Sono
O Hub do Sono promove capacitação para os profissionais e programa de benefícios para empresas

 

Com a meta de democratizar o tratamento de um dos problemas de saúde mais crônicos do país, a startup SleepUp lança o chamado Hub do Sono. A plataforma digital disponibiliza soluções terapêuticas, programa de benefícios e capacitação para farmacêuticos, valorizando o protagonismo desses profissionais na atenção primária e nos cuidados contra distúrbios do sono.

Ao entrar no site da healthtech, por meio da aba para-empresas, as farmácias podem conferir os benefícios da implementação do Hub do Sono nas lojas e já contratar a solução. Já na aba como funciona, profissionais e empresas poderão entender como funciona a jornada na prática.

Outra novidade do site é o Clube do Sono, primeiro programa de benefícios em medicamentos do país, com descontos e vantagens em produtos e serviços relacionados ao sono, além de soluções personalizadas para o varejo e indústria farmacêutica, empresas e planos de saúde. “Esse plano contribui para melhorar a produtividade e saúde mental dos colaboradores das empresas, posicionando o sono como um pilar importante da saúde e bem-estar dentro do mundo corporativo”, ressalta a sócia e cofundadora Renata Redondo Bonaldi.

Plataforma Hub do Sono conta com treinamentos e cursos

A plataforma também conta com um curso online de três meses sobre a ciência do sono. Em sete módulos, os profissionais têm acesso aos fundamentos básicos, estratégicas e funis de vendas, clínica farmacêutica e prática na farmácia. Toda essa imersão pela cultura do sono é conduzida por uma comunidade de especialistas qualificados e multidisciplinares.

O treinamento oferece experiência na prática, certificado, suporte e networking. “Desde 2022 estamos implementando os serviços no varejo farmacêutico para facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono no canal farmacêutico. Essa plataforma faz parte da estratégia de expansão para escalar o varejo como ponto de referência na primeira linha de cuidado”, destaca Renata.

Triagem farmacêutica

O site ainda apresenta uma área logada, onde o farmacêutico acessa um recurso exclusivo de pré-triagem farmacêutica e teleinterconsulta. O recurso é gratuito e está disponível somente para farmácias credenciadas. “É o primeiro protocolo farmacêutico para pré-triagem de distúrbios do sono no Brasil, que passou por um processo de desenvolvimento e validação clínica de um ano e fornece laudos personalizados, para que o direcionamento clinico apropriado seja feito dentro da farmácia”, finaliza.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Dono da marca Piracanjuba adota nova estrutura societária

Piracanjuba

 

O Laticínios Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, divulgou comunicado no qual informa que deixou de ser uma sociedade limitada (Ltda) para se transformar em sociedade anônima (S.A.), de capital fechado.

“A iniciativa faz parte do processo de estruturação e profissionalização da companhia, que está em constante expansão, em prol do fortalecimento das ações de governança corporativa e valorização do potencial humano”, afirma a empresa.

A Bela Vista destaca ainda que a alteração não acarretará nenhuma mudança na atual estrutura societária, nem na operação. A empresa tem 3,5 mil colaboradores diretos, em sete unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS), e em 12 Postos de Resfriamento, em diferentes localidades.

O Laticínios Bela Vista é uma das três maiores indústrias de lácteos do País e opera com capacidade produtiva de 6 milhões de litros de leite por dia. Possui um portfólio com mais de 180 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom, além de ter o licenciamento das marcas Almond Breeze para o Brasil e alguns países da América do Sul; e o licenciamento das marcas Ninho e Molico (leite UHT), para o território nacional.

Piracanjuba consolida presença nas farmácias

Piracanjuba excellence, linha que simbolizou a estreia da divisão científica Piracanjuba Health & Nutrition no segmento de nutrição infantil, é a grande aposta da fabricante para crescer no varejo farmacêutico. O produto tem venda exclusiva em farmácias e está presente nas maiores redes do país, incluindo RaiaDrogasil, Drogaria São Paulo, Farmácias Pague Menos, Drogaria Araujo, além das demais empresas afiliadas à Abrafarma e dos estabelecimentos associativistas que integram a Febrafar.

“A divisão conta, ainda, com um portfólio de novidades para ser apresentado entre maio e outubro de 2023 nas farmácias brasileiras”, afirma a gerente de marketing da Piracanjuba, Lisiane Campos. O produto de entrada é o whey protein, que tem muita afinidade com o canal. Outro item com bastante saída é a bebida com polpa de fruta natural, quinoa, linhaça e chia.

Redes com perfil mais voltado para a conveniência comercializam os leites da marca. Um dos mais recentes lançamentos é o leite A2, produzido a partir de vacas com genótipo A2A2 e que não promove a formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo. Também fazem parte do portfólio os leites + Cálcio; + Fibras e Zero Lactose.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Política facilitou fraude em licitações de medicamentos

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fraude em licitação
Foto: Divulgação PF/RR

 

Um esquema de fraude em licitações de medicamentos montado nos Distritos de Saúde Especial Indígena (DSEI) de Roraima ocorreu motivado pelo assédio de ocupação de cargos políticos, segundo o Ministério Público Federal (MPF). A falta de fármacos simples, como aqueles para combater verminoses, aceleraram a tragédia yanomami. Estima-se que 10 mil crianças, de um total de cerca de 14 mil, deixaram de receber remédios, agravando o quadro de subnutrição. As informações são do MPF e do Correio Braziliense.

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, dia 24, os procuradores da República Alisson Marugal e Matheus de Andrade Bueno, responsáveis por investigar irregularidades cometidas por garimpeiros e desvios na política de saúde na Terra Indígena Yanomami (TIY) no estado, afirmaram que o ano de 2022 foi marcado por um esquema de desvio de medicamentos essenciais ao atendimento dos indígenas, tendo atingido sobretudo crianças. Segundo Marugal, havia políticos que nomeavam agentes de saúde e loteavam cargos chave para direcionar licitações.

“Nós sabemos que isso está no Brasil como um todo. Esses distritos, por terem um orçamento bastante grande, são órgãos bastante assediados. A nomeação é feita pelo Ministério da Saúde. De fato, havia políticos que nomeavam os coordenadores de saúde e loteavam em cargos-chaves para manipular licitações. Por isso, eu menciono que há uma organização criminosa”, denunciou o procurador.

Em novembro do ano passado, o MPFRR, junto à Polícia Federal (PF), deflagrou a primeira parte da Operação Yoasi, que investigava fraude na compra de medicamentos para os DSEIs. Neste mês foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Boa Vista para investigar empresários e servidores públicos que participavam do esquema.

De acordo com os procuradores, os proprietários das empresas que forneciam medicamentos às DSEIs já respondiam por outros processos de desvio. Eles garantem, ainda, que a operação está se aprofundando e que, por isso, haverá uma segunda ou terceira fase. “Sabemos que existe um conluio nesses distritos”, concluiu Marugal.

Corrupção na Saúde facilitava fraude em licitações

A autoridade também responsabiliza o governo federal pela implantação do esquema, já que a nomeação para esses cargos é feita via Ministério da Saúde. “Isso tem origem em Brasília. Nós temos necessidade de apoio e a moeda de troca é a nomeação desses órgãos de saúde por políticos. Há um mecanismo político. O governo federal deixou que se implantasse”, disse.

Marugal ressaltou que o esquema não gerava enriquecimento dos agentes, mas o impacto social causado era devastador, pois afetava o recebimento de medicamentos básicos em distritos que correspondem a áreas extremamente isoladas do estado.

“Eles sabiam da crise de desnutrição (dos indígenas), mesmo assim engendravam esquema de corrupção dos medicamentos. Não era grande o lucro em dinheiro, gerava cerca de R$ 3 milhões, mas o impacto na saúde é grande”.

 

Yanomami 1
Foto: Leonardo Prado/Secom/MPF

 

Nesta segunda-feira, dia 23, saiu no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração de 11 coordenadores dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) do país. No entanto, nenhum desligamento ocorreu na região que compreende a Terra Indígena (TI) Yanomami. As demissões abrangem: Leste de Roraima, Alto Rio Juruá, Parintins, Cuiabá, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Porto Velho, Ceará, Bahia, Interior Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Anvisa abre vagas para estagiários

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vagas para estagiários

 

A Anvisa abriu um processo seletivo com vagas para estagiários para formação de cadastro reserva, destinado à contratação de estudantes de nível médio e superior, de diversas áreas, por meio de bolsa-estágio.

As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas pelo site do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) até às 12h do dia 7 de fevereiro de 2023.  A seleção dos candidatos inscritos será composta por análise curricular e entrevista, ambas de caráter eliminatório e classificatório. Após a avaliação, a lista de classificação dos aprovados será divulgada no site do CIEE.

Conforme estabelecido em lei, o processo seletivo reserva 10% das vagas de estágio oferecidas para cada perfil às pessoas com deficiência, assim como assegura a reserva de 30% das vagas oferecidas para cada curso aos candidatos negros.

Confira as vagas para estagiários 

O candidato à vaga de estagiário deverá estar regularmente matriculado e frequentando um dos seguintes cursos:

  • Nível médio: nível médio.
  • Nível superior: Administração; Administração ou Contabilidade ou Direito; Administração ou Arquivologia ou Direito; Administração ou Direito ou Economia ou Gestão Pública ou Gestão de Políticas Públicas; Administração ou Direito ou Economia ou Gestão de Políticas Públicas; Administração ou Gestão de Políticas Públicas; Administração ou Gestão de Políticas Públicas ou Secretariado Executivo; Administração ou Informática ou Gestão da Informação ou Estatística; Agronomia; Arquitetura; Arquivologia; Ciências Políticas; Ciências Biológicas; Ciências Contábeis; Comunicação Social ou Publicidade ou Marketing ou Design ou Fotografia; Direito; Direito ou Engenharia da Produção ou Informática; Economia ou Engenharia de Produção ou Gestão de Políticas Públicas Estatística ou Farmácia ou Informática; Enfermagem ou Saúde Coletiva; Engenharia Biomédica; Engenharia Química; Engenharia Civil; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Estatística; Farmácia; Farmácia ou Ciências Biológicas ou Química; Farmácia ou Biomedicina ou Gestão Pública ou Saúde Coletiva; Farmácia ou Biomedicina ou Ciências Biológicas; Farmácia ou Enfermagem ou Odontologia ou Medicina; Informática; Medicina Veterinária; Nutrição; Nutrição ou Farmácia ou Engenharia de Alimentos ou Ciências Biológicas ou Engenharia de Produção; Pedagogia; Química ou Engenharia Química ou Ciências Biológicas; Recursos Humanos; Relações Internacionais ou Direito; Saúde Coletiva; Medicina ou Enfermagem ou Terapia Ocupacional ou Saúde Coletiva ou Gestão de Serviços de Saúde e Psicologia.

Para a área de Informática, serão aceitos outros cursos relacionados, como: Análise de Sistemas, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Engenharia de Redes de Computadores, Engenharia de Telecomunicações, Gestão da Tecnologia da Informação, Sistemas de Informação, Sistemas de Internet e Tecnologia em Sistema de Informação.

edital apresenta os requisitos exigidos, tais como o semestre mínimo para cada curso e outras competências desejáveis.

Valor da bolsa-estágio 

O valor da bolsa-estágio será de R$ 486,05 para nível médio e de R$ 1.125,69 para nível superior, conforme estabelecido pela Instrução Normativa 213, de 17 de dezembro de 2019, publicada pelo Ministério da Economia.  O estagiário tem direito ao auxílio-transporte no valor de R$ 10,00 por dia estagiado.

Carga horária semanal 

O regime do estágio será de 20 horas semanais para os estudantes de nível médio e de 30 horas semanais para os estudantes de nível superior, a serem cumpridas em horários e turnos definidos pela Anvisa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

NRF lança seis tendências para o futuro do varejo

NRF lança seis tendências para o futuro do varejo

O futuro do varejo ganhou evidência durante a NRF 2023, que mobilizou cerca de 1 mil expositores e mais de 35 mil profissionais entre os dias 15 e 17 de janeiro, em Nova York (EUA). A maior feira mundial do setor varejista trouxe, novamente, ensinamentos relevantes para os tomadores de decisão. Confira a seguir os principais destaques da feira na visão de Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

Seis insights da NRF 2023 apontados pela BRT-Varese

  • Convergência entre varejo, conteúdo e mídia

O conteúdo, tema relegado a segundo plano pelo varejo, tornou-se ponto central para os negócios. “A administração desse ativo já começa com um dos maiores desafios para os varejistas, que se chama cadastro”, acredita. Para ele, experiências imersivas no universo digital demandam um nível de gestão de mailing muito mais complexo e sofisticado, o que faz com que as varejistas tenham que trabalhar a comunicação em outro patamar. “O live streaming transformou as varejistas em empresas de mídia”, completa.

As varejistas têm ativos relevantes e o maior de todos não é o conjunto de lojas, mas a base de clientes, que é subaproveitada e submonetizada. “O varejo tem canais que se multiplicaram durante a pandemia – lojas, sites, apps, WhatsApp, marketplace. Isso gera uma enormidade de dados que não são capturados, consolidados e tratados, deixando de gerar inputs para a tomada de decisão em muitos dos processos críticos do varejo”, avalia.

  • O futuro do varejo envolve uma nova jornada do colaborador

A experiência do colaborador é um tema recente nos debates sobre o futuro do varejo. Esse conceito implica, inclusive, eliminar as tarefas das quais o colaborador não gosta ou que não sejam gratificantes para ele. “Com empoderamento e ferramentas para que ele consiga tomar decisões e ter mais autonomia, o profissional se sente muito mais participante da gestão estratégica do negócio”, comenta. Em paralelo, o envolvimento em ações sociais em prol da comunidade ajuda a fortalecer o vínculo com o entorno da empresa.

  • Inteligência artificial e ciência de dados

Mapas de calor e programas que rastreiam o fluxo de clientes nos PDVs já revelam o alcance das novas tecnologias. “As câmeras observam os consumidores, detectam quanto tempo eles passam em um corredor, leem expressões faciais e informações demográficas. Toda essa gama de informações fornece KPIs e painéis para que os varejistas posicionem melhor os produtos”, destaca.

  • Futuro da loja física

As lojas físicas precisam de uma nova abordagem depois da maior penetração do digital. A jornada não é mais previsível, linear e homogênea. Muitas vezes, é preciso ter várias lojas dentro de uma única loja para entregar, sem atrito, o que o cliente está fazendo naquele momento. “Repensar o PDV é repensar o negócio, desafiando a cultura e o desenho organizacional”, opina.

  • Cultura, diversidade e sustentabilidade

O propósito continua sendo pilar fundamental, assim como a diversidade, inclusão, o impacto para comunidade e a sustentabilidade consistente, com valores e ações práticas. Estudo do IBM – Institute for Business Value indicou que 51% dos consumidores acreditam que a sustentabilidade ambiental é mais importante para eles do que há um ano e 49% estão dispostos a pagar mais por produtos ecológicos. O futuro do varejo está atrelado a compromisso social.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Justiça autoriza criança a receber canabidiol

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canabidiol

 

 

O Estado de Minas Gerais e o Município de Nova Lima deverão fornecer a uma criança que sofre de epilepsia grave um medicamento à base de canabidiol sob pena de bloqueio de verbas. A decisão é da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que manteve liminar concedida pela 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Nova Lima.

O Ministério Púbico de Minas Gerais entrou com a ação civil pública para que os entes públicos fossem obrigados a fornecer a medicação, solidariamente, a um menino de 7 anos, que apresenta epilepsia de difícil controle decorrente de quadro de anemia falciforme. Segundo o MP, a doença e as intercorrências resultantes dela fizeram com que a criança necessitasse do medicamento para controlar as crises epiléticas e, assim, ter mais qualidade de vida.

Em 1ª instância, foi deferida a antecipação de tutela, contra a qual o Estado de Minas Gerais recorreu. No recurso, o ente público sustentou que não poderia ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Alegou ainda que as ações que demandam fornecimento de medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deveriam necessariamente ser propostas em face da União.

Entre outros pontos, o Estado de Minas Gerais afirmou também que relatórios médicos não mencionavam qualquer estudo científico, nem parâmetros clínicos comparativos, que justificassem a escolha do produto prescrito e o motivo da opção pelo canabidiol, em detrimento das alternativas terapêuticas fornecidas pelo Sistema único de Saúde (SUS).

Necessidade de tratamento com canabidiol

Ao analisar o recurso, o relator, desembargador Alberto Diniz Junior, ressaltou relatório médico juntado aos autos, no qual a médica responsável informou que, em função de seus problemas de saúde, o menino havia realizado transplante de medula óssea. Após esse procedimento, ele apresentou quadro epiléptico grave. Várias medicações já haviam sido administradas no paciente, mas apenas após o uso de canabidiol houve uma melhora absoluta na frequência das crises de epilepsia.

De acordo com o relator, o canabidiol, de fato, ainda não foi registrado na Anvisa, conforme argumentou o Estado de Minas Gerais. Contudo, o relator ponderou que a Resolução 335/2020, da própria agência, define critério e procedimentos referentes à importação, por pessoa física, para uso próprio, de produto derivado de cannabis, mediante prescrição de profissional habilitado para tratamento de saúde.

O desembargador citou então tema do STF no qual foi fixado que “cabe ao Estado fornecer, em termos excepcionais, medicamento que, embora não possua registro na Anvisa, tem a sua importação autorizada pela agência de vigilância sanitária, desde que comprovada a incapacidade econômica do paciente, a imprescindibilidade clínica do tratamento, e a impossibilidade de substituição por outro similar constante das listas oficiais de dispensação de medicamentos e os protocolos de intervenção terapêutica do SUS.”

Na avaliação do relator, essa tese se aplicava ao caso, pois havia prova satisfatória no processo demonstrando que outros medicamentos já haviam sido ministrados à criança, sem eficácia, e que a família não tinha condições financeiras de adquirir a medicação.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Marketing em evidência na Copapharma

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Copapharma

Vanessa Loni é a nova gerente de marketing, trade e portfólio da Copapharma, uma das mais novas indústrias farmacêuticas do país e que busca se posicionar no mercado de suplementos e vitaminas.

Tem experiência de 18 anos no segmento farmacêutico, sendo oito deles destinados à gerência de marketing. Já foi analista sênior e consultora na área, além de ter atuado como gerente de estratégia e portfólio da Maxinutri.

Bacharel em desenho industrial, tem MBA em gerenciamento de projetos pela Fundação Getulio Vargas e em ESG pelo Ibmec.

Contato: vanessa@copapharma.com.br

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Arginina ajuda a prevenir doenças

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Arginina

Aminoácido produzido pelo próprio organismo, principalmente pelos rins, a arginina integra diversos processos biológicos e produz efeitos benéficos em uma série de males: da hipertensão a doenças cardiovasculares, passando por diabetes e disfunção erétil. E ainda contribui para um envelhecimento saudável. É eficaz também no fortalecimento do sistema imunológico, na eliminação de toxinas e melhora da cicatrização.

É extensa a lista de alimentos, ricos em proteínas, que também fornecem a arginina: feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja, cacau, nozes, avelã, castanha, aveia, gérmen de trigo, semente de girassol, leite, carne bovina, frango, ovos, atum, camarão, lagosta e salmão são itens indispensáveis para uma dieta variada em aminoácidos.

Arginina eleva performance de atletas

Para aqueles que praticam esportes, especialmente maratonistas e adeptos de endurance, o consumo suplementar da arginina está associado a melhor desempenho muscular, ganho de massa e redução da sensação de fadiga. Da mesma forma, a arginina é essencial nos processos de crescimento, gestação e fases pós-traumáticas, condições em que a produção natural do corpo não é suficiente para suprir as doses recomendadas.

Arginina tem papel relevante no metabolismo

A arginina participa das reações químicas junto a diversos compostos orgânicos. Uma das mais importantes é a produção de óxido nítrico, substância responsável pela vasodilatação. As células do endotélio, tecido muscular que recobre a parede interna dos vasos sanguíneos, produzem e liberam fatores que levam à contração ou ao relaxamento desse tecido. Quando há uma disfunção no endotélio, ocorre a vasoconstrição. O óxido nítrico age neste momento, fazendo o movimento contrário.

Os efeitos da arginina na descontração e dilatação dos vasos sanguíneos, também presentes em alimentos como beterraba e melancia, não só ajudam a combater o entupimento das artérias, sendo capazes ainda de contribuir para regulação da pressão, diminuindo o risco de doenças e problemas vasculares.

A vasodilatação pode ainda favorecer a ereção em casos de disfunção erétil, já que eleva a quantidade de sangue que chega ao local. A suplementação de arginina é prescrita, inclusive, para complementar o tratamento médico para o distúrbio.

Além disso, o óxido nítrico também restringe a ação de genes pró-inflamatórios, é um neurotransmissor que atua na memória e no aprendizado e age na regulação da autoimunidade, favorecendo a redução de inflamações e conferindo qualidade de vida na fase madura da existência humana.

Ação nos rins e fígado

A arginina tem papel específico na conversão, feita nos rins, de amônia em ureia, descartada pela urina e fezes e reduzindo o efeito tóxico. E no fígado atua diretamente, eliminando substâncias que estão em excesso no organismo, inclusive radicais livres. Até na regulação da insulina, a arginina estimula a secreção do hormônio. A ação reduz o açúcar livre no sangue, a glicemia, o que é favorável à prevenção do diabetes.

Praticantes de fisiculturismo e de esportes de alta intensidade conseguem ganhar massa muscular magra com o suplemento de arginina, o que contribui para o aumento do fluxo de sangue nos músculos e ajuda a melhorar a força e a resistência. Os efeitos colaterais, no entanto, devem ser muito bem avaliados. Consumir altas doses de arginina pode causar desconfortos gastrointestinais, como náuseas e diarreia, além de câimbras abominais.

O suplemento de arginina é encontrado em cápsulas, tabletes, comprimidos ou pó para ser diluído em água. A quantidade indicada é de até 3g do suplemento em pó, ou de uma a duas cápsulas de 500g, até três vezes ao dia. O ideal, porém, é seguir as orientações de um nutricionista ou nutrólogo, antes de fazer uso da substância.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Indústria apoia governo em plano para produção nacional de medicamentos

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Indústria apoia governo em plano para produção nacional de medicamentos

A produção nacional de medicamentos entrou no radar do governo federal e ganha o apoio da indústria. Na última semana, o Ministério da Saúde reuniu representantes do setor para anunciar que terá um plano com foco no estímulo às farmacêuticas brasileiras.

A estratégia já teria saído do mundo das ideias. Isso porque a ministra da Saúde Nísia Trindade delegou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Carlos Gadelha, para começar as interlocuções com a iniciativa privada. Ela também solicitou acesso a dados sobre investimentos atuais do segmento em produção de medicamentos.

O plano para incentivar a produção nacional de medicamentos estaria atrelado à revitalização do Farmácia Popular. O programa chegou a representar, em 2015, mais de 3% da verba destinada à pasta da Saúde. Hoje o percentual caiu para 1,6%, mas o orçamento refeito pelo gabinete de transição do novo governo e aprovado pelo Congresso Nacional prevê recursos adicionais de R$ 2,1 bilhões.

Produção nacional de medicamentos: resposta emergencial

A proposta de ampliar a produção nacional de medicamentos também seria uma reação do poder público ao desabastecimento, cenário escancarado nos últimos dois anos. Segundo o último indicador do Conselho Federal de Farmácia (CFF), tabulado até setembro do ano passado e baseado em entrevistas com 683 estabelecimentos, 98% dos PDVs conviviam com a falta de remédios, em especial antimicrobianos – categoria que inclui antivirais – e mucolíticos (expectorantes).

Quando questionados sobre as motivações para a falta de medicamentos, 86,6% dos entrevistados apontaram a escassez no mercado. A alta demanda inesperada recebeu menções de 43,1%. “A indústria não conseguiu colocar em dia a produção dos fármacos e, por isso, mantém o déficit de importação de algumas matérias-primas essenciais para a fabricação dos medicamentos”, explica Gustavo Pires, diretor-secretário do CFF.

Norberto Prestes (Abiquifi): nacionalização de medicamentos é prioridade
Norberto Prestes (Abiquifi): nacionalização de medicamentos é prioridade

O problema expõe um gargalo na nacionalização de insumos farmacêuticos ativos (IFAs), que têm 95% da produção importada de mercados como China e Índia. “O Brasil precisava fazer um movimento similar ao dos Estados Unidos, que decidiu iniciar a fabricação local de 180 moléculas consideradas estratégicas para manter a soberania de produção”, destaca Norberto Prestes, CEO da Abiquifi.

Desde 2020 a associação espera o posicionamento dos ministérios de Ciência e Tecnologia e da Saúde para um plano com esse objetivo, a partir do levantamento de 50 moléculas prioritárias. A estimativa é de um custo anual de R$ 2 bilhões a R$ 4 bilhões.

Entidades querem apoio à pesquisa e reforma fiscal

Reginaldo Arcuri 1

Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil, elogia o que chama de início de um diálogo para estabelecer mecanismos de trabalho permanentes. “É uma resposta a um caminho que já vem sendo trilhado pelas farmacêuticas nacionais”, reforça. O executivo lembra que, desde 2013, as indústrias brasileiras do segmento investiram R$ 11 bilhões em plantas dedicadas a pesquisa & desenvolvimento. “Elas são a origem de 76% dos gastos com inovação. Há 15 anos esse percentual era de apenas 52%”, acrescenta.

Nelson Mussolini

Presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini vai além e cobra do governo um programa de reforma fiscal para incentivar a indústria farmacêutica. “Não pleiteamos isenção. Queremos que o poder público desonere a produção. Estamos diante de um país que importa 95% de IFAs, mas responde apenas por 3% do consumo global”, afirma. Ele defende ainda a prospecção de parcerias estratégicas com o Exterior, focando em mercados maduros como Canadá e Estados Unidos.

Produção nacional de medicamentos pode ter apoio do BNDES?

Outras fontes ouvidas pela redação do Panorama Farmacêutico acreditam que o BNDES pode, mais uma vez, garantir recursos generosos para incentivar a produção nacional de medicamentos. Segundo estudo realizado pelo portal, os governos Lula e Dilma Rousseff responderam por 84% dos financiamentos à indústria farmacêutica nacional entre 1995 e 2020, período que totalizou 484 aprovações de empréstimos pelo valor de R$ 4,1 bilhões.

Parte da explicação para esse volume está na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que plantou terreno para expansão do setor com a implementação dos genéricos, a criação da Anvisa e Lei da Propriedade Industrial.

As medidas exigiram das farmacêuticas uma completa revitalização fabril, para se enquadrar aos padrões e bioequivalência e bioimpedância requeridos pelos genéricos e ter mínima estrutura para competir com as multinacionais. Esse processo ganhou status de política de Estado no governo Lula, sendo o próprio Farmácia Popular um dos canais para fomentar o setor.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico