Evento do CRF-SP treina farmacêuticos sobre diversidade e inclusão

Diversidade e inclusão

 

Neste sábado, dia 21, o CRF-SP realiza o XXIII Encontro Paulista de Farmacêuticos, cujo tema será sobre diversidade e inclusão. O evento em homenagem ao Dia Nacional do Farmacêutico – comemorado em 20 de janeiro – é gratuito e contará com depoimentos de pessoas que já passaram por situações de preconceito ou constrangedoras em estabelecimentos de saúde como negros, público LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.

Além disso, histórias de superação de mulheres que enfrentaram muitos desafios para estarem em cargos de alto escalão como no caso da farmacêutica Maria Claudia Villaboim Pontes, diretora da Weleda para a América Latina. Segundo a pesquisa “Women in Business”, realizada pela Grant Thornton em 2022, 38% dos cargos de liderança em médias empresas são ocupados por mulheres no Brasil. Os dados mostram uma queda de 1% em relação ao ano anterior.

Recentemente, uma rede de farmácias foi obrigada a pagar uma indenização por danos morais por ser acusada de homofobia por um paciente. Em outro caso, uma recrutadora de uma empresa pede que se evite a contratação de pessoas muito tatuadas ou muito gordas, além de profissionais de orientação sexual abertamente LGBTQIAPN+.

Encontro do CRF-SP visa coibir a discriminação

Por situações como essas que o CRF-SP traz o tema à tona. Para o presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow, é de suma importância que os farmacêuticos estejam preparados para atender com qualidade a todas as pessoas em estabelecimentos de saúde como farmácias, muitas vezes o primeiro contato do paciente com um profissional de saúde. “Nosso objetivo é garantir que o atendimento e as informações corretas sejam iguais a todas as pessoas. Não é aceitável haver qualquer discriminação ou situação constrangedora”.

Uma das palestras será da atriz Glamour Garcia, que recebeu diversos prêmios e suscitou a discussão do assunto pela interpretação da transexual Britney, na novela A Dona do Pedaço, em 2019.  O cuidado farmacêutico e combate ao preconceito a pessoas com HIV/AIDS também estarão em debate, com ênfase em profilaxia PREP e PEP, ou seja, pré e pós exposição ao vírus, tendo em vista que o farmacêutico é um profissional de saúde apto a prescrever esses medicamentos.

O evento finaliza com a apresentação “O Brasil em transformação”, de Renato Amendola, responsável por desenhar e implantar uma das estratégias de Diversidade e Inclusão mais respeitadas do Brasil. O XVIII Encontro Paulista de Farmacêuticos tem início às 8h30 e será realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na Rua Itambé, 135.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Carreira dos farmacêuticos: Brasil forma 15 mil profissionais por ano

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carreira dos farmacêuticos

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF) confirmam a consolidação da carreira dos farmacêuticos no Brasil. Os cerca de 340 cursos superiores da área disponíveis no país formam, anualmente, 15 mil profissionais. E deste total 93,4% estão empregados na área.

A pandemia e o advento do modelo de assistência farmacêutica, aliás, contribuíram para despertar o interesse pela disciplina de farmácia. Considerando dados de 2021, mais de 1,9 milhão de jovens se matricularam na modalidade de ensino, sendo que 78,4% dos alunos têm menos de 30 anos. Os indicadores são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A busca pelo termo “atendente de farmácia” na categoria “emprego e educação” cresceu 50% no último ano, de acordo com o Google.

Carreira dos farmacêuticos: mercado vasto e salário variado

A carreira dos farmacêuticos convive com uma carga horária que varia entre 24, 30, 36 e 40 horas semanais conforme a área de atuação. Para um iniciante, a base salarial pode oscilar de R$ 1.500 a R$ 6 mil.

“A área está a todo vapor e teve um alto desempenho devido à pandemia, que resultou no aumento e procura dos profissionais da área. Os jovens que se formam na área ainda têm a vantagem de poder atuar em uma série de segmentos, da indústria ao varejo, passando por atacadistas, laboratórios de análises clínicas e institutos de pesquisa”, ressalta Larissa Marcelino, supervisora de marketing digital do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac).

O curso de atendente de farmácia é visto por muitos estudantes como uma porta de entrada para a carreira profissional, por permitir uma vasta formação voltada inclusive para o empreendedorismo. “Hoje esse aluno tem contato com temas como anatomia e fisiologia humana, cosméticos e perfumaria, desenvolvimento pessoal e primeiros-socorros”, complementa.

O crescimento do mercado nos últimos anos indica que o farmacêutico seguirá em destaque no mercado de trabalho. A IQVIA estima que o setor ampliou em 12% o faturamento em 2022. Em 2021, o avanço já havia sido de 10,8%. Para 2023, a projeção é de 11,5% de incremento.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Farmácias apostam em mercado de ensaios clínicos

ensaios clínicos
Foto: Divulgação Walgreens

 

Depois de consolidar a farmácia como hub de saúde, o grande varejo farmacêutico está explorando um novo nicho de mercado, o de serviços de ensaios clínicos. Segundo reportagem do Drugstore News, a incursão neste mercado pode parecer estranha para alguns, mas é óbvia dada ao esforço em ser a porta de entrada para a saúde dos pacientes.

Além disso, há uma necessidade crescente da indústria farmacêutica de desenvolver e trazer novos medicamentos e vacinas para o mercado, em meio a esforços regulatórios crescentes da FDA para arregimentar participantes para os ensaios clínicos.

Entre as redes que estão avançando nesse novo nicho de mercado destacam-se a CVS  Health, a Walgreens e o Walmart. Em junho de ano passado, a Walgreens iniciou uma operação voltada à área de ensaios clínicos, com o objetivo de usar os dados de pacientes de suas farmácias para aumentar o recrutamento em estudos conduzidos por fabricantes de medicamentos.

Outro player, a CVS Health, está se consolidando na indústria de ensaios clínicos. Por uma década, a rede operou uma organização de pesquisa doméstica que apoiou mais de 200 ensaios clínicos, principalmente em oncologia, diretamente das casas dos pacientes. Ela também opera um grupo que concluiu mais de 100 estudos de evidências do mundo real para empresas farmacêuticas. Visando uma visão mais ampla do papel que poderia desempenhar na pesquisa clínica, a CVS Health criou o Clinical Trial Services (CTS), em maio de 2021.

Já o Walmart está avançando desde o lançamento do Healthcare Research Institute, em outubro de 2022. “Nosso serviço se concentrará em intervenções e medicamentos inovadores que podem fazer a diferença em comunidades sub-representadas, incluindo idosos, residentes rurais, mulheres, populações minoritárias e muito mais”, afirma John Wigneswaran, diretor médico do Walmart, enfatizando que, para que as terapias sejam bem-sucedidas, elas precisam ser avaliadas em todos que possam tomá-las.

Barreiras existentes para participantes de ensaios clínicos

A capacidade de oferecer opções convenientes para os pacientes participarem de ensaios clínicos é uma marca registrada dos grandes varejistas. Por conta da Covid-19, os pacientes não conseguiram chegar aos centros de ensaios clínicos e os fabricantes estavam procurando novas maneiras de alcançar os consumidores em testes futuros.

“Estamos criando oportunidades para proporcionar maior comodidade para os pacientes participarem e começar a remover algumas das barreiras que tradicionalmente existem para participantes de ensaios clínicos”, explica Ramita Tandon, diretora de ensaios clínicos da Walgreens.

Uma das maiores barreiras à participação do paciente tem sido estrutural, especialmente para moradores de áreas rurais ou do extremo sul do país. Quando os pacientes se inscrevem para testes e precisam viajar longas distâncias para centros médicos acadêmicos, eles geralmente não participam das consultas de acompanhamento. “A taxa de abandono é superior a 20%”, disse Ramita.

Para superar essa barreira, a Walgreens ativou 10 centros de ensaios clínicos e também oferece a opção de participar por telefone. Por meio da recente  aquisição da CareCentrix, a rede pode conduzir certos aspectos dos ensaios clínicos na casa do paciente.

O Clinical Trial Services, da CVS, também está oferecendo participação experimental virtualmente e nas casas das pessoas. “Um em cada cinco pacientes abandona os ensaios clínicos devido ao ônus associado à participação no próprio ensaio clínico. Temos uma história de 20 anos com mais de 1.100 MinuteClinics e uma base profunda no trabalho protocolado liderado por nossas enfermeiras, o que nos permite trazer pesquisas para esse ambiente e ter a confiança de que isso ocorrerá de uma maneira que atende às expectativas dos pacientes e patrocinadores”, ressalta Tony Clapsis, chefe do CTS. A clínica trouxe oportunidades de pesquisa para 25 milhões de membros e inscreveu cerca de 20.000 pacientes em 15 áreas terapêuticas.

O Walmart não fica de lado quando o assunto é conveniência. A varejista criou o MyHealthJourney, uma ferramenta digital que torna mais fácil para as pessoas ingressarem em estudos clínicos, ao mesmo tempo em que simplifica seus cuidados e elimina as lacunas de atendimento. A ferramenta digital permite que os pacientes da pesquisa acessem seus próprios dados  de saúde, incluindo registros médicos.

Áreas terapêuticas

Enquanto a Walgreens está focando em problemas cardiovasculares, diabetes e doenças renais crônicas, a CVCS, que está apoiando ensaios em 15 áreas terapêuticas, incluindo vacinas, metabólica e dermatologia, planeja expandir para outras áreas terapêuticas, bem como para os estados onde realiza ensaios. “

Já o Walmart Healthcare Research Institute, inicialmente focado em diabetes, doenças cardiovasculares, Cpovid-19 e asma, está olhando para HIV, demência, obesidade e doenças raras como oportunidades futuras e se concentrará em intervenções e medicamentos inovadores que podem fazer a diferença em comunidades sub-representadas.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Kiss incentiva autocuidado das mãos

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Kiss New YorkOs lançamentos estão com tudo na Kiss New York, que amplia o portfólio da linha de sabonetes em espuma para mãos com o Hand Foaming Soap. O diferencial do novo produto é a experiência sensorial exclusiva, contemplada nos três aromas frutais – pêssego, limão siciliano e melancia, que se combinam com as fragrâncias de chás branco com melão e hibisco com maçã.

Com uma embalagem econômica, que rende até três vezes mais que os convencionais, o sabonete tem espuma ultraleve e um perfume suave, adaptado a todos os tipos de pele. Limpa sem agredir e preserva a maciez das mãos.

O Hand Foaming Soap tem formulação vegana, é livre de sal e parabenos e reúne um blend de ativos hidratantes e pH balanceado, sem ressecar a pele.

Valo sugerido: R$ 34,99 cada

Distribuição: sistema próprio de distribuição
Coordenadora de trade marketing: Erica Kim – (11) 2369-4004

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Estudo revela que 61% dos shoppers buscam experiências imersivas

experiências imersivas

 

A mais recente edição do estudo global CX Trends, apresentado nesta quinta-feira, dia 19, pela Zendesk revela que os consumidores esperam ter cada vez mais experiências imersivas, e essas têm se tornado rapidamente um importante diferencial para as empresas manterem a competitividade e a fidelização de seus clientes.

De acordo com o relatório, focado em tendências de Customer Experience (CX, ou Experiência do Cliente), 61% dos consumidores esperam ter experiências cada vez mais naturais e fluidas, o que inclui o atendimento pós-venda.

Experiências imersivas para consumidores cada vez mais exigentes

A experiência imersiva está evoluindo para um novo padrão, redefinindo o nível de envolvimento das empresas com seus clientes. Essa mudança é resultado de consumidores cada vez mais exigentes, que desejam ser atendidos onde quer que estejam, pelo canal que lhes for mais conveniente e por meio de interações contínuas, sem atritos. Nos últimos anos, líderes de negócios reconheceram que essa transformação requer um papel mais amplo de CX, o que tem exigido investimentos relevantes para permanecerem competitivos e atenderem às elevadas expectativas dos consumidores.

“Os clientes têm expectativas altas, pouca paciência e muitas opções na hora de fazer um negócio”, diz  Adrian McDermott, Chief Technology Officer da Zendesk. “Este ano, o CX Trends mostra que essa mudança de comportamento levou os líderes a investir em tecnologia para criar experiências mais imersivas e contínuas. Trata-se de um novo padrão de atendimento, que é essencial para conquistar clientes, mantê-los fiéis, e, consequentemente, aumentar a lucratividade das empresas”.

O relatório Zendesk CX Trends 2023 foi feito com dados de 3.700 clientes e mais de 4.700 líderes de CX, agentes e compradores de tecnologia de 20 países.

Clientes querem (e esperam) que a Inteligência Artificial evolua

O aumento de investimento em IA não passou despercebido e os clientes estão se sentindo mais à vontade com sua presença. Daqueles que interagem com bots de atendimento ao cliente regularmente, 72% identificaram melhorias de qualidade e dizem que os bots funcionam bem ao responder a perguntas simples, respondem mais rápido do que os agentes humanos e são confiáveis para fornecer informações precisas e úteis.

À medida que os clientes desfrutam de experiências mais ricas com bots, suas expectativas também aumentam. Segundo o relatório, 75% dos clientes esperam que as interações de IA se tornem mais naturais e humanas com o tempo, e a evolução da Inteligência Artificial permitirá que os clientes façam perguntas cada vez mais complexas.

“É evidente que os consumidores continuam a aderir cada vez mais ao atendimento feito por IA, ao terem seus problemas resolvidos de maneira quase idêntica ao suporte humano”, afirma McDermott. “Sabemos que as empresas estão trabalhando para melhorar a Inteligência Artificial, mas há uma percepção crescente de que atender às expectativas dos clientes exigirá um esforço mais concentrado. Os clientes, por sua vez, não estão dispostos a esperar que as empresas façam mudanças graduais, um sinal de que a mudança precisa acontecer rapidamente”.

Experiências de conversação empoderam os clientes

Os clientes estão impulsionando o avanço das experiências de atendimento conversacional. Eles querem interações fluidas, amigáveis e naturais, que os coloquem no controle e não atrapalhem suas próprias tarefas. No caso de um atendimento interrompido, por exemplo, eles esperam que um novo agente do SAC consiga facilmente retomar de onde a conversa anterior terminou.

A verdade é que 70% dos clientes gastam mais com marcas que oferecem uma experiência perfeita em todos os pontos de contato. Da mesma forma, 64% gastarão mais se seus problemas forem resolvidos no canal que estão usando naquele momento.

Embora as expectativas dos clientes sejam muito claras, as empresas ainda estão se atualizando. O estudo mostra que 71% dos líderes se comprometeram a reprojetar o atendimento ao cliente e 60% desejam (ou estão planejando ativamente) implementar serviços de atendimento conversacionais.

Clientes estão ansiosos por mais personalização

De acordo com o levantamento, 59% dos clientes desejam que as empresas utilizem a grande quantidade de dados que possuem para fornecer experiências verdadeiramente personalizadas, que transcendam os esforços típicos de marketing, seja na interação física ou online.

Infelizmente, a maioria das empresas tem uma visão estreita do que significa personalização e como fornecê-la; o que está em desacordo com 62% dos clientes, que acham que as empresas podem fazer mais. Se as organizações oferecerem experiências personalizadas, terão a oportunidade de colher os benefícios de relacionamentos duradouros com os clientes – 77% dos líderes empresariais concordam que uma personalização mais profunda leva a uma maior retenção de clientes.

Bem-estar e sentimento do cliente estão remodelando as experiências

As empresas não estão preparadas para entender as emoções dos clientes. As organizações têm se esforçado para melhorar o bem-estar do consumidor, mas 63% dos líderes empresariais admitem que esses esforços foram desfocados e reativos. As empresas não avançaram no rastreamento de dados emocionais de maneira mais formal. Apenas 22% dos líderes e gerentes dizem que o sentimento do cliente é usado para personalizar a experiência que o cliente recebe.

Uma experiência negativa com uma empresa pode causar danos emocionais reais e duradouros, e gerar críticos que vão espalhar a vivência com sua marca. Na verdade, 73% dos clientes mudam para um concorrente após várias experiências ruins e mais da metade deixa de comprar da marca após uma única interação insatisfatória.

Caminho a seguir para Customer Experience

Os líderes de CX estão cada vez mais conscientes dos benefícios de criar experiências imersivas e reconhecem que as funções de suporte são capazes de gerar receita. O fato é que 72% dos líderes de negócios acreditam que a fusão de equipes e responsabilidades em torno de CX aumentam a eficiência operacional, e 64% já têm planos para isso.

“À medida que olhamos para o futuro, fornecer um excelente atendimento ao cliente se tornará ainda mais importante para criar resiliência e gerenciar a incerteza. As marcas que investem em tecnologia para fornecer um CX imersivo e sem atritos verão um aumento na aquisição e fidelidade do cliente e, finalmente, na lucratividade”, finaliza McDermott.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Liderança em dose dupla na Natulab

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Natulab

A Natulab anuncia dois reforços para o time de executivos de 2023. Christian Gregory passa a ser o diretor de novos negócios e assuntos regulatórios. Ele ostenta duas pós-graduações e dois MBA no currículo, além de 25 anos no setor farmacêutico, com passagens por Aché, BMS, Eli Lilly e Hypera Pharma.

Natulab

João Mattos Júnior assume a gerência de logística, respaldado por 20 anos de experiência em grandes players como Nestlé e Grupo Edson Queiroz. É formado em ciências contábeis, com pós-graduação em gestão empresarial e marketing e MBA em logística empresarial.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Brasil soma 42% do mercado farmacêutico na América Latina

mercado farmacêutico na América Latina

Liderança absoluta. A venda de medicamentos no Brasil representa 42% do faturamento total do mercado farmacêutico na América Latina, considerando a receita em dólares no ano passado. O país está US$ 10 bilhões à frente do México e ampliou a diferença em relação à terceira colocada Colômbia.

O mercado farmacêutico brasileiro movimentou US$ 19,5 bilhões no ano passado, contra US$ 17,5 bi de 2021. O crescimento de 11,3% está em linha com a alta de 12,3% registrada em toda a região. Apesar de alguns impactos negativos da pandemia para carros-chefes do setor, como antibióticos e antigripais, as áreas terapêuticas de cardiometabolismo, diabetes e sistema nervoso central obtiveram um avanço médio de 20% a 30%. No caso dos suplementos vitamínicos, o incremento chegou a 40%.

Top 3 do mercado farmacêutico na América Latina

O país tem um faturamento superior ao da soma dos três outros players mais relevantes – México (US$ 9,5 bilhões), Colômbia (US$ 4,3 bi) e Argentina (US$ 4,2 bi). Esse último, em particular, apresentou a maior evolução percentual no ano – 48,4%. A migração do consumo para as lojas de bairro a partir de pandemia deu sobrevida às farmácias independentes, majoritárias no mercado argentino.

Para Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, uma conjuntura de fatores explica a folgada liderança do Brasil, a começar pelo número de habitantes e população idosa – maior na comparação com os demais países. “Mas a grande diferença está em nosso sistema público de saúde, cuja acessibilidade não encontra precedentes em outros mercados do continente. O SUS funciona como uma alavanca para a rede privada e o consumo de medicamentos”, argumenta.

O dirigente destaca o fato de 40 milhões de pessoas integrarem a cobertura do segmento de saúde suplementar. “É um contingente que se aproxima da população de toda a Argentina, por exemplo”, completa.

 

Participação na receita de medicamentos por país (%)
Fonte: IQVIA

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Indústria farmacêutica entre as melhores práticas de RH

melhores práticas de RH

 

A indústria farmacêutica vem se preocupando cada vez mais em adotar as melhores práticas de RH. Como resultado, seis laboratórios fazem parte da lista de 57 companhias brasileiras reconhecidas em 2023 pelo Top Employers Institute, entre mais de 2 mil empresas de 121 países. São elas a Baxter, bioMérieux, Boehringer Ingelheim, Chiesi, Hypera Pharma e Takeda.

“A certificação reflete a evolução das empresas brasileiras nos diversos aspectos organizacionais frente ao mercado mundial. O crescente número de companhias certificadas mostra uma preocupação cada vez maior não só em melhorar os processos internos e externos, mas principalmente em consolidar a conexão entre as aspirações dos colaboradores e o propósito das organizações. Alcançar esta certificação em escala global é, com certeza, um claro reconhecimento desse esforço”, explica Gustavo Tavares, líder do Top Employers Institute para a América Latina.

Ser certificado como Top Employer é uma prova da dedicação e comprometimento das organizações em implementar excelentes políticas de RH e práticas de gestão de pessoas com o intuito de melhorar o mundo do trabalho. Esse ano foram certificadas no Brasil empresas de 13 setores da economia, com destaque para os segmentos de serviços, consumo, farmacêutico, tecnologia, financeiro, manufatura, varejo, química e logística.

Top Employers Institute reconhece melhores práticas de RH

O Programa de Certificação Top Employers Institute se baseia em um inventário de melhores práticas em recursos humanos, apoiada em fatos e evidências, e auditada de forma independente. Desenvolvida a partir de uma metodologia global, a pesquisa cobre 6 dimensões de RH divididas em 20 sub-tópicos.

A avaliação desse ano já reflete a nova ordem do mercado, que surge no cenário de pós-pandemia, com a transformação digital, maior investimento na aquisição e retenção de talentos – cada vez mais globais dentro de um sistema híbrido de serviço – e na busca por qualidade de vida. É possível verificar que as empresas brasileiras se destacam em tópicos mais ligados à gestão, como Ética & Integridade, Estratégia de Negócios, Organização & Mudanças e Propósito & Valores, entre outros.

Quando olhamos a outra ponta, entre os tópicos com oportunidades mais claras de aprimoramento para as empresas nacionais estão aqueles mais relacionados aos anseios pessoais dos colaboradores, como Qualidade de Vida e Bem-Estar, além da sustentabilidade do negócio, com a implantação crescente de políticas voltadas para Diversidade, Equidade e Inclusão.

Remuneração & Reconhecimento e Desenvolvimento de Carreira foram os tópicos nos quais as empresas brasileiras tiveram desempenho mais fraco, sendo que apenas 2% alcançaram os padrões globais de excelência medidos pelo Instituto. Fato semelhante ocorreu em Bem-Estar e Integração, onde apenas 4% das companhias nacionais tiveram aproveitamento alinhado aos padroes globais de excelência. Estes fatos indicam que ainda há muito espaço de evolução para tais quesitos dentro da cultura organizacional.

Em Diversidade & Inclusão, outra pauta cada vez mais relevante, apenas 16% das organizações certificadas apresentaram práticas totalmente alinhadas com os padrões globais de excelência medidos pelo Top Employers, o que indica que a velocidade de implantação dessas políticas aqui no Brasil, apesar dos recentes avanços, ainda está aquém do que se verifica em outros países.

Para o CEO do Top Employers Institute, David Plink, o resultado desse ano reflete um movimento das empresas de olharem cada vez mais para as pessoas, um caminho que deve permear a relação de trabalho pelos próximos anos do pós-pandemia. “Esses empregadores sempre mostraram que se preocupam com o desenvolvimento e o bem-estar de seu pessoal. Ao fazê-lo, enriquecem coletivamente o mundo do trabalho.”

 

Fonte: redação Panorama Farmacêutico

Anvisa e PróGenéricos: setor questiona relação de parentesco

Diretor da Anvisa
Daniel Pereira comanda a 5ª Diretoria da Anvisa

 

O recém-empossado presidente-executivo da PróGenéricos, Thiago Meirelles, é irmão do diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniel Pereira, segundo reportagem do JOTA.

A relação de parentesco levantou o questionamento de representantes do setor e técnicos da autarquia sobre conflito de interesses, uma vez que é atribuição da Anvisa regular o setor.

Situação de diretor da Anvisa é delicada

A avaliação é que a situação é delicada. Pereira comanda A 5ª Diretoria da Anvisa, responsável, entre outros produtos, pelo monitoramento da qualidade e segurança de medicamentos.

Diante do conflito de interesses, o diretor deve se declarar impedido em discussões envolvendo o setor farmacêutico de forma geral, que limitaria de forma expressiva sua atividade.

Outra inquietação se refere à forma como ele vai propor regras para regular a segurança pós-registro de medicamentos.

A Anvisa afirmou que a Lei 12.813, de 16 de maio de 2013, estabelece o regramento para casos de conflitos de interesse e que todos os limites serão observados. Questionado pelo JOTA sobre como isso se daria na prática, o diretor respondeu ser necessário avaliar cada caso concreto.

Graduado em direito, Daniel Pereira é especialista em Regulação de Saúde Suplementar e possui mais de 10 anos de experiência em direito público, gestão e regulação, com atuação em Agências Reguladoras Federais na área de transporte e saúde.

Presidente da PróGenéricos assumiu entidade há uma semana

Thiago Meirelles 1
Thiago Meirelles é o novo presidente executivo da PróGenéricos

 

O administrador Thiago Meirelles substituiu Telma Salles no comando da PróGenéricos e assumiu oficialmente o cargo no dia 11 de janeiro. Uma de suas primeiras medidas será transferir a sede da entidade de São Paulo para Brasília, seguindo tendência entre entidades de diversos setores.

Servidor de carreira da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desde 2008, o executivo foi presidente do conselho de administração do Geap Saúde –Fundação de Assistência ao Servidor Público.

Posicionamento da PróGenéricos 

A PróGenéricos enviou à redação um posicionamento sobre o tema. A nota de esclarecimento afirma que a associação “tem mais de 20 anos de relação com entes públicos pautada sempre pela ética e transparência. A entidade reforça sua total aderência e respeito a legislação federal, Lei nº 12.813/13, que estabelece regras claras de conduta em casos de conflitos de interesse”.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Fiocruz estuda medicamento antiviral contra a Covid-19

antiviral

 

A Fiocruz, em parceria com a empresa Microbiológica e o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), está tentando desenvolver um antiviral de uso oral contra a Covid-19. A substância, batizada pelos pesquisadores de MB-905, foi purificada a partir da cinetina e demonstrou-se eficaz para inibir a replicação do Sars-CoV-2 em linhagens de células humanas hepáticas e pulmonares, além de auxiliar a frear o processo inflamatório desencadeado pelo vírus.

Segundo a Agência Fiocruz de Notícias, a pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communication e o dossiê pré-clínico foi encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que, a partir da aprovação do órgão, seja iniciada a primeira fase de ensaios clínicos.

“A ideia é que a gente possa então cumprir todas as etapas necessárias para o desenvolvimento desse medicamento no Brasil, desde a fase de planejamento, síntese, caracterização química, caracterização de mecanismo de ação e os estudos pré-clínicos de segurança, tolerabilidade e eficácia. Nosso objetivo é que essa substância possa se tornar um antiviral inovador, desenvolvido no Brasil desde a sua concepção, visando a que a gente tenha mais independência nesse tipo de tecnologia que teria alto custo de importação para o SUS”, explicou o pesquisador Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), um dos principais autores do estudo.

Como funciona o antiviral contra a covid-19

A substância MB-905 desorganiza o genoma do vírus e causa uma catástrofe na síntese de seu material genético (RNA), processo crucial para a replicação viral. Além de atuar como antiviral, a MB-905 também conseguiu frear o processo inflamatório desencadeado pelo coronavírus, diminuindo os níveis das citocinas IL-6 e TNFα em monócitos infectados. Segundo Moreno, isso é fundamental para combater a Covid-19, uma vez que a doença não manifesta somente uma destruição viral, mas serve muitas vezes como gatilho de uma resposta inflamatória exacerbada do organismo do paciente. Isso influenciou a pesquisa desde o ponto de partida.

Para os pesquisadores, a Covid-19, assim como outras doenças de natureza viral, não será curada com um único medicamento. Eles entendem que será necessário administrar um coquetel de medicamentos para tratar os casos mais graves da doença e aqueles de maior risco, como os de pacientes com comorbidades. Com base no mecanismo de ação da MB-905, portanto, o grupo investigou que substâncias poderiam potencializar o efeito da cinetina.

O estudo também identifica vantagens do MB-905 em relação a outras substâncias cujo benefício clínico foi demonstrado em ensaios clínicos independentes. O remdesivir, por exemplo, é injetável, enquanto a cinetina será administrada como comprimido, possibilitando que o paciente receba o medicamento o mais precocemente possível. Já em relação ao molnupiravir, o MB-905 obteve melhores resultados em testes de segurança. Como desorganiza o genoma viral sem interferir no da célula, a cinetina foi considerada segura de acordo com o teste de Ames.

O projeto contou com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio de encomenda tecnológica ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii). Teve ainda a colaboração do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico