Perdas no varejo atingem menos as farmácias, diz estudo

Perdas no varejo atingem menos as farmácias, diz estudo

O índice de perdas no varejo brasileiro tem as farmácias como um dos segmentos menos afetados. É o que indica um estudo que analisou a operação de 131 empresas, que administram cerca de 100 mil PDVs em 16 estados e no Distrito Federal.

A pesquisa da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), com apoio da consultoria KPMG, compara o desempenho dos varejistas durante e antes da pandemia. E o mercado farmacêutico se destacou mesmo diante dos crescentes desafios pautados pela falta de medicamentos e pela dependência de insumos do Exterior.

Na comparação com 2019, período anterior à pandemia, as perdas no varejo farmacêutico caíram de 1,28% para 0,89% sobre o faturamento total, o que envolve furtos, roubos, desvios, avarias e má administração do estoque. O índice está abaixo da média geral de 1,21% e é bem inferior ao de segmentos como o supermercadista (2,15%) e perfumarias (1,74%).

Na análise qualitativa dos indicadores, as farmácias figuraram entre os seis setores com acurácia acima de 90% na administração do inventário (90,84%).

Perdas no varejo caíram em função da pandemia

As perdas no varejo caíram nas farmácias justamente em função da pandemia. Para os especialistas responsáveis pelo estudo, esse período serviu como um gatilho para o varejo farmacêutico acelerar a modernização dos processos e atender à mudança no perfil de consumo da população brasileira.

“A demanda por produtos relacionados à Covid-19, o advento de categorias como as de suplementos vitamínicos e a digitalização das vendas exigiram mais dinamismo das farmácias e um maior apuro no controle do mix”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Perdas no varejo: como elas estão distribuídas?

Embora o nível de ruptura nas farmácias tenha subido de 4,05% para 6,76%, a ausência de produto por má gestão comercial segue em patamar inferior ao das lojas de eletromóveis (10,08%) e supermercados (9,08%).

As chamadas quebras operacionais representaram 68,5% das perdas no varejo farmacêutico, contra 77% da média geral. “É um indicador muito positivo se levarmos em conta a maior diversidade de serviços no canal farma, movimento que ganhou ainda mais intensidade com o advento dos testes rápidos e de programas de assistência farmacêutica”, analisa.

Ao mesmo tempo, a necessidade de investir em ferramentas de comércio eletrônico estimulou o varejo farmacêutico a apostar em novas tecnologias como o RFID, para controle de vencimento dos produtos. Outras inovações que se tornaram realidade são as ferramentas de data analytics e o uso de câmeras com inteligência artificial para capturar inconsistências nos layouts dos PDVs.

“Mesmo em um panorama com tantos desafios operacionais, o varejo cresceu em faturamento. Entretanto, sem um trabalho com análise dos resultados e agilidade nas ações de prevenção não teríamos conseguido resultados positivos”, acredita Santos.

Tratamento contra o câncer une 2 farmacêuticas

tratamento contra o câncer
Divulgação: Canva

O tratamento contra o câncer ganha mais uma esperança. A Pfizer assinou acordo de colaboração com a Thermo Fisher Scientific, beneficiando mais de 30 países na América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. O Brasil está contemplado.

A meta é ajudar a aumentar o acesso local a exames de sequenciamento de nova geração (NGS) para pacientes com tumores de pulmão e mama nesses países, onde testes genômicos avançados eram anteriormente limitados ou indisponíveis.

O acesso a exames locais de NGS pode ajudar a fornecer uma análise mais rápida dos genes associados, capacitando os profissionais de saúde a selecionar a terapia certa para cada paciente, individualmente.

O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, tendo sido responsável por quase 10 milhões de óbitos em 2020, ou cerca de uma em cada seis mortes. Os tumores de mama e pulmão são os principais tipos de tumores diagnosticados e respondem por quase 4,5 milhões de mortes em todo o mundo. Até 2040, a expectativa é de que o ônus global do câncer chegue a 27,5 milhões de novos casos e a 16,3 milhões de mortes decorrentes da doença.

Tratamento contra o câncer: como se dará a parceria?

O tratamento contra o câncer por meio da parceria se dará da seguinte maneira. A Thermo Fisher identificará os laboratórios locais que usarão a tecnologia NGS da empresa e garantirá que eles tenham a infraestrutura necessária, equipes treinadas e medidas de controle de qualidade para atender aos padrões da indústria em serviços de testes de NGS para câncer de mama e pulmão.

Já a Pfizer atuará de forma a permitir o acesso viável dos pacientes aos testes de NGS para esses tipos de câncer, além de trabalhar para elevar a conscientização dos profissionais de saúde sobre os benefícios dos exames avançados. As duas empresas continuarão avaliando oportunidades de expansão geográfica da iniciativa e de testes para outros tipos de câncer.

“Qualquer pessoa que enfrenta um diagnóstico de câncer deveria ter acesso a testes de ponta que possam ser usados para elaborar um plano de tratamento adequado e otimizado, além de se informar melhor sobre seus cuidados. Atualmente, pretendemos levar o teste rápido de NGS para mais laboratórios descentralizados, que estejam mais perto de onde os pacientes realmente são tratados”, comenta Gianluca Pettiti, vice-presidente executivo da Thermo Fisher Scientific.

“Estamos dando um passo à frente para fornecer informações precisas para pacientes carentes, a fim de que possam ter um caminho mais personalizado em cuidados, independentemente de onde estejam no mundo”, acrescenta.

“Quanto mais entendermos a complexa ciência por trás do câncer, melhor poderemos tratá-lo. Nossa experiência nos ensinou que o câncer nem sempre pode ser tratado de forma ampla e, muitas vezes, requer uma abordagem individualizada com base nas características precisas da doença”, analisa Nick Lagunowich, presidente global de mercados emergentes da Pfizer.

“Em várias partes do mundo, o acesso ao sequenciamento de nova geração pode ser limitado ou inacessível para pacientes com câncer. Esse programa visa aprimorar essa jornada de tratamento desses pacientes e colaborar para aumentar suas chances de melhores resultados”.

Análise de gene único: a nova era no tratamento contra o câncer

Análises de gene único têm sido historicamente usadas para combinar os pacientes com terapias-alvo apropriadas. No entanto, este pode ser um processo demorado se forem necessários testes sequenciais e pode não haver tecido suficiente para executar todos os exames – o que pode exigir de procedimentos adicionais de biópsia.

À medida que terapias-alvo mais direcionadas vão sendo disponibilizadas e que podem ser combinadas por meio de um conjunto mais amplo de marcadores genômicos, o sequenciamento de nova geração está substituindo rapidamente os testes sequenciais de biomarcadores únicos.

Ao rastrear um único tecido tumoral ou amostra de sangue para múltiplos biomarcadores simultaneamente, o NGS pode fornecer às equipes clínicas insights genômicos rápidos e úteis para ajudar a justificar decisões de tratamento oncológico de precisão para pacientes elegíveis.

Um estudo observacional retrospectivo de dados de mundo real analisou pacientes recém-diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio IV e revelou que desfechos como sobrevida aparente e tempo até o próximo tratamento eram significativamente comprometidos quando mutações acionáveis eram identificadas depois do início do tratamento sistêmico (exemplo: quimioterapia e imunoterapia).

No entanto, quando o tratamento era iniciado com base em resultados moleculares, os pacientes apresentavam melhores resultados em comparação aos pacientes tratados antes de serem obtidos resultados moleculares, corroborando a necessidade de testes moleculares rápidos para decisões de tratamento mais bem informadas.

Stein investe em doenças raras

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Stein

Julio Avella é o novo gerente nacional do Brasil e head de doenças raras da Stein Cares Farmacêutica para a América Latina. Há quase três décadas na indústria farmacêutica, já liderou diversas operações e times comerciais do setor.

“A Stein tem a missão de criar oportunidades para impactar positivamente a vida de pacientes e seus familiares. Me sinto honrado em criar e liderar a afiliada brasileira da empresa, além de proporcionar aos pacientes raros uma vida melhor em toda América Latina”, afirma.

O executivo tem passagens por grandes multinacionais, como Abbott, Abbvie, Janssen e Merck. Graduado em administração de empresas, tem MBA em marketing pela FAAP e em health-economics na Pennsylvania State University of Medicine.

Contato: javella@uol.com.br

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Miocardite: sintomas e causas

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MiocarditeA miocardite é a inflamação do músculo cardíaco (miocárdio), o que pode reduzir a capacidade do coração de bombear sangue. A doença pode causar dor no peito, falta de ar e ritmos cardíacos rápidos ou irregulares (arritmias).

A miocardite grave enfraquece o coração de modo que o resto do corpo não recebe sangue suficiente. Coágulos podem se formar no coração, levando a um derrame ou ataque cardíaco.

Sintomas da miocardite

Algumas pessoas com miocardite precoce não apresentam sintomas. Outros têm sintomas leves. Os mais comuns incluem:

  • Dor no peito
  • Fadiga
  • Inchaço das pernas, tornozelos e pés
  • Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (arritmias)
  • Falta de ar, em repouso ou durante a atividade
  • Tontura ou sensação de desmaio
  • Sintomas semelhantes aos da gripe, como dor de cabeça, dores no corpo, dores nas articulações, febre ou dor de garganta

Às vezes, os sintomas de miocardite são como um ataque cardíaco. Se você está tendo dor no peito inexplicável e falta de ar, procure ajuda médica de emergência.

Miocardite em crianças

Quando as crianças desenvolvem miocardite, os sintomas podem incluir:

  • Dificuldades respiratórias
  • Dor no peito
  • Desmaio
  • Febre
  • Respiração rápida
  • Ritmos cardíacos rápidos ou irregulares (arritmias)

Causas

A miocardite pode ser causada por infecções, alguns medicamentos e produtos químicos ou uma condição que causa inflamação em todo o corpo. Muitas vezes, a causa da miocardite não é encontrada.

Causas potenciais de miocardite incluem:

Vírus – Muitos vírus têm sido associados à miocardite, incluindo aqueles que causam o resfriado comum (adenovírus); Covid-19; hepatite B e C; parvovirose e vírus do herpes simples. Infecções gastrointestinais (ecovírus), mononucleose (vírus Epstein-Barr) e sarampo alemão (rubéola) também podem causar miocardite. A miocardite também pode ser causada pelo HIV

Bactérias – As bactérias que podem causar miocardite incluem estafilococos, estreptococos e bactérias que causam difteria e doença de Lyme.

Parasitas – Entre eles estão o Trypanosoma cruzi e o toxoplasma.

Fungos – Uma infecção fúngica pode causar miocardite, principalmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido. Aqueles ligados à miocardite incluem infecções fúngicas, como candida; bolores, tais como aspergillus; e histoplasma, freqüentemente encontrados em excrementos de pássaros.

A miocardite também pode ser causada por:

Certos medicamentos ou drogas ilegais (miocardite induzida por drogas) – Estes incluem drogas usadas para tratar o câncer; antibióticos, como penicilina e drogas sulfonamidas; alguns medicamentos anti-convulsivos; e cocaína.

Produtos químicos ou radiação – A exposição ao monóxido de carbono e à radiação pode, às vezes, causar inflamação do músculo cardíaco.

Outras doenças inflamatórias – As condições que podem causar miocardite incluem lúpus, granulomatose de Wegener, arterite de células gigantes e arterite de Takayasu.

Complicações

Normalmente, a miocardite desaparece sem complicações permanentes. No entanto, a miocardite grave pode danificar permanentemente o músculo cardíaco. As complicações potenciais da miocardite podem incluir:

Insuficiência cardíaca – Se não for tratada, a miocardite pode danificar o músculo cardíaco, impedindo-o de bombear bem o sangue. Em casos graves, a insuficiência cardíaca relacionada à miocardite pode exigir um dispositivo de assistência ventricular ou um transplante de coração.

Ataque cardíaco ou derrame – Se o músculo cardíaco estiver lesionado e não conseguir bombear sangue, o sangue que se acumula no coração pode formar coágulos. Um ataque cardíaco pode ocorrer se um coágulo bloquear uma das artérias do coração (coronárias). Um derrame pode ocorrer se um coágulo de sangue no coração viajar para uma artéria que leva ao cérebro.

Ritmos cardíacos rápidos ou irregulares (arritmias) – Danos ao músculo cardíaco podem alterar a forma como o coração bate. Certas arritmias aumentam o risco de acidente vascular cerebral.

Morte súbita cardíaca – Certas arritmias graves podem fazer com que o coração pare de bater (parada cardíaca súbita).

Panvel sofre com cenário de juros altos

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Panvel

A Panvel, assim como o varejo farmacêutico como um todo, vem sofrendo com os juros altos. Mesmo com o crescimento da dívida líquida, o grupo encara com otimismo o momento. As informações são do Valor Econômico.

Em teleconferência com analistas, o diretor-presidente do grupo, Julio Mottin Neto classificou o mês de abril como “interessante”.

O conglomerado, que conta também com a distribuidora Dimed e o laboratório Lifar, fechou o primeiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 161,1 milhões, mais de três vezes maior do que a registrada no 1T22 (R$ 43,7 milhões).

O resultado, inicialmente alarmante, já era previsto pelo Grupo Panvel. Segundo a empresa, é apenas um efeito sazonal. Agora, a meta é diminuir a alavancagem, que no 4T22 foi de R$ 77,5 milhões.

“A baixa alavancagem financeira é uma oportunidade de manter o rimo de crescimento, mesmo com juros altos”, explica Mottin Neto.

Se o endividamento não assusta a Panvel, a visão é que nem todos os concorrentes apresentam, solidez para lidar com o momento macroeconômico. “Acreditamos que alguns varejistas vão ficar pelo caminho este ano”, opina Antônio Napp, diretor financeiro e de relações com investidores.

Panvel planeja expansão digital e física

Entre as metas do grupo para a varejista em 2023, estão a ampliação das vendas digitais, principalmente pelo WhatsApp, e também fincar a bandeira em novas praças.

Na ampliação do mercado físico, o objetivo da Panvel é chegar a dez novas cidades até o fim do ano. Assim como nos últimos trimestres, a varejista inaugurou 14 novas lojas entre janeiro e março. Somente três drogarias foram fechadas no período.

Outro ponto de especial atenção são os serviços clínicos, cuja aposta reside na RDC 786/2023, que dá aval para as farmácias realizarem em torno de 50 testes rápidos.

Números do 1T23

Em relação aos três primeiros meses de 2022, as vendas em mesma loja subiram 10% e as vendas das lojas maduras 6,2%. Apesar de não crescer muito, a participação de mercado se manteve: de 11,5% para 11,7%.

Se a participação no total de produtos vendidos caiu 0,4%, a marca própria registrou um avanço nas vendas de 21,3%, quando se excluí os itens relacionados à Covid-19.

Operação logística dobrou com novo CD

O grupo inaugurou um novo CD em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). O centro recebeu um investimento de R$ 30 milhões e deve gerar em torno de 400 empregos, fazendo a companhia superar a marca de 10 mil funcionários.

“Com o investimento, vamos nos capacitar para chegar a um milhão de itens, separados aqui e entregues em todas as lojas e clientes da distribuidora”, comenta o diretor de operações, Roberto Coimbra.

Setor farmacêutico é lanterna em bem-estar

setor farmacêutico
Divulgação: Canva

O setor farmacêutico parece não estar em sintonia com o bem-estar corporativo. O segmento ocupa a lanterna em um levantamento da plataforma de saúde mental Zenklub, que envolveu entrevistas com mais de 300 empresas e 600 mil profissionais. As informações são da Você RH.

A pesquisa vai ao encontro de uma tendência universal, que revela crescentes problemas emocionais e mentais envolvendo profissionais de saúde das mais diferentes áreas.

O ranking foi elaborado com base em métricas relacionadas a situações abusivas, relacionamento com colegas e lideranças, desconexão e preocupação com o trabalho, exaustão e incidência de casos de burnout, entre outros. O nível de bem-estar deve ser igual ou superior a 78 pontos para considerar uma empresa realmente saudável.

Nem o setor líder em bem-estar corporativo escapa a essa estatística. A área de tecnologia somou 71,5 pontos e ainda ocupa o estágio intermediário. O mercado farmacêutico, porém, figura com apenas 60,3 pontos entre os 12 segmentos avaliados. Os quesitos em que o setor se saiu pior foram “bom trabalho em equipe” e “exaustão no trabalho”.

bem estar ranking

Setor farmacêutico sofre com ansiedade e depressão 

O estudo, em geral, revela como a alta incidência de ansiedade e depressão afeta os índices de bem-estar corporativo. Segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados revelaram ter sintomas moderados ou moderados a graves de ansiedade e 10% informaram ter sintomas severos. Os percentuais são maiores entre pessoas de 18 a 30 anos (37%). Já em relação à depressão, 36% das pessoas convivem com sintomas de moderados a graves; 31%, graves; e 22%, moderados.

Medicamentos para depressão ganharam fôlego nas vendas

Não à toa, a venda de medicamentos genéricos para depressão cresceu 56% em dois anos de pandemia, segundo levantamento realizado no ano passado pela PróGenéricos, com base em indicadores da IQVIA.

A procura pelos antidepressivos genéricos avançou acima da demanda total por essa classe de medicamentos. O mercado de medicamentos de referência e similares dessa categoria teve alta de “apenas” 37%. As moléculas com maior demanda foram escitalopram, sertralina, amitriptilina, fluoxetina e venlafaxina.

Depressão no Farmácia Popular

O Brasil é o primeiro país do mundo em casos de transtorno de ansiedade e o segundo na incidência da doença, o que motivou os debates sobre a incorporação dos antidepressivos na rede pública.

Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que autoriza a Fiocruz a disponibilizar gratuitamente esses remédios no Programa Farmácia Popular. O PL 4680/20 é de autoria do parlamentar Geninho Zuliani (União Brasil-SP) e teve parecer favorável de Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Compras por PIX já estão em 93% dos varejistas

compras por PIX
Divulgação: Canva

As compras por PIX já são realidade em 93% das varejistas atuantes no país. É o que apontou a quarta edição do estudo sobre o panorama dos meios de pagamento, de autoria da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest.

O levantamento ouviu os mais importantes segmentos do varejo nacional, incluindo o varejo farmacêutico, em uma amostra composta em sua maioria por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 631 consumidores, dos quais 91% compram online e 28% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.

Segundo a pesquisa, 57% das empresas entrevistadas fizeram alguma mudança em sua estratégia de meios de pagamento nos últimos 12 meses para lidar com os efeitos da Covid-19.

Carteiras digitais, implantação de novos meios de pagamento como o PIX em lojas físicas e lojas online são as principais respostas do varejo para um consumidor cada vez mais digitalizado. “O uso mais intenso de meios de pagamento digitais é positivo para a economia, pois aumenta a formalização do mercado e torna mais fácil alcançar toda a população”, analisa Eduardo Terra, presidente da SVBC.

Para ele, carteiras digitais e pagamentos via app estão presentes no varejo e merecem atenção dos varejistas. “É preciso estar atento a tecnologias de realidade virtual, automação e inteligência artificial. Uma vez que os consumidores vêm aceitando essas mudanças com facilidade”, afirma.

Compras por PIX integradas ao e-commerce

As compras por PIX têm a preferência de 33% dos consumidores que efetivam transações online por telefone celular, enquanto 85% das empresas varejistas oferecem a solução como forma de pagamento no seu e-commerce (em 2021 eram 55%).

Já em compras online via computador/ notebook, o cartão de crédito parcelado é a preferência para 42% dos consumidores, e 85% das empresas varejistas oferecem o meio de pagamento no e-commerce, sendo que 100% oferecem cartão de crédito à vista como forma de compra.

A pandemia também provocou uma aceleração no uso de meios alternativos, como o cashback, hoje utilizado por 54% dos consumidores (em 2018 eram 17%). Cupons de descontos e programas de fidelidade também cresceram em relação às edições anteriores do estudo (para 58% e 36%, respectivamente). Apenas 15% dos entrevistados dizem não usar nenhum desses meios de pagamento.

“Existe uma grande oportunidade para o varejo se fazer mais presente na vida dos clientes, oferecendo conveniência e vantagens financeiras como forma de criar um relacionamento mais sólido com seus consumidores”, comenta Terra.

O estudo mostra que o tipo de pagamento utilizado pelos clientes varia conforme o tipo de compra e produto: nas lojas físicas, normalmente bens duráveis são pagos com cartão de crédito parcelado, enquanto para as compras de consumo imediato o pagamento é realizado com cartão de crédito à vista, seguido por cartão de débito.

“A relevância do meio de pagamento é muito mais cultural do que tecnológica, e a sua evolução depende do comportamento dos consumidores e de sua aceitação de meios de pagamento mais convenientes, integrados ao smartphone ou a wearables”, explica.

Foi abordado também o tema criptomoedas, que ainda é uma incógnita no varejo brasileiro. O estudo mostrou que essa pauta torna-se cada vez mais relevante, pois 33% dos consumidores afirmam possuir ou já terem possuído criptomoedas. Deste total, 25% afirmam já terem feito compras com criptomoedas. Além disso, 23% dos consumidores certamente utilizariam criptomoedas para compras online. Porém, varejistas ainda não nutrem interesse por esse meio de pagamento, já que apenas 7% pretendem oferecer nos próximos 12 meses.

O que causa muco nas fezes?

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muco nas fezes

O muco nas fezes, de forma ocasional e visível quando você se limpa ou no vaso sanitário, geralmente não é motivo de preocupação.

O cólon produz naturalmente muco para manter seu revestimento interno úmido e lubrificado. Mas se você notar um aumento na presença ou se o muco for acompanhado de outros sintomas como diarreia, dor abdominal ou sangue nas fezes, pode ser um sinal de um problema mais sério.

Muco nas fezes é normal? 

O muco pode se defender contra bactérias, enzimas digestivas e ácidos e outras toxinas para manter um ambiente estável no intestino. É também um lubrificante natural que ajuda no movimento dos alimentos pelos intestinos. Embora pequenas quantidades de muco nas fezes sejam normais, grandes quantidades podem indicar uma infecção ou outra condição subjacente.

Sinais e sintomas

O muco nas fezes pode acompanhar outros sintomas que afetam o trato digestivo, incluindo:

  • Dor abdominal ou cólicas
  • Inchaço, distensão ou inchaço abdominal
  • Fezes anormalmente malcheirosas
  • Fezes com sangue
  • Alterações na cor ou consistência das fezes
  • Diarreia
  • Incontinência fecal
  • Náusea
  • Movimentos intestinais dolorosos
  • Necessidade urgente de evacuar

Causas do muco nas fezes

Uma variedade de condições pode causar quantidades anormais de muco nas fezes, que incluem:

Infecção Intestinal 

As infecções podem ocorrer como resultado de uma bactéria, vírus ou parasita invadindo o sistema do corpo.

Câncer colorretal 

Os sintomas do câncer de cólon, ou câncer colorretal, podem não se tornar óbvios até que o câncer comece a se espalhar. É um câncer de crescimento lento, e é por isso que os exames de colonoscopia são tão importantes.

Síndrome do Intestino Irritável

A doença geralmente causa excesso de muco esbranquiçado no trato gastrointestinal.

Doença de Crohn 

A doença de Crohn é uma condição de longo prazo que causa inflamação no trato digestivo (ou seja, a via digestiva, que vai da boca ao ânus). A camada de muco no trato digestivo é mais espessa , de modo que o corpo secreta o excesso de muco nas fezes.

Colite Ulcerosa

Ocorre devido a uma reação hiperativa do sistema imunológico. Pode inflamar-se às vezes e ser inativo em outros momentos. Durante um surto, a membrana mucosa do intestino grosso fica inflamada e desenvolve úlceras, que podem sangrar e produzir pus e muco.

Infecções bacterianas 

As infecções bacterianas podem causar inflamação e irritação nos intestinos, levando ao aumento da produção de muco. Alguns tipos de infecções bacterianas que comumente afetam os intestinos incluem:

  • Infecção por Salmonella (intoxicação alimentar)
  • infecção por Shigella
  • Infecção por E. coli (por exemplo, diarreia do viajante)

Abscesso ou fístula anal

Fístulas anais são túneis infectados entre a pele e o ânus. Eles podem se formar após um abscesso. Às vezes, eles podem fazer com que o muco com cheiro ruim seja drenado da área anal.

Fibrose cística

A fibrose cística afeta as células que produzem muco, suor e sucos digestivos.

Esses fluidos secretados são normalmente finos e escorregadios. Em vez de agir como lubrificantes, as secreções obstruem tubos, dutos e passagens. Essa condição pode causar a presença de excesso de muco nas fezes.

Problemas de má absorção 

Problemas de má absorção ocorrem quando seu intestino não consegue absorver certos nutrientes adequadamente.

Condições relacionadas à má absorção incluem intolerância à lactose (e outras intolerâncias a carboidratos) e doença celíaca.

Infecções gastrointestinais

Infecções gastrointestinais como gastroenterite é a inflamação do trato gastrointestinal desencadeada por rotavírus ou norovírus. A gastroenterite causada por vírus geralmente cura rapidamente. As pessoas com infecções gastrointestinais devem beber líquidos e manter-se hidratadas o tempo todo, pois causa muco nas fezes, náusea, diarreia e sensação de mal-estar.

Lucro da Coty dobra com impulso do Brasil

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lucro da Coty
Foto: Divulgação Coty

O lucro da Coty totalizou US$ 108,4 milhões em escala global no primeiro trimestre deste ano. O resultado é o dobro do valor obtido no mesmo período de 2022. E o Brasil foi um dos principais motores desse desempenho. As informações são do Valor Econômico.

Com faturamento de US$ 1,28 bilhão entre janeiro e março, a fabricante cresceu 8,6% na comparação com o 1º trimestre de 2022. Mas o aumento foi de 13% considerando apenas as Américas. E o Brasil foi um dos países apontados como tendências positivas para 2023.

Lucro da Coty ganha peso com marcas premium

O segmento de marcas premium ganhou destaque. O incremento dessa categoria foi de 10%. Após os resultados acima das expectativas, a Coty prevê agora incremento de 9% a 10% no ano fiscal. As projeções são bem superiores aos 8% estimados inicialmente.

Fabricante vê Brasil como hub de consumo

O Brasil, aliás, ganhou relevância na estratégia de expansão da marca. No último mês de abril, por exemplo, a Coty ampliou seu portfólio de perfumes importados no país, incluindo rótulos como Adidas e Gabriela Sabatini.

O objetivo é entrar no mercado de perfumes mais populares, com preços de R$ 80 a R$ 249, abrindo concorrência com Natura e O Boticário.

A expectativa é de que os produtos estejam disponíveis nas próximas semanas em pelo menos 5 mil pontos de venda, número que pode chegar a 15 mil considerando a atual rede de distribuição da Coty.

“Vamos manter o Brasil como um hub de consumo e exportação de produtos e massa e transformar o mercado mexicano em uma base para as marcas de luxo, com marcas como Gucci, Burberry e Kylie Skin, de Kylie Jenner”, afirmou Nicolas Fischer, head na América Latina da Coty.

Atualmente, cerca de 70% dos lares brasileiros dispõem de produtos da Coty, segundo estimativas de consultorias. A fábrica brasileira é a maior do grupo no mundo.

Em entrevista ao jornal El Universal, do México, Fischer disse que, com uma população de 120 milhões de habitantes – bem menos que os 217 milhões do Brasil – o México representa um mercado 30% maior para os perfumes de luxo. “Isso se deve à sofisticação do mercado e à forma de vender nas lojas de departamento. O Brasil é nossa base para o consumo de produtos de massa e o México é o centro de excelência para produtos de maior valor”, explicou.

Startup mira farmácias de bairro com R$ 5,5 milhões

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farmácias de bairro
Miriam Retz e Renato Tano, sócios da startup. Divulgação: Covalenty

As farmácias de bairro representam o principal alvo da startup Covalenty, que acaba de atrair um aporte de R$ 5,5 milhões em uma rodada pré-seed.

Segundo informações do Pipeline, do Valor Econômico, a captação dos recursos foi conduzida pela Iporanga Ventures e atraiu os fundos Domo Invest, 1616 Ventures e Aimorés Investimentos, além de investidores-anjo.

A plataforma digital propõe auxiliar o pequeno e médio varejo na conexão com distribuidoras e fabricantes. E a pulverização que caracteriza o mercado farmacêutico, com 54 mil PDVs independentes, torna o setor uma das prioridades da Covalenty.

“As farmácias menores ainda têm um processo ainda bastante analógico para fazer o pedido, pesquisar preços e montar o estoque. Nosso objetivo é usar a tecnologia para conectar de forma mais eficiente as duas pontas desse mercado, gerar valor e trazer competitividade para o varejo menor frente às grandes concorrentes”, ressalta a cofundadora e CEO Miriam Retz.

Farmácias de bairro poderão agilizar pedidos de produtos

Por meio da plataforma, as farmácias podem comparar preços aplicados pelas distribuidoras e agilizar a emissão de pedidos por via eletrônica. Com apenas quatro meses de atuação, a startup já soma 50 clientes do segmento e prevê 300 lojas ainda este ano. Para sustentar esse crescimento, a meta é dobrar a equipe com foco nos especialistas de tecnologia e da área comercial. Outro plano é atrair indústrias farmacêuticas e de bens de consumo.

A Covalenty também planeja ampliar o rol de funcionalidades, o que inclui uma ferramenta de controle de estoque com sugestões de mix direcionadas para cada perfil de farmácia. A oferta de produtos e serviços financeiros também está no radar e essa solução, em particular, foi uma das que mais despertou atenção dos investidores.

“A oportunidade aqui não é só comercial, tem um caminho lógico de vir a intermediar a jornada financeira. Isso é uma tendência: quando se tem uma relação tão importante, próxima e frequente com o cliente é possível passar a estender crédito com uma percepção melhor de risco”, observa Leonardo Teixeira, sócio da Iporanga Ventures.

Solução foca em digitalização das farmácias de bairro

A startup busca suprir uma das principais lacunas na gestão das farmácias de bairro.  E números de uma pesquisa sobre transformação digital no setor revelam um fosso entre os PDVs independentes e as redes do varejo farmacêutico.

Levantamento do Instituto Axxus, que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, ouviu 420 proprietários de pequenas farmácias e trouxe conclusões impressionantes.

O uso de canais online para adotar programas de fidelidade, por exemplo, inexiste em 99% dos estabelecimentos. Já 83% dos gestores do PDV sequer utilizam as redes sociais como canais de propaganda.

“A situação é ainda mais crítica entre empreendedores das regiões Norte e Nordeste. E as justificativas para não investir em inovação digital passam por restrições orçamentárias e mais dificuldades para rentabilizar as vendas”, relata Rodnei Domingues, responsável pelo estudo.

As farmácias independentes também convivem com barreiras para definir uma política padronizada de descontos. Em 99% das lojas, esses benefícios são definidos e concedidos aos clientes pelos atendentes ou por um superior. Em apenas 1% dos casos, eles são parametrizados pelo sistema.

Farmácias de bairro têm delivery caseiro

Outro indicador relevante aponta que 92% das farmácias independentes não utilizam qualquer plataforma de marketplace. Por outro lado, com relação às modalidades de entrega, 92% afirmaram prestar esse serviço com entregador próprio. As captações de pedidos se dão prioritariamente por telefone (96%).

Sem integração com distribuidoras

A pesquisa também constatou que 86% das farmácias independentes ainda registram manualmente os produtos esgotados. Além disso, em 95% dos PDVs, o sistema não está conectado com as distribuidoras. “A falta de integração eletrônica com o atacado culmina em uma compra baseada apenas em relacionamento e persuasão do que em aspectos técnicos”, ressalta.

Quase a totalidade (99%) das lojas não utiliza sistemas de cotação para auxiliar na decisão da melhor compra. Já 97% dos gestores afirmaram que o módulo financeiro não está integrado ao ERP. “Esse é o ponto mais crítico, pois inviabiliza qualquer análise mais profunda do desempenho da loja”, pontua.