Com a chegada do verão, a busca por dietas milagrosas para perda de peso dispara e – na maioria das vezes – sem a orientação de um especialista, o que pode levar a graves riscos para a saúde.
Segundo a endocrinologista Lorena Lima Amato, receitas radicais não sustentam a mudança estruturada do estilo de vida e o resultado é o efeito sanfona. “A pessoa emagrece, mas ganha tudo de novo assim que a dieta é suspensa. Perda de peso definitiva é baseada em hábitos saudáveis”, explica a médica.
Dieta maluca para perda de peso
A novidade do momento são as very low calorie diet, que somam no dia cerca de 600 calorias. Algumas chegam a somar até 300 calorias diárias. Esse tipo radical de dieta precisa ter o acompanhamento de um médico, pois pode oferecer riscos à saúde.
“Pode haver distúrbio hidroeletrolítico e desidratação. Pacientes com comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem ter hipotensão, queda na pressão e hipoglicemia. Inclusive, perda de peso rápida pode levar à colelitíase, conhecida como pedra na vesícula”, ressalta Lorena.
Mudança de estilo de vida
Nenhuma dieta se sustenta se a pessoa não estiver disposta a mudar seus hábitos. “Não existe mágica, mas sim a reestruturação do estilo de vida: atividade física – no mínimo – três vezes na semana e com uma hora de duração por dia, alimentos mais saudáveis como frutas, legumes, verduras e carnes com baixo teor calórico, não beber ou diminuir a ingestão de álcool e não fumar fazem parte desse pilar muito importante para perder peso com saúde”, alerta a especialista.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.
Um estado constante de preocupações excessivas pode ser sinal de transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Ele ocorre em diferentes momentos durante as situações e eventos do dia a dia, em diversas áreas da vida, como trabalho, estudos, relacionamento, família, saúde e finanças, mesmo quando não há motivos aparentes para intensa preocupação.
O Brasil registra a maior prevalência de ansiedade no mundo, segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para se ter uma ideia, aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, aparece o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%). Quando não tratada corretamente, a ansiedade pode acarretar em adversidades e desencadear outros transtornos mentais, como a TAG.
“Essa condição, que pode afetar qualquer pessoa, provoca nos indivíduos um estado de alerta constante. Qualquer situação corriqueira pode ser um gatilho, desencadeando pensamentos sobre situações que nem ocorreram”, explica Susi S. Andrade, psicóloga especialista em saúde mental do São Cristóvão Saúde.
A preocupação excessiva e persistente costuma ser difícil de controlar e interfere significativamente nas atividades diárias e no bem-estar emocional. Ela inclui, entre outros sintomas, inquietação, insônia ou sono agitado, fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Ansiedade generalizada x síndrome do pânico
Ainda de acordo com a especialista, é fundamental se consultar com um profissional de saúde mental, de modo a identificar precisamente o diagnóstico. Afinal, o comportamento de um indivíduo com TAG pode se assemelhar, por exemplo, a quem sofre com síndrome do pânico, sendo também um transtorno, por sua vez caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, gerando um medo ou desconforto intensos.
“A diferença entre os dois é a ocorrência e intensidade. Nas crises de pânico, os sintomas podem ser mais intensos, porém ocorrem em determinadas situações e com menor frequência, comparado ao TAG. Os pensamentos constantes nas crises de pânico podem ser sobre medo de morrer; já nas crises de TAG, podem ter relação com preocupação com doenças ou acontecimentos inesperados”, diferencia a psicóloga.
O tratamento do TAG geralmente envolve uma abordagem multifacetada que pode incluir psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), e, em alguns casos, o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, com o objetivo de reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Em caso de suspeitas sobre comportamentos que possam estar relacionados ao TAG, é importante buscar ajuda profissional para receber diagnóstico e um plano de tratamento adequado.
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A Elfa Medicamentos contratou a Laplace Finanças para conduzir o reperfilamento de sua dívida e a negociação com credores. O que está em questão é uma debênture no valor de R$ 750 milhões, emitida em 2022 e com prazo de seis anos. As informações são do Infomoney.
Segundo a reportagem, o papel está sendo negociado com muito desconto — a cerca de 60% do valor de face — no mercado secundário, o que denota uma visão negativa por parte dos investidores. Fontes do mercado afirmaram quem, nesta sexta-feira, dia 15, representantes da Laplace se reuniram com credores para discutir preços e prazos da dívida, mas sem sinal de um acordo.
Desde 2014, a Elfa é uma investida do Pátria Investimento, que já havia feito um aporte em julho deste ano no valor de R$ 650 milhões, seis meses após ter injetado R$ 253 milhões na companhia.
Aumento dos juros influenciou nos resultados da Elfa
O aumento de juros tem castigado o resultado financeiro da companhia nos últimos meses, que já vem lidando com uma agenda de gestão e caixa e renegociação de dívidas. O desempenho financeiro é apontado pela empresa como a principal razão para o prejuízo de R$ 111 milhões acumulado nos primeiros nove meses do ano.
Procurado, o grupo Elfa afirmou que “todas as movimentações da companhia são compartilhadas com o mercado no seu devido tempo, por meio dos canais adequados de comunicação.”
A Câmara aprovou nesta sexta-feira, dia 15, a PEC da reforma tributária, e um dos setores que mais pode se beneficiar é o de medicamentos. As informações são do Estadão. Atualmente, o imposto sobre esses produtos no Brasil (31,3%) é cinco vezes maior que a média mundial (6%), segundo levantamento do Sindusfarma.
Com a aprovação da reforma tributária, o sistema seria simplificado por meio da substituição de cinco impostos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por dois Impostos de Valor Agregado (o Imposto sobre Bens e Serviços, IBS, e a Contribuição sobre Bens e Serviços, CBS) e um Imposto Seletivo.
Segundo a PwC, a mudança já diminuiria a carga tributária que incide sobre os remédios. A incidência do IBS, por exemplo, faria com que a média de imposto caísse de 31,3% para 26,9%, segundo a consultoria.
O novo texto da reforma inclui, entre os itens que poderão ter isenção total de CBS e IBS: serviços de saúde, dispositivos médicos e de acessibilidade para portadores de deficiência, medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. A proposta prevê também que haverá medicamentos que terão uma alíquota reduzida equivalente a 40% da padrão, que hoje está em torno de 27,50%, de acordo com cálculos e simulações realizados pela Receita Federal.
Para o coordenador do MBA em gestão financeira e econômica de tributos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Arnaldo Neto, diante deste cenário é possível que a alíquota dos medicamentos fosse reduzida para 11%.
Ele destaca que o setor de medicamentos tem muitos dos dados sigilosos, mas pontua é um dos setores que mais sofre com a dupla tributação. Um mesmo produto pode muitas vezes ser tributado mais de uma vez ao longo da cadeia produtiva e chegar ainda mais caro para o consumidor final.
O possível desconto que haverá depende de como será a “tipificação” dos medicamentos e se ela eventualmente será alterada antes da entrada em vigor da reforma tributária, que deve acontecer somente em 2026.
Atualmente, existe a segregação dos medicamentos nas seguintes categorias: positiva, negativa e neutra. A primeira se refere aos medicamentos considerados essenciais, sujeitos à prescrição médica, identificados com tarja vermelha ou preta. Atualmente, eles não enfrentam cobrança de PIS/Cofins, IPI e ICMS.
A lista neutra conta com poucos medicamentos, e os impostos são pagos apenas na venda. Já a negativa trata dos medicamentos em que há incidência do PIS/Cofins mas apenas em uma das fases da cadeia de produção. Estes medicamentos não estão sujeitos ao regime especial de utilização de crédito presumido destas contribuições como os da lista neutra e, por isso, os tributos são pagos de forma única e com uma alíquota maior, de 12%. Adicionalmente, tais medicamentos são tributados pelo IPI e pelo ICMS.
Considerando apenas a incidência do CBS e o IBS, haveria uma redução de 100% da alíquota para os medicamentos da lista positiva. Já para os medicamentos da lista neutra e negativa, a alíquota seria de 11%.
Relator da reforma retira isenção para aquisição de medicamentos
O relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou do texto a isenção de alíquota para a aquisição de medicamentos e dispositivos médicos por entidades de assistência social sem fins lucrativos. O novo parecer foi divulgado nesta sexta-feira, e a votação ocorrerá ainda neste dia 15 de dezembro, no plenário.
De acordo com o deputado, a medida seria de difícil controle. Ele suprimiu o benefício nas aquisições pela Administração Pública. Nesse caso, justificou que a medida era desnecessária devido ao regime diferenciado de compras governamentais.
Vice-presidente da Raia Drogasil nas áreas de relações com investidores e novos negócios, Eugênio De Zagottis anunciou sua saída da diretoria executiva. Segundo informações do Brazil Journal, ele deixa o cargo para assumir uma posição no conselho da rede de farmácias líder em faturamento no país.
Com essa decisão, a companhia reduzirá de sete para seis o número de integrantes da vice-presidência, já que as funções de Eugênio serão repassadas a outros executivos. Flávio Correia, hoje diretor de RI e assuntos corporativos, foi promovido a diretor executivo estatutário e se reportará diretamente ao CEO Marcilio Pousada, que por sua vez deverá estar mais presente na relação com investidores.
Os temas relativos a planejamento corporativo ficarão a cargo do vice-presidente financeiro Antônio Coelho. A integração com empresas e planos de saúde estará sob a alçada de Marcelo De Zagottis, que conciliará essa função com a liderança na operação de marcas próprias. Já Renato Raduan, VP de operações, supply chain e expansão, comandará o corporate venture capital da companhia.
“Até pelo tempo que estou na empresa, acho que minhas contribuições daqui para a frente são muito mais importantes do ponto de vista estratégico do que operacional. Também quero começar a ter uma vida fora da RD. Fazer outras coisas”, declarou Eugênio, que revelou que essa transição já está sendo alinhada há mais de um ano.
Saída de vice-presidente da Raia Drogasil encerra ciclo de 25 anos
Eugênio era vice-presidente da Raia Drogasil desde 2000, após vivenciar experiências em grandes consultorias como Arthur Andersen e McKinsey. Bisneto do fundador da Droga Raia, João Baptista Raia, ele liderou uma série de ações estratégicas como a captação de private equity com a Gávea Investimentos e a Pragma, além do IPO e da fusão com a Drogasil.
Depois da formação da Raia Drogasil, o executivo comandou em 2015 a compra da 4Bio, focada em medicamentos de especialidades. Em 2019, foi um dos responsáveis pela aquisição da Onofre. Todas essas transações contribuíram para que o valor das ações da rede se tornasse o maior entre as varejistas listadas na Bolsa de Valores.
Além das atividades na Raia Drogasil, Eugênio foi presidente do conselho diretivo da Abrafarma entre os anos de 2018 e 2021. Pipponzi por parte de mãe, ele faz parte do grupo detentor de 30% do capital da companhia, que inclui também as famílias Pires – netos do fundador da Drogasil – e Galvão, acionista da Drogasil.
A saída de Eugênio coincide com outro movimento similar da concorrência. No início deste mês de dezembro, Mário Queirós, CEO das Farmácias Pague Menos e membro da família fundadora, deixa oficialmente o cargo em janeiro de 2024.
Uma mudança de mentalidade está incitando farmacêuticos não sindicalizados e outros profissionais de saúde a protestarem nos Estados Unidos. Em outubro e novembro, dezenas de trabalhadores da CVS e da Walgreens organizaram uma série de greves e ações trabalhistas para aumentar a conscientização sobre o problema de escassez de funcionários.
Agora, os organizadores das paralizações estão atuando em prol da sindicalização, uma ação trabalhista que historicamente nem era considerada, já que os profissionais de saúde costumavam sentir-se imunes à hierarquia de gestão-trabalho.
Tensão entre farmacêuticos e empregadores
Mas, nos últimos anos, tem havido uma tensão crescente entre patrões e empregados, à medida em que os profissionais da saúde se sentem como engrenagens de uma roda em meio a um crescente senso de consciência de classe ou a uma desconexão entre seus anseios e os interesses de seus empregadores.
A importância de métricas de desempenho rigorosas superou a satisfação e os lucros gerais, afirmaram vários profissionais de grandes redes varejistas. A CVS afirmou que está ouvindo seus funcionários e investindo em sua força de trabalho. Já Walgreens disse no final de 2022 que estava removendo métricas baseadas em tarefas.
O Conselho de Médicos, o maior e mais antigo sindicato de médicos assistentes do país, está agora atendendo chamadas de farmacêuticos pela primeira vez desde a sua criação na década de 1970.
Um novo estudo sobre tíquete médio na farmácia atesta o quão relevante é a fidelização de clientes para o setor.
Segundo a consultoria Bnex, nos últimos 12 meses até agosto deste ano, o tíquete médio dos consumidores leais totalizou R$ 67,05 – contra R$ 43,32 dos não fidelizados, ou seja, 35,4% maior. O levantamento reuniu 2 mil entrevistados de todas as regiões do país.
O montante também é 22,26% maior do que o tíquete médio geral, que ficou em R$ 52,13 no período.
Tíquete médio na farmácia de fidelizados impulsionou faturamento
O tíquete médio maior dos clientes fidelizados trouxe também um impacto positivo no faturamento do varejo farmacêutico. A receita foi 5,08% maior em comparação com o intervalo entre setembro de 2021 e agosto de 2022. Só que nem todos os insights são tão animadores.
Itens na cesta caíram
Apesar de o gasto médio nos últimos 12 meses até agosto ter sido 9,35% superior ao do mesmo período anterior, o número de itens na cesta dos consumidores sofreu redução. A quantidade média de produtos adquiridos no PDV foi 1,03% menor.
E a inflação dos medicamentos pode ter sido a principal causadora. “A inflação dos medicamentos e gastos com saúde saltou de 22% para 30%, empatando na segunda posição com “preço de combustíveis”. E chega a 37% na faixa etária de 60 anos ou mais”, destaca o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).
É tradição em vários lugares do mundo encerrar o ano com uma contagem regressiva. Na indústria farmacêutica não será diferente, mas o que estará no “0” não será o “feliz ano novo”, e sim o fim de patentes de medicamentos.
Segundo levantamento do portal BioSpace, nove remédios verão sua patente vencer em 2024 e players do mercado olham atentamente oportunidades para produzir suas versões genéricas.
2024 marca o fim das seguintes patentes de medicamentos
Venvanse – Takeda
Começamos a lista com o Venvanse, da Takeda. O dimesilato de lisdexanfetamina do laboratório japonês detém duas patentes que se encerram em 2024. A primeira, para uso adulto, vence em fevereiro. Já a segunda, para o uso pediátrico, perderá exclusividade em agosto.
O medicamento é uma anfetamina oral indicada para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O fármaco gerou mais de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,2 bilhões) para os cofres da companhia, o que fez com que laboratórios como Mylan, Sandoz e Teva planejem fabricar sua versão genérica.
Segundo Sean Tu, professor de direito da Universidade de West Virginia, o impacto da perda da patente para a Takeda não deve ser grande, devido ao portfólio mais diversificado mantido pela farmacêutica.
Eraxis – Pfizer
A situação do antifúngico intravenoso Eraxis, da Pfizer, é um pouco mais complexa. A patente original do remédio venceu em 2020, mas uma cláusula de exclusividade para o tratamento de um novo público estendeu esse período para até setembro do próximo ano.
No Brasil, já é possível encontrar alguns genéricos com o princípio ativo, mas, nos Estados Unidos, essa ainda não é a realidade. Com base nessa informação, Tu aponta que, inicialmente, o impacto para o laboratório norte-americano não será tão elevado.
Stelara – Johnson & Johnson
Aplicado no tratamento da doença de Crohn e da psoríase, o Stelara, da Johnson & Johnson, perderá a patente de uma das moléculas presentes em sua composição na segunda quinzena de setembro.
Para aliviar o impacto inicial, o laboratório de Nova Jersey (EUA) fechou um acordo com a Alvotech e com a Teva para que ambas não produzam biossimilares de ustekinumab antes de 2025.
Tal acordo tem um motivo. Apesar de não ser o único motor de vendas da farmacêutica, em 2022 o remédio foi responsável por mais de 10% da receita da companhia. A expectativa já para 2024 é que as vendas do Stelara cairão US$ 2 bilhões com possíveis concorrentes genéricos.
Isentress – Merck
Utilizado no tratamento do HIV, o antirretroviral Isentress, da Merck, arrecadou US$ 633 milhões (R$ 3,1 bilhões) em 2022, mesmo com as vendas em queda com o iminente acirramento da concorrência
Algumas das patentes que protegiam o raltegravir já se encerraram no começo do ano e outras duas vencem no próximo mês de outubro. Um genérico produzido pela Hetero Labs já recebeu, inclusive, uma aprovação provisória.
Zonkinvy – Eiger/Merck
A californiana Eiger Biopharmaceuticals tinha como carro-chefe o Zokinvy, tratamento inédito contra progéria – síndrome rara que causa o envelhecimento acelerado.
O laboratório vendeu o medicamento para a Merck, que faturou US$ 12 milhões (R$ 58,7 milhões) em 2022 e US$ 4,1 milhões (R$ 20 milhões) no primeiro semestre deste ano. A primeira patente que protege o remédio expirou no último mês de outubro e a próxima vence em julho de 2024.
Myrbetriq – Astellas
Apenas em 2022, a Astellas arrecadou US$ 1,35 bilhão (R$ 6,61 bilhão) com o medicamento para incontinência urinária Myrbetriq. Mas o domínio de mercado começou a cair já neste ano.
No último mês de novembro, a primeira patente venceu e as adicionais acabam em maio. A farmacêutica tentou estender a patente na Justiça para até 2030, mas não teve sucesso. Os genéricos de mirabegron já estão muito próximos de se tornar realidade, uma vez que laboratórios como Lupin Labs e Zydus Cadila observam de perto a situação.
Entresto – Novartis
Combinando sacubitril e valsartan, o Entresto, da Novartis, é destinado ao tratamento da insuficiência cardíaca. Suas patentes começaram a expirar no começo do ano e, até o primeiro semestre de 2024, todas terão vencido.
Para piorar a situação da farmacêutica, a Justiça invalidou uma patente adicional que daria mais tempo de exclusividade, adicionando mais um ano de “tranquilidade”. O genérico do combinado está na alça de mira da Mylan. Em paralelo, a Novartis vem buscando acordos com fabricantes para preservar sua “fatia do bolo”.
Otezla – Amgen
Voltado ao tratamento da psoríase, o Otezla, da Amgen, viveu um 2023 difícil, com várias patentes se encerrando em março e uma perda de exclusividade em dezembro. Com tal cenário, vários genéricos de apremilast começaram a receber aprovações provisórias, mas o laboratório conseguiu bloquear as comercializações até 2028.
Victoza e Saxenda – Novo Nordisk
Entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024, as patentes que protegem as injeções recombinantes de liraglutida da Novo Nordisk chegarão ao fim.
Em 2022, tanto o Victoza, quanto o Saxenda, registaram arrecadação bilionária, respectivamente US$ 1,8 bilhão (R$ 8,8 bilhões) e US$ 1,5 bilhão (R$ 7,3 bilhões).
Falando do primeiro, a expectativa é que Mylan, Pfizer, Sandoz e Teva lancem versões genéricas já no primeiro semestre de 2024. Já sobre o segundo, a farmacêutica processou laboratórios que tentaram comercializar versões genéricas em 2022.
A Novo Nordisk não vem esquentando tanto a cabeça com a perda dessas patentes, uma vez que já tem uma nova menina dos olhos, o Ozempic.
A título de comparação, o fármaco faturou US$ 2,9 bilhões (R$ 14,2 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, contra US$ 898 milhões (R$ 4,4 bilhões) das injeções recombinantes somadas.
A rede de farmácias Drogal fechará 2023 com um total de 329 novas filiais. A meta para o próximo ano é somar outras 41 lojas ao montante da empresa piracicabana. As informações são do Piranot.
“Nós tínhamos como meta chegar a 325 filiais e estamos encerrando o ano com a marca de 329 farmácias espalhadas pelo interior paulista e, pela primeira vez, fora do estado de São Paulo também”, comemora o diretor de expansão da varejista, Thiago Cançado.
Antes de fechar o ano, a companhia tem mais sete inaugurações agendadas.
Rede de farmácias interestadual
Um dos pontos altos do ano para a Drogal foi a inauguração de sua primeira farmácia fora de São Paulo. Minas Gerais marca a estreia da rede fora do perímetro paulista.
A cidade escolhida foi Monte Sião, na região sul do estado. Para marcar a inauguração, a empresa promoveu a doação de 5 mil fraldas geriátricas ao município, entregues ao prefeito José Pocai Júnior.
Só a filial de Monte Sião recebeu R$ 1 milhão de investimentos e conta com 15 postos de trabalho, entre atendentes e farmacêuticos.
O calor pode ser uma dor de cabeça, literalmente, para os 30 milhões de brasileiros que sofrem com enxaqueca. Isso porque fatores comuns das estações mais quentes, como a desidratação, a claridade e a maior exposição ao sol, podem favorecer as crises da doença.
Beber bastante água e evitar se expor ao sol são maneiras de prevenir as dores, mas não é incomum que, durante a primavera e o verão, aqueles que sofrem com o problema acabem utilizando com mais frequência medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos para lidar com as dores.
O problema é que essas medicações que geralmente compõem o tratamento da doença, quando usadas de maneira contínua, podem causar efeitos colaterais como náuseas, tonturas, fraqueza muscular e até mesmo úlceras no estômago e alterações gastrointestinais.
Cirurgia de enxaqueca é uma alternativa
Uma alternativa para reduzir as crises nas estações quentes sem precisar recorrer aos medicamentos é a cirurgia de enxaqueca, que é uma das formas mais eficientes para reduzir a intensidade, frequência e duração da doença.
“Se bem indicado, o procedimento pode eliminar ou diminuir a necessidade do uso contínuo dessas medicações”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez. Segundo o especialista, a cirurgia de enxaqueca é hoje realizada por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard.
“Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o cirurgião médico, que ressalta que, assim como o uso das medicações, o tratamento deve ser indicado por um especialista.
“A cirurgia para enxaqueca pode ser indicada para qualquer paciente que tenha diagnóstico de migrânea (enxaqueca) feito por um neurologista, e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância a estas medicações; ou ainda em pacientes que desejam realizar o procedimento devido ao grande comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional”, diz o médico.
Pouco invasiva, a cirurgia tem como objetivo descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias (tecido de conexão onde se fixam os músculos).
Esse cenário gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, diz o especialista.
Ao todo, são sete tipos principais da cirurgia para migrânea. Para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face ou couro cabeludo, ou ainda na cavidade nasal.
“Cada cirurgia foi desenvolvida para gerar a menor alteração possível na fisiologia local. Mas em todos estes tipos o princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital, que são irritados pelas estruturas adjacentes ao longo de seu trajeto”, destaca o cirurgião plástico.
Ele ainda explica que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar sob anestesia geral e, em alguns casos, sob anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.