24 semanas de gestação: pulmão se preparando

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24 semanas de gestação

Com 24 semanas de gestação, chegamos a metade do sexto mês de gravidez, já se passaram de 162 a 168 dias do período gestacional.

Nesta fase, o pulmão se desenvolve para a respiração, dando início a produção de surfactante. Os sentidos do paladar e do olfato também já se encontram bem desenvolvidos, e o bebê começa a sentir o gosto e o cheiro do líquido amniótico.

Como o útero se encontra em crescimento, ele pode comprimir o estomago, o que pode causar azia e/ou refluxo na gestante. Com 24 semanas de gestação, a futura mamãe pode apresentar também um quadro de anemia.

Nesses casos, a grávida pode demonstrar sintomas como cansaço excessivo, mucosas e pele pálidas e tonturas.

Desenvolvimento do bebê com 24 semanas de gestação

Com 24 semanas de gestação, o feto já tem quase todos os órgãos sensoriais desenvolvidos. Com isso, ele já sente o gosto e o cheiro do líquido amniótico, além de responder com movimentos estímulos sonoros externos.

Quanto aos olhinhos, seu desenvolvimento está quase completo. No fim desta semana, as pálpebras irão se separar e, pela primeira vez, os olhos se abrirão.

É nesta época também que os ramos dos pulmões se desenvolvem. Além disso, começam a surgir as células que produzem o surfactante pulmonar, uma substância que reveste os alvéolos dos pulmões e auxilia na troca de oxigênio da respiração.

Tamanho e peso

O tamanho do bebê com 24 semanas de gestação é comparável ao de um melão cantalupo. Da cabeça ao bumbum, ele costuma medir algo em torno de 21,3 centímetros e da cabeça aos pés cerca de 30,4 centímetros.

Nesta fase da gravidez, o feto costuma pesar aproximadamente 665 gramas.

Mudanças para às mamães

Devido ao crescimento registrado pelo útero com 24 semanas de gestação, a grávida pode sentir azia e refluxo. Isso porque o estômago é pressionado pelo órgão para cima, o que causa uma subida do ácido estomacal para o esôfago.

Caso a gestante apresente sintomas como cansaço excessivo, mucosas e pele pálidas, palpitações e tontura, ela pode estar acometida pela anemia, muito comum nessa fase do período gestacional.

Esses casos normalmente são resultados de deficiências de nutrientes como ácido fólico, ferro e vitamina B. Esses nutrientes se fazem ainda mais importantes nessa fase da vida porque eles são vitais para a produção de glóbulos vermelhos, essenciais para levar os nutrientes e o oxigênio para o bebê.

Cuidados

Assim como durante toda a gravidez, com 24 semanas de gestação, a futura mamãe terá que conviver com alguns sintomas, que podem ser amenizados com as seguintes dicas.

Azia e/ou refluxo com 24 semanas de gestação

Para aliviar esse desconforto, será de grande ajuda:

  • Evitar exageros na alimentação;
  • Evitar frituras e comidas muito apimentadas ou muito temperadas;
  • Fazer refeições menores, mas com uma frequência maior (a cada duas ou três horas)

Anemia

Para evitar a anemia durante a gravidez, você pode:

  • Aumentar a ingestão de ferro (coma bife de fígado, espinafre e feijão, por exemplo)
  • Suplemente os nutrientes indicados pelo profissional da saúde

Dicas bônus

Com 24 semanas de gestação ou não, é sempre importante seguir as indicações médicas e realizar as consultas pré-natais. Além disso, é importante manter uma alimentação balanceada e uma rotina de exercícios com acompanhamento de um profissional da saúde.

Os exames mais importantes

Um importante exame para essa fase é o ultrassom morfológico. Com 24 semanas de gestação, a grávida se encontra no limite para a realização desse exame, importante para acompanhar o desenvolvimento do bebe e identificar possíveis doenças e malformações.

Fumária: saiba mais sobre essa planta medicinal e multifuncional

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Fumária

Problemas digestivos? Doenças de pele? Na incidência desses casos, procure a fumária. Esta que é mais uma daquelas plantas medicinais com “poder mágico”, tendo a capacidade de curar diversas adversidades que convivem com os seres humanos. A espécie Fumaria officinalis é respaldada por benefícios dessa natureza, sendo que ajuda em casos como o de prisão de ventre, má digestão, cólicas intestinais e náuseas, além dos problemas cutâneos, como eczema e psoríase, por exemplo.

Também chamada de erva-moleirinha, erva-pombinha e fumo-da-terra, essa é uma planta medicinal rica em diversos aspectos que fazem com que seu valor digestivo e com a pele sejam reconhecidos. Ela tem ação depurativa, anti-inflamatória e laxativa, enaltecidas de alcaloides, flavonoides, glicosídeos, mucilagem e esteroides que auxiliam nessas funções.

É possível encontrar a fumaria em lojas de produtos naturais e até em farmácias de manipulação, não sendo a sua venda tão dificultada. É importante lembrar que o seu consumo pode ser todo utilizado no preparo do chá ou extrato fluido, idealmente usada apenas com orientação do fitoterapeuta ou de um médico.

Para que serve a fumária?

A fumária pode ser utilizada em diversas ocasiões, sendo uma planta medicinal considerada multifuncional. Geralmente, é indicada para problemas internos:

  • Prisão de ventre;
  • Cólicas Intestinais;
  • Dificuldade na digestão;
  • Sensação de estômago pesado;
  • Náuseas;
  • Pedra na vesícula;
  • Pressão alta.

Mas também é recomendada em casos de problemas cutâneos (externos):

  • Eczema;
  • Sarna humana;
  • Urticária;
  • Psoríase.

Os ácidos fumárico e cafeico são abundantes na composição da fumária. Além disso, também conta com esteroides, flavonoides, mucilagem e alcaloides isoquinolínicos como protopina, criptonina e fumarina.

Essas substâncias ativas são as principais responsáveis por evidenciar as propriedades anti-inflamatórias, regeneradora da pele, reguladora da secreção biliar, laxantes, diuréticas, antibacterianas e antiespasmódicas presentes na fumária.

Vale lembrar que, mesmo com todos os benefícios citados e as ações presentes na Fumaria officinalis, ela não deve substituir nenhum tratamento sem indicação. Idealmente, o consumo da planta deve ser apenas complementar a algum procedimento junto à orientação de um fitoterapeuta ou médico.

Formas de uso da fumária

Por via de regra, a melhor maneira para se utilizar a fumária é através de seu chá, extrato de fluido ou tintura. São utilizadas as folhas da planta, o caule, e as flores, que são as responsáveis por garantir as propriedades benéficas ao organismo humano. Confira cada uma das formas de uso:

  • Chá de fumária

O uso do chá é recomendado no caso de problemas digestivos. Por exemplo, deve ser tomado para ajudar na má digestão, prisão de ventre, rejeição de pedras na vesícula, regulagem da secreção de bile, e se estendendo até a pressão alta.

Para misturar um chá de fumária você precisará utilizar 1 colher de chá da planta seca e picada e 1 xícara de água.

Com os ingredientes à postos, coloque a água numa panela, ferva, e ao ser retirada do fogo insira a fumária. Tampe a panela e deixe de repouso por 10 minutos. Tempo passado, é só coar e beber com a temperatura morna na quantidade de 1 a 3 xícaras ao dia. Pode ser bacana misturar o chá com um suco de frutas, já que o sabor é um pouco amargo. O suco de maçã é uma ótima escolha.

Além de ingerível, o chá de fumária também age sobre a pele através da aplicação de compressas. Molhe uma gaze com a mistura da planta e faça contato com a região da pele em questão, seja por eczema ou psoríase. Neste caso, é indicado realizar no mínimo duas vezes ao dia, e no máximo três. O efeito é potencializado na pele quando ao chá é adicionada ½ colher de chá de flor de calêndula.

  • Extrato fluido de fumária

O extrato fluido tem uma ação um pouco diferente, e as propriedades da fumária agem no estímulo da vesícula biliar e em problemas de pele. Para esse modo de preparo serão necessários 1mL de extrato fluido de fumária e água. Adicione o extrato da planta em um copo de água, misture, e beba até três vezes por dia.

Efeitos colaterais

Assim como em tudo na vida, o excesso faz mal. Na planta medicinal não é diferente, e alguns dos efeitos colaterais se dão por esse motivo: exceder as 3 xícaras do chá ao dia podem causar diarreia, dor no estômago e vômitos.

Seu uso por mais de 18 semanas ou o excesso em doses únicas também pode causar intoxicação e maiores problemas como paralisia dos músculos e da respiração, sonolência, convulsões e tremores. Por isso, não faça um mau uso da fumária, pode ser fatal.

Restrições de uso

  • Crianças;
  • Mulheres grávidas ou em amamentação;
  • Doentes por glaucoma;
  • Utilizadores de remédios para pressão alta e problemas cardíacos;

Pessoas em tratamento do alcoolismo ou que utilizam dissulfiram também devem ficar atentas, já que a planta conta com álcool e sua composição, oferecendo riscos à pessoas nessas condições.

Câncer de mama ganha tratamento promissor

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câncer de mama

O combate ao câncer de mama tem uma notícia promissora. O medicamento Kisqali, da Novartis, reduziu o risco de recorrência do tumor em 25,2%. As informações são da agência Reuters.

Esse percentual foi obtido após a farmacêutica suíça realizar testes clínicos em mulheres com diagnóstico da doença em estágio inicial. O estudo envolveu o uso do Kisqali em conjunto com a terapia endócrina padrão, comparado apenas com o tratamento sem essa nova medicação.

A pesquisa também atestou que os efeitos colaterais foram baixos. Somente 0,6% dos participantes apresentaram quadro de diarreia grave. Já no caso do remédio concorrente Verzenio, da Eli Lilly, os percentuais oscilaram de 8% a 20%.

O medicamento da Novartis recebeu aprovação para tratamento do câncer de mama causado por hormônios que se espalharam por outras partes do corpo. Nesse segmento, a Novartis ganhou participação de mercado em relação a outro concorrente – o Ibrance, da Pfizer.

A divulgação dos resultados aumentou a confiança do mercado e o otimismo do presidente executivo da farmacêutica, Vas Narasimhan. O executivo prevê 4% de crescimento nas vendas até 2027 e uma margem operacional de 40% a partir de 2027. A Novartis, inclusive, solicitará aprovação de uso mais amplo do medicamento nos Estados Unidos e também na Europa.

Câncer de mama puxa avanço dos investimentos em oncologia

O câncer de mama vem contribuindo para puxar o avanço dos investimentos em oncologia. No Brasil, por exemplo, essa área terapêutica desponta como a mais promissora na venda de medicamentos de especialidades, que movimentaram mais de R$ 69 bilhões no mercado farmacêutico em todo o ano passado.

Os remédios antineoplásicos são a maior classe terapêutica, com 30% no público e 70% na esfera particular, um total de R$ 8,6 bilhões em vendas. Esses medicamentos atuam para evitar ou inibir o crescimento e a disseminação de tumores.

A categoria também figura entre as três que mais avançaram no período. A evolução de 26,7% em valores só não foi superior à dos antivirais sistêmicos (51,3%) e dos imunossupressores (33,4%).

Os medicamentos de especialidades da área de oncologia despontam como os mais concorridos em relação ao número de pacientes, o que requer crescentes desafios para romper a barreira de acesso. Estima-se que 346 mil brasileiros estão em tratamento quimioterápico ou se submetendo a terapias-alvo. Os tumores de mama (177 mil pacientes), colorretal (77 mil) e próstata (40 mil) estão entre os mais comuns.

23 semanas de gestação: começa a digestão

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23 semanas de gestação

Chegamos a 23 semanas de gestação. Começa o sexto mês da gravidez, já se foram de 155 a 161 dias do período gestacional. É nessa fase que o pâncreas do bebê começa a produzir insulina e o intestino começa a realizar os primeiros movimentos do que será a digestão.

Devido ao crescimento natural do útero, a futura mamãe pode sentir um pouco de falta de ar, devido a compressão do pulmão, e também algumas ondas de calor, devido às alterações hormonais que acontecem com 23 semanas de gestação.

Sintomas como as contrações de Braxton-Hicks (também conhecidas como contrações de treinamento), inchaços nas pernas e pés e dor pélvica, seguirão presentes nessa fase da gravidez.

Partiu entender mais sobre esse período?

O desenvolvimento do bebê com 23 semanas de gestação

O tecido ósseo começa a ser construído nessa fase da gravidez. Anteriormente, o esqueleto do feto é formado por cartilagem, que é um tecido mais mole do que o osso propriamente dito.

Devido a presença dos vasos sanguíneos, a pele, que ainda é translúcida, já começa a apresentar um tom mais rosado. Além disso, ela é recoberta por uma fina camada de pelos, chamada lanugo.

Os pulmões seguem em pleno desenvolvimento, assim como o pâncreas, que dá início a produção de insulina. O intestino também começa sua atividade: são registrados os primeiros movimentos, que nortearão a futura digestão.

Tamanho e peso

Com 23 semanas de gestação, o bebê costuma ter aproximadamente 20,3 centímetros da cabeça ao bumbum, algo próximo do tamanho de uma toranja. Já da cabeça aos pés, o total costuma ficar em torno de 28,9 centímetros.

Nesta fase, o feto costuma pesar aproximadamente 565 gramas.

O que muda no corpo da gestante?

Com 23 semanas de gestação, a grávida pode começar a sentir cãibras nas pernas. Além disso, sintomas que já estavam presentes, como as contrações de treinamento, dor pélvica e inchaço nas pernas e pés também seguem comuns.

Com o crescimento de tamanho do útero e do tórax, outras estruturas como as costelas e os pulmões podem acabar sendo afetadas. Nesta época, é comum sentir dor nos ossos da caixa toráxica e um pouco de falta de ar.

Os seios podem ficar mais sensíveis, por causa do aumento das glândulas produtoras de leite, e ondas de calor também podem ocorrer, devido às variações hormonais.

Cuidados

Para aliviar os desconfortos comuns com 23 semanas de gestação, você pode tomar os seguintes cuidados.

Dor pélvica com 23 semanas de gestação

Para suportar as mudanças do corpo durante a gravidez, a gestante pode praticar ioga ou pilates, desde que liberada pela equipe médica. Alongamentos leves e movimentos suaves também são opções.

O ginecologista responsável deve ser procurado imediatamente caso a paciente apresente uma dor constante, ou seja, que não melhora, ou se apresentar febre.

Inchaço nas pernas e pés

Atitudes que ajudam a melhorar o inchaço nas pernas e pés são:

  • Deitar ou sentar com os pés para cima sempre que possível
  • Fazer caminhadas e outros exercícios com recomendação médica

O inchaço pode ser também sinal de pré-eclâmpsia. Por isso, fique atenta se ele não melhorar, se surgir de maneira repentina, ou então se outras regiões também incharem, como as mãos e o rosto.

Contrações de treinamento

O desconforto causado pelas contrações de Braxton-Hicks pode ser aliviado com exercícios físicos recomendados pelo médico e também com a movimentação do dia-a-dia.

Caso o desconforto seja muito intenso e/ou frequente, ou venha acompanhado de outros sintomas, como dor nas costas, corrimento líquido e sangramento vaginal, a gestante deve procurar atendimento hospitalar imediatamente, pois ela pode ter entrado em trabalho de parto.

Cãibras

Para diminuir as cãibras, a grávida pode:

  • Aplicar compressas quentes
  • Massagear a região afetada
  • Suplementar nutrientes como cálcio, magnésio e vitamina B, desde que com o acompanhamento médico

Dor nas costelas e falta de ar

Uma das maneiras de aliviar esse desconforto é deitar e colocar as pernas para cima. Mas, se a falta de ar for muito intensa, houver dificuldade para respirar, respiração rápida ou ofegante, e também outros sintomas como dor no peito, lábios ou dedos azulados, será necessário buscar atendimento médico imediatamente.

Ondas de calor com 23 semanas de gestação

Para diminuir esse desconforto, a futura mamãe deve:

  • Evitar ficar muito tempo em lugares quentes
  • Tomar banhos mornos
  • Usar ar condicionado ou ventilador
  • Usar roupas mais leves e largas

Dica bônus!

Existe uma maneira consideravelmente simples de combater boa parte desses incômodos: se manter hidratada.

Bebendo em torno de oito copos de água por dia, a circulação da gestante já apresentará os primeiros sinais de melhora, o que aliviará incômodos como as cãibras, os inchaços e as ondas de calor.

Além disso, para favorecer o desenvolvimento saudável do bebê, independentemente de estar com 23 semanas de gestação ou não, é importante comer bem. Coloque na sua dieta alimentos ricos em cálcio e também frutas secas.

Sempre com o acompanhamento do médico responsável, você deve tomar os suplementos indicados e também manter uma rotina de exercícios.

Ascensão na União Química

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União Química

Victoria Nosé Matias é a nova coordenadora de marketing da União Química. Ela estava na posição de analista de marketing em nível sênior da farmacêutica há mais de um ano.

A executiva escalou os três níveis da análise de marketing da empresa, tendo iniciado em 2017 como júnior. Antes, atuou por dois anos como estagiária da Sandoz.

É formada em comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda pela Universidade Anhembi-Morumbi. Também tem pós-graduação em gestão de negócios com ênfase em marketing pela ESPM.

Contato: vmatias@uniaoquimica.com.br

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Preço dos medicamentos reduz adesão a tratamento nos EUA

preço dos medicamentos

O preço dos medicamentos vem sendo fator determinante para reduzir a adesão ao tratamento nos Estados Unidos. É o que aponta um novo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). As informações são da IstoÉ Dinheiro.

Segundo o levantamento, a maior parte dos adultos entre 18 e 64 anos tomou ao menos um medicamento prescrito em 2021. Porém, mais de 8%  – o que corresponde a 9,2 milhões de norte-americanos – revelaram que tentaram diminuir gastos pulando doses, consumindo quantidades menores do que as receitadas ou atrasando a ingestão.

Embora o custo médio dos medicamentos não tenha aumentado em 2021, o número total de prescrições registrou alta, o que incorreu em mais gastos. De acordo com a IQVIA, o volume de despesas alcançou US$ 63 bilhões, montante 5% superior ao de 2020. Mais de um terço dos adultos entrevistados ingeriu pelo menos três medicamentos.

Preço dos medicamentos impactou sobretudo pacientes crônicos

O preço dos medicamentos apresentou maior impacto entre pacientes crônicos. Cerca de um em cada seis norte-americanos que convivem com diabetes afirmaram ter cultivado o hábito de racionar o uso de insulina.

“A principal conclusão é que 1,3 milhão de pessoas racionaram insulina nos Estados Unidos, um dos países mais ricos do mundo”, ressaltou o Dr. Adam Gaffney, pneumologista da Harvard Medical School e da Cambridge Health Alliance.

A ausência de cobertura de saúde também pesa nessa decisão, já que 23% dos adultos sem plano contratado optou por não consumir medicamentos para reduzir custos. Já entre os que têm seguro privado, o percentual caiu para 7%.

Pessoas com deficiência apresentaram três vezes mais propensão a diminuir a medicação. Mulheres também estavam mais inclinadas a não consumir remédios do que os homens, que em média têm maior poder aquisitivo.

Inflação traz desafios extras

O peso da inflação traz preocupações extras para o mercado farmacêutico. De acordo com a pesquisa da GlobalData sobre “O Estado da Indústria Biofarmacêutica – 2023”, realizada de 26 de outubro de 2022 a 23 de novembro de 2022, aproximadamente 40% dos profissionais do setor ​​acreditam que, entre as tendências regulatórias e macroeconômicas, a inflação terá o impacto mais negativo  no setor farmacêutico em 2023.

Os resultados do estudo também revelam que os preços dos medicamentos e as restrições de reembolso serão a segunda maior preocupação, dificultando o crescimento do setor, conforme indicado por 30% dos entrevistados. Ao longo dos anos, legisladores e formuladores de políticas em vários mercados introduziram novas estruturas e leis que facilitam as negociações e a regulamentação dos preços dos medicamentos. Por exemplo, embora se espere que a Lei de Redução da Inflação dos EUA, recentemente introduzida, reduza os custos dos remédios, ela pode desencorajar a indústria farmacêutica a investir em inovação.

Indústria terá que compensar pressões advindas da inflação

A indústria farmacêutica há muito é rotulada como à prova de recessão – a demanda estável por medicamentos e novas opções de tratamento atuam como uma barreira protetora. No entanto, enquanto o setor farmacêutico costuma ser menos prejudicado por crises econômicas, o segmento ainda enfrenta desafios constantes, como aumento dos custos operacionais, rivalidade do setor, expiração de patentes, demandas crescentes para se tornar mais sustentável e enormes pressões de preços de medicamentos por parte de reguladores preocupados com os custos.

Isso significa que a indústria terá que lidar com um complexo equilíbrio entre riscos financeiros e estratégicos, já que as tendências regulatórias e macroeconômicas emergentes influenciarão uma queda substancial nos preços líquidos dos medicamentos.

Adaptar-se é a única maneira de prosperar. O setor farmacêutico precisará encontrar novas formas de compensar as pressões regulatórias e inflacionárias. Inovar pela modernização dos modelos de P&D; abordando questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG); alavancando tecnologias emergentes; e incentivar colaborações interfuncionais ou entre empresas pode ser o caminho a percorrer.

Drogal inaugura 1ª loja fora de São Paulo

Drogal
Os sócios Ricardo Cançado, Marcelo Cançado e Roberto Lessa

A Drogal, 10ª maior rede do grande varejo farmacêutico nacional, cumpre um passo importante em seu plano de expansão. A rede iniciou nesta segunda-feira, dia 5, operações da primeira loja fora do estado de São Paulo.

Minas Gerais marca a estreia da rede fora do perímetro paulista. A cidade escolhida foi Monte Sião, na região sul do estado. Para marcar a inauguração, a empresa promoveu a doação de 5 mil fraldas geriátricas ao município, entregues ao prefeito José Pocai Júnior. No sábado, dia 10, os clientes também contarão com programação especial.

Só a filial de Monte Sião recebeu R$ 1 milhão de investimentos e conta com 15 postos de trabalho, entre atendentes e farmacêuticos.

Junto ao mix de medicamentos, produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, linhas especiais, acessórios e conveniência, os clientes contam também com a oferta de serviços farmacêuticos do programa Momento Saúde, voltado a doentes crônicos.

Drogal tem plano robusto de expansão orgânica

O início da atuação em Minas Gerais integra um plano robusto de crescimento para 2023, com a previsão de abertura de 50 farmácias até o fim do ano. A rede já atua em 107 cidades do interior paulista, com 292 unidades.

O calendário de inaugurações tem sido intenso desde o início do ano. Em fevereiro, por exemplo, a rede abriu quatro PDVs em um intervalo de apenas 15 dias.

“Temos 90 anos de história no ramo farmacêutico, sempre com atuação focada no interior do estado de São Paulo e agora chegando no Sul de Minas Gerais. Calibramos nosso planejamento estratégico e decidimos expandir fronteiras. Vamos reforçar todos os cuidados para levar aos mineiros o nosso tradicional padrão de qualidade, atendimento personalizado e muito respeito ao cliente”, reforça o diretor administrativo Marcelo Cançado.

O empresário também ressalta que a expansão orgânica vem acompanhada de um esforço intenso em torno da operação multicanal.

“Nossas plataformas on e off estão interligadas. Isso possibilita efetuar uma compra pelo site oficial e retirar em uma unidade física, optar pelo delivery, usar o app exclusivo Drogal, pedir pelo 0800, comprar pelos aplicativos Ifood Farmácias e Rappi ou visitar a loja física”, complementa.

De farmacêutico a dono após 1.900 quilômetros

De farmacêutico a dono após 1.900 quilômetros

Talvez o jovem farmacêutico Aristides Daniel Ortiz não imaginasse como uma distância de 1.900 quilômetros percorrida de ônibus poderia transformar sua trajetória. Mas a coragem do profissional recém-formado ao sair pela primeira vez da casa dos pais, do interior do Paraná com destino ao Mato Grosso, já indicava uma incansável veia empreendedora.

Como resultado dessa decisão, ele tornou-se proprietário de 22 farmácias da Ultra Popular e da Maxi Popular – duas das principais bandeiras que integram a Farmarcas e mais simbolizam a ascensão do associativismo no Brasil. As redes têm sede nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará.

Era dezembro de 2005 quando Ortiz teve acesso a uma oportunidade de trabalho que considerou imperdível – ser responsável técnico imediatamente após concluir a graduação em Farmácia pela Universidade Paranaense (Unipar), em Umuarama. O endereço seria a cidade de Guarantã do Norte (MT), a 725 quilômetros da capital Cuiabá.

O jovem farmacêutico não pensou duas vezes. Topou o desafio e seguiu uma verdadeira jornada com apenas R$ 100 no bolso. “O mercado em Umuarama já estava muito saturado e ainda tinha metade do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) para pagar”, relembra.

Farmacêutico comprou primeira loja aos 27 anos

Foram dois anos trabalhando dia e noite, de domingo a domingo, na Drogaria Catarinense e na Drogaria São Lucas. Foi então que, em 2007, aos 27 anos, Ortiz juntou suas economias e comprou a Drogaria São João, o pontapé inicial da sua carreira de empresário.

Ultra Popular ganhou vida a partir de 2014
Ultra Popular ganhou vida a partir de 2014

Mas foi em maio de 2014 que ocorreu a virada de chave. “Já era proprietário de três lojas quando transformei a minha primeira farmácia em Ultra Popular. Por questões estratégicas relacionadas à concorrência, acabei fechando uma loja e meses depois converti a bandeira da terceira unidade”, comenta.

Deste então o crescimento orgânico passou a ser companhia inseparável do empresário, abrangendo as duas bandeiras. Ele fincou unidades em vários municípios mato-grossenses até chegar em Santarém, no Pará, onde atualmente fica o centro de distribuição e a sede da empresa. Foi a primeira Maxi Popular aberta no município, distante 1.233 quilômetros de Belém.

Maxi Popular tornou-se modelo de megaloja com mais amplitude e mix diversificado
Maxi Popular tornou-se modelo de megaloja com mais amplitude e mix diversificado

A expansão estendeu-se para Parintins, no Amazonas, a partir da abertura da primeira megaloja da Ultra Popular. Seguindo a cartilha do mercado, Ortiz concebeu a ideia de um PDV com mais vagas de estacionamento e um sortimento ampliado, pautado pela maior oferta de dermocosméticos, artigos de higiene pessoal e perfumaria.

O engajamento com a comunidade também é uma marca registrada, tanto que essa unidade-modelo conta com comunicação de fachada inspirada nas tradições do boi-bumbá – harmonizando as cores vermelha, do Boi Garantido, e azul, do Caprichoso

A alavanca do associativismo

Olhando para trás, Ortiz relembra da época em que o faturamento das suas três farmácias girava em torno de R$ 70 mil mensais. Hoje, cada unidade comercializa cerca de R$ 20 mil por dia, um faturamento mensal que deve fechar em R$ 8,5 milhões. “Ainda temos previsão de chegar a 20 lojas em Santarém, entre bandeiras Ultra e Maxi. Meu propósito é dobrar o número de lojas”, ressalta.

O resultado excepcional também conta com o apoio que o associativismo proporciona às redes. “A Farmarcas nos disponibilizou um acervo de ferramentas preciosas para permitir que tenhamos um olhar sistêmico sobre o negócio. Com a Bússola, por exemplo, temos uma visão aprofundada dos produtos mais comercializados em cada cidade, o que contribui para criar estratégias de preços assertiva e uma gestão de estoque mais eficiente”, finaliza o empresário, que parece desconhecer qualquer distância rumo ao sucesso.

Quem lidera o acesso a remédios em países pobres?

Quem lidera o acesso a remédios em países pobres?

O acesso a remédios e vacinas em países pobres foi tema de um relatório gobal da organização sem fins lucrativos Access to Medicine Foundation. O documento elencou as 20 farmacêuticas mais comprometidas com esse subsídio, na contramão dos medicamentos super caros do mundo.

A GSK e a Novartis encabeçam o ranking e foram as únicas a superar a nota 4 na pontuação de 0 a 5. Mas um porém: com 27 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, quase 13% da população, o Brasil é muito pouco contemplado nessas ações.

Com sete edições, o estudo avalia como esse compromisso está inserido na governança corporativa, na área de pesquisa & desenvolvimento e na entrega efetiva de produtos às nações mais pobres. Esses países somam 83% da população mundial.

Pandemia ampliou atenção com acesso a remédios

Primeira colocada em todos os relatórios, a GSK conta com 81 pipelines de projetos voltados a ampliar o acesso desses grupos a medicamentos contra doenças como tuberculose, malária e vírus da imunodeficiência humana. Iniciativas durante a pandemia da Covid-19 também contribuíram para essa posição. No entanto, no Brasil, a farmacêutica se limitou a um investimento de R$ 8,5 milhões, com doações de vitaminas e produtos para hospitais de campanha e comunidades carentes.

No segundo posto, a Novartis vem se destacando por ações de combate ao coronavírus. Por meio da subsidiária Sandoz, 15 medicamentos genéricos estão sendo comercializados a preço de custo para países em desenvolvimento. Foram beneficiadas 79 nações, mas o Brasil ficou de fora da relação.

O top 5 conta também com a Pfizer, Johnson & Johnson e Sanofi. Confira o ranking na íntegra.

Pesquisa avalia redes sociais da indústria farmacêutica

Pesquisa avalia redes sociais da indústria farmacêutica
Divulgação: Canva

As redes sociais da indústria farmacêutica global estimularam a agência Ogilvy Health a elaborar uma pesquisa inédita. O estudo avaliou os laboratórios que apresentam maior nível de maturidade nessas mídias, considerando não somente o engajamento digital, mas principalmente as estratégias para mobilizar seus seguidores e as comunidades onde atuam.

O relatório, também divulgado pelo Fierce Pharma, apontou Bristol Myers Squibb (BMS), Boehringer Ingelheim e Roche como as farmacêuticas mais maduras na rede social.

A agência avaliou o uso da mídia social por dez empresas com base no fluxo de postagens no Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e LinkedIn entre 2021 e 2022. AstraZeneca, Bristol Myers Squibb, Boehringer Ingelheim, Gilead Sciences, GSK, MSD, Novartis, Pfizer, UCB e Roche foram classificadas em uma escala de pontuação até 30.

A norte-americana Bristol Myers Squibb ficou em primeiro lugar com uma pontuação de 20,6, seguida de perto da farmacêutica alemã Boehringer, com 20,3. Fechando o top 3 vem a Roche, com 19,5.

Redes sociais da indústria farmacêutica: avaliação em seis áreas

Essas pontuações são baseadas em seis áreas que a Ogilvy acredita serem fundamentais para avaliar o uso de mídia social das empresas, que são identidade corporativa social; estratégia de conteúdo social; experiência social e design; social pago; influência social; e comunidade social, cada uma com peso de pontuação de cinco pontos no total.

A BMS teve, de longe, a melhor estratégia de conteúdo social com uma pontuação de 4,3 (a próxima pontuação mais alta foi de apenas 3, alcançada tanto pela Pfizer quanto pela GSK). Já Boehringer, que por mais de uma década investiu muito tempo e dinheiro em projetos de mídia digital, teve a melhor identidade corporativa social – com índice de 3,8, muito superior à pontuação de 2,8 da BMS.

A Boehringer também superou a experiência social e o design, com uma pontuação de 3,5. A Roche, terceira colocada, foi a melhor nas redes sociais pagas, com uma pontuação impressionante de 4,2, e também ficou em primeiro lugar na comunidade social (nota 4).

A Gilead teve uma exibição geral ruim, ficando em último lugar com uma pontuação total de 13,1 e marcando zero na comunidade social. Mas os autores do relatório observam que “embora as três principais empresas estivessem maduras na maioria das categorias, é importante observar que não havia líderes claros em todos os setores”.

Eles apontam que mesmo a BMS “tinha espaço para melhorias” quando se tratava de sua identidade corporativa e trabalho social pago, enquanto a Roche se classificou abaixo em experiência e design social e em influência social em identidade corporativa e social pago.

Já a Gilead ficou em terceiro lugar na categoria de experiência social e design, mas, junto com a nona colocada UCB, demonstrou “menos maturidade” em outras categorias, incluindo identidade corporativa.