Norte e Sul lideram crescimento das farmácias

Norte e Sul lideram crescimento do varejo farmacêutico

O crescimento das farmácias no Brasil tem como principais âncoras as regiões Norte e Sul.

Os três estados do Sul acumularam um faturamento de R$ 28 bilhões nos últimos 12 meses até abril, crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período anterior. A evolução da receita das farmácias em todo o país foi de 15%.

A região vem ganhando relevância especialmente com o impulso das grandes redes, cujo market share passou de 42,8% para 45,2% em um ano. Quarta maior rede do varejo farmacêutico no Brasil, as Farmácias São João contam com um aporte de R$ 200 milhões em recursos próprios, destinado para a abertura de um mega CD na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O complexo sustenta os planos de expansão orgânica que mira especialmente o Paraná e Santa Catarina. A rede gaúcha chegou neste ano à marca de 1 mil PDVs, todos baseados no Sul.

“Nosso plano é ter 100 novas unidades nos próximos 12 meses, com a previsão de criar 2 mil empregos. É um ritmo acelerado que tornamos possível a partir de uma operação realmente sustentável, com elevados níveis de governança e geração de caixa sem a necessidade de captação no mercado financeiro”, ressalta o presidente Pedro Brair.

Já a Clamed está de olho especialmente no mercado paranaense e planeja ampliar em 10% o número atual de 600 lojas, com investimento de R$ 56 milhões. A Nissei, por sua vez, aposta na extensão das fronteiras do Sul e quer ganhar relevância em São Paulo. A varejista, inclusive, propôs R$ 18,9 milhões para adquirir unidades da Poupafarma.

“São localidades muito marcadas pela existência de lojas de bairro, que ganharam relevância no período da pandemia. Além disso, as redes sulistas conseguiram modernizar rapidamente os canais digitais e encontraram um público consumidor disposto a abraçar as compras online”, avalia Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up International.

Crescimento das farmácias tem mais pulverização no Norte

O crescimento das farmácias no Norte do país tem a pulverização como uma das características. É onde as farmácias regionais, entre independentes e associativistas, obtêm a maior participação de mercado na comparação com os outros pontos do Brasil – 54,9%.

Os R$ 9 bilhões de faturamento na região correspondem a um incremento de 16%. O Amazonas e o Tocantins tiveram aumento superior a 20%, enquanto Roraima foi o líder na evolução percentual, com 33%.

Integrantes da Farmarcas, a Ultra Popular e a Maxi Popular miram seus olhares para o Amazonas e o Pará. A perspectiva é movimentar, nas 22 farmácias do grupo, em torno de R$ 102 milhões neste ano.

“O crescimento das farmácias do Norte está fortemente associado aos efeitos da pandemia. Mas a saturação de outros mercados mais tradicionais, como Sudeste e Nordeste, ajuda também a explicar os resultados”, comenta Paiva.

Perdas em farmácias afetam só 1,13% do faturamento

perdas em farmácias

As perdas em farmácias estão entre as menores do varejo brasileiro. É o que indicou a sexta edição da pesquisa da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), com apoio da consultoria KPMG.

O estudo envolveu 201 executivos de empresas do setor, que administram em torno de 100 mil PDVs. E o mercado farmacêutico se destacou mesmo diante dos crescentes desafios pautados pela falta de medicamentos e pela dependência de insumos do Exterior.

Considerando todo o ano passado, as perdas em farmácias representaram 1,13% sobre o faturamento total, o que envolve furtos, roubos, desvios, avarias e má administração do estoque. O índice está abaixo da média geral de 1,48% – equivalente a R$ 31,7 bilhões. O desempenho do varejo farmacêutico também é melhor que o de segmentos como o supermercadista e de perfumarias, respectivamente com índices de 2,37% e 2,33%.

A ruptura no setor também é considerada baixa. Enquanto a ruptura comercial (ausência do produto na loja) nas perfumarias chega a 11,5%, o percentual em farmácias cai para 5,69%. A quebra operacional, quando o item está em estoque mas não nas prateleiras, é ainda menor e corresponde a 2,37%.

Na análise qualitativa dos indicadores, o varejo farmacêutico é o segundo setor com maior acurácia e um dos três segmentos acima do patamar de 90%. Com 92,07%, a atividade só perde para o mercado de eletromóveis está em empate técnico com os artigos esportivos.

Perdas em farmácias caíram com pandemia como gatilho

As perdas em farmácias caíram justamente com o gatilho da pandemia. Para os especialistas responsáveis pelo estudo, esse período serviu como um gatilho para o varejo farmacêutico acelerar a modernização dos processos e atender à mudança no perfil de consumo da população brasileira.

“A demanda por produtos relacionados à Covid-19, o advento de categorias como as de suplementos vitamínicos e a digitalização das vendas exigiram mais dinamismo das farmácias e um maior apuro no controle do mix”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Ao mesmo tempo, a necessidade de investir em ferramentas de comércio eletrônico estimulou o varejo farmacêutico a apostar em novas tecnologias como o RFID, para controle de vencimento dos produtos. Outras inovações que se tornaram realidade são as ferramentas de data analytics e o uso de câmeras com inteligência artificial para capturar inconsistências nos layouts dos PDVs.

“Mesmo em um panorama com tantos desafios operacionais, o varejo cresceu em faturamento. Entretanto, sem um trabalho com análise dos resultados e agilidade nas ações de prevenção não teríamos conseguido resultados positivos”, acredita Santos.

Perdas em farmácias: como estão distribuídas?

As quebras operacionais representaram 68% das perdas no varejo farmacêutico, contra 77% da média geral. “É um indicador muito positivo se levarmos em conta a maior diversidade de serviços no canal farma, movimento que ganhou ainda mais intensidade com o advento dos testes rápidos e de programas de assistência farmacêutica”, analisa.

Para que serve a anestesia?

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Anestesia

A ideia de um procedimento que envolva anestesia geral, em muitas pessoas, gera um desconforto. Porém, já imaginou passar por um processo cirúrgico que necessite de grandes cortes, reposição de tecidos ou mesmo quebra de ossos, sentindo cada movimento e estando consciente? Felizmente, a anestesia existe e é um processo seguro, que torna a cirurgia confortável tanto para o paciente, quanto para o cirurgião, e pode ser local, regional ou geral.

“Mesmo com a sedação, é possível controlarmos os batimentos cardíacos, musculatura, respiração, circulação, pressão arterial, oximetria e ondas cerebrais do paciente, monitorizando até mesmo se está com dor”, revela a cirurgiã do São Cristóvão Saúde, Marta Lima.

A especialista destaca ainda os avanços da tecnologia, novas drogas, aparelhos de monitorização e a expertise da equipe e do profissional anestesista atualmente, que influenciam nos resultados positivos desta etapa.

Tipos de anestesia

A depender do procedimento, o tipo de anestesia também pode variar. As anestesias regionais atuam em apenas uma parte do corpo, sendo subdivididas em anestesia de neuroeixo (raquianestesia e peridural), que irá retirar a sensibilidade apenas da metade do corpo, e anestesia periférica, que age apenas sobre um nervo em específico de uma região do corpo, podendo o paciente permanecer acordado ou induzido a dormir.

Nos casos de anestesia geral, o objetivo é eliminar a dor (analgesia), provocar o sono, o relaxamento neuromuscular e manter a pressão arterial e frequência cardíaca em níveis normais. “Cirurgias por vídeo, ou em casos como bariátrica, retirada da vesícula biliar e apendicite, são exemplos de métodos que precisam de anestesia geral”, exemplifica a médica.

Assim, o anestesiologista é o profissional responsável por regular a dose de medicação, de acordo com o tempo de duração do procedimento. Se a pessoa passou por uma cirurgia que causa dor, por exemplo, a equipe pode retirar a droga hipnótica, mas manter o analgésico, o que causa sonolência.

Recomendações médicas

Não há contraindicações específicas para anestesias. Porém, alguns indivíduos são alérgicos a certas medicações e seus componentes; há ainda condições de saúde particulares, como diabetes e pressão alta. Para esses casos, medicações alternativas são utilizadas e é de extrema importância que a equipe médica conheça o quadro geral do paciente.

As escolhas variam com o tipo de operação, condições físicas e emocionais. “Os médicos avaliarão os exames pré-operatórios e indicarão a melhor opção. Converse com seu médico cirurgião e com seu anestesista, tire todas as suas dúvidas e principalmente siga todas as orientações passadas”, ressalta Marta.

A especialista destaca ainda que o consumo de medicamentos de uso contínuo deve ser informado aos especialistas, que irão determinar ou não uma interrupção nos dias que antecedem a cirurgia. “O jejum é parte fundamental do processo e o paciente deve fazer a sua parte para que tudo ocorra da melhor forma possível”, acrescenta a médica.

Afinal, é muito comum ficar ansioso antes de um procedimento importante e, por isso, ela recomenda a todos que busquem informações e orientações da equipe especializada: “É normal ter medo, mas lembre-se de que podemos ir com medo, mas com dúvidas, jamais”, finaliza.

Novo Nordisk faz 100 anos com foco em doenças graves

Novo Nordisk
Foto: Depositphotos

A Novo Nordisk reforça a atenção para o mercado de doenças graves. A farmacêutica apresentou sua estratégia de expansão em evento com a imprensa na terça-feira, dia 20, na qual também celebrou 100 anos de operações. Terceira indústria farmacêutica multinacional no Brasil e sétima no ranking mundial, a companhia mira inclusive a cura de patologias como a hemofilia.

Segundo Isabella Wanderley, vice-presidente corporativa e gerente geral da Novo Nordisk Brasil, o pipeline da Novo Nordisk contempla as áreas terapêuticas de cuidados com diabetes, obesidade, doenças raras, endocrinológicas e hematológicas e outras doenças crônicas graves, como Alzheimer, Nash (esteatose hepática ou gordura no fígado) e doenças cardiovasculares.

Conferencia imprensa

Dentro desse portfólio, três medicamentos são destaques. A insulina semanal Icodec, que foi submetida à aprovação na Anvisa em abril deste ano; o CagriSema, para obesidade; e o medicamento para doença cardiovascular Ziltivekimab. Os dois últimos ainda estão em estudo fase 3.

Já o tão aguardado medicamento para obesidade Wegovy, aprovado no Brasil em janeiro, está em processo de precificação e ajustes na produção na fábrica na Dinamarca antes de chegar às farmácias. O objetivo é evitar a ruptura do produto nas gôndolas como o ocorrido nos Estados Unidos.

Atualmente 13 estudos clínicos estão em andamento no Brasil, com 2.000 pacientes, em sete áreas (diabetes, obesidade, deficiência do hormônio do crescimento, Nash, Alzheimer, doenças cardiovasculares e doença renal crônica). “Para isso a companhia investe cerca de R$ 200 milhões. Em 2022, mais de 3,5 milhões de pessoas fizeram uso de algum produto na empresa no Brasil, incluindo os mercados público (SUS) e privado”, afirma a diretora médica Priscilla Mattar.

Novo Nordisk detém a maior fábrica de insulina da América Latina

A unidade produtiva da Novo Nordisk no Brasil, localizada em Montes Claros (MG), é a maior fábrica de insulina da América Latina. A planta, fundada em 2007, emprega mais de 1.350 funcionários e é responsável por 30% da insulina produzida mundialmente pela companhia, o que representa cerca de 15% da insulina consumida em todo o mundo. As insulinas exportadas pela fábrica representam 25% de toda a exportação nacional de fármacos.

Reciclagem de canetas

Entre as iniciativas de sustentabilidade da companhia está o Reciclaneta, que visa a reciclagem das canetas de medicamentos, em parceria com o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione. O projeto piloto já coletou mais de 15 mil canetas e destinou o plástico para ser transformado em utensílio de limpeza. O Brasil segue o exemplo da matriz na Dinamarca, que conta com parcerias com outras farmacêuticas para o recolhimento das canetas. As unidades da França, Grã-Bretanha e Japão também iniciaram pilotos do programa. “Em 2022 o Brasil comercializou 50 milhões de canetas plásticas, o que mostra que ainda temos uma oportunidade enorme para explorar esse ecossistema de inovação e estamos em busca de parcerias para ampliar esse projeto”, afirma Simone Tcherniakovsky, diretora de assuntos corporativos e sustentabilidade.

Alimentos energéticos, quais são

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Alimentos energéticos

Você sabe qual a função dos alimentos energéticos no organismo? Com um bom planejamento e fazendo as escolhas certas, tudo o que comemos pode nos ajudar a nos manter saudáveis e com mais energia ao longo do dia. A chave é manter os níveis de açúcar no sangue equilibrados e comer refeições compostas por carboidratos de baixo índice glicêmico combinados com proteínas e pequenas quantidades de gorduras saudáveis.

Quais os alimentos energéticos ideais

Uma refeição bem equilibrada pode mantê-lo abastecido por até quatro horas. Para otimizar seu nível de energia diário, tente adicionar alguns desses alimentos ao seu plano de refeições.

Aveia – Os carboidratos complexos na farinha de aveia significam que é uma fonte de energia de queima lenta. A aveia também aumenta a produção de serotonina, que pode nos ajudar a controlar o estresse e melhorar a função de aprendizado e memória.

Banana – Rica em carboidratos complexos, vitamina B6, potássio e até um pouco de proteína, a banana é uUm dos melhores alimentos para dar energia. Ela pode ser consumida congelada e misturado em um smoothie, em fatias com aveia ou sozinha mesmo.

Iogurte – Os carboidratos do iogurte estão principalmente na forma de açúcares simples, como lactose e galactose. Quando decompostos, esses açúcares podem fornecer energia pronta para uso. O iogurte grego é uma escolha especialmente boa. Cubra com frutas frescas e mel.

Semente de gergelim – As sementes de gergelim torradas adicionam um pouco de crocância e sabor a saladas, sopas e batatas fritas. Eles estão repletos de magnésio, o que ajuda a converter o açúcar em energia, além de terem uma dose estabilizadora de açúcar no sangue de gordura e fibra saudável.

Canela – A canela trabalha para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, portanto, também ajuda a estabilizar seus níveis de energia. Uma colher de chá de canela contém tantos antioxidantes quanto meia xícara de mirtilos, um dos alimentos mais ricos em antioxidantes.

Feijão – Com antioxidantes, fibras, proteínas e carboidratos, os feijões são ótimas fontes de ácido fólico, ferro e magnésio, que ajudam a produzir energia e entregá-la às nossas células.

Lentilhas – Ricas em carboidratos e fibras, as lentilhas são potências energéticas, aumentando seus níveis de energia ao reabastecer seus estoques de ferro, ácido fólico, zinco e manganês. Esses nutrientes ajudam a quebrar os nutrientes e ajudam na produção de energia celular.

Homus – Boa fonte de carboidratos complexos e fibras, que seu corpo pode usar para obter energia constante. O tahine (pasta de sementes de gergelim) e o azeite do homus contêm gorduras saudáveis ​​e retardam a absorção de carboidratos, o que nos ajuda a evitar picos de açúcar no sangue.

Tâmaras – As tâmaras contêm vitaminas e minerais como ferro, manganês, cobre, potássio e magnésio, além de fibras e antioxidantes.

Aroz integral – Apenas meia xícara de arroz integral contém dois gramas de fibra e muito da ingestão diária recomendada de manganês, um mineral necessário para as enzimas quebrarem carboidratos e proteínas, transformando-os em energia. Também tem baixo índice glicêmico, o que significa que pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue e promover níveis de energia estáveis ​​ao longo do dia.

Abacate – Os abacates são ricos em gorduras “boas”, fibras e vitaminas do complexo B. Cerca de 85% da gordura do abacate é de ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados, que promovem níveis saudáveis ​​de gordura no sangue e aumentam a absorção de nutrientes. Cerca de 80% do teor de carboidratos no abacate é composto de fibra, o que significa energia deliciosa e sustentada.

Sardinhas e peixes gordos – O peixe gordo é rico em proteínas e pobre em gordura saturada. Também há fortes evidências de que comer peixe ou tomar óleo de peixe é bom para o coração e os vasos sanguíneos. Além de aumentar sua energia, comer peixe uma ou duas vezes por semana também pode reduzir o risco de derrame, depressão, doença de Alzheimer e outras condições crônicas.

Ovos – Os ovos são ricos em vitaminas do complexo B, que ajudam as enzimas a desempenhar seu papel no processo de transformação dos alimentos em energia.

Caju – Com baixo teor de açúcar, são ricos em fibras, gorduras saudáveis ​​para o coração e proteínas vegetais. Eles são uma fonte sólida de cobre, magnésio e manganês, que são ingredientes essenciais para a produção de energia, ossos saudáveis, saúde cerebral e imunidade.

Batata-doce – Uma ótima fonte de ferro, magnésio e vitamina C, um nutriente necessário para a produção de energia.

 

Adenoide em crianças

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adenoide

Respirar excessivamente pela boca, roncar e sensação contínua de cansaço. Esses sintomas podem indicar a existência da adenoide ou tonsila nasofaríngea, problema popularmente conhecido como carne esponjosa. Trata-se de um tecido de defesa natural do organismo que, quando cresce de forma exagerada, compromete, significativamente, a qualidade de vida das crianças.

“O crescimento da adenoide pode acontecer por diversas causas, entre elas as mais comuns são exposição precoce a vírus e bactérias, ocorrendo com mais frequência em crianças que entram muito cedo na escolinha, predisposição genética e fatores alérgicos”, explica Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

Sintomas da adenoide

Segundo o médico, a adenoide age de forma diferente em cada um dos públicos.

“No público infantil, a carne esponjosa se situa atrás do nariz. Quando este crescimento é exagerado, ela pode preencher toda a nasofaringe, resultando em obstrução da passagem de ar e fazendo com que a criança respire pela boca. Roncos e voz anasalada também podem ocorrer”, alerta.

O especialista explica que, quando o problema atinge tal ponto, é sinal de que a adenoide está atrapalhando mais do que ajudando. “Nestes casos, o indicado é prosseguir com tratamento, geralmente cirúrgico.”

Tratamentos

Considerado simples, o diagnóstico das adenoides é realizado por meio de um exame, a nasofibrolaringoscopia, utilizado para investigar problemas e doenças que acometem as vias aéreas superiores. “Ele permite analisar o nariz, a faringe e a laringe”, afirma Tamiso. “O tratamento inclui cirurgia para diminuição das adenoides, nos casos de crianças, com adenoides hipertróficas”.

O médico destaca que o procedimento é prático e não há motivos para pânico. “A cirurgia dura cerca de 30 minutos, é realizada por meio de vídeo e o paciente tem alta no mesmo dia”, finaliza.

 

 

Setor quer integrar produção farmacêutica no Mercosul

produção farmacêutica

A produção farmacêutica no Mercosul é alvo de um conjunto de propostas de entidades setoriais para fortalecer a indústria regional.

A Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA) apresentou  algumas dessas reivindicações durante a 10ª edição do Fórum Empresarial do Mercosul, que reuniu representantes oficiais e do setor produtivo do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Agora, tanto suas recomendações quanto a dos demais participantes serão entregue aos Ministros da Saúde na próxima semana, em Buenos Aires.

De acordo com o presidente da entidade, Antonio Carlos Bezerra, uma das propostas está diretamente ligada ao mecanismo de Monitoramento de Pedidos de Patentes Farmacêuticas de Interesse do Sistema Único de Saúde que a entidade gerencia. O dirigente entende que esse modelo pode servir como parâmetro para o Mercosul como um todo.

“Nosso monitoramento consiste em uma base de dados que acompanha o andamento dos depósitos de pedidos de patentes farmacêuticas. Incluímos principalmente os blockbusters de empresas farmoquímicas e farmacêuticas, tanto brasileiras como internacionais”, explica.

Produção farmacêutica teria lista de IFAs estratégicos

Otimizar a produção farmacêutica também envolveria a elaboração de uma lista de IFAs estratégicos para a região do Mercosul. Segundo Bezerra, a ideia seria buscar o desenvolvimento e fortalecimento da produção local de insumos necessários a diminuição da vulnerabilidade sanitária da região.

“Essa proposta está muito alinhada ao que nós da Abifina, junto com a Abiquifi e Fiocruz, já realizamos. Trabalhamos no desenvolvimento de uma “Cesta de IFAS estratégicos” com base em uma metodologia que contemple parâmetros valorando as necessidades das políticas públicas de acesso a medicamentos essenciais e tendo consequentemente a diminuição da vulnerabilidade sanitária do país”, detalha.

De acordo com o presidente, além de novas tecnologias, regulação eficiente e inovação em pesquisa e desenvolvimento (P&D), há muito a ser feito para tornar a região mais sólida e menos dependente dos outros continentes.

“De fato, unindo forças e esforços de todos os países, a região pode se tornar, um hub produtivo no setor, o que beneficiará as indústrias de cada país e, essencialmente, suas populações”, afirma Bezerra, chamando a atenção para o fato de já ter passado da hora dos países do Mercosul potencializar as políticas públicas que possam estruturar melhor o ambiente das indústrias farmacêuticas e das empresas de saúde, público e privada, rumo ao desenvolvimento tecnológico e inovação, alcançando maior autonomia.

Drogaria Araujo realiza war room com clientes

Drogaria Araujo

A Drogaria Araujo realizou uma ação criativa e inovadora para ampliar a interação com clientes. Durante a Semana do Imposto Zero, iniciativa que assegurou descontos de até 55%, a rede promoveu um war-room para monitorar, em tempo real, as conversas online relativas a promoções.

O evento, já conhecido no mercado de publicidade, ocorre num formato que visa a gerar novas ideias e resultados. De acordo com dados da plataforma Stilingue, parceira da Araujo na ação, o war-room identificou mais de 54 mil interações entre clientes e a marca em canais conversacionais como Instagram, Twitter e WhatsApp. Só nesta última ferramenta, mais de 9 mil produtos foram procurados em conversas no bot da Drogaria Araujo.

Por meio das ferramentas da Stilingue, foi possível identificar o que estava sendo falado sobre os produtos da rede, avaliar as reações dos consumidores aos conteúdos e o crescimento por essas buscas.

Com a classificação dos itens mais buscados, a Drogaria Araujo elaborou uma estratégia de mensagens ativas via contato inteligente no WhatsApp, por onde os consumidores podiam buscar os produtos no catálogo.

“Essa experiência permitiu que pudéssemos interagir e fomentar a marca de maneira otimizada, além de centralizar a gestão dos canais num único lugar. Conseguimos entender o que os consumidores buscavam, se estavam enfrentando algum problema na compra, possibilitando ao nosso time de atendimento reverter a situação”, observa Adriana Caram Borlido, superintendente de marketing da rede.

Drogaria Araujo impulsiona venda por meios digitais

Na Drogaria Araujo, a operação digital já responde por mais de 11% do faturamento, cerca de R$ 300 milhões. Um aumento de 119%, quando comparado o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado.

Em 2022, a Drogaria Araujo fechou uma parceria com Take Blip, líder em interações inteligentes de comunicação entre marcas e consumidores em aplicativos conversacionais, e empresa que adquiriu a Stilingue no último ano. Através da parceria a Drogaria Araujo lançou o primeiro canal oficial no WhatsApp de uma farmácia brasileira, possível pela API do WhatsApp no Brasil, da qual Take Blip é provedora oficial.

Indústria farmacêutica do Brasil amplia liderança

Indústria farmacêutica do Brasil amplia liderança regional
Divulgação: Canva

Na indústria farmacêutica da América Latina, os negócios apontam cada vez mais para o Brasil. O país ampliou em cinco pontos percentuais a liderança regional em volume de negócios e já responde por 47% do faturamento em dólares.

Os laboratórios que atuam no continente latino-americano registraram US$ 64,6 bilhões em receita nos últimos 12 meses até março, incremento de 13,1% em relação ao mesmo período anterior e já excluindo as vendas de vacinas da Covid-19.

Deste total, US$ 30,2 bi foram resultantes das farmacêuticas presentes no Brasil, por meio da venda de 6,4 bilhões de unidades de medicamentos tanto para o varejo como para o chamado canal institucional.

O segundo lugar coube ao México, mas com quase US$ 20 bilhões a menos que o mercado brasileiro e participação de apenas 18%. A Argentina figura no terceiro posto e representou 10% do faturamento, mas sem atingir um dígito em valores absolutos.

Como parâmetro, o país tem receita superior à de México, Argentina, Colômbia, Equador e toda a América Central e Caribe, juntos.

Apesar de alguns impactos da pandemia e da falta de medicamentos para categorias como antibióticos e antigripais, as áreas terapêuticas de cardiometabolismo, diabetes e sistema nervoso central obtiveram um avanço médio de 20%. No caso dos suplementos vitamínicos, o incremento chegou a 39%.

Indústria farmacêutica do Brasil tem impulso do SUS

A liderança folgada da indústria farmacêutica brasileira está atrelada a uma soma de fatores, na visão de Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

“Temos número de habitantes e população idosa maiores na comparação com os demais países. Mas a grande diferença está no sistema público de saúde, cuja acessibilidade do SUS funciona como uma alavanca para a rede privada e o consumo de medicamentos”, argumenta.

O dirigente destaca o fato de 40 milhões de pessoas integrarem a cobertura do segmento de saúde suplementar. “É um contingente que se aproxima da população de toda a Argentina, por exemplo”, completa.

Medicamentos falsificados têm nova onda de apreensões

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medicamentos falsificados

A Anvisa alerta para nova onda de medicamentos falsificados. A agência determinou na última quarta-feira, dia 21, a apreensão e a proibição da comercialização, da distribuição e do uso de unidades falsificadas dos remédios Botox®️ (Lote: C3709C3) e Durateston® (Lote: 701012LR).  A medida foi publicada por meio da Resolução RE 2.198/2023.

Já nesta quinta-feira, dia 22, a Resolução-RE 2.208/2023 estabeleceu a apreensão e a proibição da comercialização, da distribuição e do uso de unidades falsificadas do lote W07209 do produto Dysport®️.

 

Produto Número do lote Datas do produto original Datas do produto falsificado
Botox®️ C3709C3 Fabricação: 09/2014

Validade: 08/2017

Fabricação: 05/2022

Validade: 05/2025

Dysport®️ W07209 Fabricação: 01/2022

Validade: 12/2023

Fabricação: 01/2023

Validade: 12/2024

Durateston® 701012LR Fabricação: 01/2021

Validade: 01/2023

Fabricação: 06/2022

Validade: 06/2024

As medidas foram tomadas após operação policial que encontrou embalagens do Botox®️. A data de fabricação do lote original (C3709C3) é 09/2014 e a data de validade 08/2017. O produto falsificado traz o mesmo número de lote, mas a sua data de fabricação consta como 05/2022 e a de validade como 05/2025, conforme imagem abaixo.

Medicamentos falsificados: quais farmacêuticas estão envolvidas?

Além da detecção de medicamentos falsificados, o lote original (C3709C3) não foi destinado ao mercado brasileiro. O medicamento Botox®️ (foto) está devidamente registrado em nome da empresa Allergan Produtos Farmacêuticos.

Detentora do registro do medicamento, a Beaufour Ipsen Farmacêutica esclarece que o lote W07209 do produto Dysport®️ 300U original foi importado em abril de 2022, com data de fabricação em 01/2022 e prazo de validade até 12/2023. Já o produto falsificado apresenta como data de fabricação 01/2023 e como data de validade 12/2024.

A farmacêutica também descreveu diversas diferenças existentes entre o produto original e o falsificado. Foram verificadas discrepâncias no tipo de frasco, na qualidade de impressão do rótulo e no volume de produto no frasco. As medidas foram tomadas após a Anvisa ser informada pela empresa Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. sobre a circulação, no mercado brasileiro, de unidades falsificadas do medicamento.

O número 701012LR corresponde a um número de lote original de Durateston®, fabricado em 01/2021 e válido até 01/2023. No entanto, as unidades falsificadas possuem data de fabricação e de validade divergentes (fabricação em 06/2022 e validade até 06/2024).