Brasil soma 42% do mercado farmacêutico na América Latina

mercado farmacêutico na América Latina

Liderança absoluta. A venda de medicamentos no Brasil representa 42% do faturamento total do mercado farmacêutico na América Latina, considerando a receita em dólares no ano passado. O país está US$ 10 bilhões à frente do México e ampliou a diferença em relação à terceira colocada Colômbia.

O mercado farmacêutico brasileiro movimentou US$ 19,5 bilhões no ano passado, contra US$ 17,5 bi de 2021. O crescimento de 11,3% está em linha com a alta de 12,3% registrada em toda a região. Apesar de alguns impactos negativos da pandemia para carros-chefes do setor, como antibióticos e antigripais, as áreas terapêuticas de cardiometabolismo, diabetes e sistema nervoso central obtiveram um avanço médio de 20% a 30%. No caso dos suplementos vitamínicos, o incremento chegou a 40%.

Top 3 do mercado farmacêutico na América Latina

O país tem um faturamento superior ao da soma dos três outros players mais relevantes – México (US$ 9,5 bilhões), Colômbia (US$ 4,3 bi) e Argentina (US$ 4,2 bi). Esse último, em particular, apresentou a maior evolução percentual no ano – 48,4%. A migração do consumo para as lojas de bairro a partir de pandemia deu sobrevida às farmácias independentes, majoritárias no mercado argentino.

Para Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, uma conjuntura de fatores explica a folgada liderança do Brasil, a começar pelo número de habitantes e população idosa – maior na comparação com os demais países. “Mas a grande diferença está em nosso sistema público de saúde, cuja acessibilidade não encontra precedentes em outros mercados do continente. O SUS funciona como uma alavanca para a rede privada e o consumo de medicamentos”, argumenta.

O dirigente destaca o fato de 40 milhões de pessoas integrarem a cobertura do segmento de saúde suplementar. “É um contingente que se aproxima da população de toda a Argentina, por exemplo”, completa.

 

Participação na receita de medicamentos por país (%)
Fonte: IQVIA

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Indústria farmacêutica entre as melhores práticas de RH

melhores práticas de RH

 

A indústria farmacêutica vem se preocupando cada vez mais em adotar as melhores práticas de RH. Como resultado, seis laboratórios fazem parte da lista de 57 companhias brasileiras reconhecidas em 2023 pelo Top Employers Institute, entre mais de 2 mil empresas de 121 países. São elas a Baxter, bioMérieux, Boehringer Ingelheim, Chiesi, Hypera Pharma e Takeda.

“A certificação reflete a evolução das empresas brasileiras nos diversos aspectos organizacionais frente ao mercado mundial. O crescente número de companhias certificadas mostra uma preocupação cada vez maior não só em melhorar os processos internos e externos, mas principalmente em consolidar a conexão entre as aspirações dos colaboradores e o propósito das organizações. Alcançar esta certificação em escala global é, com certeza, um claro reconhecimento desse esforço”, explica Gustavo Tavares, líder do Top Employers Institute para a América Latina.

Ser certificado como Top Employer é uma prova da dedicação e comprometimento das organizações em implementar excelentes políticas de RH e práticas de gestão de pessoas com o intuito de melhorar o mundo do trabalho. Esse ano foram certificadas no Brasil empresas de 13 setores da economia, com destaque para os segmentos de serviços, consumo, farmacêutico, tecnologia, financeiro, manufatura, varejo, química e logística.

Top Employers Institute reconhece melhores práticas de RH

O Programa de Certificação Top Employers Institute se baseia em um inventário de melhores práticas em recursos humanos, apoiada em fatos e evidências, e auditada de forma independente. Desenvolvida a partir de uma metodologia global, a pesquisa cobre 6 dimensões de RH divididas em 20 sub-tópicos.

A avaliação desse ano já reflete a nova ordem do mercado, que surge no cenário de pós-pandemia, com a transformação digital, maior investimento na aquisição e retenção de talentos – cada vez mais globais dentro de um sistema híbrido de serviço – e na busca por qualidade de vida. É possível verificar que as empresas brasileiras se destacam em tópicos mais ligados à gestão, como Ética & Integridade, Estratégia de Negócios, Organização & Mudanças e Propósito & Valores, entre outros.

Quando olhamos a outra ponta, entre os tópicos com oportunidades mais claras de aprimoramento para as empresas nacionais estão aqueles mais relacionados aos anseios pessoais dos colaboradores, como Qualidade de Vida e Bem-Estar, além da sustentabilidade do negócio, com a implantação crescente de políticas voltadas para Diversidade, Equidade e Inclusão.

Remuneração & Reconhecimento e Desenvolvimento de Carreira foram os tópicos nos quais as empresas brasileiras tiveram desempenho mais fraco, sendo que apenas 2% alcançaram os padrões globais de excelência medidos pelo Instituto. Fato semelhante ocorreu em Bem-Estar e Integração, onde apenas 4% das companhias nacionais tiveram aproveitamento alinhado aos padroes globais de excelência. Estes fatos indicam que ainda há muito espaço de evolução para tais quesitos dentro da cultura organizacional.

Em Diversidade & Inclusão, outra pauta cada vez mais relevante, apenas 16% das organizações certificadas apresentaram práticas totalmente alinhadas com os padrões globais de excelência medidos pelo Top Employers, o que indica que a velocidade de implantação dessas políticas aqui no Brasil, apesar dos recentes avanços, ainda está aquém do que se verifica em outros países.

Para o CEO do Top Employers Institute, David Plink, o resultado desse ano reflete um movimento das empresas de olharem cada vez mais para as pessoas, um caminho que deve permear a relação de trabalho pelos próximos anos do pós-pandemia. “Esses empregadores sempre mostraram que se preocupam com o desenvolvimento e o bem-estar de seu pessoal. Ao fazê-lo, enriquecem coletivamente o mundo do trabalho.”

 

Fonte: redação Panorama Farmacêutico

Anvisa e PróGenéricos: setor questiona relação de parentesco

Diretor da Anvisa
Daniel Pereira comanda a 5ª Diretoria da Anvisa

 

O recém-empossado presidente-executivo da PróGenéricos, Thiago Meirelles, é irmão do diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniel Pereira, segundo reportagem do JOTA.

A relação de parentesco levantou o questionamento de representantes do setor e técnicos da autarquia sobre conflito de interesses, uma vez que é atribuição da Anvisa regular o setor.

Situação de diretor da Anvisa é delicada

A avaliação é que a situação é delicada. Pereira comanda A 5ª Diretoria da Anvisa, responsável, entre outros produtos, pelo monitoramento da qualidade e segurança de medicamentos.

Diante do conflito de interesses, o diretor deve se declarar impedido em discussões envolvendo o setor farmacêutico de forma geral, que limitaria de forma expressiva sua atividade.

Outra inquietação se refere à forma como ele vai propor regras para regular a segurança pós-registro de medicamentos.

A Anvisa afirmou que a Lei 12.813, de 16 de maio de 2013, estabelece o regramento para casos de conflitos de interesse e que todos os limites serão observados. Questionado pelo JOTA sobre como isso se daria na prática, o diretor respondeu ser necessário avaliar cada caso concreto.

Graduado em direito, Daniel Pereira é especialista em Regulação de Saúde Suplementar e possui mais de 10 anos de experiência em direito público, gestão e regulação, com atuação em Agências Reguladoras Federais na área de transporte e saúde.

Presidente da PróGenéricos assumiu entidade há uma semana

Thiago Meirelles 1
Thiago Meirelles é o novo presidente executivo da PróGenéricos

 

O administrador Thiago Meirelles substituiu Telma Salles no comando da PróGenéricos e assumiu oficialmente o cargo no dia 11 de janeiro. Uma de suas primeiras medidas será transferir a sede da entidade de São Paulo para Brasília, seguindo tendência entre entidades de diversos setores.

Servidor de carreira da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desde 2008, o executivo foi presidente do conselho de administração do Geap Saúde –Fundação de Assistência ao Servidor Público.

Posicionamento da PróGenéricos 

A PróGenéricos enviou à redação um posicionamento sobre o tema. A nota de esclarecimento afirma que a associação “tem mais de 20 anos de relação com entes públicos pautada sempre pela ética e transparência. A entidade reforça sua total aderência e respeito a legislação federal, Lei nº 12.813/13, que estabelece regras claras de conduta em casos de conflitos de interesse”.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Fiocruz estuda medicamento antiviral contra a Covid-19

antiviral

 

A Fiocruz, em parceria com a empresa Microbiológica e o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), está tentando desenvolver um antiviral de uso oral contra a Covid-19. A substância, batizada pelos pesquisadores de MB-905, foi purificada a partir da cinetina e demonstrou-se eficaz para inibir a replicação do Sars-CoV-2 em linhagens de células humanas hepáticas e pulmonares, além de auxiliar a frear o processo inflamatório desencadeado pelo vírus.

Segundo a Agência Fiocruz de Notícias, a pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communication e o dossiê pré-clínico foi encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que, a partir da aprovação do órgão, seja iniciada a primeira fase de ensaios clínicos.

“A ideia é que a gente possa então cumprir todas as etapas necessárias para o desenvolvimento desse medicamento no Brasil, desde a fase de planejamento, síntese, caracterização química, caracterização de mecanismo de ação e os estudos pré-clínicos de segurança, tolerabilidade e eficácia. Nosso objetivo é que essa substância possa se tornar um antiviral inovador, desenvolvido no Brasil desde a sua concepção, visando a que a gente tenha mais independência nesse tipo de tecnologia que teria alto custo de importação para o SUS”, explicou o pesquisador Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), um dos principais autores do estudo.

Como funciona o antiviral contra a covid-19

A substância MB-905 desorganiza o genoma do vírus e causa uma catástrofe na síntese de seu material genético (RNA), processo crucial para a replicação viral. Além de atuar como antiviral, a MB-905 também conseguiu frear o processo inflamatório desencadeado pelo coronavírus, diminuindo os níveis das citocinas IL-6 e TNFα em monócitos infectados. Segundo Moreno, isso é fundamental para combater a Covid-19, uma vez que a doença não manifesta somente uma destruição viral, mas serve muitas vezes como gatilho de uma resposta inflamatória exacerbada do organismo do paciente. Isso influenciou a pesquisa desde o ponto de partida.

Para os pesquisadores, a Covid-19, assim como outras doenças de natureza viral, não será curada com um único medicamento. Eles entendem que será necessário administrar um coquetel de medicamentos para tratar os casos mais graves da doença e aqueles de maior risco, como os de pacientes com comorbidades. Com base no mecanismo de ação da MB-905, portanto, o grupo investigou que substâncias poderiam potencializar o efeito da cinetina.

O estudo também identifica vantagens do MB-905 em relação a outras substâncias cujo benefício clínico foi demonstrado em ensaios clínicos independentes. O remdesivir, por exemplo, é injetável, enquanto a cinetina será administrada como comprimido, possibilitando que o paciente receba o medicamento o mais precocemente possível. Já em relação ao molnupiravir, o MB-905 obteve melhores resultados em testes de segurança. Como desorganiza o genoma viral sem interferir no da célula, a cinetina foi considerada segura de acordo com o teste de Ames.

O projeto contou com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio de encomenda tecnológica ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii). Teve ainda a colaboração do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Bayer deixa de lado mercados “não amigáveis ​​à inovação”

Bayer

 

A farmacêutica alemã Bayer comunicou que está mudando o foco de seus negócios farmacêuticos para os EUA e para longe da Europa, onde os governos estão cometendo “grandes erros” na forma como gerenciam os orçamentos de saúde. As informações são do Financial Times e do First World Pharma.

Segundo a reportagem o chefe da divisão farmacêutica da companhia, Stefan Oelrich, afirmou que os formuladores de políticas da União Europeia e do Reino Unido estão transformando o continente em um lugar “hostil à inovação” para fazer negócios.

“Os governos europeus estão tentando criar incentivos para investimentos em pesquisa, mas estão tornando nossas vidas miseráveis ​​do lado comercial”, disse Oelrich, acrescentando que “se você não tem vendas, pode se beneficiar do lado dos custos o quanto quiser, mas não é uma boa equação.”

Bayer se concentrará em mercados do EUA e China

Como resultado, Oelrich diz que a Bayer está “despriorizando a Europa até certo ponto” e se concentrando nos EUA e na China, onde a divisão farmacêutica da empresa já estabeleceu uma presença considerável. Ele observou que a China está se tornando cada vez mais receptiva quando se trata de inovação, enquanto os preços mais altos dos medicamentos nos EUA permitem que a empresa compense a inflação.

A região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) responde por cerca de 40% das vendas da divisão farmacêutica da Bayer, segundo o relatório do Financial Times, enquanto a América do Norte e o resto do mundo respondem por 23% e 37%, respectivamente. Oelrich disse que a empresa está investindo pesadamente nos Estados Unidos, onde nos últimos anos adquiriu a Asklepios BioPharmaceutical e a Vividion Therapeutics em negócios no valor combinado de até US$ 6 bilhões.

Precificação no Reino Unido

As ações da Bayer coincidem com a retirada da AbbVie e da Eli Lilly de um acordo de precificação de medicamentos no Reino Unido, conhecido como Esquema Voluntário para Preços e Acesso a Medicamentos de Marca, devido ao que dizem estar penalizando a recuperação da receita.

O esquema exige que as empresas paguem uma porcentagem das receitas ao governo se a conta geral do NHS para medicamentos aumentar mais de 2% ao ano. Em 2022, a taxa foi fixada em 15%, gerando £ 1,8 bilhão (US$ 2,2 bilhões) em descontos da indústria, enquanto a taxa este ano aumentou para 26,5% e está prevista para custar £ 3,3 bilhões (US$ 4 bilhões).

A Bristol Myers Squibb alertou recentemente que o programa poderia desviar investimentos do Reino Unido. A Alemanha também aprovou uma nova lei em outubro destinada a reduzir a conta de medicamentos do país.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Sebrae registra 29 mil novas farmácias no Brasil em três anos

Sebrae registra 29 mil novas farmácias no Brasil em três anos

Portas abertas para o crescimento do varejo farmacêutico nacional. Em três anos, o Sebrae registrou a abertura de mais de 29 mil farmácias no Brasil. E as micro e pequenas empresas responderam por 85% dos novos PDVs.

Atualmente, o país abriga 191.689 farmácias e drogarias. Esse total leva em consideração filiais de grandes, médias e pequenas redes, estabelecimentos independentes, franquias, mercado magistral e também farmácias públicas e comunitárias.

A pandemia ampliou o protagonismo do setor como canal de atenção primária e serviu de motor para a expansão de lojas. Em 2021, por exemplo, o volume de inaugurações somou 12.758, o maior número dos últimos dez anos. O ritmo foi menor em 2022, mas mesmo assim, 6 mil farmácias abriram as portas.

Abertura de farmácias no Brasil

Microempresas dominam abertura de farmácias no Brasil

Ainda segundo o levantamento do Sebrae, mais de sete entre cada dez lojas abertas nos últimos três anos estão enquadradas como microempresas (ME) ou no regime de microempreendedor individual (MEI) – 21.619 ao todo. Outros 4.088 PDVs são empresas de pequeno porte (EPPs), o equivalente a 14%; e 3.612 são filiais de médias e grandes redes (MGE), representando 12%. Nesse período, praticamente não nasceu nenhuma farmácia pública ou sem fins lucrativos (GOV ou SFL).

Novas farmácias no Brasil desde 2020 por natureza jurídica (em mil e %)

Novas farmácias no Brasil desde 2020 por natureza jurídica (em mil e %)

Porte Aberturas 2020 Aberturas 2021 Aberturas 2022 %
ME 7.954 9.273 4.392 72%
EPP 1.460 1.736 892 13%
MGE 1.275 1.642 695 12%
MEI 130 100 16 0,007%
SFL 5 7 5 0,001%
GOV 0 0 0 0%

Fonte: Sebrae

Das farmácias hoje existentes no país, 88% são micro e pequenas empresas. Para o consultor Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail, o movimento de migração do consumo dos grandes centros empresariais para as lojas de bairro durante a pandemia ajuda a explicar esse cenário. Mas também reflete um cenário estrutural do varejo brasileiro, muito calcado no regionalismo.

“Como cerca de 200 municípios do país concentram em torno de 80% do consumo nacional, a tendência é que as grandes redes foquem seus esforços nessas cidades e enfrentem mais dificuldades para ampliar sua capilaridade”, avalia. O consultor ainda lembra que o canal farma foi um dos últimos segmentos do varejo a ter redes efetivamente nacionais. “Em paralelo, o associativismo despontou como contraponto às grandes, criando uma categoria promissora”, acrescenta.

Raio-X das farmácias no Brasil por região

A distribuição de farmácias no Brasil por região também reforça a capilaridade do setor. O Sudeste concentra 36% dos estabelecimentos (68.951), dos quais 47% estão baseados no estado de São Paulo. O Nordeste conta com 55.293 PDVs, 29% do total.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Novo Nordisk usará água da chuva para produção de insulina

Novo Nordisk

 

A fábrica de insulinas da Novo Nordisk em Montes Claros (MG) inaugura nesta quarta-feira, dia 18, um sistema de captação de água pluvial com capacidade de uso de 80 milhões de litros por ano. O economizará 40% do consumo do recurso da concessionária de água local, quantidade suficiente para abastecer mais de 6 mil casas, com quatro pessoas, ao longo de um ano.

Durante o segundo semestre de 2022, além da lagoa, a fábrica também direcionou seus esforços para a construção de uma Estação de Tratamento de Água, com sistemas de decantação, filtragem, ultrafiltração e purificação da água para atendimento aos requisitos legais de potabilização. Este sistema passou por um processo de validação e aprovação da Vigilância Sanitária para ser autorizado a reutilizar a água da chuva na fabricação de medicamentos.

“A insulina tem mais de 90% de água em sua composição, portanto, este projeto nos permitirá ser pioneiros, sendo a única no Brasil a fabricar insulina utilizando água da chuva. É o resultado do propósito da nossa estratégia ambiental de impacto positivo tanto no meio ambiente, quanto na sociedade”, explica Reinaldo Costa, vice-presidente corporativo da empresa.

A unidade de Montes Claros da Novo Nordisk é reconhecida como a maior fábrica de insulina da América Latina e uma das mais modernas do mundo, responsável por 30% da insulina produzida mundialmente pela empresa e 15% da insulina consumida no mundo, totalizando sozinha 25% de toda exportação de medicamentos do Brasil. A unidade produz insulinas para 50 países, incluindo o Brasil, onde parte da produção é destinada ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Além do reuso de água da chuva inaugurado agora, a fábrica já conta com outras ações de redução e reutilização de água. Um exemplo são os 250 mil litros de efluentes que são tratados em uma Estação de Tratamento de Efluentes e reutilizados na irrigação de 40 mil m² de áreas verdes locais e 130 mil litros de efluentes industriais que são tratados em uma planta de reuso e são utilizados para torres de resfriamento e caldeiras. Somente com essas iniciativas, já se tem 380 mil litros de água de redução de consumo de água.

Outras ações da Novo Nordisk

Outras duas ações de impacto positivo ambiental e social também foram anunciadas pela unidade agora em janeiro: incineração zero e instalação de sistemas de captação de chuva em comunidades locais.

Desde 2020 a fábrica não utiliza aterros industriais e agora em 2022 atingiu o objetivo de zero incineração. Todos os resíduos, antes incinerados, agora estão sendo destinados a processos ambientalmente mais adequados, seguindo os princípios da economia circular.

Quanto ao sistema de captação de chuva, a Novo Nordisk estendeu seus conhecimentos e recursos para nove comunidades da região de Montes Claros e três associações na área urbana do município também receberam o sistema,.

“Já foram coletados cerca de 500 mil litros de água, que será usada por centenas de pessoas. Além disso, as caixas que são utilizadas para o projeto de captação de água de chuva são confeccionadas a partir de resíduos plásticos reciclados da nossa fábrica”, diz Robison Morais, diretor de Suporte à Produção, da Novo Nordisk.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

 

Farmacêutico Marco Aurélio Pereira assume cargo no Ministério da Saúde

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Marco Aurélio Pereira

 

O Farmacêutico Marco Aurélio Pereira é o novo Diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. O órgão tem como principal objetivo a execução de ações que garantam e ampliem o acesso da população a medicamentos que tenham qualidade, segurança e eficácia, promovendo o seu uso racional.

“A indicação nos enche de esperança, especialmente neste período em que ganha maior significado a importância do Programa Farmácia Popular e da Assistência Farmacêutica para nosso país”, afirma Fábio Basílio, presidente da Fenafar.

A coordenadora Geral do Instituto Escola dos Farmacêuticos (EnFAR), Silvana Nair Leite, também destacou a importância da indicação. “É uma grande satisfação saber que a Assistência Farmacêutica no Brasil será dirigida pelo colega Marco Aurélio e sua marca de responsabilidade, compromisso com a gestão pública, com os interesses da população e com a categoria profissional que sempre defendeu.”

Marco Aurélio Pereira é servidor de carreira

Farmacêutico, formado pela Universidade Católica de Santos, Pereira tem especialização em farmacologia e mestrado em Saúde Pública na área de Gestão em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).

Foi professor da Universidade Santa Cecília e professor adjunto da Universidade Municipal de São Caetano do Sul de 2004 a 2009, nas cadeiras de História da farmácia, Deontologia e Legislação farmacêutica e saúde pública.

Presidiu o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo por três gestões (1998-2001; 2001-2004; 2004-2007) e foi diretor da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). Coordenou em âmbito nacional o Programa Farmácia Popular do Brasil, no Ministério da Saúde, de 2009 a 2016.

Em 2016, iniciou suas atividades no Conselho Nacional de Saúde (CNS) como assessor técnico e, desde 2018, atua como coordenador técnico normativo da instituição, exercendo o cargo de secretário executivo substituto. Em 2011, recebeu a Comenda do Mérito Farmacêutico do Conselho Federal de Farmácia.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

FDA deixa de exigir testes de medicamentos em animais

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testes de medicamentos em animais

 

Uma nova lei dos Estados Unidos eliminou a exigência de testes de medicamentos em animais antes de serem administrados aos participantes em testes em humanos. As informações são do Yahoo.

Desde 1938, a indústria farmacêutica veterinária era obrigada a submeter seus medicamentos a vários testes em animais antes de prosseguir para as demais fases de pesquisas. Agora, porém, as empresas terão a opção de testes em animais ou não-animais, em uma mudança que os grupos de direitos dos animais e algumas farmacêuticas defendem há anos.

A nova lei A nova lei, que se chama FDA Modernization Act 2.0, faz parte do pacote do orçamento federal e foi sancionado pelo presidente Joe Biden em 29 de dezembro. Em vez de testes em animais, novos medicamentos podem agora passar para testes em humanos após rodadas bem-sucedidas de “testes não clínicos”, um termo genérico que inclui testes em animais, mas também permite avanços tecnológicos como simulações de computador e chips de órgãos e partes do corpo impressas em 3D para substituir os animais.

O pacote também inclui US$ 5 milhões para pesquisas da FDA destinadas a reduzir os testes em animais e desenvolver métodos de teste novos e aprimorados.

Como funcionam os testes de medicamentos em animais?

 

Até agora, o FDA geralmente exigia que os medicamentos propostos passassem por testes de toxicidade em uma espécie de roedor (ou seja, rato ou camundongo de laboratório), bem como em um não roedor, como um macaco ou raças de cachorro. Mas a esmagadora maioria das drogas que passam por esses testes em testes em humanos ainda acabam sendo consideradas inseguras ou ineficazes.

Quase 95% dos medicamentos que entram em testes em humanos falham em obter a aprovação do FDA, de acordo com um estudo de 2019, o que significa que os testes em animais não parecem ser um filtro muito eficaz. A biologia interna de um rato é diferente da de um cachorro, que por sua vez é diferente da de um ser humano. Sem falar no custo elevado, crueldade potencial e morte garantida que acompanham os testes em animais.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Pfizer subsidia remédios para países pobres, mas não contempla Brasil

Pfizer

 

Pfizer comunicou nesta terça-feira, dia 17, que ampliará a lista de medicamentos a preço de custo, que são vendidas para os 45 países de baixa renda participantes do programa “Um acordo para um mundo mais saudável”. O anúncio foi feito na reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos e não inclui o Brasil. A lista contempla grande parte dos países africanos e alguns do Oriente Médio e Ásia.

Lançado em maio de 2022, o acordo tem o objetivo de reduzir significativamente as desigualdades de saúde que existem entre muitos países de baixa renda e o resto do mundo. A partir de agora também passará a incluir, além do portfólio completo para o qual a Pfizer tem direitos globais nos EUA e União Europeia, produtos sem patentes, elevando a oferta total de 23 para cerca de 500 medicamentos.

Isso inclui quimioterapias e tratamentos de câncer oral, além de uma ampla gama de antibióticos. À medida que a Pfizer lançar novos medicamentos e vacinas, esses produtos também serão incluídos no portfólio.

“Acreditamos que essa expansão de nossa oferta de produtos, combinada com esforços contínuos para ajudar a superar as barreiras que limitam ou impedem o acesso, nos ajudará a alcançar e até agilizar nossa visão de um mundo onde todas as pessoas tenham acesso aos medicamentos e vacinas de que precisam para viver vidas mais longas e saudáveis”, afirma o presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla.

Pfizer fornece educação e treinamento

Um dos países já contemplados pelo programa foi Ruanda, que recebeu a entrega de nove medicamentos e vacinas da Pfizer para o tratamento de alguns tipos de câncer, doenças infecciosas e inflamatórias. Em colaboração com o Ministério da Saúde do país, a Pfizer forneceu educação e treinamento profissional em saúde para apoiar a entrega.

Em novembro, a farmacêutica implantou sua primeira equipe global de saúde no país para ajudar a identificar oportunidades de otimização da cadeia de suprimentos a longo prazo. A colaboração também está em andamento com o Ministério da Saúde do Malawi.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico